O Instituto de Meteorologia informa que no dia 27-03-2010 pelas 13:37 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 4.1 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 6 km a Este de Sousel.
Até à elaboração deste comunicado não foi recebida nenhuma informação confirmando que este sismo tenha sido sentido.
Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.
IM
Muitos residentes nas vilas de Sousel e Fronteira, Portalegre, e na cidade de Estremoz, Évora, saíram hoje para a rua assustados com o tremor de terra de 4,1 na escala de Richter, sentido na região
Segundo o Instituto de Meteorologia (IM), o epicentro do sismo registou-se a cerca de seis quilómetros a Leste da vila alentejana de Sousel, no distrito de Portalegre.
Fonte da GNR de Sousel disse que na localidade «saiu muita gente para a rua assustada» e que o tremor de terra tinha sido sentido no posto da corporação.
Lourenço Mourato, residente em Fronteira, disse que «foi violento», e que naquela localidade tinham saído «muitas pessoas para a rua assustadas».
«Estava a almoçar e parecia-me que tinha sido um camião que tinha batido na parede«, adiantou.
Também em Estremoz, de acordo com populares, «muita gente assustou-se» com o tremor de terra, e saiu para a rua.
Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora, afirmou à Lusa que o sismo foi sentido em várias localidades do distrito, nomeadamente em Évora, Estremoz, Vila Viçosa, Arraiolos e Borba, não havendo até ao momento quaisquer vítimas ou danos.
O CDOS de Portalegre afirmou que o sismo foi sentido em todo o distrito e não há conhecimento de damos e de vítimas, tendo sido recebidas «muitas chamadas de pessoas a tentar saber se tinha sido um sismo».
Também o CDOS de Beja disse que o abalo foi sentido em Cuba e Beja.
Segundo o Instituto de Meteorologia, Portugal registou hoje um tremor de terra de 4,1 na escala de Richter, com epicentro a cerca de seis quilómetros de Sousel.
Segundo o comunicado do IM, o sismo foi registado às 13h37.
Na passada segunda feira, Portugal registou um sismo de 3,5 graus na escala de Richter, sentido em Santarém, Castelo Branco, Portalegre e Leiria, Coimbra, Guarda, Évora, Viseu e Setúbal.
O tremor de terra de segunda-feira, que não causou danos, teve o epicentro a cerca de 8 quilómetros a nordeste de Mação, na fronteira dos distritos de Santarém e Castelo Branco.
Lusa / SOL
As obras de reabilitação urbana estão a ser realizadas sem ter em atenção a resistência sísmica dos edifícios por falta de «legislação técnica», alertaram hoje responsáveis da Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica durante uma audição promovida pelo PCP
«Andamos a gastar milhões de euros para reabilitar casas que são autênticos baralhos de cartas. Eram-no antes de serem reabilitadas e continuam a sê-lo depois», afirmou Mário Lopes.
O responsável sublinhou, na audição pública promovida pelo grupo parlamentar do PCP, a necessidade de uma «legislação técnica que enquadre as obras de reabilitação urbana».
Também Rogério Bairrão, da Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica, alertou para que «o programa Recria [Regime Especial de Comparticipação na Recuperação de Imóveis Arrendados] melhorou as condições de habitabilidade, mas piorou a resistência sísmica».
«Foram destruídas partes importantes de estruturas para passagem de esgotos e outras obras», ilustrou.
O deputado comunista Miguel Tiago disse à Lusa ter tomado contacto com o problema na audição pública, realizada precisamente para colher contributos em matéria de sismologia, para um projecto de resolução em que o PCP está a trabalhar.
«Se virmos que há zonas inteiras do país que estão a ser sujeitas a reabilitação e no dinheiro que está a ser gasto e pensarmos que poderíamos ter aproveitado para resolver esse problema e isso não se fez, então temos que pensar urgentemente em mecanismos legais que obriguem que a reabilitação urbana tenha em conta estas questões», afirmou.
Para o deputado comunista esta seria «uma oportunidade magna para proceder a um conjunto de intervenções sistemático» ao nível da resistência sísmica dos edifícios que não estejam abrangidos pela legislação para edificação (de 1960), que inclui a resistência sísmica.
Miguel Tiago sublinhou que parte substancial da reabilitação urbana se realiza com recurso a verbas públicas estatais e comunitárias.
Sol / Lusa