StormRic
Furacão
Até que enfim que fizeram o varrimento desta área mais importante que abrange os últimos incêndios maiores. O anterior varrimento datava de dia 16, há cinco dias.Panorama pelas 11h46
Até que enfim que fizeram o varrimento desta área mais importante que abrange os últimos incêndios maiores. O anterior varrimento datava de dia 16, há cinco dias.Panorama pelas 11h46
Na última imagem vê-se que ainda conseguiu atravessar a A23 numa certa zona, mas acaba por ainda ser uma boa barreira para conter a sua progressão para leste. Infelizmente, as frentes que andam na Serra da Estrela continuam a ser muito difíceis de extinguir.Da Estrela à Gardunha
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Ontem na Sic Notícias, na Serra da Gardunha estiveram a mostrar a ação da UEPS (nãos ei se é bem este o nome) em conjunto com uma parelha de fireboss. Incrível ver como eles controlaram aquilo e mais incrível é ver a calma dos gajos ao lados de chamas super altas, como se não fosse nada. E apagam aquilo só com os materiais que levam.Combate apeado deve ser extremamente difícil na Estrela, em particular nas encostas da Torre e da Penha dos Abutres.
Ver anexo 25027
Não, o problema foi não se terem empanhado aéreos nos momentos devidos. Se na terça-feira durante a manhã dois ou três meios aéreos tivessem ajudado na consolidação do incêndio em zonas de difícil acesso no meio do vale da ribeira de Alvoco (em Vasco Esteves de Baixo, para ser mais preciso), tal como foi pedido pelo posto de comando operacional aqui instalado (pedido que foi negado), talvez não fosse preciso andarem agora 15 ou 20 (+ umas dezenas de apeados) junto ao planalto da Torre em trabalhos para impedir que progrida para os vales adjacentes, porque o incêndio não tinha chegado lá. O reacendimento que degenerou na terça-feira e empurrou o incêndio para Alvoco da Serra ocorreu numa zona sem hipótese de combate direto. A partir de Alvoco os acessos praticamente não existem, portanto qualquer pequeno problema transformar-se-ia num enorme... e aqui estamos.Por falar em combate, se o site da provic está certo hoje, num dado momento, estiveram simultaneamente 26 aéreos no incêndio de Arganil. Será que o problema é não estarem 35...?
Não concordo, porque o problema são as monoculturas, quando ardem desenvolvem um enorme efeito térmico e de velocidade de propagação. Se uma mata (floresta) autóctone estiver em contacto com o incêndio de uma monocultura é óbvio que terá de arder algo dela na faixa periférica mas a partir desse ponto irá declinando. Para esse "entendido", o que significa "ocorreria o mesmo"? O mesmo que numa monocultura de produção? Qualquer monocultura de produção tem de ter espaços de entrada e de passagem, e por esses espaços o fogo circula muito mais rápidamente, especialmente se o coberto vegetal rasteiro não estiver diminuído. O problema português são as extensões enormes de monoculturas, muitas das quais já nem são de produção, ficaram a crescer e/ou abandonadas, são de proliferação e de propagação de invasoras. O eucalipto funciona como uma invasora, o pinheiro bravo permite a entrada de invasoras.
A zona de Sátão, Aguiar e Trancoso é mais pinhal. Raramente se veem carvalhos. Vá pelos menos as zonas que conheço.Há aqui algumas coisas que não são bem como referes. Eu diria que o pior são os matos, áreas sem valor econômico (embora possam ter valor ecológico), com grande carga de combustível e enorme condutividade vertical e horizontal dos combustíveis. Um eucaliptal gerido, isto é sem mato no subcoberto arde mal, o fogo até pode passar por ele mas será sempre um fogo de baixa intensidade sem queimar as copas das árvores. Não é razoável termos o País com mais eucalipto do que já tem, mas o eucalipto tem o seu espaço na nossa floresta como espécie produtiva que é, desde que bem gerido. O que é necessário é impedir que os eucaliptais fiquem sem gestão e abandonados, invadidos por acaciais a matos. O efeito mais perverso que o eucalipto tem são a facilidade de projeções, superior à maioria das outras espécies, se aliarmos a isto um eucaliptal "sujo", temos um barril de pólvora.
O problema das nossas autóctones, principalmente o carvalhal, sobreiral ou pinhal em povoamentos jovens, é que se comportam como matos, ardendo com enorme voracidade, principalmente quando associado a giestal ou outro mato alto. Como ocorreu em Trancoso/Satão/Aguiar da Beira etc. Lá está novamente o problema da continuidade. As nossas folhosas autóctones apenas constituem uma barreira eficaz à progressão do fogo em povoamentos adultos e densos, em que o subcoberto é reduzindo, ou se se encontrem em locais de fundo de vale ou com maior retenção de humidade.. Temos felizmente muito carvalhal a despontar no Norte e Centro, mas está muito dele no ponto rebuçado para arder, em que se comporta como mato no caso de incêndio. Estes povoamentos teriam que ser geridos, retirando carga de combustível, de forma a irem "amadurecendo" e fechando as copas, criando ambientes menos propícios à progressão do fogo.
O pinhal é nativo, os pinhais velhos são ricos em biodiversidade. Um um dos habitats prioritários para a conservação da Rede Natura 2000 é em pinhal. Não percebo a perseguição ao pinhal, até por malta que se diz ecologista... O pinheiro-bravo é uma espécie pioneira e criadora de solo, é a primeira espécie arbórea na sucessão ecológica em muitos locais. É muito frequente ver-se em pinhal já maduro que começa a ter clareiras o aparecimento de carvalhal no subosque, altura em que começa a ocorrer a substituição natural deste por quecíneas (carvalhos/sobreiros).
Não, o problema foi não se terem empanhado aéreos nos momentos devidos. Se na terça-feira durante a manhã dois ou três meios aéreos tivessem ajudado na consolidação do incêndio em zonas de difícil acesso no meio do vale da ribeira de Alvoco (em Vasco Esteves de Baixo, para ser mais preciso), tal como foi pedido pelo posto de comando operacional aqui instalado (pedido que foi negado), talvez não fosse preciso andarem agora 15 ou 20 (+ umas dezenas de apeados) junto ao planalto da Torre em trabalhos para impedir que progrida para os vales adjacentes, porque o incêndio não tinha chegado lá. O reacendimento que degenerou na terça-feira e empurrou o incêndio para Alvoco da Serra ocorreu numa zona sem hipótese de combate direto. A partir de Alvoco os acessos praticamente não existem, portanto qualquer pequeno problema transformar-se-ia num enorme... e aqui estamos.
Às vezes os meios aéreos dão jeito, ao contrário do que está a querer fazer crer.
Muito pinhal, mas o que não falta em Sátão são eucaliptos, tendo até, a título de curiosidade, a árvore do ano de 2023, que é um eucalipto. A caminho do Santo Cristo da Fraga existe muito pinhal, mas também já se vêm eucaliptos (alguns espontâneos, outros ordenados e claramente plantados), existindo também já alguns aglomerados na Lapa.A zona de Sátão, Aguiar e Trancoso é mais pinhal. Raramente se veem carvalhos. Vá pelos menos as zonas que conheço.
Esse post foi dia 13...corresponde na perfeição com a notícia.Incêndio em fase de resolução numa zona muito sensível no Algarve, em Barranco do Velho. Sobretudo no fim de semana vai ser perigoso no AlAlgarve.
Impecável, não acrescento nem mais uma palavra!Há aqui algumas coisas que não são bem como referes. Eu diria que o pior são os matos, áreas sem valor econômico (embora possam ter valor ecológico), com grande carga de combustível e enorme condutividade vertical e horizontal dos combustíveis. Um eucaliptal gerido, isto é sem mato no subcoberto arde mal, o fogo até pode passar por ele mas será sempre um fogo de baixa intensidade sem queimar as copas das árvores. Não é razoável termos o País com mais eucalipto do que já tem, mas o eucalipto tem o seu espaço na nossa floresta como espécie produtiva que é, desde que bem gerido. O que é necessário é impedir que os eucaliptais fiquem sem gestão e abandonados, invadidos por acaciais a matos. O efeito mais perverso que o eucalipto tem são a facilidade de projeções, superior à maioria das outras espécies, se aliarmos a isto um eucaliptal "sujo", temos um barril de pólvora.
O problema das nossas autóctones, principalmente o carvalhal, sobreiral ou pinhal em povoamentos jovens, é que se comportam como matos, ardendo com enorme voracidade, principalmente quando associado a giestal ou outro mato alto. Como ocorreu em Trancoso/Satão/Aguiar da Beira etc. Lá está novamente o problema da continuidade. As nossas folhosas autóctones apenas constituem uma barreira eficaz à progressão do fogo em povoamentos adultos e densos, em que o subcoberto é reduzindo, ou se se encontrem em locais de fundo de vale ou com maior retenção de humidade.. Temos felizmente muito carvalhal a despontar no Norte e Centro, mas está muito dele no ponto rebuçado para arder, em que se comporta como mato no caso de incêndio. Estes povoamentos teriam que ser geridos, retirando carga de combustível, de forma a irem "amadurecendo" e fechando as copas, criando ambientes menos propícios à progressão do fogo.
O pinhal é nativo, os pinhais velhos são ricos em biodiversidade. Um um dos habitats prioritários para a conservação da Rede Natura 2000 é em pinhal. Não percebo a perseguição ao pinhal, até por malta que se diz ecologista... O pinheiro-bravo é uma espécie pioneira e criadora de solo, é a primeira espécie arbórea na sucessão ecológica em muitos locais. É muito frequente ver-se em pinhal já maduro que começa a ter clareiras o aparecimento de carvalhal no subosque, altura em que começa a ocorrer a substituição natural deste por quecíneas (carvalhos/sobreiros).