Seguimento Rios e Albufeiras - 2017

Pedro1993

Super Célula
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7 Jan 2014
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Aqui há uns tempos fui de férias e passei na zona de Vila Velha de Ródão, sinceramente não sei nem tão pouco imagino como é que
as pessoas (habitantes) conseguem aguentar o cheiro, é mesmo terrível, gostaria de sentir isso na Quinta da Marinha.
O rio Tejo, é a consequência da falta de acompanhamento das autoridades que se dizem responsáveis, mas não são visto
em Portugal a responsabilidade morrer solteira em tudo !

Os vários afluentes do Tejo, bem como o próprio rio em si, são alvos de inúmeras descargas diariamente, por parte de grandes indústrias.
Secalhar o governo só deve tomar medidas drásticas, quando esta água nojenta, servir de recordação ao nossos turistas, bem aí no centro da capital.
 
Última edição:


joralentejano

Super Célula
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21 Set 2015
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Os vários afluente do Tejo, bem como o próprio rio em si, são alvos de inúmeras descargas diariamente, por parte de grandes indústrias.
Secalhar o governo só deve tomar medidas drásticas, quando esta água nojenta, servir de recordação ao nossos turistas, bem aí no centro da capital.
A sorte de Lisboa é a água do mar que sempre entra pelo estuário e ameniza um pouco a coisa, porque se não fosse isso, o turismo na baixa estava condenado com o cheiro horrível e já para não falar dos mosquitos. No verão passado, estive na baixa durante uma noite tropical e jurei nunca mais lá ir nessa altura e muito menos numa noite tropical, a maré estava baixa e para além do cheiro insuportável, sai de lá com picadas de mosquitos em todo o lado. O Tejo é um rio morto aos anos, ainda ninguém fez nada por ele e também não é agora que o vão fazer, os interesses em Portugal estão sempre em primeiro lugar, ninguém é responsável por nada. Se os turistas vissem a vergonha em que o rio Tejo durante o seu percurso em Portugal, até caiam para o lado, é vergonhoso e mete nojo o estado em que está!
 

The Weatherman

Cumulus
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10 Fev 2009
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A sorte de Lisboa é a água do mar que sempre entra pelo estuário e ameniza um pouco a coisa, porque se não fosse isso, o turismo na baixa estava condenado com o cheiro horrível e já para não falar dos mosquitos. No verão passado, estive na baixa durante uma noite tropical e jurei nunca mais lá ir nessa altura e muito menos numa noite tropical, a maré estava baixa e para além do cheiro insuportável, sai de lá com picadas de mosquitos em todo o lado. O Tejo é um rio morto aos anos, ainda ninguém fez nada por ele e também não é agora que o vão fazer, os interesses em Portugal estão sempre em primeiro lugar, ninguém é responsável por nada. Se os turistas vissem a vergonha em que o rio Tejo durante o seu percurso em Portugal, até caiam para o lado, é vergonhoso e mete nojo o estado em que está!

Está bom para o camarão japonês:

Camarão japonês detetado no estuário do Tejo
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) divulgou hoje que existe camarão japonês no estuário do Tejo, uma espécie com interesse comercial que está a ser capturada pela pesca artesanal.

Numa nota hoje divulgada, o IPMA refere que desde 2000 que previa o estabelecimento do camarão japonês (Marsupenaeus (Penaeus) japonicus) no estuário do Tejo por ter sido objeto de cultivo experimental nessa área na década de 80 do século passado.
"Com esta nota, confirmamos a ocorrência e estabelecimento do camarão japonês no estuário do Tejo", refere o IPMA, adiantando que está a preparar um artigo científico para assinalar este registo.

Segundo o instituto, este é um camarão com interesse comercial, sendo objeto de pesca no Oceano Índico e Pacífico, em países como o Japão, onde também é produzido em aquacultura.
A sua introdução na Europa, explica o IPMA, ocorreu através do Canal do Suez para o Mediterrâneo, mas também de modo intencional para a sua utilização em aquacultura em França e Espanha.

naom_5a09a220db615.jpg
 

joralentejano

Super Célula
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Está bom para o camarão japonês:

Camarão japonês detetado no estuário do Tejo
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) divulgou hoje que existe camarão japonês no estuário do Tejo, uma espécie com interesse comercial que está a ser capturada pela pesca artesanal.

Numa nota hoje divulgada, o IPMA refere que desde 2000 que previa o estabelecimento do camarão japonês (Marsupenaeus (Penaeus) japonicus) no estuário do Tejo por ter sido objeto de cultivo experimental nessa área na década de 80 do século passado.
"Com esta nota, confirmamos a ocorrência e estabelecimento do camarão japonês no estuário do Tejo", refere o IPMA, adiantando que está a preparar um artigo científico para assinalar este registo.

Segundo o instituto, este é um camarão com interesse comercial, sendo objeto de pesca no Oceano Índico e Pacífico, em países como o Japão, onde também é produzido em aquacultura.
A sua introdução na Europa, explica o IPMA, ocorreu através do Canal do Suez para o Mediterrâneo, mas também de modo intencional para a sua utilização em aquacultura em França e Espanha.

naom_5a09a220db615.jpg
Ai agora, a poluição no Tejo é favorável a uma espécie com grande interesse comercial. :huhlmao:Se assim for, não temos outro remédio se não ver o Tejo nesta tristeza e vergonha.
 
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criz0r

Cumulonimbus
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11 Abr 2008
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.
Como é possível, eu que vou com alguma frequência até ao Gavião vejo constantemente o Tejo escuro, sujo e com um cheiro por vezes agressivo sempre junto à Barragem e esta alma penada deste Ministro diz que não viu poluição nenhuma ? Provavelmente andamos todos ceguinhos, enfim.

As constantes descargas da Celtejo,Portucel Centroliva etc aliado à própria Eutrofização do Rio vão acabar mais tarde ou mais cedo por o destruir. E isto à vista de toda a gente.

A sorte de Lisboa é a água do mar que sempre entra pelo estuário e ameniza um pouco a coisa

A sorte de Lisboa e Margem Sul é isso e os seus afluentes como o Zêzere ,que quando se junta ao Tejo em constância é ver a diferença do cristalino para o preto.
 
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23 Abr 2017
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Aqui há uns tempos fui de férias e passei na zona de Vila Velha de Ródão, sinceramente não sei nem tão pouco imagino como é que
as pessoas (habitantes) conseguem aguentar o cheiro, é mesmo terrível, gostaria de sentir isso na Quinta da Marinha.
O rio Tejo, é a consequência da falta de acompanhamento das autoridades que se dizem responsáveis, mas não são visto
em Portugal a responsabilidade morrer solteira em tudo !

Não é só as autoridades incompetentes , é o governo , é os políticos que se armam em responsáveis e depois pelos vistos não são , tristeza de país . :mad:
 

MSantos

Moderação
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3 Out 2007
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Aveiras de Cima
Boas,
Tão bom ver isto assim, bem limpinho, intervenção muito útil e necessária! :thumbsup:
Antes:
GEflsGU.jpg

Depois:
hrf4gJu.jpg

Fonte e mais fotos
_________
Por aqui dia com algumas nuvens altas e vento de norte, descida da temperatura máxima. Segundo as previsões o vento irá intensificar-se quando rodar para Nordeste, logo à noite.
Máx: 19,2ºC
Min: 2,7ºC

Agora estão 12,2ºC e o vento é fraco.

Assim está péssimo! Sem vegetação ripícola a água aquece e perde o oxigénio dissolvido, isto para além de promover a evaporação e a secagem mais rápida do rio. Se o que fizeram foi apenas cortar a vegetação, foi mau para qualquer fauna e flora que exista no rio.

As pessoas têm a ideia errada que limpinho, isto é sem vegetação é que é bom... Não podiam estar mais enganadas... ;)

Além de que é ilegal cortar a vegetação ripícola, podem ter feito aí um crime ambiental! (não sei se foram concedidas as autorizações necessárias para esse tipo de trabalhos.
 

joralentejano

Super Célula
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21 Set 2015
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Assim está péssimo! Sem vegetação ripícola a água aquece e perde o oxigénio dissolvido, isto para além de promover a evaporação e a secagem mais rápida do rio. Se o que fizeram foi apenas cortar a vegetação, foi mau para qualquer fauna e flora que exista no rio.

As pessoas têm a ideia errada que limpinho, isto é sem vegetação é que é bom... Não podiam estar mais enganadas... ;)

Além de que é ilegal cortar a vegetação ripícola, podem ter feito aí um crime ambiental! (não sei se foram concedidas as autorizações necessárias para esse tipo de trabalhos.
Não acho que seja mau, pelo contrário, o estado em que isto estava, já precisava de uma limpeza. Como se fosse muito bonito ver uma ribeira que antigamente era limpa e nunca houve problemas e que agora mal se via. Corríamos o risco de a ver destruir hortas e aquilo que há à volta dela. Se chover, ao longo do inverno vai ficar tudo verde e cheio de plantas novamente.
Uma ribeira pode ser selvagem no seu percurso, mas junto a uma localidade isto já não metia vista nenhuma.
Em Espanha, numa localidade aqui perto, limparam uma ribeira e ficou impecável, lá nada disto é ilegal. Em Portugal é ilegal limpar as florestas etc, para proteger os ecossistemas, tem-se visto as consequências da falta de limpeza. Em campo maior à uns tempos houve um incêndio junto a uma ribeira que estava tal e qual como esta, só não foi pior porque os bombeiros chegaram a tempo.
Respeito a tua opinião e cada um é livre de a expressar ;), mas na minha opinião é muito melhor ver isto tudo limpo do que tudo sujo e depois mais tarde termos as consequências disso que não são mesmo nada boas.
 

joralentejano

Super Célula
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21 Set 2015
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Tejo "praticamente morto" em Espanha já cheira mal em Portugal
Hoje às 01:37, atualizado às 09:50
A imagem da nascente seca do rio Douro, em Espanha, alarmou os portugueses, na semana passada. Mais a sul, o cenário é pouco melhor. O Tejo definha a cada dia e as consequências estão aos nossos pés.

Castela-La Mancha, uma das quatro regiões espanholas atravessadas pelo Tejo, denunciou a qualidade duvidosa da água do rio, "praticamente morto", afetado pela mais grave seca dos últimos anos e vítima da política de transvases para as regiões do sudoeste de Espanha, que vivem da agricultura intensiva.


Segundo a Confederação Hidrográfica do Tejo, as reservas de água caíram para 282 hectómetros cúbicos, o que equivale a 11,8% da capacidade total de armazenamento da bacia de Entrepenas e Buenia, na cabeceira do Tejo, que na última semana perdeu 3,8 hectómetros cúbicos de água.

"Não há água", lamentou a conselheira das Finanças de Castela-La Mancha, Augustina García Élez. "Os pântanos estão numa situação alarmante", acrescentou, citada pelo jornal "La Vanguardia", antes de uma reunião com a ministra espanhola da Agricultura, Isabel García Tejerina.

"Há 30 anos, tínhamos belas praias fluviais e e as crianças banhavam-se nas águas", lembrou Rosa Prieto, da associação espanhola Rio Tejo Vivo, ouvida pelo jornal "Le Monde", de França. "Agora está tudo perdido", acrescentou, desolada com a lama que inunda o rio.

"Esgotado pelo saque"
O eurodeputado do PSOE, Sergio Gutiérrez, sublinhou que o Tejo está "degradado e esgotado pelo saque brutal que sofre na forma de transvases, especialmente nos últimos anos" e considerou necessário mudar o modelo de gestão de recursos hídricos em Espanha para garantir a sustentabilidade ambiental daquele rio.

Numa carta enviada ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e revelada pelo jornal "La Verdad", o eurodeputado socialista pede que seja modificado o planeamento hidrológico do Tejo e que se encontrem alternativas para os transvases, ante o "estado terrível" das reservas da bacia de Entrepenas e Buenia.

Engenheiros do governo regional, diz o "Le Monde", falam de eutrofização para definir o processo de degradação das águas do rio Tejo, que se traduzem em odores, margens apodrecidas e na presença de algas nocivas e espumas tóxicas.

"O terrível estado dos pântanos está a ter as consequências para a bacia do Tejo Médio, como espumas em Toledo, ou pragas de insetos e bolsas de algas na região de Talavera. Tudo consequências do aumento das temperaturas, da estagnação das águas e, portanto, da ausência de caudal", concluiu Gutiérrez.

Do lado português já cheira mal

Do lado português da fronteira, já se sentem esses efeitos da fragilidade do caudal do Tejo. A Câmara de Nisa, Portalegre, exigiu, terça-feira, ao Governo medidas de combate à poluição do rio Tejo, alertando que desenvolveu recentemente ações de recolha de peixes mortos junto à Central Hidroelétrica da Velada. Também por causa das celuloses do lado português e das descargas que têm sido sucessivamente denunciadas pelos movimentos de defesa do Tejo.

"Exigimos e defendemos, junto das autoridades competentes, medidas realmente efetivas e duradouras de combate à grave poluição que afeta o rio Tejo, porque a sustentabilidade do nosso território e das comunidades que nele habitam só se coaduna com um rio vivido e com vida, em toda a sua plenitude", lê-se num comunicado publicado na página do município na Internet.

A autarquia informa que enviou, "no início do mês de novembro", um ofício ao ministro do Ambiente alertando a tutela para a necessidade de se proceder à "construção de uma solução válida, duradoura e sustentável" para elevar o rio Tejo. Texto publicado dois dias depois da visita do ministro do ambiente a Vila Velha de Rodão e Nisa.

"Aquilo que vi foi um rio que, não tendo nenhum problema aparente de poluição - não havia peixes mortos -, tinha menos água do que a expectativa", disse o ministro João Matos Fernandes.

Negociar com Espanha
Segundo referiu o governante, era visível, no domingo, "que a água era mesmo pouca, apesar de Espanha cumprir a Convenção de Albufeira". Para enfrentar a poluição, além de intensificar os mecanismos de fiscalização naquela zona, realçou, é necessário aumentar a quantidade de oxigénio que existe naquela massa de água e isso faz-se, sobretudo, com mais água. Por isso, quer negociar com Espanha a medição diária do caudal.

"Temos de tentar tudo para que não seja um número contado à semana, mas sim contado ao dia", ou seja, "ter uma nova obrigação de volume mínimo diário e não de volume semanal", explicou João Matos Fernandes.

Como já tinha dito aos deputados na quarta-feira, na discussão do Orçamento do Estado para 2018, o ministro apontou que "não é boa ideia discutir caudais em ano de seca, isso não se faz e Portugal não irá fazer".

"Mas é mesmo importante que haja uma maior continuidade na água que vem de Espanha para Portugal", insistiu.

"Temos de ter uma maior capacidade para gerir aquela massa de água, é isso que não temos tido e, a partir de um conjunto de pequenas decisões que foram ontem [domingo] tomadas internamente e serão tornadas públicas a seu tempo", isso poderá acontecer, acrescentou o ministro, sem concretizar que tipo de ações foram planeadas a partir da visita ao Tejo.

João Matos Fernandes referiu ainda que não irá mudar o plano de bacia hidrográfica, mas que este permite que muitas coisas possam vir a ser feitas.
Fonte: JN
 

Pedro1993

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Torres Novas(75m)
Tejo "praticamente morto" em Espanha já cheira mal em Portugal
Hoje às 01:37, atualizado às 09:50
A imagem da nascente seca do rio Douro, em Espanha, alarmou os portugueses, na semana passada. Mais a sul, o cenário é pouco melhor. O Tejo definha a cada dia e as consequências estão aos nossos pés.

Castela-La Mancha, uma das quatro regiões espanholas atravessadas pelo Tejo, denunciou a qualidade duvidosa da água do rio, "praticamente morto", afetado pela mais grave seca dos últimos anos e vítima da política de transvases para as regiões do sudoeste de Espanha, que vivem da agricultura intensiva.


Segundo a Confederação Hidrográfica do Tejo, as reservas de água caíram para 282 hectómetros cúbicos, o que equivale a 11,8% da capacidade total de armazenamento da bacia de Entrepenas e Buenia, na cabeceira do Tejo, que na última semana perdeu 3,8 hectómetros cúbicos de água.

"Não há água", lamentou a conselheira das Finanças de Castela-La Mancha, Augustina García Élez. "Os pântanos estão numa situação alarmante", acrescentou, citada pelo jornal "La Vanguardia", antes de uma reunião com a ministra espanhola da Agricultura, Isabel García Tejerina.

"Há 30 anos, tínhamos belas praias fluviais e e as crianças banhavam-se nas águas", lembrou Rosa Prieto, da associação espanhola Rio Tejo Vivo, ouvida pelo jornal "Le Monde", de França. "Agora está tudo perdido", acrescentou, desolada com a lama que inunda o rio.

"Esgotado pelo saque"
O eurodeputado do PSOE, Sergio Gutiérrez, sublinhou que o Tejo está "degradado e esgotado pelo saque brutal que sofre na forma de transvases, especialmente nos últimos anos" e considerou necessário mudar o modelo de gestão de recursos hídricos em Espanha para garantir a sustentabilidade ambiental daquele rio.

Numa carta enviada ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e revelada pelo jornal "La Verdad", o eurodeputado socialista pede que seja modificado o planeamento hidrológico do Tejo e que se encontrem alternativas para os transvases, ante o "estado terrível" das reservas da bacia de Entrepenas e Buenia.

Engenheiros do governo regional, diz o "Le Monde", falam de eutrofização para definir o processo de degradação das águas do rio Tejo, que se traduzem em odores, margens apodrecidas e na presença de algas nocivas e espumas tóxicas.

"O terrível estado dos pântanos está a ter as consequências para a bacia do Tejo Médio, como espumas em Toledo, ou pragas de insetos e bolsas de algas na região de Talavera. Tudo consequências do aumento das temperaturas, da estagnação das águas e, portanto, da ausência de caudal", concluiu Gutiérrez.

Do lado português já cheira mal

Do lado português da fronteira, já se sentem esses efeitos da fragilidade do caudal do Tejo. A Câmara de Nisa, Portalegre, exigiu, terça-feira, ao Governo medidas de combate à poluição do rio Tejo, alertando que desenvolveu recentemente ações de recolha de peixes mortos junto à Central Hidroelétrica da Velada. Também por causa das celuloses do lado português e das descargas que têm sido sucessivamente denunciadas pelos movimentos de defesa do Tejo.

"Exigimos e defendemos, junto das autoridades competentes, medidas realmente efetivas e duradouras de combate à grave poluição que afeta o rio Tejo, porque a sustentabilidade do nosso território e das comunidades que nele habitam só se coaduna com um rio vivido e com vida, em toda a sua plenitude", lê-se num comunicado publicado na página do município na Internet.

A autarquia informa que enviou, "no início do mês de novembro", um ofício ao ministro do Ambiente alertando a tutela para a necessidade de se proceder à "construção de uma solução válida, duradoura e sustentável" para elevar o rio Tejo. Texto publicado dois dias depois da visita do ministro do ambiente a Vila Velha de Rodão e Nisa.

"Aquilo que vi foi um rio que, não tendo nenhum problema aparente de poluição - não havia peixes mortos -, tinha menos água do que a expectativa", disse o ministro João Matos Fernandes.

Negociar com Espanha
Segundo referiu o governante, era visível, no domingo, "que a água era mesmo pouca, apesar de Espanha cumprir a Convenção de Albufeira". Para enfrentar a poluição, além de intensificar os mecanismos de fiscalização naquela zona, realçou, é necessário aumentar a quantidade de oxigénio que existe naquela massa de água e isso faz-se, sobretudo, com mais água. Por isso, quer negociar com Espanha a medição diária do caudal.

"Temos de tentar tudo para que não seja um número contado à semana, mas sim contado ao dia", ou seja, "ter uma nova obrigação de volume mínimo diário e não de volume semanal", explicou João Matos Fernandes.

Como já tinha dito aos deputados na quarta-feira, na discussão do Orçamento do Estado para 2018, o ministro apontou que "não é boa ideia discutir caudais em ano de seca, isso não se faz e Portugal não irá fazer".

"Mas é mesmo importante que haja uma maior continuidade na água que vem de Espanha para Portugal", insistiu.

"Temos de ter uma maior capacidade para gerir aquela massa de água, é isso que não temos tido e, a partir de um conjunto de pequenas decisões que foram ontem [domingo] tomadas internamente e serão tornadas públicas a seu tempo", isso poderá acontecer, acrescentou o ministro, sem concretizar que tipo de ações foram planeadas a partir da visita ao Tejo.

João Matos Fernandes referiu ainda que não irá mudar o plano de bacia hidrográfica, mas que este permite que muitas coisas possam vir a ser feitas.
Fonte: JN

Nova fábrica de papel plastificado investe 10 milhões em Vila Velha de Ródão

O investimento, anunciado pela autarquia local, dará origem à criação de 40 postos de trabalho directos.

Uma nova fábrica de papel plastificado vai instalar-se em Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, após investimento de 10 milhões de euros, disse hoje agência Lusa o presidente da câmara local.

"A expectativa é a de que a nova unidade fabril comece a ser construída em Setembro deste ano. Hoje, a câmara vai assinar a escritura para a cedência de 10,6 hectares de terreno para a instalação desta unidade fabril de papel plastificado", afirmou Luís Pereira.

E com isto, resta-nos esperar que esta não seja mais uma industria a libertar as suas águas para o Tejo, na noticia não é referido ainda a sua localização exacta.

A noticia já e de Maio deste ano, por isso as obras já devem de estar a decorrer.
 

Pedro1993

Super Célula
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7 Jan 2014
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Torres Novas(75m)
Estou chocado com estas imagens :eek:. Nunca tinha visto a Albufeira de Montargil neste estado e já a vi em baixo muitas vezes, impressionante. O Sorraia vai sofrer com isto.

Eu apesar de não conhecer pessoalmente a barragem, tenho ficado chocado com a actual situação de muitas das nossas barragens.
E essa chuva preciosa que tarda em não cair, o GFS já me anda a deixar maluco.