Biodiversidade

MSantos

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3 Out 2007
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Aveiras de Cima
Obrigado pela nformação muito pertinente. Faltam-nos directivas para proceder ao controlo desta espécie invasora. Apesar de chocante, a sugestão dada pode vir a ser a única viável, uma vez que a apanha não tem processo de conclusão (o que se faz com os animais apanhados?). A comercialização colide obviamente com o objectivo de erradicação, pois convida os menos honestos a fazer proliferar a espécie ainda mais.

Continuamos a cometer erros terríveis com a introdução de espécies animais e vegetais, por vezes com a melhor das intenções, e depois não temos meios, iniciativa ou coragem para impedir a destruição que causam nas espécies autóctones e na degradação da biodiversidade.

Em outro exemplo de erro histórico de introdução de uma praga destruidora, o chorão das praias, Carpobrotus edulis, tenho observado como ficam chocadas as pessoas que assistem por vezes à minha rotineira, mas obviamente esporádica, tarefa de arranque pela raíz dessa terrível invasora, nos locais em que passo e assisto ao aparecimento dos primeiros exemplares. Porque a ideia comum é que são plantas com flores bonitas, que cobrem tudo de verde, e que fazem parte do coberto vegetal natural. E no entanto, essa temível praga asfixia toda a flora autóctone existente, destruindo a sua diversidade e equilíbrio. A contaminação de todo o litoral do Parque Natural de Sintra-Cascais é uma catástrofe ecológica, ainda mais inadmissível por ocorrer num Parque Natural.

Então o Lagostim está a ser responsável por uma devastação semelhante ao chorão das praias, às acácias, etc. Se, por exemplo, deixarmos de ouvir o coaxar das rãs e assistirmos a uma cada vez maior proliferação de mosquitos, lembremo-nos deste, obviamente inocente, responsável. Os verdadeiros culpados somos nós, como sempre foi, é e será.

Em Portugal temos algumas espécies invasoras (animais e vegetais) muito prejudiciais, ao nível dos rios os lagostins (Procambarus clarkiie) e a perca-sol (Lepomis gibbosus) estão entre os que provocam piores pelos impactos, eu sei que choca, mas eu não tenho problema nenhum em dizer que já matei algumas dezenas de lagostins, principalmente durante o trabalho de campo para a minha tese de mestrado, todos os lagostins que vi e consegui apanhar nos rios de Trás-os-Montes foram atirados para longe da água ou esmagados com pedras, não tinha outra forma de os tirar do meio ambiente e sabia que dessa fora estava a impedir que aqueles exemplares continuassem a destruir a biodiversidade.

Os chorões das praias são das piores coisas que alguém algum dia se lembrou de meter nas dunas e falésias, são uma espécie atraente e bonita (como a maioria das espécies exóticas), mas são muito prejudiciais à biodiversidade, fazes muito bem em arranca-los, depois dos arrancares não os deixes em contacto com o solo pois podem voltar a pegar, são plantas que enraizam facilmente. ;)

Muitas das espécies foram introduzidas acidentalmente, outras por serem bonitas, mas nunca é boa ideia introduzir uma espécie nova num ambiente, não se sabe os impactos que poderá causar, por mais inofensiva que a espécie pareça, nisso os Australianos não brincam, levam muito a sério o risco de introdução de novas espécies, já que lá já existem enormes problemas com invasoras e obviamente não querem mais.
 
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Furacão
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23 Jun 2014
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Em Portugal temos algumas espécies invasoras (animais e vegetais), ao nível dos rios os lagostins (Procambarus clarkiie) e a perca-sol (Lepomis gibbosus) estão entre os que provocam piores pelos impactos, eu sei que choca, mas eu não tenho problema nenhum em dizer que já matei algumas dezenas de lagostins, principalmente durante o trabalho de campo para a minha tese de mestrado, todos os lagostins que vi e consegui apanhar nos rios de Trás-os-Montes foram atirados para longe da água ou esmagados com pedras, não tinha outra forma de os tirar do meio ambiente e sabia que dessa fora estava a impedir que aqueles exemplares continuassem a destruir a biodiversidade.

Os chorões das praias são das piores coisas que alguém algum dia se lembrou de meter nas dunas e falésias, são uma espécie atraente e bonita (como a maioria das espécies exóticas), mas são muito prejudiciais à biodiversidade, fazes muito bem em arranca-los, depois dos arrancares não os deixes em contacto com o solo pois podem voltar a pegar, são plantas que enraizam facilmente. ;)

Sinceramente eu não consigo fazer isso a animal algum, de certa forma pode-se dizer que é uma fraqueza minha mas por outro lado acredito que possa e deva haver outra solução, mas o extermínio com algum tipo de sofrimento dos animais não pode ser a solução que todos consigamos executar, para mim pelo menos não é.

Sempre que possível levo um saco e trago as plantas para o lixo. Da longa experiência que tenho de ver a proliferação da praga dos chorões no litoral de Sintra-Cascais, concluo por exemplo que onde as pessoas não chegaram ainda ou a frequência humana é muito reduzida, a invasão não atinge ou pelo menos avança muito lentamente. A correlação entre a rapidez de proliferação e a frequência humana é muito elevada. E propaga-se a partir dos trilhos pedestres, aproveita-se da degradação pelo pisoteio descuidado fora dos trilhos. Tem também vindo a subir de altitude, o que é de certo modo inesperado pois pensava-se que ficaria sempre confinado a uma certa proximidade do mar e do ambiente de maresia trazido com o vento.
 
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MSantos

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3 Out 2007
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Sinceramente eu não consigo fazer isso a animal algum, de certa forma pode-se dizer que é uma fraqueza minha mas por outro lado acredito que possa e deva haver outra solução, mas o extermínio com algum tipo de sofrimento dos animais não pode ser a solução que todos consigamos executar, para mim pelo menos não é.

Sempre que possível levo um saco e trago as plantas para o lixo. Da longa experiência que tenho de ver a proliferação da praga dos chorões no litoral de Sintra-Cascais, concluo por exemplo que onde as pessoas não chegaram ainda ou a frequência humana é muito reduzida, a invasão não atinge ou pelo menos avança muito lentamente. A correlação entre a rapidez de proliferação e a frequência humana é muito elevada. E propaga-se a partir dos trilhos pedestres, aproveita-se da degradação pelo pisoteio descuidado fora dos trilhos. Tem também vindo a subir de altitude, o que é de certo modo inesperado pois pensava-se que ficaria sempre confinado a uma certa proximidade do mar e do ambiente de maresia trazido com o vento.

Não é que seja fraqueza, simplesmente não gostas e causa-te repulsa matar animais o que é compreensível, mas eu só fazia isso porque sabia que era a única forma de proteger o meio aquático, não tirava nenhum prazer disso, obviamente os culpados não são os pobres lagostins que não pediram para ser introduzidos, uma vez no meio apenas cumprem os seus desígnios de sobrevivência, os culpados como sempre são as pessoas, e a essas não podemos dar o mesmo castigo que eu dava aos lagostins. Há que educar as pessoas em relação às espécies invasoras, só dessa forma se pode, primeiro, acabar com as novas introduções e depois ajudar a limitar ou erradicar as invasoras que já temos.

Já publiquei noutro tópico mas deixo aqui um link com muita informação sobre invasoras: http://invasoras.pt/

ANTES DE PLANTAREM O QUE QUER QUE SEJA NOS VOSSOS JARDINS TENHAM CUIDADO!
 
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Pedro1993

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7 Jan 2014
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Este fim-de-semana tive conhecimento de um caso insólito, que se passou num terreno aqui perto, em que era composto por talvez mais de 100 oliveiras, no qual uma das herdeiras, as vendeu por 180 euros, todas para arrancar para lenha. Deram cerca de 70 toneladas de lenha, as oliveiras estavam de perfeita saúde, todas produziam umas boas toneladas de azeitona para tranformaçao em azeite, que era apanhada pelo segundo herdeiro, e tudo isto porque ambos os irmaos nao se falavam, é o problema típico com as heranças. Todo o negócio foi feito sem o consentimento deste seu irmao. Mais um terremo que até mete "dó" de olhar para ele, encontra-se agora despido, e a caminhar para ser mais um deserto.
 
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MSantos

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3 Out 2007
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Eram centenárias? Ao menos tivesse-as vendido para jardins, valem muitos milhares de euros. Matar oliveiras é um crime...

Sim, sem duvida, já vi oliveiras velhas (saudáveis) a serem vendidas a 500 euros em viveiros de plantas, cortar oliveiras saudáveis para lenha além de ser um crime é burrice pura... :disgust:
 
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frederico

Furacão
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9 Jan 2009
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E a lenha de oliveira dá objectos caríssimos, as melhores tábuas de cozinha são feitas com lenha de oliveira.

Queimar oliveiras é mesmo burrice.

Aquelas oliveiras nas próximas décadas renderiam muito mais do que vão render num único momento em lenha. É crime destruir uma árvore que demora tantas décadas a crescer e a ficar com aqueles troncos fantásticos, em troco de uns euros num dado momento de aflição. É mesmo irracional, mas no Algarve têm feito o mesmo com oliveiras e alfarrobeiras.
 

Pedro1993

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Eu também concordo com tudo o que foi dito nos posts acima, acho que oliveiras tem muito valor, nao só monetário, mas também em bens preciosos como o seu azeite, que nao se compara em nada com o azeite das oliveiras criadas em modo intensivo.
E as podas assassinas que se ve nesse olivais tradicionais por esse país fora, eu até fico "doente" só de olhar para elas, cortam-lhes os troncos principais, logo junto ao troncos, que demoram uns 40 ou mais anos a formar-se, e que em minutos caem ao chão. O motosserra pode ser uma ferramenta assassina quando está em maos erradas, quer por falta de conhecimentos tradicionais ou formação.
Eu falo por mim que tenho mais de 100 oliveiras todas antigas, e uma que penso que seja mesmo milenar.
Ainda no inicio deste ano, eu e o meu pai podá-mos mais de 60 oliveiras, e já me ofereceram mais de 100 também para limpar, nos próximos anos.
Mas sao cortadas com consciência, nao cortamos os troncos principais, apenas os ramos que saem dos mesmos, e ao fim de 2 anos já estão a produzir azeitona novamente, ao contrário dessas podas modernas, que por vezes até acabam por secar, como já vi muitas por aqui.
E como eu costumo dizer, estamos a estragar tudo o que nos deixaram os nossos antepassados e para as nossa gerações vindouras deixamos os terrenos desertos? Acho que nao precisamos de mais desertificação...
 

james

Cumulonimbus
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16 Set 2011
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E um dos problemas de muitas heranças , a desvalorização econômica da terra , muitas vezes o pai , enquanto vivo , trabalha a terra e muitas vezes com a ajuda dos filhos mas quando morre , os herdeiros , muitas vezes por pirraça ,abandonam tudo e assim fica por muitos anos e ttambém não deixando ninguém fazer la nada ( já vi quintas com alguma atividade econômica cujos herdeiros desistiram de tudo ( uma coisa incrível , o empreendedorismo dessa
Gente e abaixo de zero ).

Por outro lado , o tipico tuga pportuguês que não tem consciência ambiental e quer o lucro fácil ( quer ganhar depressa 100 quando , com algum trabalho e ambição , podia ganhar 500 ou 1000 ) .

Mas , se calhar , e esse o problema de muita gente em Portugal ( e não só ) , que e ter que trabalhar .
 

frederico

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9 Jan 2009
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Isso das podas é problema nacional sem solução nos próximos anos, fazem as podas fora da época e todas mal feitas, em Portugal é estranho não termos as aldeias, vilas e cidades cheias de árvores, afinal somos um dos países com maiores valores de insolação da Europa. Este ano ao fim-de-semana tenho dado umas voltas pelo país, é triste ver povoações cujas árvores tiveram as copas radicalmente amputadas, não há justificação racional para isto. Antigamente, há muitas décadas, ainda houve o cuidado de plantar freixos, plátanos ou pinheiros nas bermas das estradas, hoje ainda temos algumas galerias em estradas do Alentejo ou Ribatejo, que são uma maravilha em dias quentes de Verão, mas nos dias que correm não só se perdeu este hábito como cortam tudo. Nas ditas limpezas das bermas cortam jovens carvalhos, pinheiros, sobreiros, freixos ou azinheiras que nasceram espontaneamente, e que daqui a 30 anos poderiam dar sombra a quem viaja. Nós deveríamos ter árvores em todo o lado, nas bermas das nacionais e municipais, a dividir terrenos, nas ruas e praças, temos um Verão longo, quente e seco...
 

frederico

Furacão
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9 Jan 2009
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E um dos problemas de muitas heranças , a desvalorização econômica da terra , muitas vezes o pai , enquanto vivo , trabalha a terra e muitas vezes com a ajuda dos filhos mas quando morre , os herdeiros , muitas vezes por pirraça ,abandonam tudo e assim fica por muitos anos e ttambém não deixando ninguém fazer la nada ( já vi quintas com alguma atividade econômica cujos herdeiros desistiram de tudo ( uma coisa incrível , o empreendedorismo dessa
Gente e abaixo de zero ).

Por outro lado , o tipico tuga pportuguês que não tem consciência ambiental e quer o lucro fácil ( quer ganhar depressa 100 quando , com algum trabalho e ambição , podia ganhar 500 ou 1000 ) .

Mas , se calhar , e esse o problema de muita gente em Portugal ( e não só ) , que e ter que trabalhar .

O meu avô deixou pomares mas como o meu pai e a irmã não se entendem as árvores já secaram, o muro de uma das quintas já está a cair para a estrada, o armazém degradou-se, uma das casas está a cair... agora será necessário investir mesmo muito dinheiro para recuperar tudo, isto é mal nacional, conheço casos de gente que por incrível que parece nem sabem o que herdaram, têm pinhais e pequenas terras e nunca lá foram, pior ainda, não sabem onde estão os marcos das terras!

Já aqui defendi que a legislação deveria mudar, deveria haver um prazo legal para que os herdeiros se entendessem, findo esse prazo deveria haver punição fiscal, e ao fim de 10 ou 20 anos deveria passar tudo para o Estado, Para além disso tem de ser feita a identificação dos donos e dos limites das terras em todo o país, com as novas tecnologias a tarefa é mais fácil.

Conheço inúmeros casos de gente que não come nem deixa comer, têm terras abandonadas e aparecem pessoas que querem comprar ou arrendar, às vezes até dão bom dinheiro, mas nem assim, a consequência disto é que as terras não são limpas e depois vêm problemas e os vizinhos têm de andar atrás dos proprietários ou a perder tempo na junta de freguesia para obrigar os donos a limpar o mato seco.

Uma das vantagens de haver IMIs altos está a ser a renovação urbana, o número de casas à venda é cada vez maior, também tínhamos muitas casas abandonadas cujos donos não arrendam nem vendam, e agora com os IMIs altos a mentalidade mudou um pouco. Talvez seja hora de fazer a cartografia das terras e aplicar um impostos tipo IMI, com isenção para terras cuidadas ou com valores ambientais que impeçam o cultivo (caso das florestas nativas ou habitats prioritários), para passarmos a ter uma coisa que nunca tivemos: um mercado fundiário dinâmico.
 

Pedro1993

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Á pouco tempo deu nas notícias uma localidade em Portugal que já tinha o cadastro dos terrenos informatizado/online e em conjunto com a GNR pelos tablets tinham aceso aos estado dos terrenos antes e depois de procederem á sua limpeza, de onde consta logo os nomes dos seus proprietários, e os limites dos mesmos.
 
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Pedro1993

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ESTA É BUJARAIZA, O QUEBRA-OSSOS QUE VISITOU PORTUGAL
Bujaraiza, com pouco mais de um ano de idade, entrou em Portugal na manhã de 23 de Maio, vinda da Andaluzia. A visita deste quebra-ossos, que durou dois dias, foi um acontecimento raro em Portugal. Saiba por onde esta ave andou.
Esta fêmea, juntamente com os machos Miguel e Rayo, foi libertada a 31 de Maio de 2014 no Parque Natural das Sierras de Cazorla, Segura e las Villas (Jaén), no âmbito do Projecto de Reintrodução do Quebra-ossos na Andaluzia.
Cerca de um ano depois, de 23 a 25 de Maio, Bujaraiza esteve em Portugal, país onde a espécie (Gypaetus barbatus barbatus) se extinguiu há mais de 100 anos.

http://www.wilder.pt/historias/esta-e-bujaraiza-o-quebra-ossos-que-visitou-portugal/
 

Pedro1993

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Hoje á tarde fui dar uma caminhada por estradas rurais, no qual fiquei um pouco espantado ao ver uma ovelha morta já de alguns dias, pelo odor que já libertava. Estava dentro da vedação, mas sentia-se o cheiro a mais de 50 metros, morreu de sede e fome.
Depois mais á frente observei uns sobreiros que já lhes tinha sido retirado a cortiça, até aí tudo muito bem, até ao aproximar-me junto do tronco e observo que a cortiça foi toda mal tirada, só lhe retiraram de um lado do tronco, deixando do outro lado agarrada, e já para nao falar dos golpes que lhe tinham provocado ao retirar a mesma. Nunca por estes lados ouvi falar em roubo de cortiça, mas este parece-me um caso que se enquadra aí mesmo, porque os ladroes nao tem experiencia nenhuma em descortiçar. Enfim fiquem mesmo desanimado.
Ao mesmo tempo também observei dezenas de sobreiros ainda jovens, que tem nascido espontaneamente.
 
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Pedro1993

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7 Jan 2014
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Poluição no rio Almonda, um problema de saúde pública sem fim à vista
Problema arrasta-se há décadas, à vista de todos, mas ninguém conseguiu ainda parar as descargas ilegais. A água do rio contaminada é usada para rega de plantações agrícolas. “Temos aqui um problema de saúde pública”, diz o BE

A história da poluição no rio Almonda parece longe do fim. Há 30 anos que as descargas ilegais de esgotos e efluentes industriais não tratados no rio ou nos seus afluentes se sucedem, às escondidas ou à luz do, sem que as autoridades consigam pôr fim a esta catástrofe ambiental.
E nem os dez milhões de euros recentemente investidos na requalificação das estações de tratamento de águas residuais (ETAR) do concelho de Torres Novas, que o rio atravessa, resolveram o problema. Pelo contrário, este agravou-se nos últimos meses.

Tenho até vergonha de dizer que esta situação se passa aqui no meu concelho, onde posteriormente o Rio Almonda desagua em plena Reserva Natural do Paúl do Boquilobo, considerada pela UNESCO desde 1981, e que no ano passado esteve em risco de perder o estatuto devido ao seu estado de abandono e pela poluição .

http://www.publico.pt/local/noticia...saude-publica-sem-fim-a-vista-1701763?page=-1