Duarte Sousa
Moderação
Últimas 12 horas (17:45-5:45)Independentemente do que seja, vai valer a pena acompanhar a evolução
Em Espanha falam dum sistema com características subtropicais e até faz algum sentido em termos de precipitação, já em Outubro de 2023 com o Bernard (Vince= para mim), teve características subtropicais como o vento e a precipitação, é o 2° sistema que chega ao Algarve e Sul de Espanha com essas características e o NOAA ignora...Ver anexo 26248
Ver anexo 26249
Ver anexo 26250
Vou aqui colocar esta análise que o @StormRic fez há dias acerca das ciclogénese que se irá formar. Tirei algum conteúdo e aproveitei 3 imagens.
Veja-se nos 3 quadros a relação da cut-off em relação à célula que afectou hoje o Algarve e zona de Huelva.
Tanto às 18h de ontem, como às 00h, o núcleo (x) da mesma coincide praticamente com a localização da célula que vemos na animação anterior.
O quadro das 12h também me parece muito aproximado com o que está a passar-se.
Aquilo de tempestade subtropical, pelo menos características visiveis, tinha 0. Posso estar enganado, mas olhando para aquilo via mais um sistema de mesoescala.Em Espanha falam dum sistema com características subtropicais e até faz algum sentido em termos de precipitação, já em Outubro de 2023 com o Bernard (Vince= para mim), teve características subtropicais como o vento e a precipitação, é o 2° sistema que chega ao Algarve e Sul de Espanha com essas características e o NOAA ignora...
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Confirmado: una misteriosa borrasca subtropical es la culpable las lluvias intensas en el suroeste -
Las lluvias que han afectado el 29 de octubre de 2025 en España han sido provocadas por una borrasca que presentaba tintes subtropicaleswww.eltiempo.es
Ciclones com características tropicais são mesmo assim, com convecção em torno do núcleo e sem frentes associadas (contrastes entre diferentes massas de ar). Claramente este evento de ontem esteve associada a um pequeno núcleo depressionário, que foi previsto pelos modelos e que foi possível identificar nas imagens de satélite, embora com uma trajetória mais a sul do que foi previsto pelos mesmos (daí a precipitação no Alentejo ter ficado muito aquém das previsões, e o grosso ter tocado apenas no sotavento algarvio). Esse núcleo tinha aparentemente, segundo os modelos, uma massa de ar mais quente, o que é característico de um sistema tropical/subtropical. Portanto, concordo com a análise dos espanhóis, terá sido um sistema híbrido, ou subtropical, e a convecção associada a esse sistema formou um SCM (sistema convectivo de mesoescala) que teve um ciclo de vida bastante longo, formando-se bem longe no oceano, atravessando a sul do Algarve e entrando por Espanha dentro ao longo do dia.Aquilo de tempestade subtropical, pelo menos características visiveis, tinha 0. Posso estar enganado, mas olhando para aquilo via mais um sistema de mesoescala.
Ciclones com características tropicais são mesmo assim, com convecção em torno do núcleo e sem frentes associadas (contrastes entre diferentes massas de ar). Claramente este evento de ontem esteve associada a um pequeno núcleo depressionário, que foi previsto pelos modelos e que foi possível identificar nas imagens de satélite, embora com uma trajetória mais a sul do que foi previsto pelos mesmos (daí a precipitação no Alentejo ter ficado muito aquém das previsões, e o grosso ter tocado apenas no sotavento algarvio). Esse núcleo tinha aparentemente, segundo os modelos, uma massa de ar mais quente, o que é característico de um sistema tropical/subtropical. Portanto, concordo com a análise dos espanhóis, terá sido um sistema híbrido, ou subtropical, e a convecção associada a esse sistema formou um SCM (sistema convectivo de mesoescala) que teve um ciclo de vida bastante longo, formando-se bem longe no oceano, atravessando a sul do Algarve e entrando por Espanha dentro ao longo do dia.
Sim, claramente. Posso estar a dizer um valente disparate, mas os SCM's por norma fora da situação de ontem, não são mais estacionários recordo-me que em Novembro de 2020 um SCM ficou cerca de 2 horas aqui sobre Olhão e causou o caos muito pior que ontem em Faro. Em Espanha, eles têm por vezes um SCM estacionário por várias horas no mesmo local. Mas, lá está são situações que acontecem e nem sei qual o comportamento correcto de um SCM e que factores levam a que isso aconteça.Ciclones com características tropicais são mesmo assim, com convecção em torno do núcleo e sem frentes associadas (contrastes entre diferentes massas de ar). Claramente este evento de ontem esteve associada a um pequeno núcleo depressionário, que foi previsto pelos modelos e que foi possível identificar nas imagens de satélite, embora com uma trajetória mais a sul do que foi previsto pelos mesmos (daí a precipitação no Alentejo ter ficado muito aquém das previsões, e o grosso ter tocado apenas no sotavento algarvio). Esse núcleo tinha aparentemente, segundo os modelos, uma massa de ar mais quente, o que é característico de um sistema tropical/subtropical. Portanto, concordo com a análise dos espanhóis, terá sido um sistema híbrido, ou subtropical, e a convecção associada a esse sistema formou um SCM (sistema convectivo de mesoescala) que teve um ciclo de vida bastante longo, formando-se bem longe no oceano, atravessando a sul do Algarve e entrando por Espanha dentro ao longo do dia.
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VENTO FORTE NO DIA 17 DE OUTUBRO DE 2015
No dia 17 de outubro uma depressão aproximou-se da região sudoeste de Portugal Continental, em fase de cavamento, deslocando-se ao longo da costa ocidental portuguesa no sentido sul- norte. Às 13 horas locais, a depressão centrou-se a 50 km a oeste do Cabo Carvoeiro com um valor de pressão de cerca de 988 hPa.
Durante este percurso da depressão, as condições meteorológicas no território foram afetadas muito significativamente em especial na variação da pressão atmosférica, no aumento da intensidade do vento e da precipitação. Na estação meteorológica de Lisboa/Gago Coutinho a pressão desceu 7 hPa entre as 4 e as 11 horas locais do dia 17.
Valores de rajadas superiores a 90 km/h ocorreram em vários locais do litoral e nas terras altas, registando-se os valores mais elevados do vento médio e da rajada no litoral oeste a sul do cabo Mondego, em especial entre o Cabo Carvoeiro e o Cabo Raso.
Entre as 8 e as 15 horas locais, o vento atingiu valores excecionalmente elevados. As estações de Cabo da Roca/Sintra (169 Km/h, rajada; 140 km/h, vento médio) e Cabo Carvoeiro/Peniche (130km/h, rajada; 98 km/h, vento médio) registaram os valores mais elevados entre as estações meteorológicas do IPMA na região. Valores de rajada superiores a 130 km/h foram igualmente registados em estações meteorológicas não oficiais, nomeadamente as de Alcabideche/Cascais (133 Km/h) e em Cova da Moura/Torres Vedras (136 km/h) (figura 7).