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Trovoada, chuva intensa e granizo provocaram hoje ao final da tarde várias inundações em habitações, comércio e armazéns, em Mogadouro (Bragança) e em Pastoria (Chaves).
Trovoada, chuva intensa e granizo provocaram hoje, ao final da tarde, várias inundações em habitações, comércio e estabelecimentos públicos, na vila trasmontana de Mogadouro, no distrito de Bragança.
Segundo o comandante dos bombeiros de Mogadouro, os pedidos de auxílio rondaram as duas dezenas, na sua maioria para bombear a água que entrou para as garagens e os estabelecimentos comerciais, devidos a problemas de drenagem.
"A tromba de água durou cerca de uma hora e meia, situação que gerou algum caos nas partes baixas da vila. De momento continuamos a tentar responder as todas as solicitações. No entanto, alguns dos problemas devem levar algum tempo a resolver", acrescentou o comandante.
Para o local foram mobilizadas duas dezenas de homens, apoiados por cinco viaturas e motobombas.
"Nunca vi nada assim, parecia o fim do mundo"
Na localidade de Pastoria, no concelho de Chaves, a tromba de água inundou casas e armazéns e arrancou uma vinha.
A água começou a cair por volta das 16h30 e assim continuou durante cerca de uma hora, segundo contaram à Lusa os habitantes da localidade.
Os caminhos estão intransitáveis e a rede de saneamento também foi afetada, disse à Lusa o presidente da junta de freguesia de Pastoria, Miguel Antunes, que explicou que o incêndio que afetou a serra, no domingo, fez com que a terra ficasse mais vulnerável e fosse agora facilmente arrastada pela água. Prevendo a situação, o autarca iniciou a construção de valas, mas não foi possível evitar danos, acrescentou.
No local estão dez bombeiros voluntários de Chaves e duas viaturas. Os habitantes, com sacholas, mangueiras, pás, retro-escavadoras e tratores estão a ajudar os bombeiros a retirarem a terra das habitações.
Maria José Valetelhas foi a pessoa mais afetada pela tromba de água, tendo ficado com a casa completamente inundada e os eletrodomésticos avariados. Também ficou sem nada no armazém onde guardava cebolas, batatas, milho e vinho, arrastados pelas águas.
"Nunca vi nada assim, parecia o fim do mundo", descreveu, falando em "prejuízos incalculáveis". Já o marido de Maria José, António Valetelhas, disse que quando ia a caminho de casa teve de parar o carro, dada a força da água, e continuar a pé. "Pensava que me ia afogar", disse.
Expresso