PCP insiste em plano para reduzir vulnerabilidade sísmica
O grupo parlamentar do PCP insistiu, esta quinta-feira, na necessidade de realizar um diagnóstico sobre o estado dos edifícios no país e a sua capacidade para resistir a sismos.
Os deputados comunistas voltaram a apresentar na Assembleia da República, em Novembro, um projecto de resolução para a criação de um plano nacional de redução da vulnerabilidade sísmica, que foi chumbado na anterior legislatura pela maioria socialista.
Esta quinta-feira, Miguel Tiago voltou a chamar a atenção para a necessidade deste plano, considerando que contém medidas «urgentes», horas depois de se ter registado um sismo com uma magnitude de 6.0 na escala de Richter, com epicentro a 160 quilómetros a Sudoeste do Cabo de São Vicente.
«Não podemos controlar o acontecimento em si nem prevê-lo, mas temos a certeza absoluta que ele vai acontecer e Portugal está particularmente exposto», destacou o deputado comunista.
A proposta do PCP prevê a realização de um inventário sobre as necessidades nacionais, começando pelos edifícios públicos, mas alargando depois a todos os outros, e a realização de acções de formação nas escolas e locais de trabalho sobre as medidas a tomar em caso de terramoto, explicou Miguel Tiago, geólogo de formação.
«Muitos edifícios não cumprem a legislação sobre a resistência sísmica na construção», referiu ainda, defendendo o aumento da fiscalização e que seja garantido «o cumprimento escrupuloso das propriedades de resistência sísmica dos edifícios».
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