Seguimento Meteorológico Livre 2019



dvieira

Nimbostratus
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22 Mar 2017
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Resumindo: temperaturas mínimas baixas, normais para esta época do ano, e continuação do tempo seco para esta e a próxima semana.
Sim ele falou que apesar das temperaturas serem um pouco baixas são normais para a época do ano. Ele também falou que a tendência para esta 2 semanas serem secas apesar da ressalva para a 2 semana para o horizonte temporal ser maior. Também falou que a parte sul está em seca meteorológica. Mas fez questão de diferenciar seca meteorológica de agrícola ou hidráulica.
 

remember

Cumulonimbus
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14 Jan 2016
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Está a referir-se às temperaturas mínimas previstas e à normal climatológica, que para Lisboa no mês de Janeiro é de 8,3ºC.
Pois...pensei que era só eu que pensava que estava frio para Catano

Afinal mínimas bem abaixo do normal, eu gosto de chuva, mas acho que nunca a desejei como agora

Não quer dizer que a chuva não traga frio também, mas pelo menos ameniza o ambiente.

E pelas previsões após sexta-feira é que vai doer, máximas de 10/13° C com mínimas de 2/3° C, nem quero pensar

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Nimbostratus
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20 Out 2017
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Apesar da enorme incerteza há uma clara tendência para o arrefecimento progressivo da temperatura ao longo do mês de Janeiro.
Estará diretamente relacionado ao enfraquecimento do vórtice polar e ao revertimento dos ventos zonais à superfície que ocorrerá a partir da terceira semana de Janeiro, sendo que há sinal para um padrão mais continental na península para o final de Janeiro/princípio de Fevereiro.
Sendo assim, há que esperar tempo frio e seco nas próximas semanas no geral, agora é esperar pelas próximas actualizações dos modelos. :)
 

"Charneca" Mundial

Super Célula
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28 Nov 2018
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Sim ele falou que apesar das temperaturas serem um pouco baixas são normais para a época do ano.
Como assim? Normais??
A média mínima de janeiro aqui na Charneca é de 6,4°C. As mínimas têm sido todas 4 graus ou mais abaixo do normal. :cold:

Sinceramente, o meteorologista da entrevista é um falso meteorologista, simplesmente não vê as médias. :angry:
 

rozzo

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Como assim? Normais??
A média mínima de janeiro aqui na Charneca é de 6,4°C. As mínimas têm sido todas 4 graus ou mais abaixo do normal. :cold:

Sinceramente, o meteorologista da entrevista é um falso meteorologista, simplesmente não vê as médias. :angry:

Desculpa, mas esse comentário é totalmente descabido. E até um pouco insultuoso para o profissional em questão.
Convém pensar um pouco antes de certas opiniões...

O que é uma média? É o valor esperado SEMPRE? Ou a média dos valores, independentemente da sua variabilidade? Para alguma coisa existe a medida do desvio-padrão também em estatística, para complementar a média.

Pela tua lógica, se a média da Charneca em Janeiro é 6º, todos os dias que não tenham 6º são anormais?
Que eu saiba, uma variabilidade grande faz parte do nosso clima, em particular nos meses de Inverno, em que tanto há períodos frios, mais próximos dos 0, como períodos quentes, mais próximos dos 10º, e daí a média disso tudo acabar nesse valor que referes.

Se fosse um clima onde não há variabilidade de temperatura quase nenhuma (como nos trópicos p.ex), uma mínima 4º abaixo da média era um bocadinho anormal talvez, pois nessas zonas o desvio padrão ou variabilidade são muito baixos.
Num clima como o nosso, das latitudes médias, feito de "altos e baixos", não tem nada de anormal.

Sim, é abaixo da média, mas não, não é anormal.

No nosso clima... "anormal" seria ter um mês em que a temperatura fosse sempre muito próxima dos valores da média, sem desvios ou variabilidade.
 

Toby

Nimbostratus
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25 Mar 2011
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Boa tarde,
As noções de temperaturas anormais são específicas à cada país, à Portugal a partir quando fala-se de temperaturas anormais?
Neste quadro por exemplo quando pode-se falar de anormal? Para o verão sei mas não para o inverno (Portugal)

2019-013.jpg


https://www.infoclimat.fr/climatologie/globale/mois-de-janvier/lisboa-geof-lisbonne/08535.html

Obrigado
 
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"Charneca" Mundial

Super Célula
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28 Nov 2018
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Corroios (cota 26); Aroeira (cota 59)
Desculpa, mas esse comentário é totalmente descabido. E até um pouco insultuoso para o profissional em questão.
Convém pensar um pouco antes de certas opiniões...

O que é uma média? É o valor esperado SEMPRE? Ou a média dos valores, independentemente da sua variabilidade? Para alguma coisa existe a medida do desvio-padrão também em estatística, para complementar a média.

Pela tua lógica, se a média da Charneca em Janeiro é 6º, todos os dias que não tenham 6º são anormais?
Que eu saiba, uma variabilidade grande faz parte do nosso clima, em particular nos meses de Inverno, em que tanto há períodos frios, mais próximos dos 0, como períodos quentes, mais próximos dos 10º, e daí a média disso tudo acabar nesse valor que referes.

Se fosse um clima onde não há variabilidade de temperatura quase nenhuma (como nos trópicos p.ex), uma mínima 4º abaixo da média era um bocadinho anormal talvez, pois nessas zonas o desvio padrão ou variabilidade são muito baixos.
Num clima como o nosso, das latitudes médias, feito de "altos e baixos", não tem nada de anormal.

Sim, é abaixo da média, mas não, não é anormal.

No nosso clima... "anormal" seria ter um mês em que a temperatura fosse sempre muito próxima dos valores da média, sem desvios ou variabilidade.
Peço desculpa a todos os do fórum se eu insultei alguém, por ter dito mal do meteorologista. No entanto, não cometerei mais este erro que cometi. :)
_________________________
Parece que a chuva virá a partir já dos dias 17-18 de janeiro. Ainda não é totalmente certo, mas o ECMWF já aponta bastante chuva para o final do mês, com acumulados bastante grandes no Norte e Centro, podendo chegar aos 100 mm num só evento. Veremos como evolui a previsão, pois esta pode mudar num ápice, ainda por cima sendo uma previsão a 240 horas. :rain:
ECMWF_240_PT_APC_pt-PT_pt.png
 

Orion

Furacão
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Açores
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Como a malta continental está deprimida, há que olhar para previsões destas (IM canadiano) :D

Em contrapartida, a tão anunciada era glacial chega este ano à Europa Central :D

Z2x0oNT.png
 
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rozzo

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Rozzo, como o Toby escreveu, isso das superfícies não é verdade: o ar arrefece mais depressa do que as superfícies sólidas.
Agora, não se pode esquecer o princípio dinâmico de que o ar frio desce e o quente ascende, e, por isso, junto ao solo e mais ainda em vales / depressões de terreno (em que o ar fica "encaixado" quando não há vento), haverá sempre mais concentração de ar frio.

Movi para o Seguimento Livre, para não complicar o tópico onde estava.

O ar tem uma inércia térmica maior do que outras superfícies, e a água ainda maior (daí maiores amplitudes em massas de ar mais seco, e obviamente amplitudes muito pequenas em massas de água). Isto não está incorrecto.
Aqui está uma lista de valores do calor específico de vários materiais (quanto maior o calor específico, mais "difícil" impor variações de temperatura a esse material):
http://fep.if.usp.br/~profis/experi...de Calor Especifico de Varias Substancias.pdf

Por este motivo sim, obviamente as maiores variações de temperatura dão-se nas superfícies, e quanto mais afastado do solo, menor a variação da temperatura do ar, pois menos efeito direto sofre dessas variações "impostas" a partir do solo.

O que referem, do ar frio descer, efeitos de depressão/vale, é outro assunto completamente diferente. Relevante sim para este assunto dos locais de inversão, mas são duas coisas completamente distintas, que se podem ou não complementar.
 

Toby

Nimbostratus
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25 Mar 2011
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Bom dia,

Se puder permitir-se, engano-me talvez, sou thermocombustão (motoriste en français) e não meteorologista.
Falamos talvez de dois fenómenos diferentes (o meu português…) ;)
Há uma diferença entre o poder de absorção e o poder de restituição em relação ao volume.
Se seguir-se o vosso raciocínio: porque tem-se abandonar o arrefecimento à ar dos motores?
Porque os nós térmicos (echangeur thermique en français) à óleo são mais eficazes que os à água e ainda mais ar?
Porque nos aquecimentos por acumulação utiliza-se betão não do ar?
Porque na isolamento térmica de uma casa o espaço do ar entre o muro e o isolador em ser limitado + à 2cm?
Se puser-se um termómetro ao ar livre, outro num abrigo normalizado, outro num abrigo de madeiras, outro num abrigo de alumínio, outro num abrigo de aço, vai-se ter as mesmas medidas?
Porque em verão a temperatura de uma estrada vai ser superior à do ar?
Porque em inverno a temperatura do solo vai mais muito tempo restante negativa da do ar?

Discussão amigável. ;)
 
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Aurélio Carvalho

Nimbostratus
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5 Out 2018
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Faro
Continuo sem ver nada dessa previsão a se vir verificar ... Mas pode ser que me engane ..
Nem o ensemble do gfs nem do ecm o mostra pelo que se prespectiva um mês bem seco . Mas veremos ...
O que parece certo é que este será bem frio . O resto o tempo o dirá ..
Só deixo uma ressalva. Quase todos os modelos sazonais anúnciavam um inverno acima da média particularmente à norte e centro .. E é o que temos .. Até ao momento!!

Fevereiro já se prespectiva ser muito frio e possivelmente chuvoso com fortes entradas de noroeste mas ...
 
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Tonton

Nimbostratus
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23 Dez 2017
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Mactamã
Movi para o Seguimento Livre, para não complicar o tópico onde estava.

O ar tem uma inércia térmica maior do que outras superfícies, e a água ainda maior (daí maiores amplitudes em massas de ar mais seco, e obviamente amplitudes muito pequenas em massas de água). Isto não está incorrecto.
Aqui está uma lista de valores do calor específico de vários materiais (quanto maior o calor específico, mais "difícil" impor variações de temperatura a esse material):
http://fep.if.usp.br/~profis/experimentando/diurno/downloads/Tabela de Calor Especifico de Varias Substancias.pdf

Por este motivo sim, obviamente as maiores variações de temperatura dão-se nas superfícies, e quanto mais afastado do solo, menor a variação da temperatura do ar, pois menos efeito direto sofre dessas variações "impostas" a partir do solo.

O que referem, do ar frio descer, efeitos de depressão/vale, é outro assunto completamente diferente. Relevante sim para este assunto dos locais de inversão, mas são duas coisas completamente distintas, que se podem ou não complementar.

Rozzo, não percebo quando dizes que o ar tem a maior inércia térmica, quando os gases têm a menor capacidade de conservação de calor, logo são os que arrefecem mais depressa....:intrigante:
Quanto ao afastamento do solo, parece-me que apenas tem a ver com o princípio dinâmico do ar frio descer - já que, quanto mais junto ao solo, mais frio estará concentrado (e não por se "imporem variações a partir do solo"), enquanto o ar menos frio se manterá mais acima...:confused:
 
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rozzo

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Rozzo, não percebo quando dizes que o ar tem a maior inércia térmica, quando os gases têm a menor capacidade de conservação de calor, logo são os que arrefecem mais depressa....:intrigante:
Quanto ao afastamento do solo, parece-me que apenas tem a ver com o princípio dinâmico do ar frio descer - já que, quanto mais junto ao solo, mais frio estará concentrado (e não por se "imporem variações a partir do solo"), enquanto o ar menos frio se manterá mais acima...:confused:

Estás a esquecer que o ar não são só "gases puros ". Boa parte é água, vapor de água. Daí a sua inércia, tanto maior quanto maior a humidade presente na massa de ar. Volto a referir a tabela que está no link que indiquei, com os calores específicos de diversos materiais. É lá evidente que o do ar é muito superior a outros materiais.
Aliás, uma massa de ar, se não influenciada por uma massa terrestre com temperatura muito distinta, tende até a conservar bastante as suas propriedades térmicas.

E volto a referir que estás a misturar coisas distintas quando se fala na história do ar frio afundar, etc. Está-se a misturar dinâmica e termodinâmica. Claro que esse processo dinâmico que referiste ajuda ao processo de inversão, mas não é o processo termodinâmico que arrefece o solo. Esse é a perda de calor por emissão de radiação de longo comprimento de onda, visto o facto de a superfície ter menor capacidade calorifica (tabela de novo), logo a perder energia e arrefecer mais rápido que o ar.

Repara, se fosse apenas por motivos da densidade do ar, como explicavas que durante o dia aconteça o oposto? o solo aquece muito mais depressa e o calor propaga para o ar circundante. Mais uma vez, o mesmo processo que referi. O solo, por ter capacidade calorifica menor, é aquecido muito mais depressa pela radiação solar do que o ar.

Resumindo, o processo principal que dita as amplitudes térmicas maiores do solo por comparação com o ar é mesmo esse, sendo naturalmente a massa de ar mais próxima do solo a que sofre maiores amplitudes, precisamente por "contágio" do que se passa no solo. Não o oposto. Outros processos como os que referiste são também relevantes claro, em particular nas inversões térmicas, onde há uma espécie de feedback entre o arrefecer do solo e o afundar e aprisionar de ar frio nos níveis baixos, que se re-alimenta. Mas esses processos dinâmicos são secundários, não são eles que definem o ciclo diurno da temperatura, o primário é imposto pelo ciclo diurno de ganho/perda de energia pelo solo.
 
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