Seguimento Rios e Albufeiras - 2010

Mário Barros

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18 Nov 2006
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Maçores (Torre de Moncorvo) / Algueirão (Sintra)
Mau tempo pode levar a risco de cheias no Douro
Porto e Gaia

A continuação da chuva intensa poderá levar a Protecção Civil a emitir um alerta amarelo para risco de cheias no Douro, revelou ontem, em comunicado o Comando Distrital de Operações de Socorro do Porto.

Ontem, o mau tempo do início da noite, provocou cortes de energia em vias públicas e no metro.

O CDOS baseia-se em informações do Instituto de Meteorologia - que prevê ocorrência de precipitação forte para esta semana, com especial incidência no Minho e Douro Litoral amanhã e depois -, e do Instituto da Água, que prevê aumento gradual do volume de água no leito do rio Douro.

"É previsível que os níveis hidrométricos na bacia do Douro venham gradualmente a subir até ao final da semana, sendo que no final deste período os valores a serem debitados da Barragem de Crestuma possam atingir os 3000 a 3500 metros cúbicos/segundo, os quais são indicadores de um potencial Alerta Amarelo, de acordo com Plano Especial de Intervenção Cheias do Rio Douro do CPPC-Douro", diz o CDOS.

O débito da Barragem de Crestuma-Lever é o principal indicador do risco de cheias no rio Douro e a marca dos 3500 metros cúbicos por segundo assinala a passagem para o nível de alerta. Também há risco acrescido na bacia do rio Tejo, pelo débito da barragem espanhola de Alcântara.

Apesar da chuva intensa que caiu ao início da noite de ontem, os maiores problemas verificados no Grande Porto foram provocados pela trovoada, que provocou cortes no fornecimento de energia da EDP ao metro. Por isso, na zona da Fonte do Cuco, houve "uma ou outra interrupção de cinco minutos" na circulação. Além disso, algumas estradas ficaram sem iluminação pública, como na Rua de S. Gens, na Senhora da Hora (Matosinhos) e verificaram-se apagões em semáforos, como os existentes no cruzamento da Serra do Pilar, em Gaia.

JN
 


AnDré

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22 Nov 2007
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Odivelas (140m) / Várzea da Serra (930m)
O volume do Guadiana, que vem de Espanha, não tem parado de aumentar.
Já superou os 2500m3/s.

Apesar das descargas constantes do Alqueva, o volume armazenado na barragem tem subido. A cota que já esteve nos 151,6m volta agora aos 151,96m. Muito próximo do máximo.

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No Tejo a situação está estável.

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AnDré

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22 Nov 2007
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Odivelas (140m) / Várzea da Serra (930m)

Depois do Tejo e do Guadiana, as atenções estão agora viradas para o norte.

No Alto Minho, o rio Lima em Alto Lindoso, chegou a atingir um volume de 800m3/s. Felizmente, a barragem que há 3 dia estava nos 60%, teve capacidade para reter toda a água, atenuando o caudal deste rio a jusante. A barragem está agora nos 87%, e o rio com um caudal de 400m3/s.

Em Miranda do Douro, o Douro tem estado a aumentar de volume nas últimas horas. Está agora com 1221m3/s. Em Crestuma o caudal deve ser superior a 3000m3/s.

No Zêzere, o caudal também tem aumentado nas últimas horas. A barragem de Cabril está a 94,8%.

No Tejo, o caudal tem variado entre os 2000 e os 2500m3/s no Fratel.

O caudal do Guadiana está estável a rondar os 2000m3/s.
 

Agreste

Furacão
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29 Out 2007
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Terra
Apesar de tudo espero que continue a chover em Espanha na bacia do Tejo. Precisamos de inundar a lezíria durante umas semanas para fazer recuar a intrusão da água salgada que tem inutilizado várias captações e algumas áreas de cultivo. Há cheias que são bem vindas. :rain:
 

AnDré

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22 Nov 2007
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Odivelas (140m) / Várzea da Serra (930m)
Apesar de tudo espero que continue a chover em Espanha na bacia do Tejo. Precisamos de inundar a lezíria durante umas semanas para fazer recuar a intrusão da água salgada que tem inutilizado várias captações e algumas áreas de cultivo. Há cheias que são bem vindas. :rain:

Certo. As cheias lavam as terras do Ribatejo. :)
Nas últimas horas, o nível da água em Almourol subiu quase 1 metro. Já nem os pesados devem passar para Reguengo do Alviela .
A barragem de Cabril chegou aos 95% e também começou a fazer algumas descargas, o Fratel está a 98% e aumentou as descargas para 2700m3/s.

Quanto ao Mondego, dia 24 às 23h a barragem estava a 72%. Hoje o volume de água deve ter aumentado consideravelmente. Talvez esteja a rondar os 80%.
 

Skizzo

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24 Set 2007
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Porto (centro) - cerca de 7km da costa
Douro/Mau tempo: Cheias esperadas durante a noite
25 de Fevereiro de 2010, 20:25

Lisboa, 25 fev (Lusa) - Cheias são esperadas esta noite ao longo de todo o curso do rio Douro, com o troço Crestuma-Foz mais crítico entre as 00:00 e as 02:00 de sexta feira, informou hoje a autoridade marítima.

Em comunicado, o Centro de Previsão e Prevenção de Cheias do Rio Douro refere que "é expetável a ocorrência de episódios de cheia em todo o curso do rio Douro, sendo no troço Crestuma-Foz o período mais crítico o da confluência da maré", entre as 00:00 e as 02:00.

A nota adianta que o Cais do Peso da Régua encontra-se inundado, mantendo-se assim previsivelmente até às 00:30, estando também alagado o Cais de Lamego.
 

AnDré

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Ponto da situação:

Alto Lindoso está já nos 90%. No entanto no dia de hoje o caudal do Lima foi baixando de forma gradual.

Em Miranda do Douro o caudal do Douro manteve-se em cerca de 1000m3/s.
À Crestuma chegaram entre 3500/4000m3/s.

Na região centro, ainda há espaço para reter o Mondego na Aguieira. Mais complicado está o Zêzere, pois a barragem de Cabril está já nos 95,9%.


No Tejo, a barragem de Fratel está a fazer descargas de 3000m3/s.
Por Almourol devem o volume deve andar em torno dos 4000m3/s.
Assim, neste momento as estradas cortadas no Ribatejo devido à subida da água do rio, são:

EN 365 – Reguengo do Alviela;
EN 365 – Quinta da Broa / Ponte do Almonda;
EM 1456-Benavente / Recta do Cabo;
EN 114-2, Setil / Reguengo;
EM 1369 - Alpiarça / Torrinha;
EM – Pombalinho/Reguengo Alviela.



Em Monte da Vinha, o volume do Guadiana que andou durante o dia a baixo dos 2000m3/s, permitindo que a cota de água no Alqueva descesse 10 centímetros, voltou a aumentar consideravelmente e está agora nos 2671m3/s.
 

PedroAfonso

Nimbostratus
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18 Fev 2008
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Covilhã (700 m) / Almada
Tal como o Zêzere, é de prever que o Mondego e o Alva subam também no que ao caudal diz respeito, com o degelo das últimas quedas de neve na serra da Estrela.

Quer-me parecer que a bacia do Mondego é a que neste momento se mantém estável e pode ser que assim se mantenha nos próximos dias, mas com as previsões de mais chuva especialmente nas regiões norte e centro a barragem da Aguieira pode ter de começar a fazer algumas descargas, se é que não está já a fazer para poder encaixar um volume maior de água.
 

AnDré

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Odivelas (140m) / Várzea da Serra (930m)
Tal como o Zêzere, é de prever que o Mondego e o Alva subam também no que ao caudal diz respeito, com o degelo das últimas quedas de neve na serra da Estrela.

Quer-me parecer que a bacia do Mondego é a que neste momento se mantém estável e pode ser que assim se mantenha nos próximos dias, mas com as previsões de mais chuva especialmente nas regiões norte e centro a barragem da Aguieira pode ter de começar a fazer algumas descargas, se é que não está já a fazer para poder encaixar um volume maior de água.

O caudal do Mondego está semelhante ao Zêzere. No entanto a barragem da Aguieira estava com mais capacidade de encaixe. No inicio da semana estava a 50%. Agora está a 75,7%.

O caudal do Guadiana em Monte da Vinha, está já nos 3000m3/s.
 

AnDré

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Odivelas (140m) / Várzea da Serra (930m)
Mais de 80mm em Manteigas e nas Penhas Douradas desde as 0h.
Se juntarmos a isso, os 9ºC com vento muito forte nas Penhas Douradas, e o provável degelo de parte da neve acumulada nos últimos dias na serra, é de adivinhar um aumento de volume por parte do Zêzere nas próximas horas.

Caudal do Guadiana, em Monte da Vinha (perto da fronteira com Espanha)

mtevinha.jpg
 

AnDré

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Odivelas (140m) / Várzea da Serra (930m)
Aumento do nível das águas irá prolongar-se na zona da Lezíria

Subida do Tejo isola freguesia do Cartaxo

Valada, no concelho do Cartaxo, ficou isolada durante a madrugada deste domingo devido à subida do caudal do Tejo, um aumento do nível das águas que se irá prolongar na zona da Lezíria.

Segundo o Centro Distrital de Operações de Socorro, o pico de cheia foi atingido na zona Norte do distrito cerca das 23h00 de sábado e prevê-se que a estrada nacional 368, entre Tapada (Almeirim) e Alpiarça, fique submersa e que possa haver o galgamento do descarregador da Courela.

Decretado na passada segunda-feira o alerta amarelo do Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo, várias estradas, sobretudo municipais, encontram-se submersas em vários pontos do distrito, estando a povoação de Reguengo do Alviela (Santarém) isolada desde terça-feira devido à inundação da estrada municipal que liga esta aldeia ao Pombalinho e da EN 365, na ligação a Vale de Figueira.

Ainda no concelho de Santarém, estão submersas a estrada que liga a cidade à aldeia ribeirinha das Caneiras, a estrada municipal que liga Ribeira de Santarém a Vale de Figueira e a Nacional 365 nas Assacaias e junto à fonte de Palhais (Ribeira de Santarém).

Igualmente alagadas estão a EN 368-1, entre Chamusca e Vale de Cavalos, a EN 365, entre a Quinta da Broa e a ponte do rio Almonda (Golegã), a municipal 1369 entre Alpiarça e Torrinha (estrada do campo) e as nacionais 114-2, entre Setil e Reguengo (por influência do rio Maior), e a 3-2, entre a Ponte do Reguengo e Valada.

Por influência da subida do rio Sorraia, estão ainda submersos os caminhos municipais entre a EN 114-3 (freguesia de Coruche e Fajarda) e a EM 515 (Biscainho) e entre a EN 114-3 e a EN 119 (ambas estradas de campo), além da estrada municipal 1456, entre Benavente e a Reta do Cabo.

Continuam inundadas as zonas junto ao rio em Constância (jardim, parque de estacionamento, estrada do campo e via junto à Casa de Camões), Vila Nova da Barquinha (submersão do cais de Tancos e parte da rua de acesso e ainda Avenida dos Plátanos).

Na região influenciada pela bacia hidrográfica do Tejo estão ainda afectados vários caminhos vicinais junto a linhas de água.

A Protecção Civil recomenda cuidado na condução de veículos, evitando passar em zonas submersas, a suspensão de todas as actividades nas margens do Tejo e afluentes e a retirada de bens e animais das zonas que possam vir a inundar.
Correio da Manhã