Seguimento Meteorológico Livre - 2023

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Cientistas acreditam que certas pessoas conseguem prever quando vai chover pelo olfato​



:D

Nunca dizem é qual é o prazo da previsão, porque se for a poucas horas ou minutos, muito obrigado, a mim também me cheira, chama-se mudança de massa de ar.
Eu gostava era que cheirassem assim a um dia ou dois, pelo menos, não se arranja, não?... :malandro:
 
Anticiclone fragmentado numa dezena de centros, albergando diversos núcleos de baixa pressão, atravessado por pequenas frentes, empurrado a sul por dois furacões.
Situação interessante para a previsão, se os super-computadores tivessem dores de cabeça...

comLWLN.png
 
O vale do Sado qualquer dia é o novo alentejo.. A minha pergunta é, porque? Porque é que chove tanto a meros kms de distância (Lisboa cidade) e pouco chega ao vale do Sado como Setúbal, montijo, etc? Será apenas coincidência ou algum motivo em especial? A Arrábida a barrar tudo? Expliquem me pfv.
Antes de mais, importa referir que grande parte do Vale do Sado é Alentejo, apenas a Península de Setúbal não o é.

Os estuários são, por norma, regiões secas. Por exemplo, a zona do Montijo e de Alcochete tem valores de precipitação anuais idênticos aos da minha zona. Na minha opinião, o principal fator que contribui para isso será o de não haver relevo para potenciar precipitação. No entanto, nas serras do distrito de Lisboa também é retida precipitação e isso faz toda a diferença para a Margem Sul, principalmente no caso de sistemas frontais.

O que tem contribuído para as regiões Vale do Sado e do Barlavento Algarvio não terem precipitação significativa é o facto de haver pouca instabilidade a Sudoeste do Território, o que certamente é resultado da subida do anticiclone em latitude. Cut-off's a sudoeste de Sagres e que beneficiavam muito essas regiões têm sido raras nestes últimos anos e as superfícies frontais quando chegam ao sul estão completamente moribundas.
 
Última edição:
O vale do Sado qualquer dia é o novo alentejo.. A minha pergunta é, porque? Porque é que chove tanto a meros kms de distância (Lisboa cidade) e pouco chega ao vale do Sado como Setúbal, montijo, etc? Será apenas coincidência ou algum motivo em especial? A Arrábida a barrar tudo? Expliquem me pfv.
Alguns pontos:
1 - Grande parte do Vale do Sado faz parte do Alentejo, como já foi referido aqui por vários membros do fórum;
2 - Não tem tanto a ver com a Arrábida mas sim com a Serra de Sintra e as demais serras a norte de Lisboa a bloquear grande parte da precipitação. Há uns anos criei um tópico neste fórum a falar sobre os diversos climas na Península de Setúbal e houve efetivamente uma discussão sobre este assunto; :rolleyes:
3 - A zona ribeirinha de Setúbal é bem seca, a média de precipitação anual segundo o Atlas Climático da Península Ibérica nessa zona de Setúbal não é muito diferente da de zonas como o Médio e Alto Sado, andando entre os 450 e os 500 mm anuais por influência da Serra da Arrábida em cima das outras serras já mencionadas anteriormente. Os dados do IPMA não mostram esta situação porque se baseiam numa estação meteorológica que foi colocada na Baixa de Palmela, na encosta da serra;
4 - É preciso relembrar que nem toda a Península de Setúbal é sequíssima. A zona entre a Charneca de Caparica e o Meco tem médias de precipitação superiores a 700 mm anuais ou muito próximas disso. :rain:
 
O que tem contribuído para as regiões Vale do Sado e do Barlavento Algarvio não terem precipitação significativa é o facto de haver pouca instabilidade a Sudoeste do Território, o que certamente é resultado da subida do anticiclone em latitude. Cut-off's a sudoeste de Sagres e que beneficiavam muito essas regiões têm sido raras nestes últimos anos e as superfícies frontais quando chegam ao sul estão completamente moribundas.
Como só sigo meteorologia há cerca de 2 anos ainda não consigo notar diferenças pois é pouco tempo. Era assim tão mais frequente haverem depressões a sudoeste?
E como é que eram benéficas, estavam mesmo juntas a Sagres? É que dos poucos exemplos que vi de depressões a sudoeste só me recordo de resultar em poeiras devido ao vento de sul.
 
Como só sigo meteorologia há cerca de 2 anos ainda não consigo notar diferenças pois é pouco tempo. Era assim tão mais frequente haverem depressões a sudoeste?
E como é que eram benéficas, estavam mesmo juntas a Sagres? É que dos poucos exemplos que vi de depressões a sudoeste só me recordo de resultar em poeiras devido ao vento de sul.
Desde que acompanho a meteorologia, lembro-me de algumas situações com depressões expressivas a sudoeste/oeste do Continente e que ultimamente não se tem visto com tanta frequência.

Cut-offs que fiquem entre a Madeira e o Continente são benéficas, bem como as que ficam no triângulo Açores-Madeira-Continente. Já aquelas que descem para a latitude da Madeira, normalmente só transportam poeiras.

Exemplo de uma situação benéfica para o sul (novembro de 2012):
jN9uPzy.png


Lembro-me de haver muita instabilidade neste outono e com um padrão de cut-off's. Penso até que foi no dia seguinte ao dessa carta que foi registado o tornado de Silves, mas esses fenómenos podem ficar lá bem longe.
 
Desde que acompanho a meteorologia, lembro-me de algumas situações com depressões expressivas a sudoeste/oeste do Continente e que ultimamente não se tem visto com tanta frequência.

Cut-offs que fiquem entre a Madeira e o Continente são benéficas, bem como as que ficam no triângulo Açores-Madeira-Continente. Já aquelas que descem para a latitude da Madeira, normalmente só transportam poeiras.

Exemplo de uma situação benéfica para o sul (novembro de 2012):
jN9uPzy.png


Lembro-me de haver muita instabilidade neste outono e com um padrão de cut-off's. Penso até que foi no dia seguinte ao dessa carta que foi registado o tornado de Silves, mas esses fenómenos podem ficar lá bem longe.
Depressões que se localizem a sul oeste da ponta de Sagres provocam quase sempre trovoadas na zona de Lisboa.

Enviado do meu Lenovo TB-X306F através do Tapatalk
 
Antes de mais, importa referir que grande parte do Vale do Sado é Alentejo, apenas a Península de Setúbal não o é.

Os estuários são, por norma, regiões secas. Por exemplo, a zona do Montijo e de Alcochete tem valores de precipitação anuais idênticos aos da minha zona. Na minha opinião, o principal fator que contribui para isso será o de não haver relevo para potenciar precipitação. No entanto, nas serras do distrito de Lisboa também é retida precipitação e isso faz toda a diferença para a Margem Sul, principalmente no caso de sistemas frontais.

O que tem contribuído para as regiões Vale do Sado e do Barlavento Algarvio não terem precipitação significativa é o facto de haver pouca instabilidade a Sudoeste do Território, o que certamente é resultado da subida do anticiclone em latitude. Cut-off's a sudoeste de Sagres e que beneficiavam muito essas regiões têm sido raras nestes últimos anos e as superfícies frontais quando chegam ao sul estão completamente moribundas.
As frentes Atlânticas sempre tiveram uma grande contribuição nessas zonas, aliàs se formos a ver apenas o extremo sueste e vá o vale do Guadiana nunca beneficiaram muito desse regime. Mesmo as serras Algarvias tem a média que têm graças a esse regime. O problema é que praticamente desapareceu e nota-se bem que não são as cut-off's que fazem diferença no caso do Barlavento e litoral Alentejano, pois até têm aparecido algumas. O regime de cut-off no sul é de certa forma um "boost" nas médias mas sempre foi muito díspar sul/norte, leste/oeste.
A meu ver não é esse o principal problema...
 
As frentes Atlânticas sempre tiveram uma grande contribuição nessas zonas, aliàs se formos a ver apenas o extremo sueste e vá o vale do Guadiana nunca beneficiaram muito desse regime. Mesmo as serras Algarvias tem a média que têm graças a esse regime. O problema é que praticamente desapareceu e nota-se bem que não são as cut-off's que fazem diferença no caso do Barlavento e litoral Alentejano, pois até têm aparecido algumas. O regime de cut-off no sul é de certa forma um "boost" nas médias mas sempre foi muito díspar sul/norte, leste/oeste.
A meu ver não é esse o principal problema...
Disco
1. A precipitação no Barlavento sempre foi maior não tanto pelas frentes mas pelos pôs frontais, que aqui a sul nos últimos tem sido quase inexistentes,
2. As cutt offs do estilo de depressões isoladas vindas da região da Madeira, têm sido também uma raridade e era normalmente esse regime que dava boas regas aqui ao sul,
3. Cutt offs ao estilo daquelas que se formam em Setembro e Outubro será necessário sempre que a mesma estacione 2 a 3 dias a Sudoeste de Sagres para injectar um fluxo de sul ou sueste no Algarve..
 
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