Seguimento - Incêndios 2025

Área afectada: 76.100 ha (761 Km2)

5h30
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Sabugal, Mirandela e Vilar de Perdizes continuam em curso.
 
Impressionante onde o incêndio já vai.
A nossa sorte é que o vento não o trouxe para este lado como em 2017. De O.Hospital ao concelho de Nelas era um saltinho e daqui à Serra do Caramulo, seria outro...
 
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Segundo o ICNF a barreira dos 200mil ha de área ardida já lá vai.. Temos 201mil ha até ao momento e a contar... :facepalm:

Com uma meteorologia desfavorável, ainda vamos a tempo de ir aos 300mil até ao fim de Outubro... :unsure:

Entretanto nova atualização... Já vamos nos 222mil ha ardidos segundo o ICNF. O EFFIS até dá uma área maior de mais de 247mil ha, mas penso que a do ICNF será mais rigorosa.
 
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Há nuances -> https://rr.pt/noticia/pais/2025/08/...ade-de-ter-fogos-de-gravidade-elevada/436814/

É sempre aconselhável ler o original -> https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/gcb.70400
A large majority of the study area (81.6%; after removing non-forested pixels) was managed by public land agencies, primarily the United States Forest Service, whereas 11.7% was owned by private industrial timber companies, and the remaining 6.6% by non-industrial private entities (we refer to this third category as “other” throughout the manuscript; Figure 1B).
Private industrial forests also experienced more extreme fire weather, both in terms of fuel moisture and hot-dry-windy index (Figure 5). Likely this is because private industrial forests are typically found on low–mid elevation sites (Figure 5). While the prevalence of extreme weather conditions certainly contributes to elevated fire severity in industrially managed forests, models which account for these differences still estimate that the probability of high-severity fire is elevated on industrial forestland (Figure 2).

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Os privados tendem a plantar nas melhores áreas. Melhores áreas, mais crescimento. Mais crescimento, mais fogo.

Especialmente em certas monoculturas.
 
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Relacionado -> https://www.fox13now.com/news/utah-...the-way-to-cut-down-on-utahs-raging-wildfires
KANE COUNTY, Utah — As wildfires have raged in Utah’s forested areas, some political leaders are pushing for what they say is a way to cut them down... by preemptively cutting down some trees.

"Clear-cutting gets a bad name. Like you think of a bald mountain with just nothing there, but you know, careful and strategic clear-cutting in conjunction with leaving some kind of standing trees can actually exponentially increase wildlife," explained Kane County Commissioner Celeste Meyeres.
But ecologist Chad Hanson, the co-founder of the John Muir Project, said it’s a myth that forest mitigation prevents wildfires.

"The most current research is telling us that the speed of fires is the key factor," said Hanson. "And the one thing that almost all the science agrees on now is that removing trees from forests
 increases the speed of fires, typically by a large degree."
 
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Fogo que começou em Arganil deverá ser o maior de sempre em Portugal.​


20 de agosto, 2025 às 15:57.

O incêndio que começou no Piódão, Arganil, no dia 13 e que continua ativo, será "muito provavelmente" o maior de sempre em Portugal, afirmou o especialista Paulo Fernandes, estimando uma área ardida de cerca de 60 mil hectares.

O incêndio que começou no distrito de Coimbra e que se estendeu aos distritos de Castelo Branco e Guarda já terá consumido cerca de 60 mil hectares, afirmou à agência Lusa o especialista em incêndios e membro das comissões técnicas de análise aos grandes incêndios de 2017.

O investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) recordou que o maior incêndio desde que há registos em Portugal é o fogo que começou em Vilarinho, no concelho da Lousã, em outubro de 2017, que afetou 53 mil hectares, seguindo-se o de Arganil, também nesse ano, com cerca de 38 mil hectares (excluindo os fogos deste ano)

A estimativa do investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) é feita com base em informação de monitorização de incêndios por deteção remota.

A área calculada por Paulo Fernandes é superior aos dados provisórios do Sistema de Gestão de Informação de Incêndios Florestais (SGIF), que apontam para uma área ardida de 47 mil hectares (até terça-feira) e do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), que regista 57.596 hectares, com a última atualização feita hoje.

"Muito provavelmente será o maior incêndio de sempre", vincou o investigador, referindo que há incêndios "que nascem para serem grandes", considerando que o de Arganil, iniciado há uma semana, "é um desses casos".

De acordo com o investigador, o incêndio começou de madrugada, a partir de dois raios, numa cumeada, o que levou a uma resposta mais lenta e sem possibilidade de recurso a meios aéreos no ataque inicial, "num sítio relativamente inacessível".

Incêndio "propagou-se muito rapidamente"​

Num ambiente de trovoada que gera ventos, o incêndio "propagou-se muito rapidamente" nas primeiras horas, notou, considerando que essa é "a receita para que se torne num incêndio maior nas horas ou mesmo dias seguintes".

Tudo isto, constatou, aconteceu num "território muito complexo", não apenas pela acessibilidade, mas pelo efeito que a topografia "tem na evolução do fogo", numa região que arde sucessivamente, registando grandes incêndios em 1987, 2005 e 2017.

"Sabemos que a ocorrência de grandes incêndios fomenta maiores incêndios no futuro, porque torna a paisagem cada vez mais homogénea e, quando a vegetação recupera, cresce simultaneamente e teremos ali um contínuo de vegetação cada vez mais homogéneo - e se há coisa que o fogo gosta é dessa homogeneidade -", explicou.

Segundo Paulo Fernandes, o fogo que começou em Arganil é um incêndio convectivo, "muito dominado pela energia" e onde não há grande influência do vento.

Após a trovoada, este incêndio alastrou "para todos os lados lentamente", apontando para a própria forma arredonda que assumiu na sua progressão.

"Estes incêndios ocorrem quando temos muita vegetação, com uma atmosfera relativamente instável, em que não é realmente necessário vento e o incêndio não tem aquelas arrancadas muito rápidas e súbitas. Antes, cresce consistentemente ao longo do tempo, com muita biomassa seca e, por isso, muito difícil de combater", explicou.

 

Fogo que começou em Arganil deverá ser o maior de sempre em Portugal.​


20 de agosto, 2025 às 15:57.

O incêndio que começou no Piódão, Arganil, no dia 13 e que continua ativo, será "muito provavelmente" o maior de sempre em Portugal, afirmou o especialista Paulo Fernandes, estimando uma área ardida de cerca de 60 mil hectares.

O incêndio que começou no distrito de Coimbra e que se estendeu aos distritos de Castelo Branco e Guarda já terá consumido cerca de 60 mil hectares, afirmou à agência Lusa o especialista em incêndios e membro das comissões técnicas de análise aos grandes incêndios de 2017.

O investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) recordou que o maior incêndio desde que há registos em Portugal é o fogo que começou em Vilarinho, no concelho da Lousã, em outubro de 2017, que afetou 53 mil hectares, seguindo-se o de Arganil, também nesse ano, com cerca de 38 mil hectares (excluindo os fogos deste ano)

A estimativa do investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) é feita com base em informação de monitorização de incêndios por deteção remota.

A área calculada por Paulo Fernandes é superior aos dados provisórios do Sistema de Gestão de Informação de Incêndios Florestais (SGIF), que apontam para uma área ardida de 47 mil hectares (até terça-feira) e do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), que regista 57.596 hectares, com a última atualização feita hoje.

"Muito provavelmente será o maior incêndio de sempre", vincou o investigador, referindo que há incêndios "que nascem para serem grandes", considerando que o de Arganil, iniciado há uma semana, "é um desses casos".

De acordo com o investigador, o incêndio começou de madrugada, a partir de dois raios, numa cumeada, o que levou a uma resposta mais lenta e sem possibilidade de recurso a meios aéreos no ataque inicial, "num sítio relativamente inacessível".

Incêndio "propagou-se muito rapidamente"​

Num ambiente de trovoada que gera ventos, o incêndio "propagou-se muito rapidamente" nas primeiras horas, notou, considerando que essa é "a receita para que se torne num incêndio maior nas horas ou mesmo dias seguintes".

Tudo isto, constatou, aconteceu num "território muito complexo", não apenas pela acessibilidade, mas pelo efeito que a topografia "tem na evolução do fogo", numa região que arde sucessivamente, registando grandes incêndios em 1987, 2005 e 2017.

"Sabemos que a ocorrência de grandes incêndios fomenta maiores incêndios no futuro, porque torna a paisagem cada vez mais homogénea e, quando a vegetação recupera, cresce simultaneamente e teremos ali um contínuo de vegetação cada vez mais homogéneo - e se há coisa que o fogo gosta é dessa homogeneidade -", explicou.

Segundo Paulo Fernandes, o fogo que começou em Arganil é um incêndio convectivo, "muito dominado pela energia" e onde não há grande influência do vento.

Após a trovoada, este incêndio alastrou "para todos os lados lentamente", apontando para a própria forma arredonda que assumiu na sua progressão.

"Estes incêndios ocorrem quando temos muita vegetação, com uma atmosfera relativamente instável, em que não é realmente necessário vento e o incêndio não tem aquelas arrancadas muito rápidas e súbitas. Antes, cresce consistentemente ao longo do tempo, com muita biomassa seca e, por isso, muito difícil de combater", explicou.

Então mas o de outubro de 2017 não foi muito maior?:huh:
 
Entretanto nova atualização... Já vamos nos 222mil ha ardidos segundo o ICNF. O EFFIS até dá uma área maior de mais de 247mil ha, mas penso que a do ICNF será mais rigorosa.
Provavelmente o EFFIS não desconta todas as áreas de localidades e habitadas embebidas na área maior e que obviamente não arderam na sua maior parte, incluindo ainda as vias de comunicação e possivelmente o fundo dos vales de encostas de grande declive que nas imagens de satélite aparecem claramente como não ardidas. No entanto, se a área é calculada contabilizando os pixéis nas imagens de satélite de alta resolução, todas esta excepções à área ardida são tidas em conta.
Então mas o de outubro de 2017 não foi muito maior?:huh:
Não houve "um" incêndio de outubro 2017, houve vários.
 
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Ok. Pensei que ao juntarem-se contavam como um incêndio.
Pois, há que distinguir, porque por exemplo agora já se fala dos incêndios da Guarda, quando foram vários que se juntaram. O próprio incêndio "de Trancoso" já foi a reunião com o de Sátão, ou o de Sabugal juntou-se-lhe o de Sortelha.
 
Incêndio "de Piódão" (continuo a referir-me ao local de início deste incêndio de continuidade).
O Maps agora refere-se como "de Pampilhosa da Serra" o que não faz muito sentido pois este é apenas mais um dos concelhos atingidos em parte.

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Então mas o de outubro de 2017 não foi muito maior?:huh:

Em Outubro de 2017 houve vários mega incêndios na zona centro que acabaram por interagir entre eles formando uma área ardida praticamente continua com cerca de 200mil ha entre os distritos de Coimbra, Viseu e Guarda. Destes o maior de todos começou perto de Vilarinho (Lousã) e foi a arder de Sul para Norte até perto de Tondela.
 
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