Seguimento Rios e Albufeiras - 2010

Mário Barros

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Alqueva: o maior lago artificial da Europa

Um dia após ter atingido o Nível de Pleno Armazenamento (NPA), a Barragem de Alqueva está hoje a descarregar maior caudal de água, debitando «cerca de mil metros cúbicos por segundo», revelou à Lusa fonte da empresa gestora

«Por cada descarregador de meio fundo, estão a passar 300 metros cúbicos por segundo, mais cem metros cúbicos do que na terça-feira», disse à agência Lusa Carlos Silva, porta-voz da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA).

A juntar a este débito de água, segundo a mesma fonte, também a central hidroeléctrica instalada em Alqueva «está a turbinar mais cerca de 400 metros cúbicos por segundo».

As descargas controladas, através da abertura dos descarregadores de meio fundo, começaram terça-feira à tarde, após a albufeira atingir a sua capacidade máxima, sendo que o caudal a libertar é «avaliado a cada momento», consoante as afluências.

O NPA, que significa que a água da albufeira alcançou a cota máxima de 152 metros, foi conseguido pela primeira vez desde que, em Fevereiro de 2002, as comportas foram fechadas para dar início ao processo de enchimento.

À cota 152, o Alqueva é o maior lago artificial da Europa, com uma área inundável de 250 quilómetros quadrados e cerca de 1.100 quilómetros de margens, armazenando um volume de água de 4.150 hectómetros cúbicos.

Segundo Carlos Silva, «muita gente» se deslocou esta manhã à zona do coroamento (paredão) da barragem para assistir às descargas controladas de água, que têm com objectivo libertar algum caudal para que a albufeira não chegue ao nível de máxima cheia (cota 153).

«Estava muita gente no estacionamento do coroamento da barragem para ver o espectáculo da água a ser libertada, mas, como começou a chover, as pessoas foram-se embora», disse.

Durante a manhã, também cerca de uma centena de alunos de uma escola observou as descargas, acompanhados por elementos da EDIA, que lhes foram explicando a operação e o projecto de Alqueva.

Residente em Lisboa, mas com casa no concelho alentejano de Vidigueira, também José Pinto e alguns amigos fizeram questão de passar hoje pela barragem.

«Venho cá muitas vezes e, agora, vim com estes dois amigos. Como toda a gente dizia que o Alqueva estava cheio, viemos cá ver», explicou, confessando-se impressionado com o Grande Lago e com as descargas.

A chuva que tem caído nas últimas semanas na região banhada pela albufeira, situada no rio Guadiana, levou o nível de água armazenada a atingir a cota máxima de 152 metros.

Segundo o que foi medido pela EDIA, o NPA foi alcançado «entre as 14h e as 15h» de terça-feira, enquanto que o Instituto Nacional da Água (INAG) registou essa mesma cota, nas suas medições, às 16h.

Também na página de Internet do INAG, consultada pela Lusa, a albufeira encontrava-se, às 11h de hoje, à cota de 152.11.

A EDIA justificou terça-feira a abertura das comportas devido às «afluências de água que continuam a registar-se em Alqueva» e às «previsões meteorológicas», com chuva, «para os próximos dias».

Também a barragem de Pedrógão, situada a 23 quilómetros a jusante de Alqueva, está a descarregar para o rio Guadiana, «prevendo-se que o caudal do rio se mantenha alto nos próximos dias».

«Todas estas acções, já previstas, estão a ser articuladas com os Serviços de Protecção Civil, que acompanham e monitorizam as operações», garantiu a EDIA.

Lusa / SOL

FOTOS
 


AnDré

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O caudal do Guadiana afluente ao Alqueva é impressionante: 1204m3/s.
Um valor bastante alto, para o rio que é.

Às 15h, a cota já ia nos 152,11m

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Imagem das descargas controladas:

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Fonte

Também a essa hora, o Tejo em Almourol apresenta um volume alto (mas nada de invulgar), de cerca de 1380m3/s resultante de algumas descargas que foram feitas no Fratel - barragem que se encontra neste momento a 97,1%.

No Zêzere, a barragem de Cabril (a terceira maior do país), está a 90,8%.

No Douro, em Miranda do Douro, o caudal de entrada é alto mas aparentemente estável.
 

trovoadas

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Pergunto-me se não fosse a barragem de Alqueva já teria havido inundações em Mértola, Ayamonte e Vila Real de Santo António?
pois é notória a capacidade de absorção desta barragem
 

AnDré

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22 Nov 2007
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Pergunto-me se não fosse a barragem de Alqueva já teria havido inundações em Mértola, Ayamonte e Vila Real de Santo António?
pois é notória a capacidade de absorção desta barragem

Provavelmente, visto que o caudal afluente à barragem tem estado muito elevado. Espanha tem feito constantes descargas, o que permitiu também o rápido enchimento da barragem.

No entanto, agora que a barragem está finalmente cheia, começam as descargas, e já há prejuízos com isso:

Descargas matam gado no Alqueva

A repentina subida das águas do rio Guadiana, provocada pelas descargas de Alqueva, arrastou esta quarta-feira 71 cabeças de gado para a morte. Quatro vacas conseguiram escapar da corrente devido à intervenção dos Bombeiros de Beja, que as levaram para as margens com auxílio de um bote.

Os animais, que se encontravam a pastar na Herdade da Lezíria do Guadiana, perto de Quintos, Beja, foram surpreendidos pela forte corrente causada pelo débito de um milhão de litros por segundo de águas do Alqueva.

Ao todo, segundo as contas do proprietário, António Silva, morreram afogadas três vacas, 24 borregos, 27 cabras e 17 ovelhas. “Alguns do animais abalaram na corrente. Outros, por estarem presos, devem estar submersos”, lamentou o proprietário.

António Silva, que numa só manhã viu a sua exploração ser praticamente dizimada, acusa as entidades de falta de informação. "Não vejo televisão. Deviam ter informado que iam abrir as comportas para estarmos prevenidos", disse.

Os militares do Serviço da Protecção à Natureza da GNR de Beja estiveram no local a fazer um levantamento dos cadáveres. “Vamos bater as margens e esperar pela diminuição do caudal para fazer a recolha dos animais que ficaram submersos”, referiu o major Candeias, relações públicas da GNR de Beja.

(Ver vídeo)

Fonte: Correio da Manhã
 

Vince

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23 Jan 2007
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Até que ponto a ansiedade simbólica de chegar à cota máxima não desacautelou a ocorrência de problemas a jusante com água que agora não se pode encaixar porque se esteve a reter até ao máximo.

É perfeitamente compreensível querer chegar-se à cota máxima, mas pelo menos poderiam ter alertado as populações a jusante de que as descargas iriam iniciar-se de forma súbita dado que isso é uma nova realidade ou pelo menos pouco habitual para quem vive na bacia onde grandes caudais de água são incomuns. Felizmente foram apenas animais e não pessoas que foram apanhadas desprevenidas.
 

Mário Barros

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Maçores (Torre de Moncorvo) / Algueirão (Sintra)
Espanha repõe 300 hectómetros cúbicos de água no Tejo

Espanha vai repor, num calendário a definir com Portugal, os cerca de 300 hectómetros cúbicos de águas correspondentes ao incumprimento do caudal mínimo do Tejo no último ano hidrológico

A confirmação foi dada por Santa Clara Gomes, que liderou a delegação portuguesa que se reuniu com responsáveis do Ministério do Ambiente espanhol para aprovar o relatório conjunto sobre a situação hidrometeorológica das bacias hidrográficas luso-espanholas.

«É sempre difícil tratar de questões de secas em momentos de chuvas», comentou depois da reunião, na qual foram analisados vários aspectos relacionados com a Convenção de Albufeira e a sua aplicação.

«De facto houve incumprimento da parte de Espanha nos caudais do Tejo e haverá reposição», disse. «As águas serão acertadas e uma parte da água até já foi resposta. Mas haverá um acerto exacto».

Orlando Borges, presidente do INAG, disse à Lusa que o valor total de água que não foi enviada nos caudais mínimos acordados na Convenção de Albufeira equivale a cerca de 300 hectómetros cúbicos.

No que toca às restantes bacias, Santa Clara Gomes explicou que as duas partes acordaram na necessidade de garantir um maior acompanhamento da situação, analisando oportunamente os impactos ambientais e a sustentabilidade dos projectos que são feitos.

«Queremos aplicar mais completamente e de forma mais eficaz a Convenção de Albufeira e o protocolo adicional. É um trabalho continuado», explicou Santa Clara Gomes.

O responsável da delegação portuguesa explicou que em Julho haverá uma reunião dos dois ministros para «passar em revista o progresso» das equipas técnicas dos dois países.

A aposta deverá ser, até lá, «no reforço da comunicação e do estudo bem como da crescente participação das administrações e confederações das regiões hidrográficas».

Os dois membros da delegação portuguesa insistiram que um dos temas mais polémicos dos últimos meses – o desvio de emergência de água do transvase Tejo-Segura para o Parque Tablas de Daimiel – não foi abordado.

O Ministério do Ambiente espanhol iniciou, no passado dia 04, o transvase de «urgência», de 900 litros de água por segundo para salvar o Parque Nacional de Las Tablas de Daimiel dos incêndios subterrâneos que desde Agosto consomem o subsolo.

Aprovado no início de Novembro em Conselho de Ministros, com um orçamento de 8,5 milhões de euros, o transvase começou a ser concretizado dois meses depois, considerado um tempo recorde. As autoridades espanholas esperam que o parque volte a estar alagado no final deste mês, beneficiando também das chuvas abundantes que têm caído na zona.

Santa Clara Gomes recordou que esse tipo de medidas já estava previsto na Convenção de Albufeira, que define valores máximos de transvases, os quais Espanha respeita.

«Este é um caso de emergência. O Parque é património universal», disse.

Ainda assim, Santa Clara Gomes considerou que Espanha tem tido uma política errada no que toca ao «uso e abuso das águas subterrâneas» e que o objectivo é garantir a sustentabilidade de medidas a longo prazo «para evitar que o que fizeram às águas subterrâneas se faça agora às águas de superfície». É que, apesar do transvase para Daimiel, o problema de fundo do parque não fica resolvido, disse.

Orlando Gomes insistiu que sobre a questão dos transvases se mantém uma «grande comunicação» entre Portugal e Espanha e que o desvio para as Tablas de Daimiel está dentro do previsto na convenção.

«A convenção, no caso do Tejo-Segura, permite a passagem de mil milhões de metros cúbicos por ano. Espanha nunca utilizou nem metade desse valor. Se daí quiser transferir parte para Daimiel, ou para agricultura ou abastecimento é uma questão interna da Espanha», afirmou.

«Quanto a novos transvases, a política do Governo espanhol é de que se pensarem em algum outro as autoridades portuguesas são os primeiros a ser informados», disse.

Lusa / SOL
 

AnDré

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22 Nov 2007
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Espanha repõe 300 hectómetros cúbicos de água no Tejo

Quando a água é pouca fica toda do lado de lá.
Quando a água é muita, toca a manda-la para o lado de cá.

No final os números até podem ficar certos. Certos não ficarão certamente todos os ecossistemas em volta que ora asfixiam por falta de corrente no verão, ora são arrastados, pela água que vem a mais.


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Mais estragos:

Descargas do Alto do Lindoso causam estragos

Ponte da Barca O volume de água armazenada na barragem do Alto-Lindoso, Ponte da Barca, acaba de atingir um dos valores mais elevados de sempre, atingindo ontem 87% da sua capacidade máxima, o que tem obrigado a várias descargas. Os prejuízos em Ponte da Barca já atingem os cem mil euros, diz a a autarquia.

Tendo em contas as várias descargas necessárias e não havendo qualquer aviso prévio, os prejuízos nas margens de Ponte da Barca têm sido muitos. Depois da avaliação dos danos - que tingem os cem mil euros - o presidente da câmara, Vassalo Abreu, garante que vai pedir contas à EDP.

Segundo o Instituto da Água, o armazenamento médio estava ontem a 87%, o equivalente a 340 milhões de metros cúbicos de água. O volume máximo é de 390 milhões. Há um ano, a barragem estava a apenas a 40,5% da sua capacidade.

DN
 

AnDré

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Até que ponto a ansiedade simbólica de chegar à cota máxima não desacautelou a ocorrência de problemas a jusante com água que agora não se pode encaixar porque se esteve a reter até ao máximo.

É perfeitamente compreensível querer chegar-se à cota máxima, mas pelo menos poderiam ter alertado as populações a jusante de que as descargas iriam iniciar-se de forma súbita dado que isso é uma nova realidade ou pelo menos pouco habitual para quem vive na bacia onde grandes caudais de água são incomuns. Felizmente foram apenas animais e não pessoas que foram apanhadas desprevenidas.

E as descargas parecem estar para continuar, e foram uma constante ao longo das últimas horas.

De Espanha continua a entrar um caudal impressionante.
No mês de Janeiro, houve zonas na bacia do Guadiana espanhol que tiveram uma precipitação superior a 200/300mm.

O resultado, foi num mês, regiões que estavam com o solo extremamente seco, passarem a ter um solo saturado de água.

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E a escorrência dessa água nota-se bem no Guadiana que chega a Portugal:

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O média para este mês do caudal do Guadiana não é mais que 80-100m3/s.
 

ac_cernax

Nimbostratus
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12 Jan 2008
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Cernache do Bonjardim - Sertã (400m) Distrito de C
Esta tarde:

Barragens do Rio Zezere

Barragem do Cabril (Divisão do concelho da Sertã (Castelo Branco) com Pedrogão Grande (Leiria).

Primeiro uma foto tirada em Agosto para comparação...



Agora as fotos e vídeos desta tarde...














Barragem da Bouçã (Divisão do concelho da Sertã (Castelo Branco) com Figueiró dos Vinhos (Leiria).







 
Editado por um moderador:

AnDré

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Odivelas (140m) / Várzea da Serra (930m)
Grande material ac_cernax!! :)

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Barragens do Douro continuam a fazer descargas, mas "não há risco de cheias"


Nove das dez barragens ao longo do rio Douro e afluentes continuam a fazer descargas devido aos elevados caudais, mas "não há risco de cheias", disse o director de produção hídrica da EDP, José Franco.

"A situação é de caudais elevados, mas nada que prefigure situações de cheia", afirmou José Franco, adiantando que "das dez barragens no rio Douro e seus afluentes apenas no Pocinho não está a haver descargas".

Em declarações à Lusa, o director de produção hídrica da EDP acrescentou que "são descarregamentos ligeiros sem causar qualquer tipo de preocupação" para as margens do Douro.

"Não estamos a falar de caudais de cheia", acrescentou José Franco, revelando que desde meados de Dezembro, devido às condições meteorológicas, as barragens do Douro têm estado quase sempre a fazer descargas.

Neste contexto, o responsável rejeita "as acusações injustas", feitas à empresa, que apontam para "uma gestão economicista" dos caudais.

"No Douro, fomos injustamente acusados de fazer uma gestão economicista dos caudais, mas a nossa intervenção é muito limitada porque não temos capacidade de armazenamento", afirmou.

"No caso das barragens com albufeira podemos fazer uma melhor gestão dos caudais, antecipando as descargas se soubermos que a pluviosidade vai aumentar, conseguindo assim evitar cheias", contrapôs.

José Franco admitiu que esta situação "traz prejuízos económicos", mas realçou que "em primeiro lugar está a protecção de pessoas e bens".

Em declarações à Lusa, o director de produção hídrica da EDP refutou ainda a teoria de que as cheias do lado português é culpa dos espanhóis.

"Ouve-se muitas vezes que a culpa é dos espanhóis, mas eles têm uma grande capacidade de armazenamento", afirmou, acrescentando que "as cheias que ocorrem são criadas na bacia portuguesa".

O responsável realçou ainda que a construção das barragens do Baixo Sabor e do Tua vai permitir "controlar a maior parte das cheias", uma vez que "passa a existir capacidade de armazenamento".

"Se juntarmos o Sabor e o Tua estamos a falar de quase 4.000 metros cúbicos por segundo, o que é um caudal considerável que vamos passar a poder controlar. Sob o ponto de vista de gestão e controlo de cheias, o Tua e o Sabor são fundamentais", acrescentou o responsável da EDP.

JN
 

trovoadas

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3 Out 2009
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loule-caldeirao
É de salientar que as barragens Portuguesas no rio Douro são do tipo "fio de água" que são barragens com pouquíssima capacidade de armazenamento, a água que chega é a água que vai, havendo apenas uma pequena represa para criar desnivel para poder aumentar a energia cinetica da água e assim movimentar as turbinas.
Por isso o rio Douro, em Portugal, é pouco ou nada controlável, dependendo muito das águas que vêem de Espanha.
Se as criticas se referissem ao Guadiana com a gestão do Alqueva ai penso que poderão culpabilizar a EDP pois a margem de manobra lá foi grande, actualmente já não o é pois a albufeira já se encontra cheia e agora tudo o que entra tem forçosamente que sair.
 

AnDré

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22 Nov 2007
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É de salientar que as barragens Portuguesas no rio Douro são do tipo "fio de água" que são barragens com pouquíssima capacidade de armazenamento, a água que chega é a água que vai, havendo apenas uma pequena represa para criar desnivel para poder aumentar a energia cinetica da água e assim movimentar as turbinas.
Por isso o rio Douro, em Portugal, é pouco ou nada controlável, dependendo muito das águas que vêem de Espanha.
Se as criticas se referissem ao Guadiana com a gestão do Alqueva ai penso que poderão culpabilizar a EDP pois a margem de manobra lá foi grande, actualmente já não o é pois a albufeira já se encontra cheia e agora tudo o que entra tem forçosamente que sair.

Sobre a água que vem de Espanha, ela não é tanto assim.
Pegando nos dados da passada sexta-feira, vemos que em Miranda do Douro, o caudal do rio teve uma média de 648m3/s, enquanto que à Régua a média foi de 1944m3/s e à barragem de Crestuma foi de 3432m3/s.
Ou seja, a água espanhola que chegou à foz representou apenas 20% do caudal total do rio douro.

No Tejo o caudal que vem de Espanha já tem um peso muito maior.

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Às 0h de hoje, segundo o INAG, Alto Lindoso e Cabril estavam respectivamente a 93,7% e 96,7% da sua capacidade; e o Alqueva à cota de 151,87m.
 

Lousano

Cumulonimbus
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12 Out 2008
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Lousã/Casais do Baleal
Sobre a água que vem de Espanha, ela não é tanto assim.
Pegando nos dados da passada sexta-feira, vemos que em Miranda do Douro, o caudal do rio teve uma média de 648m3/s, enquanto que à Régua a média foi de 1944m3/s e à barragem de Crestuma foi de 3432m3/s.
Ou seja, a água espanhola que chegou à foz representou apenas 20% do caudal total do rio douro.

No Tejo o caudal que vem de Espanha já tem um peso muito maior.

No caso do Douro a introdução de barragens dos rios Tua e Sabor poderá resolver em parte esse problema (na teoria, pois dúvido que a EDP não tenhas mais olhos para os €), bem como poderia ter sido contruída a barragem no rio Coa (sem prejudicar as gravuras, já que poderia existir solução).
 

trovoadas

Cumulonimbus
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3 Out 2009
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loule-caldeirao
Bom esse caudal todo será devido ao derretimento da neve na serra da estrela?
A precipitação não tem sido muita pelo centro...e a diferença é notória em relação a alguns dias atrás.

Bom registo:thumbsup: