Seguimento Meteorológico Livre 2017

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Snifa

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Chuva regressa quarta-feira mas não será a todo o território

A chuva vai regressar a Portugal continental a partir de quarta-feira, mas apenas às regiões a norte do sistema Montejunto-Estrela, disse a meteorologista Maria João Frada.

"A chuva vai regressar, mas não será a todo o território. Parecem ser episódios temporários com ocorrência de precipitação, mas o cenário que se configura não é uma constância de precipitação nos próximos dias", adianta a especialista do instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Na opinião de Maria João Frada, esta precipitação "é melhor que nada, mas insuficiente" para fazer face à seca que o país atravessa.

"Não fará grande diferença. Toda a chuva que vier é ótima, mas não será suficiente", disse.

De acordo com Maria João Frada, hoje e terça-feira ainda se prevê céu pouco nublado ou limpo e com temperaturas máximas elevadas para esta época do ano.

"Continuamos a ter [temperaturas] máximas a variar entre os 18 e os 23 graus. Tem sido uma constância e vai continuar assim. As temperaturas são de tal forma acima da média para época que em algumas estações do IPMA contribuiu para uma onda de calor. As temperaturas estão acima da média mais de cinco graus", adiantou.

Segundo a meteorologista do IPMA, na quarta, quinta e sexta-feira esperam-se temperaturas máximas a variar entre 18 e 23 graus, sendo entre os 16 e 18 nas serras de Portugal, e as mínimas mais baixas serão de -2 a 04 graus nas regiões do interior norte e centro.

"A chuva é bem-vinda, mas não é aquilo que queremos e precisamos. A sul do sistema Montejunto-Estrela não se prevê precipitação no dia 22 [quarta-feira]. E a precipitação que vai cair é fraca, sendo moderada no Minho. Vamos ter também um aumento da intensidade do vento", disse.

Na quinta-feira, explicou Maria João Frada, está prevista alguma precipitação e na sexta-feira poderá ser mais intensa e na generalidade do território, mas serão mais fortes sempre no litoral a norte do Cabo Carvoeiro.

"A região sul vai ter nenhuma ou pouca precipitação. Ainda falta algum tempo. Vamos ver se o cenário se mantém", concluiu.

https://www.jn.pt/nacional/interior...mas-nao-sera-a-todo-o-territorio-8930049.html
 


jamestorm

Cumulonimbus
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"Continuamos a ter [temperaturas] máximas a variar entre os 18 e os 23 graus. Tem sido uma constância e vai continuar assim. As temperaturas são de tal forma acima da média para época que em algumas estações do IPMA contribuiu para uma onda de calor. As temperaturas estão acima da média mais de cinco graus"
Isto assusta-me pq trabalho com frutos vermelhos e precisam de fazer dormência de Inverno para dar uma boa produção (groselha vermelha e preta) :evilmad: para alem da rega que pedem mais que em outros anos mesmo agora em Novembro :facepalm:
 

tone

Cirrus
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Com tanta capacidade computacional e com tantos dados disponíveis, às vezes é me difícil compreender como não existem ainda modelos mais fiáveis capazes de estabelecer, perceber e prever as relações causa efeito, dos fenómenos meteorológicos. E no nosso caso em particular do AA, parecendo este ser um sistema bastante estável. Demasiado até para os dias que correm.
 
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André Filipe Bom

Nimbostratus
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SAida nada boa, apenas o litoral norte tinha chuva, o resto para esquecer.
 
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Orion

Furacão
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Com tanta capacidade computacional e com tantos dados disponíveis, às vezes é me difícil compreender como não existem ainda modelos mais fiáveis capazes de estabelecer, perceber e prever as relações causa efeito, dos fenómenos meteorológicos. E no nosso caso em particular do AA, parecendo este ser um sistema bastante estável. Demasiado até para os dias que correm.

Fácil.

Para os modelos serem extremamente eficientes são necessárias 2 coisas:

1) Saber a posição e comportamento de todas as partículas da atmosfera;

2) Conhecer na sua plenitude a relação entre os diversos fenómenos.

Relativamente ao ponto 1) já escrevi num outro tópico que 85% dos dados dos modelos provêm de satélites. Não obstante haver inúmeros aviões e barcos em constante circulação, na maioria do planeta não há observações sistemáticas (África, pólos, oceanos...).

Relativamente ao ponto 2), e parafraseando o Donald Rumsfeld aquando da guerra do Iraque -> Há coisas que sabemos que sabemos, há coisas que sabemos que não sabemos e há coisas que não sabemos que não sabemos.

Por exemplo, a influência do Sol na Terra não é como aquecer água no fogão, em que se o tachinho estiver na melhor posição a água vai aquecer de forma mais ou menos linear e homogénea. A Terra tem muitos subsistemas que interagem entre si e com influências externas (neste caso o sol).

Como há um grande buraco nas observações e o nosso conhecimento é bastante incompleto faz-se a previsão usando um ensemble. Pequenas variações a curto prazo geram múltiplos cenários a longo prazo.

Os novos satélites que estão a ser lançados vão certamente melhorar o ponto 1) mas ainda se está muito longe de se cumprir o referido critério (será provavelmente impossível). Mais, tenderá a haver sempre um desfasamento entre o ponto 1) e o ponto 2). Por exemplo, já se observa furacões pelos satélites há quase 40 anos com diferentes graus de precisão. Está-se a melhorar no trajeto mas a previsão da intensidade ainda está na adolescência.

Termino, relembrando que o anticiclone não está parado. Todos os dias expande, contrai e movimenta-se.
 
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srr

Nimbostratus
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Fácil.

Para os modelos serem extremamente eficientes é preciso 2 coisas:

1) Saber-se a posição e comportamento de todas as partículas da atmosfera;

2) Conhecer na sua plenitude a relação entre os diversos fenómenos.

Relativamente ao ponto 1) já escrevi num outro tópico que 85% dos dados dos modelos provêm de satélites. Não obstante haver inúmeros aviões e barcos em constante circulação, na maioria do planeta não há observações sistemáticas (África, pólos, oceanos...).

Relativamente ao ponto 2), e parafraseando a frase do Donald Rumsfeld aquando da guerra do Iraque -> Há coisas que sabemos que sabemos, há coisas que sabemos que não sabemos e há coisas que não sabemos que não sabemos.

Por exemplo, a influência do Sol na Terra não é como aquecer água no fogão, em que se o tachinho estiver na melhor posição a água vai aquecer de forma mais ou menos linear e homogénea. A Terra tem muitos subsistemas que interagem entre si e com influências externas (neste caso o sol).

Como há um grande buraco nas observações e o nosso conhecimento é bastante incompleto faz-se a previsão usando um ensemble. Pequenas variações a curto prazo geram múltiplos cenários a longo prazo.

Os novos satélites que estão a ser lançados vão certamente melhorar o ponto 1) mas ainda está-se muito longe de se cumprir o referido critério. Mais, tenderá a haver sempre um desfasamento entre o ponto 1) e o ponto 2). Por exemplo, já se observa furacões pelos satélites há quase 40 anos com diferentes graus de precisão. Está-se a melhorar no trajeto mas a previsão da intensidade ainda está na adolescência.

Termino, relembrando que o anticiclone não está parado. Todos os dias expande, contrai e movimenta-se.

Vou guardar, boa sintetização do que são as previsões capazes de fazer.
 
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