Seguimento Interior Norte e Centro - Novembro 2023

Aqui está a explicação pela qual as estradas na Serra da Estrela fecham quando há tempestades de neve, para as pessoas que gostam de dizer mal disso. A Serra da Estrela não tem qualquer proteção dos ventos vindos do mar devido à sua proeminência, o que, aliado à estrada estreita, ao gelo e à pouca visibilidade em situações de tempestade, torna a condução no maciço central extremamente perigosa. :unsure:

Em relação a "à estrada esreita", permite-me discordar, pelo menos subindo por Valezim (N231), N338 e N339. A estrada é muito boa e tem largura mais que suficiente para se circular com segurança. Fossem todas as estradas nacionais assim... Claro que depois existem as outras condicionantes. Mas esteja a estada aberta ou não, tem de imperar sempre o bom-senso e a condução defensiva e responsável de cada um. Fiquei parvo com a quantidade de carros a circular sem luzes ligadas, ou apenas com os mínimos. Quero acreditar que era por mera distração dos condutores...

Esse cenário de nevoeiro bastante fechado é habitual por estas bandas no outono/inverno, o que torna a condução bastante difícil. E até há pouco tempo nem a N231 nem a N338 tinham praticamente sinalização horizontal, o que ainda complicava mais... depois de muitas reclamações a IP finalmente lá se resolveu a intervir.
Mas nesse aspecto não há zona pior que o planalto da Torre. Já cheguei a fazer Torre - Lagoa Comprida a uma velocidade de 15-20 km/h, a visibilidade nessa noite não devia chegar sequer aos 10 metros. Fui-me guiando pelas marcações na estrada junto ao carro para ir mudando de direção, era como se estivesse a conduzir de frente para uma parede.

Curioso relatares o vento bastante forte no parque de merendas, visto que aqui em baixo na vila, fora algumas rajadas mais fortes, foi um dia de vento moderado, mas sem nada de especial a relatar. Chuva sim, quase 38 mm acumulados, e as primeiras temperaturas a fazer lembrar o inverno.

Quando lá estive no Parque de Merendas, nas poucas ocasiões que consegui sair do carro, medi 80km/h com o meu anemómetro, mas houve momentos bem mais agrestes.
 
Hoje os meus pais disseram-me que encontraram algumas árvores caídas devido ao vento quando regressavam do mercado em Bragança. Enviaram-me algumas fotografias e, embora não se consigam ver muito bem, aqui estão elas. São da zona entre Deilão e Petisqueira; exatamente nas imediações do desvio para esta aldeia.

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A propósito, algumas fotografias desta tarde, já em Figueruela, a apanhar castanhas e a continuar com o cercado para evitar os danos dos veados em alguns castanheiros jovens.

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O ar parecia um pouco frio :D

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Boa noite.

Hoje mal acordei fui verificar as condições na Torre através do meteoestrela, havia neve, mas as estradas estava encerradas. Passada 1h um amigo meu alertou-me que os acessos tinham reaberto. Decidi pôr-me a caminho e fui à Torre. Hoje a visibilidade ficou reduzida ainda bem antes de começar a subir a serra.

Novamente condições complicadas, visibilidade muito reduzida e vento forte. Ao passar o Parque de Merendas, o vento não era tão intenso comparado com ontem, mas ainda soprava bem.

Começo a ver neve acumulada talvez por volta dos 1700 metros. Quanto maior a altitude, mais intenso era o vento. Cheguei à Torre pelas 10h30, e estava impossível, não admira que só lá estivessem não mais de 10 carros parados, muito complicado sair do carro (eu não arrisquei). Com o vento muito intenso, alguma chuva e sem se ver um palmo à frente, as pessoas chegavam e iam embora, não valia a pena ficar ali.

Além do vento e do "nevoeiro", pedaços de gelo eram constantemente arrancados das estruturas, e havia paralelos de gelo espalhados pela estrada.

Hoje apanhei mais vento que ontem (mas ontem não fui à Torre). O vento era tal que "chovia torrencialmente" quando passava no Lago da Barragem da Torre, pois o vento "arrancava" a água e esta ia em direção à estrada :D E passei por dois sinais tombados (sinalização vertical). Creio que a temperatura mais baixa que o carro registou foi 1,5ºC.

Um vídeo (não se ouve muito o vento pois foi gravado dentro do carro com o vidro aberto o suficiente para se ver), e meia-dúzia de fotos que tirei (no final tem bónus :p ).





IMG_20231103_102526 by Duarte Sousa, no Flickr


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Estação do meteoestrela toda congeladinha :D @ACalado


IMG_20231103_104240 by Duarte Sousa, no Flickr


Screenshot_2023-11-03-10-49-10-626_com.miui.gallery-edit by Duarte Sousa, no Flickr
 
Ontem por volta das 4h30m da manhã foi registado uma rajada de 146,5km/h na estação meteorológica na zona da torre da serra da estrela, dados meteoestrela.
E falta saber o resumo da estação de Penhas Douradas, que deve ter andado perto de 130 km/h.

Dia 2, o INC foi das regiões mais ventosas do país:

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Guarda com 105 km/h.
Viseu com 94 km/h (e uma diferença muito estranha de 30 km/h para a estação do aerodromo)
Castelo Branco com 85 km/h, região muito pouco habituada a estes valores.

Proença-a-Nova com claros problemas...
 
Chuva moderada e vento forte, 17.2mm acumulados desde as 0h, 99mm em Novembro.
13.9ºC.

O trio S.J.Monte, Paredes Velhas e Oliv.Frades entre os 160 e os 190mm no mês.
 
Última edição:
13.6°C, a chuva lá vai caindo, com intensidade, mas as pingas são de pequena dimensão, 30.2mm.
Rio Pavia
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E um afluente, ribeira do pintor, no Parque de Santiago
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11.3ºC, novo aguaceiro nos últimos minutos, 31.7mm.

Rio Dão no concelho de Penalva do Castelo, o rio não precisa de subir muito para passar a estrada, costuma acontecer várias vezes por ano


Em Maio:
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10°C, mais uma manhã de aguaceiros, 5.8mm desde as 0h e 124mm em Novembro.
Confesso que pela primeira vez na vida me sinto cansado da chuva, é bem capaz de ser o período de 3 semanas mais chuvoso, e com menos horas de sol, de que me lembro.
Do aeródromo de Viseu para Norte:
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Vouga, o rio já esteve mais alto, vê-se por esta vegetação
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