Seguimento Rios e Albufeiras - 2016

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Fratel está a receber forte e feio

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Fratel está a receber forte e feio

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Quando a barragem espanhola de Alcantara decide trabalhar à potência máxima, turbina um enorme caudal de água. São 915MW de potência instalados.
O Fratel, a produzir à potência máxima, turbina metade desse caudal.

De qualquer maneira, a albufeira de Alcantara está somente a 75%, e o caudal do Tejo a montante está muito fraquinho. A barragem deve estar a colmatar o provável aumento do consumo de energia em Espanha, neste dia frio. ;)
 
Foz Tua até concordo mas baixo sabor era um deserto.
Terras inférteis.
Alias toda a fauna ali existente foi protegida pelas medidas compensatórias.
Como cheguei a ler sobre um activista que admitiu isso mesmo.
Demasiadas barragens? Sonho em um dia Portugal não precisar de carvão para gerar eletricidade..

@dahon Foz coa é mesmo um tabu e vai continuar assim infelizmente

Foz do Sabor podia ser um deserto humano, mas não era de todo um deserto para a fauna e flora. Foram perdidos muitos hectares com elevados valores ecológicos por "meia dúzia" de MWatts irrelevantes à escala nacional. Ou seja para se produzir alguma energia destrói-se todo um ecossistema, energia essa que seria desnecessária a sua produção se houvesse menos desperdício elétrico a nível nacional, por exemplo...

As medidas compensatórias são uma treta, nada foi salvaguardado.

Não sou contra as barragens, são muito necessárias, mas têm que ser construidas com critério o que infelizmente não acontece em Portugal.

Há outras alternativas renováveis com muito menos impactes e ainda muito pouco exploradas, como a energia solar. Se cada casa ou fábrica tivesse um ou mais painéis solares a necessidade de grandes obras hidráulicas seria mínimo. Ccomplementado com a energia eólica eólica e as hídricas já existentes, pouca energia térmica seria necessária, talvez apenas nos picos de consumo.
 
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Há outras alternativas renováveis com muito menos impactes e ainda muito pouco exploradas, como a energia solar. Se cada casa ou fábrica tivesse um ou mais painéis solares a necessidade de grandes obras hidráulicas seria mínimo. Ccomplementado com a energia eólica eólica e as hídricas já existentes, pouca energia térmica seria necessária, talvez apenas nos picos de consumo.

E se eu te disser que a aposta na produção solar fotovoltaica (que penso que no curto prazo deve ser fortemente implementado no nosso país) está dependente da construção das barragens com capacidade de bombagem e sem elas a aposta no fotovoltaico não faz grande sentido.

Há aqui dois pontos a reter, primeiro tanto a produção através da energia eólica como solar é intermitente, exemplo basta passar uma nuvem por cima de um painel fotovoltaico e a produção cai 70%, e quando há essas quebras para além das turbinas a gás só as hídricas tem uma resposta suficientemente rápida para colmatar essa lacuna na produção. Segundo tanto a eólica como fotovoltaico só são realmente viáveis com o armazenamento de energia e infelizmente devido ao fraco desenvolvimento das baterias a principal forma é através da bombagem nas hídricas de albufeira.
Resumindo aposta noutros tipos de energia renovável está dependente da Hídrica.

Com isto eu não estou a dizer que se deva construir barragens de forma desenfreada, e também não digo que não existem algumas aberrações por este pais fora. Estou simplesmente a expor estes pontos para se perceber as posições e opiniões.

No que diz respeito à eficiência energética estou totalmente de acordo, infelizmente isso depende do investimento das famílias e digamos que a capacidade de investimento neste momento é curta. Já as empresas com consumos energéticos elevados penso que já sejam obrigadas a cumprir metas de eficiência energética.

Bem o post já vai longo e o offtopic da minha parte também, por isso digo só que vivemos numa fase de transição muito interessante com algum "trial and error" como é normal.
 
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Produção de eletricidade em Portugal com novo recorde
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A produção nacional de eletricidade atingiu novos máximos na segunda-feira, de 228GWh, ultrapassando o recorde anterior de 216GWh, registado em janeiro, graças às condições climatéricas, segundo a REN - Redes Energéticas Nacionais.

Em comunicado, a gestora da rede elétrica explica que os fortes ventos e chuva que se fizeram sentir no fim de semana e na segunda-feira levaram a que rede elétrica registasse números históricos de produção, sendo que uma percentagem significativa é proveniente de energias renováveis.

"A produção nacional chegou mesmo a superar as necessidades de consumo em 56% no domingo e, face às condições climatéricas que marcaram todo o fim de semana e a segunda-feira, tanto a produção hídrica como a eólica teriam sido suficientes para abastecer entre 60% a 70% do consumo nacional", adianta a empresa liderada por Rodrigo Costa.

A REN destaca que durante os picos de produção, o sistema elétrico nacional demonstrou "resiliência e fiabilidade, mantendo os elevados níveis de qualidade de serviço".

Até 15 de fevereiro, as hídricas abasteceram 38% do consumo, as eólicas 29% e o total das renováveis 71%, sendo que o saldo exportador equivale a 22% do consumo nacional neste período.
 
Retirado daqui

"Aqui está a entrada da já famosa passagem subterrânea (conhecida por sifão), na primeira fotografia, com uma máquina da protecção civil a limpar limos e a depositá-los ao lado, na água!..., à qual compete escoar toda a água que se acumulou na margem direita do Mondego, desde Tentugal até Montemor, despejada pelo dique fusível instalado no dique do leito principal, para os lados de Pereira!

Por aqui deve entrar e passar todo o caudal que inundou os campos, estradas e o Centro Náutico! Imaginem a imensidão de território inundado a afunilar neste ponto!

A segunda fotografia mostra a saída do mesmo sifão, depois da passagem por baixo do do leito periférico direito, mesmo junto ao antigo lavadouro do Casal Novo do Rio!

Ora digam lá se está passagem consegue alguma vez escoar em tempo útil a água que está acumulada no campo?

A realidade mostra que não, mas também vos digo com a maior franqueza, se a escoasse, teríamos novo problema na Ereira e Montemor, que passariam a ficar, por sua vez, debaixo de água, já que a estação de bombagem do Foja, a que compete captar e bombear a água para o Mondego, nunca seria capaz de levar tal tarefa a bom termo!

Porquê? Perguntamos todos, com espanto!

É simples, a capacidade da única bomba (em duas instaladas) que funciona é de 6 metros cúbicos por segundo, capacidade esta que jamais chegaria para os caudais em causa! E mesmo que ali estivessem as seis bombas previstas no projecto inicial, mesmo assim, jamais seriam suficientes!

Assim vai a coisa! Dum lado, rios Ega e Arunca com saídas de água mais baixas do que o nível do rio onde desaguam, do outro lado, canal de escoamento que não escoa, bombagem que não bombeia!

Dizem-me os mais optimistas, o problema é que isto só devia ter acontecido uma vez em cem anos!... Mas, será, então, que começámos pelo fim?..."

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Produção de eletricidade em Portugal com novo recorde
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A produção nacional de eletricidade atingiu novos máximos na segunda-feira, de 228GWh, ultrapassando o recorde anterior de 216GWh, registado em janeiro, graças às condições climatéricas, segundo a REN - Redes Energéticas Nacionais.

Em comunicado, a gestora da rede elétrica explica que os fortes ventos e chuva que se fizeram sentir no fim de semana e na segunda-feira levaram a que rede elétrica registasse números históricos de produção, sendo que uma percentagem significativa é proveniente de energias renováveis.

"A produção nacional chegou mesmo a superar as necessidades de consumo em 56% no domingo e, face às condições climatéricas que marcaram todo o fim de semana e a segunda-feira, tanto a produção hídrica como a eólica teriam sido suficientes para abastecer entre 60% a 70% do consumo nacional", adianta a empresa liderada por Rodrigo Costa.

A REN destaca que durante os picos de produção, o sistema elétrico nacional demonstrou "resiliência e fiabilidade, mantendo os elevados níveis de qualidade de serviço".

Até 15 de fevereiro, as hídricas abasteceram 38% do consumo, as eólicas 29% e o total das renováveis 71%, sendo que o saldo exportador equivale a 22% do consumo nacional neste período.


Que belo céu que está nessa foto!
 
GOVERNO INVESTE 10 M€ NO DESASSOREAMENTO DO MONDEGO

O Ministério do Ambiente pretende investir 20 milhões de euros em zonas inundáveis e no sistema de monitorização para evitar cheias, em oito obras e instalação de equipamentos em 25 locais, incluindo 10 milhões de euros em Coimbra.

O investimento, que será visível ainda em 2016, "inclui oito obras e a instalação de equipamentos em 25 locais para medir os caudais e simular a sua evolução", anunciou hoje o Ministério liderado por João Matos Fernandes.

As obras terão várias dimensões e vão ocorrer nos rios Lima e Vez, na Foz do Cávado, no Tâmega, na Ribeira do Prior Velho (junto ao Trancão) e no Mondego, que recebe três intervenções.

O desassoreamento do leito do Mondego, junto a Coimbra, com 6,5 milhões de euros, é a obra que, segundo o comunicado do Ministério, implica um montante mais expressivo e "visa criar uma nova capacidade de encaixe para as cheias frente à cidade".

Ainda no Mondego serão investidos 3,5 milhões de euros na limpeza e desassoreamento dos leitos periféricos do rio.

A expetativa do Ministério é que estes investimentos em algumas zonas críticas, que serão suportados pelo PO SEUR (programa operacional de sustentabilidade e eficiência no uso dos recursos), minimizem o risco de cheias, cumprindo a estratégia de adaptação às alterações climáticas.

Entre as intervenções estão a criação de galerias ripícolas e de margens de construção de galerias de águas pluviais para desviá-las das zonas urbanas.

Os trabalhos de monitorização totalizam 700 mil euros, acrescenta a informação.

Além de Coimbra, serão investidos cinco milhões de euros na regularização fluvial da ribeira do Prior Velho, no troço terminal Coberto-Loures, enquanto a valorização e requalificação das margens e leito do rio Tâmega terão 260 mil euros.

Para "diminuir significativamente o volume de água que aflui ao sistema de drenagem da cidade de Esposende, evitando as inundações com origem na água drenada pelas diferentes ribeiras", serão canalizados 4,5 milhões de euros para construção de um sistema intercetor e de desvio da área urbana.

O controlo da erosão das margens do rio Lima e Vade em pontos considerados mais críticos, situados dentro dos limites urbanos do concelho de Ponte da Barca, terá um investimento de 200 mil euros, a executar este ano, e é outro dos exemplos dos projetos agora anunciados pelo Ministério.

Município de Coimbra

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Finalmente! Depois de duas cheias no espaço de um mês, e muitos milhões de euros de prejuízos lá se lembraram que o rio tem mesmo que ser desassoreado.
 
Exceptuando algumas situações de estrangulamento de alguns trocos de rios, que terão que ser mesmo desassoreados, já foi feito algum estudo credível e científico, que certifique que os prejuízos provocados pelas cheias nos últimos anos são muito superiores a estes 20 milhões de euros ( prejuízos para o erário público, não para particulares) ?

Ou não foi feito e é mais um caso em que o dinheiro dos contribuintes vai ser deitado ao rio em prol de interesses de meia dúzia e de empresas e autarquias amigas?

Só espero que, a avançar, a intervenção no vale do Mondego não seja a estocada final no vale do Mondego ( que ainda tem locais de grande valor ecológico, como o Paul de Arzila) e que foi vítima nos anos 80 de uma intervenção desastrada , que destruiu ecologicamente grande parte do Vale do Mondego e que nem sequer resolveu o principal desígnio que foi proposto na altura, que era o controlo de cheias.
Essa intervenção foi mesmo mais tarde reconhecida por Mário Soares ( que era Primeiro - Ministro na altura) como um erro grave.
 
Última edição:
Esta não é a minha área de formação mas sou sócio da Quercus desde os 13 anos, e desde essa altura que leio nos jornais da associação que com um aumento da eficiência energética e com poupanças no sector público poderíamos baixar o consumo em 10%. Estas barragens vão aumentar a produção, cada uma, em 1 a 3%. Portanto entre a poupança e a eficiência parece-me que a opção política foi a de favorecer as construtoras e os interesses da EDP. E isto acontece porque a sociedade civil é fraca e mal informada, e as corporações são imorais.

Não conheço nenhum país na Europa com tanto desperdício de dinheiro em iluminação pública, qual é o sentido de iluminar estradas rurais como se fossem avenidas? Ou colocar tanta iluminação em pontes ou cruzamentos de IPs ou ICs? Serão necessários tantos candeeiros? Acho que não! O Estado se quiser poupa muitos, muitos milhões na factura de electricidade.
 
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Exceptuando algumas situações de estrangulamento de alguns trocos de rios, que terão que ser mesmo desassoreados, já foi feito algum estudo credível e científico, que certifique que os prejuízos provocados pelas cheias nos últimos anos são muito superiores a estes 20 milhões de euros ( prejuízos para o erário público, não para particulares) ?

Ou não foi feito e é mais um caso em que o dinheiro dos contribuintes vai ser deitado ao rio em prol de interesses de meia dúzia e de empresas e autarquias amigas?

Nos últimos 40 a 50 anos foi feita uma ocupação brutal de leitos de cheia ou do litoral, caso flagrante é a ilha de Faro. Sempre que houvesse cheias ou tempestades marítimas o Estado deveria ter uma posição firme e não gastar um tostão. No tempos dos meus bisavós ninguém queria morar perto do mar nem dos ribeiros. No dia que o Estado não der um cêntimo para apoiar quem mora em áreas de risco natural o problema acaba.