esse ano de 2000/01 foi dos ultimos de grandes cheias aqui na Régua. Chegou à minha rua e ficou a pouco de entrar em minha casa, porque na altura eu vivia na avenida à beira rio. No espaço de poucas semanas/meses tivemos várias cheias seguidas a chegar à avenida.
Lembro-me bem de ficar noites e noites acordado, uma delas fomos dormir descansados com o rio quase em leito normal e acordamos às 8 da manhã com as noticias na rádio do rio a um metro de chegar à avenida principal, tivemos rapidamente de ir preparar as coisas para tirar tudo de casa.
As últimas grandes cheias cá na Régua, a chegar à avenida foram em Novembro de 2006.
Têm aqui um resumo das maiores cheias em Portugal que estão na página da ANPC
1909
Dezembro
Rio Douro. Atingiu na Régua o caudal máximo de 16 700 m3/s;
1948
Janeiro
As mais generalizadas em Portugal, por se terem verificado em quase todos os rios do Continente;
1962
Janeiro
Norte e Centro do País, com principal incidência nos
rios Mondego e Douro, onde se cotou como a 2ª maior cheia do século XX;
1967
Novembro
Rio Tejo. Morreram cerca de 500 pessoas, grande número de casas ficou gravemente danificado e foram destruídos muitos quilómetros de infra-estruturas;
1978
Fevereiro
Rios Tejo e Sado;
1979
Fevereiro
Rio Tejo. A cheia durou 9 dias, tendo provocado 2 mortos, 115 feridos, 1 187 evacuados e avultados prejuízos materiais. O distrito de Santarém foi o mais afectado. Considera-se como a maior cheia do séculoXX;
1983
Novembro
Rio Tejo. Morreu uma dezena de pessoas, 610 habitações foram completamente destruídas, 1 800 famílias desalojadas, tendo os prejuízos ascendido a cerca de 18 milhões de contos (valores da época);
Cascais, 1983
1989
Dezembro
Rios Tejo e Douro. Provocou 1 morto, 61 pessoas foram evacuadas no Distrito de Santarém e 1 500 ficaram desalojadas no Distrito de Vila Real (Régua), onde atingiu um caudal máximo de 12.000 m3/s.
Constância (Rio Tejo),1989
Fotografia: Rui Ochôa
1997
Outubro
Monchique. Precipitação muito intensa durante quatro horas alagou impetuosamente a localidade, com elevados prejuízos materiais em habitações, viaturas e equipamentos (ex: Termas das Caldas de Monchique).
1997
Novembro
Baixo Alentejo. Onze mortos devido a inundações repentinas nos concelhos de Ourique, Aljustrel, Moura e Serpa.
2000/01
Inverno
Rios Douro e Tejo. Um período de Inverno excepcionalmente chuvoso originou uma série de cheias consecutivas entre os meses de Dezembro e Março. Os distritos de Vila Real, Porto e Santarém foram os mais afectados. Outras bacias hidrográficas também registaram diversas situações de cheia, algumas das quais atingiram níveis recorde. Ao todo, durante este Inverno, cerca de uma dezena de pessoas perdeu a vida nas cheias, a maioria ao atravessar indevidamente zonas caudalosas. A saturação dos solos proporcionada pela precipitação contínua causou ainda diversos aluimentos de terras que provocaram mortos e desalojados.
2001
Janeiro
Rio Mondego. Níveis excepcionais de precipitação na região de Coimbra originaram um elevado caudal do Mondego, o que provocou a rotura dos diques do leito central do rio em 13 pontos distintos (por erosão dos taludes). A zona a jusante de Coimbra ficou alagada durante quase uma semana, com especial incidência para o concelho de Montemor-o-Velho.