Urso-pardo de volta a Portugal?

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Censo de ursas com crias no Parque Natural de Somiedo (Astúrias):

12 ursas que, no total, tiveram 21 crias:
- 4 fêmeas com 1 cria.
- 7 fêmeas com 2 crias.
- 1 fêmea com 3 crias.

Até agosto, 4 fêmeas perderam todas as suas crias, num total de 6 crias mortas. Duas das fêmeas que deram à luz perderam uma das crias.

Até agosto, 13 das 21 crias nascidas sobreviveram.


Infelizmente, embora o FAPAS continue a realizá-los na sua área de ação, o último censo genético (370 ursos na Cordilheira Cantábrica e zonas adjacentes (com um intervalo de confiança de 333-421 indivíduos), com 250 indivíduos na subpopulação ocidental e 120 na subpopulação oriental) levou alguns responsáveis políticos a anunciar que deixarão de efetuar censos de ursas com crias nos seus territórios, um método histórico utilizado durante décadas para determinar a evolução da população de ursos nas diferentes regiões.
 
Sector de Peña Trevinca (limite entre as províncias de Samora e Ourense) esta semana.

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Como vimos neste tópico, até existem algumas zonas em Portugal com habitat propício para a ocorrência de urso-pardo (sobretudo em zonas junto à fronteira).
Num estudo sobre o tema que aqui foi colocado, algumas quadrículas incluíam território português.
Como seria de esperar, relativamente a zonas que o urso-pardo tem potencial para colonizar (nos próximos tempos) é tudo perto de Espanha.
A essa informação eu juntaria o valor potencial da Serra da Nogueira, com o seu imenso carvalhal (não sei se o estudo das quadrículas, que visava indicar áreas de habitat adequado para a espécie, inclui esta região).
Contudo, para já penso que não existem condições para a expansão da espécie para Sul desta região e que dificilmente a espécie será numerosa, mesmo junto à fronteira.
Digo isto, tendo em conta a situação atual (habitats, políticas ambientais, densidade populacional, etc...).
Mas já não seria mau, termos uma pequena população de urso-pardo a ocorrer no limite nordeste de Portugal.
Atualmente, a espécie continua a aumentar e a ocupação agrícola, a diminuir...
Pode ser que alguma coisa mude, para melhor ou pior, logo veremos.
 
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