Seguimento Sul - Dezembro 2022

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Foi pelo menos uma célula mais organizada que as restantes, teve um echotop nos 8-10km o que nesta altura do ano, praticamente no solstício de Inverno, é uma altura significativa

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(...) o dia 13 de Outubro de 1989 ficará para sempre na minha memória e até hoje nunca vi trovoada com a mesma potência que essa e com o dilúvio (...)
Como se compara àquela na madrugada/manhã de 14 de setembro do ano passado?
 
Assim dissemos adeus aos passadiços. Um projeto bonito sim e que deixa muita pena, mas já se sabia até demais que mais tarde ou mais cedo isto iria acontecer.

É o que acontece quando o país inteiro cobre-se de passadiços inúteis não por necessidade mas por moda e por interesse financeiro dos que vão buscar luvas. Os passadiços são estruturas usadas em troços de perigo para os caminhantes ou para preservação dos ecossistemas no solo. Em Portugal usa-se isso como propaganda eleitoral e para querer fazer como os outros. Tivesse o país mais respeito pela paisagem e cultura geral tinham os trilhos em condições sem estes mamarrachos. A paisagem seria ainda melhor e depois de cheias e incêndios bastaria varrer e tirar as pedras.
 
Acabei de receber SMS da ProtCiv agora mesmo...
Nem sei que diga...
Aí chegou atrasado, eu recebi às 16h10 :lol:

Devem -se ter enganado no número só pode...

Chove por aqui novamente, nevoeiro cerrado.
Não, que eu recebi também. :D

Como se compara àquela na madrugada/manhã de 14 de setembro do ano passado?
Essa também foi interessante. Comparar é complicado, existem situações que nos ficam na memória e outras nem por isso. Aí, em Albufeira o evento de 1 de Novembro de 2015 foi um evento mais próximo ao 13 de Outubro, e aqui foi algo banal.
 
Tenho lido com interesse o tópico Sul já que aqui pelo Minho não se passa nada para além de chuva fraca contínua e aborrecida.

Fiquei bastante surpreendido com as afirmações de alguns membros deste tópico que relatam com todo o vinco possível que "nunca vi nada assim", "situação excecional", "no futuro será ainda pior com os extremos climatológicos a piorar" etc etc.

Bastou 10 segundos na internet para descobrir uma série de cheias e inundações tão graves ou piores nas décadas passadas. Lembro-me ainda da de 1997 que matou pessoas e deixou aldeias alentejanas isolada vários dias ao ponto e apenas se lhes poder aceder.. de barco.

"
Em poucas horas, pequenas ribeiras ou linhas de
água de uma faixa de terras alentejanas, situadas
desde a área de Aljezur até à fronteira do Caia,
transformaram-se em rios caudalosos, com muita
lama e detritos que levavam tudo à sua frente -
pontes, estradas, casas, automóveis e, infelizmente,
algumas pessoas. Puderam contar-se 11 mortos
dispersos ao longo da trajectória do temporal em
território português; "

Este fenómeno humano de se focar no presente imediato e perder qualquer capacidade de relativizar as coisas é fascinante.

De notar ainda que estes fenómenos extremos são muito mais divulgados hoje do que seriam no passado. Estas cheias foram bastante localizadas como demonstra a secura que vai em certas regiões alentejanas e algarvias onde quase não choveu. É fácil perder a noção de que quase todos os anos existem fenómenos extremos algures no país. Isso acontece desde sempre e acontecerá no futuro.

A sensação de que os mesmos são "únicos" e sintomáticos de uma realidade abrangente a todo o território, isso é outra coisa.

Este dilúvio e os prejuízos materiais daqui decorrentes não são de factos "excecionais". Dependendo da escala temporal usada são até RECORRENTES e EXPECTÁVEIS. O próprio vídeo postado anteriormente do senhor de 72 anos que filmava a sua casa inundada com toda a calma demonstra que se formos para trás na história, tanto encontramos eventos semelhantes a estes como bem piores.

Agora é tratar de gerir bem a situação e esperar que não hajam mais vagas sucessivas a afectar o território.
 
Tenho lido com interesse o tópico Sul já que aqui pelo Minho não se passa nada para além de chuva fraca contínua e aborrecida.

Fiquei bastante surpreendido com as afirmações de alguns membros deste tópico que relatam com todo o vinco possível que "nunca vi nada assim", "situação excecional", "no futuro será ainda pior com os extremos climatológicos a piorar" etc etc.

Bastou 10 segundos na internet para descobrir uma série de cheias e inundações tão graves ou piores nas décadas passadas. Lembro-me ainda da de 1997 que matou pessoas e deixou aldeias alentejanas isolada vários dias ao ponto e apenas se lhes poder aceder.. de barco.

"
Em poucas horas, pequenas ribeiras ou linhas de
água de uma faixa de terras alentejanas, situadas
desde a área de Aljezur até à fronteira do Caia,
transformaram-se em rios caudalosos, com muita
lama e detritos que levavam tudo à sua frente -
pontes, estradas, casas, automóveis e, infelizmente,
algumas pessoas. Puderam contar-se 11 mortos
dispersos ao longo da trajectória do temporal em
território português; "

Este fenómeno humano de se focar no presente imediato e perder qualquer capacidade de relativizar as coisas é fascinante.

De notar ainda que estes fenómenos extremos são muito mais divulgados hoje do que seriam no passado. Estas cheias foram bastante localizadas como demonstra a secura que vai em certas regiões alentejanas e algarvias onde quase não choveu. É fácil perder a noção de que quase todos os anos existem fenómenos extremos algures no país. Isso acontece desde sempre e acontecerá no futuro.

A sensação de que os mesmos são "únicos" e sintomáticos de uma realidade abrangente a todo o território, isso é outra coisa.

Este dilúvio e os prejuízos materiais daqui decorrentes não são de factos "excecionais". Dependendo da escala temporal usada são até RECORRENTES e EXPECTÁVEIS. O próprio vídeo postado anteriormente do senhor de 72 anos que filmava a sua casa inundada com toda a calma demonstra que se formos para trás na história, tanto encontramos eventos semelhantes a estes como bem piores.

Agora é tratar de gerir bem a situação e esperar que não hajam mais vagas sucessivas a afectar o território.
No Algarve ainda não vi nada comparável a outros eventos do passado. Tipo Baixa de Tavira debaixo de água, Guadiana a galgar margens em VRSA, Beliche a chegar às casas no monte do Pego, Odeleite com a barragem cheia e a descarregar, Foupana a galgar a ponte da nacional, Almargem a galgar as pontes, etc. Temos de recuar vinte anos para ver algo assim.
 
Especialistas são os meteorologistas. Apenas um curioso aqui. ;) Aparenta ter tido alguma organização. Talvez não tenha chegado a supercelular, mas complementando com o satélite, teria um updraft bem definido. Umas fotos ajudavam a perceber melhor.
Terá tido rajadas fortes associadas e precipitação também forte.
Por vezes prefiro confiar em curiosos do que "especialistas".....amanhã tentarei visitar a exposição!