Seguimento Rios e Albufeiras - 2019

jamestorm

Cumulonimbus
Registo
12 Jan 2010
Mensagens
2,820
Local
Lisboa e Alenquer
Realmente estive a ver e a barragem parece ser pequena. Mas está numa zona muito bela.

Pois é, a brincar já estamos a falar de uma década com Invernos fracos a sul...

É verdade que tem chovido bem naquelas zonas, mas pelo o que vi em fotografias, a barragem não é grande. Facilmente com uns bons dias de chuva, os cursos de água atingem caudal suficiente para as abastecer.
No Sul, para além das barragens serem grandes, estão vazias. Muita água terá de cair para alguma fazer descargas, sendo que só um inverno ao estilo de 2009/10 põe isto no lugar.
 


joralentejano

Super Célula
Registo
21 Set 2015
Mensagens
9,444
Local
Arronches / Lisboa
Realmente estive a ver e a barragem parece ser pequena. Mas está numa zona muito bela.

Pois é, a brincar já estamos a falar de uma década com Invernos fracos a sul...
Em 2012/2013 também tivemos um bom Outono/Inverno, após uma valente seca. Ao contrário daquilo que temos tido ultimamente, começou a chover logo de forma decente em Setembro. Em Janeiro de 2013 passou o Gong e Março foi idêntico ao de 2018 com acumulados mensais perto dos 300mm (na minha zona). As últimas grandes cheias do Tejo ocorreram nesse ano.
Novembro desse mesmo ano foi extremamente seco, mas após o Natal mudou tudo e a Barragem do Caia fez descargas pela última vez em 2014. Já lá vão quase 6 anos...
 

AnDré

Moderação
Registo
22 Nov 2007
Mensagens
12,209
Local
Odivelas (140m) / Várzea da Serra (930m)
Muita água correu no noroeste esta noite.

Touvedo, a jusante de Alto Lindoso, descarregou pela primeira vez este outono, entre a 1h e as 4h da manhã.

A Caniçada aguentou-se sem descarregar. E está há várias horas a turbinar ao caudal máximo.

Paradela já começou a encher. E Vilarinho das Furnas já está nos 72%.
 

slbgdt

Nimbostratus
Registo
31 Jan 2015
Mensagens
679
Local
Barcelos
Muita água correu no noroeste esta noite.

Touvedo, a jusante de Alto Lindoso, descarregou pela primeira vez este outono, entre a 1h e as 4h da manhã.

A Caniçada aguentou-se sem descarregar. E está há várias horas a turbinar ao caudal máximo.

Paradela já começou a encher. E Vilarinho das Furnas já está nos 72%.

E descarregou quando o Alto Lindoso já estava parada.
O que mostra que caiu nuita água nas serras amarela e do soajo.
A Caniçada já vem há uns dias no máximo..
O problema de receber água de Vilarinho da Furna e Salamonde junto com os rios que lá desaguam..
Lá vai trabalhar a nova descarga.
Já se nota a saturação dos terrenos a norte, os pequenos rios crescem com chuva pouca intensa.
É esperar vento para que o cavado se componha lá em cima no Alto Rabagão
 

AnDré

Moderação
Registo
22 Nov 2007
Mensagens
12,209
Local
Odivelas (140m) / Várzea da Serra (930m)
O degelo na Serra da Estrela está a aumentar os caudais dos ribeiros afluentes da albufeira da Lagoa Comprida.


7e8fd7f302ac24fb98104768802ba664.jpg
 

slbgdt

Nimbostratus
Registo
31 Jan 2015
Mensagens
679
Local
Barcelos
Pela primeira vez em muitos meses esta noite temos a cascata do Douro a funcionar em pleno.
Com ela Portugal conseguiria usar quase só renováveis.

Deixando agora um relato, sábado o Sil ia com bastante água e pelo menos uma fio de água descarregava bastante...

O Esla hoje embora dentro de margens mas tb levava muita água, o que permitiu a ricobayo armazenar 25 milhões de m³ nas ultimas 72h.
Em sentido inverso, almendra, com o seu mar de Almendra basbante seco, segue a 40%, mas os 200 mts de paredão ainda Guardam muita água.
Para uma melhor noção da falta se chuva na zona de Salamanca, visitei uma cascata imponente, num rio sem barragens e simplemste não corria água.

E voltando às vicissitudes Mequinenza no Ebro armazenou 165 milhões de m³ nas ultimas 72h.
Um pouco mais que uma Caniçada
 

joralentejano

Super Célula
Registo
21 Set 2015
Mensagens
9,444
Local
Arronches / Lisboa
Espanha mais perto de não ter de libertar água no rio Tejo para Portugal
O país vizinho está cada vez mais próximo de alcançar as condições para declarar o regime de exceção e não ter de cumprir os caudais mínimos no Tejo, isto é, não tem de libertar água para Portugal.

A 1 de dezembro vai chegar a confirmação, mas Espanha está prestes a reunir as condições para não cumprir caudais no rio Tejo devido à situação de seca que afeta os dois países.

Segundo o Jornal de Notícias, o país vizinho está mais perto de ver declarada a condição de exceção prevista na convenção de Albufeira, por os níveis de precipitação verificados até agora estarem abaixo dos níveis previstos. Desta forma, Espanha fica liberta para não cumprir os caudais mínimos semanais na bacia do Tejo.
Nas duas últimas semanas de outubro, Espanha já não cumpriu os caudais no rio Tejo, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA). O ministro do Ambiente negou no início do mês que exista um problema. “O rio Tejo não tem falta de água, ponto”.

Mas, entretanto, João Matos Fernandes já anunciou que quer reunir-se com o Governo espanhol de forma a renegociar os valores de descarga conforme acordados na Convenção de Albufeira. Recentemente, Matos Fernandes anunciou que no verão de 2020 vai estar concluído o estudo prévio para uma nova barragem no lado português do rio Tejo.

Segundo o ministro, esta albufeira vai dar um contributo para reduzir a escassez do caudal pelo incumprimento das autoridades espanholas.
Fonte
_____________________
Autarca espanhol critica Governo de Madrid pela gestão dos caudais do rio Tejo

O alcaide de Cedilho, António González Riscado, diz que Madrid não cumpriu o acordo com Portugal na expectativa de preencher os requisitos para a declaração de seca, o quadro de exceção que desvincula os espanhóis do cumprimento dos caudais mínimos. O autarca defende uma renegociação do acordo entre os dois países.

Espanha está a prejudicar Portugal na gestão do caudal do rio Tejo. A crítica é do autarca de Cedilho, localidade espanhola onde se situa a barragem que, no passado mês de setembro, debitou uma média diária de 14 milhões de metros cúbicos de água, como forma de garantir o cumprimento da convenção de albufeira.

O processo tem merecido críticas do lado português, mas também por parte dos responsáveis políticos espanhóis e a esse "coro" junta-se, agora, a voz do
alcaide de Cedilho, António González Riscado.

Em declarações à Renascença, González Riscado aponta o dedo à atuação do Governo espanhol, que, diz, não cumpriu o acordo com Portugal na expectativa de preencher os requisitos para a declaração de seca, o quadro de exceção que desvincula os espanhóis do cumprimentos dos caudais mínimos e deixa, desse modo, o nosso país numa situação de enorme vulnerabilidade.
“Há uma gestão da água. Provavelmente, por causa da situação de seca, Espanha estaria à espera de uma declaração oficial. Mas esse alerta não foi declarado. E com quê que nos deparámos? Com o incumprimento da Convenção de Albufeira. Não tinham largado a água que tinham largado noutros anos em que tudo decorreu com normalidade sem afetar ninguém. Este ano tivemos esta cheia enorme. Para evitar esta situação, Portugal e Espanha devem negociar um aumento do caudal mínimo”, explica o alcaide.
[........]
Temos um barco turístico que todos os dias fazia viagens no rio. Desde que temos esta situação o barco está inoperacional. É um barco que costumava apanhar turistas aqui em Cedillo e uma das rotas tinha como destino a localidade de Lentiscais, do lado de Castelo Branco. Esse barco está parado no meio do Tejo e não pode navegar”, diz Riscado.

O autarca lembra ainda “a situação dos pescadores profissionais que estão sem acesso às águas, não só do rio Tejo, mas também dos dois afluentes (o Sever e o Ponsul) que estão vazios” (situação, no entanto, negada por Portugal).

“E temos o impacto no meio ambiente, com a vegetação das zonas ribeirinhas a ficar completamente seca devido à falta de água nestes afluentes”, lamenta também.
Fonte

____________________
Passo muitas vezes sobre o Rio Tejo perto de Alvega e o caudal está mesmo muito fraquinho. Vamos lá ver o que sai daqui nos próximos tempos.
 

João Pedro

Super Célula
Registo
14 Jun 2009
Mensagens
6,198
Local
Porto, Campo Alegre (50 m) | Samora Correia (10 m)
Espanha mais perto de não ter de libertar água no rio Tejo para Portugal
O país vizinho está cada vez mais próximo de alcançar as condições para declarar o regime de exceção e não ter de cumprir os caudais mínimos no Tejo, isto é, não tem de libertar água para Portugal.

A 1 de dezembro vai chegar a confirmação, mas Espanha está prestes a reunir as condições para não cumprir caudais no rio Tejo devido à situação de seca que afeta os dois países.

Segundo o Jornal de Notícias, o país vizinho está mais perto de ver declarada a condição de exceção prevista na convenção de Albufeira, por os níveis de precipitação verificados até agora estarem abaixo dos níveis previstos. Desta forma, Espanha fica liberta para não cumprir os caudais mínimos semanais na bacia do Tejo.
Nas duas últimas semanas de outubro, Espanha já não cumpriu os caudais no rio Tejo, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA). O ministro do Ambiente negou no início do mês que exista um problema. “O rio Tejo não tem falta de água, ponto”.

Mas, entretanto, João Matos Fernandes já anunciou que quer reunir-se com o Governo espanhol de forma a renegociar os valores de descarga conforme acordados na Convenção de Albufeira. Recentemente, Matos Fernandes anunciou que no verão de 2020 vai estar concluído o estudo prévio para uma nova barragem no lado português do rio Tejo.

Segundo o ministro, esta albufeira vai dar um contributo para reduzir a escassez do caudal pelo incumprimento das autoridades espanholas.
Fonte
_____________________
Autarca espanhol critica Governo de Madrid pela gestão dos caudais do rio Tejo

O alcaide de Cedilho, António González Riscado, diz que Madrid não cumpriu o acordo com Portugal na expectativa de preencher os requisitos para a declaração de seca, o quadro de exceção que desvincula os espanhóis do cumprimento dos caudais mínimos. O autarca defende uma renegociação do acordo entre os dois países.

Espanha está a prejudicar Portugal na gestão do caudal do rio Tejo. A crítica é do autarca de Cedilho, localidade espanhola onde se situa a barragem que, no passado mês de setembro, debitou uma média diária de 14 milhões de metros cúbicos de água, como forma de garantir o cumprimento da convenção de albufeira.

O processo tem merecido críticas do lado português, mas também por parte dos responsáveis políticos espanhóis e a esse "coro" junta-se, agora, a voz do
alcaide de Cedilho, António González Riscado.

Em declarações à Renascença, González Riscado aponta o dedo à atuação do Governo espanhol, que, diz, não cumpriu o acordo com Portugal na expectativa de preencher os requisitos para a declaração de seca, o quadro de exceção que desvincula os espanhóis do cumprimentos dos caudais mínimos e deixa, desse modo, o nosso país numa situação de enorme vulnerabilidade.
“Há uma gestão da água. Provavelmente, por causa da situação de seca, Espanha estaria à espera de uma declaração oficial. Mas esse alerta não foi declarado. E com quê que nos deparámos? Com o incumprimento da Convenção de Albufeira. Não tinham largado a água que tinham largado noutros anos em que tudo decorreu com normalidade sem afetar ninguém. Este ano tivemos esta cheia enorme. Para evitar esta situação, Portugal e Espanha devem negociar um aumento do caudal mínimo”, explica o alcaide.
[........]
Temos um barco turístico que todos os dias fazia viagens no rio. Desde que temos esta situação o barco está inoperacional. É um barco que costumava apanhar turistas aqui em Cedillo e uma das rotas tinha como destino a localidade de Lentiscais, do lado de Castelo Branco. Esse barco está parado no meio do Tejo e não pode navegar”, diz Riscado.

O autarca lembra ainda “a situação dos pescadores profissionais que estão sem acesso às águas, não só do rio Tejo, mas também dos dois afluentes (o Sever e o Ponsul) que estão vazios” (situação, no entanto, negada por Portugal).

“E temos o impacto no meio ambiente, com a vegetação das zonas ribeirinhas a ficar completamente seca devido à falta de água nestes afluentes”, lamenta também.
Fonte

____________________
Passo muitas vezes sobre o Rio Tejo perto de Alvega e o caudal está mesmo muito fraquinho. Vamos lá ver o que sai daqui nos próximos tempos.
Acho extraordinário haver um regime de exceção no acordo. Se o rio atravessasse apenas território espanhol, será que haveria exceções para as populações a jusante da última barragem?... belo acordo.
 

luismeteo3

Furacão
Registo
14 Dez 2015
Mensagens
17,112
Local
Fatima (320m)

joralentejano

Super Célula
Registo
21 Set 2015
Mensagens
9,444
Local
Arronches / Lisboa
Acho extraordinário haver um regime de exceção no acordo. Se o rio atravessasse apenas território espanhol, será que haveria exceções para as populações a jusante da última barragem?... belo acordo.
Leva-se tudo na brincadeira e depois os mais prejudicados são os mesmo do costume porque ninguém faz caso. Só o facto do Ministro do Ambiente ter dito que não havia falta de água no Tejo demonstrou isso. Entretanto, agora já se quer reunir com o governo espanhol...vá lá.
O rio não está seco, mas visto não chover nada de jeito há que tempos faz com que o caudal não seja suficiente para tudo e daqui para a frente, se isto continuar assim, ainda vai ser pior. Obviamente que os espanhóis fazem de tudo para ficarem com a maior quantidade de água possível para prevenção.
 

AnDré

Moderação
Registo
22 Nov 2007
Mensagens
12,209
Local
Odivelas (140m) / Várzea da Serra (930m)
Temos um barco turístico que todos os dias fazia viagens no rio. Desde que temos esta situação o barco está inoperacional. É um barco que costumava apanhar turistas aqui em Cedillo e uma das rotas tinha como destino a localidade de Lentiscais, do lado de Castelo Branco. Esse barco está parado no meio do Tejo e não pode navegar”, diz Riscado.

O autarca lembra ainda “a situação dos pescadores profissionais que estão sem acesso às águas, não só do rio Tejo, mas também dos dois afluentes (o Sever e o Ponsul) que estão vazios” (situação, no entanto, negada por Portugal).

“E temos o impacto no meio ambiente, com a vegetação das zonas ribeirinhas a ficar completamente seca devido à falta de água nestes afluentes”, lamenta também.
Fonte

Fiquei confuso com esta noticia.
Afinal qual é o objectivo das barragens? Ir libertando água nos meses mais secos (ou seja, chegarem ao início do Inverno vazias) para manterem vivos os rios e os seus ecossistemas, ou estancarem os rios de forma a salvaguardarem os barcos de turismo e os pescadores profissionais?

Ironicamente nós somos prós nesta nesta última opção.
2 720 000m3 de água numa albufeira, em tempo de seca severa/extrema, com populações a serem abastecidas por auto-tanques, é de génio! :D
 

joralentejano

Super Célula
Registo
21 Set 2015
Mensagens
9,444
Local
Arronches / Lisboa
Fiquei confuso com esta noticia.
Afinal qual é o objectivo das barragens? Ir libertando água nos meses mais secos (ou seja, chegarem ao início do Inverno vazias) para manterem vivos os rios e os seus ecossistemas, ou estancarem os rios de forma a salvaguardarem os barcos de turismo e os pescadores profissionais?

Ironicamente nós somos prós nesta nesta última opção.
2 720 000m3 de água numa albufeira, em tempo de seca severa/extrema, com populações a serem abastecidas por auto-tanques, é de génio! :D
Eu penso que seja as duas coisas. Mas já se sabe aquilo que mais interessa ao pessoal e ficava mal falarem só na situação dos barcos e da pesca. :lol:
Pois é, mas o Alqueva serve em grande parte para sustentar os olivais intensivos à sua volta e nada mais. As plantações intensivas são sempre o mais importante e as populações que se lixem, prova disso é o facto de terem permitido que as campanhas de rega este ano se prolongassem até à data em que é normal terminarem como se houvesse água com fartura e tivéssemos um inverno chuvoso garantido. E graças a tal coisa estamos como? Com as barragens a dar as últimas e com um risco elevado de não termos o inverno necessário para a reposição da água. Estou bem para ver como é que isto vai ser caso não haja o "milagre" que ocorreu em 2018.
Infelizmente por cá, é preciso tudo chegar a ponto extremo para se aprender alguma coisa...
 

luismeteo3

Furacão
Registo
14 Dez 2015
Mensagens
17,112
Local
Fatima (320m)
Não é relativo a rios e albufeiras mas tem a ver com a situação de seca...

Seca. Governo avança com medidas para restringir furos de água no Alentejo e no Algarve

Jéssica Sousa 20 Novembro 2019, 11:14

Em Portugal, a situação de seca extrema tem afetado principalmente a região do sul, com as barragens em mínimos históricos. O ministro do Ambiente anunciou uma nova iniciativa que vai limitar severamente a possibilidade de fazer furos para captação de água nas zonas mais críticas.
https://jornaleconomico.sapo.pt/not...tringir-furos-no-alentejo-e-no-algarve-515614