Biodiversidade

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Sintra/Carcavelos/Óbidos
Ontem à noite vi uma salamandra de pintas ( subespécie gallaica) de um tamanho bastante bom ( 20 cm ou mais, bem à vontade).
Deve ser um exemplar já com alguns anos, um verdadeiro sobrevivente a diversas contrariedades.
Em Sintra também tenho visto anfíbios de grande tamanho: mesmo após ter visto tantos sapos-europeus bem grandes em diversas partes do país nenhum chegou a ser tão grande como um que vi há cerca de 1 ano, quando descia a Serra durante a noite de carro ( apenas um visto em Rio de Onor em 2006 tinha um tamanho algo aproximado, embora me parecesse mais pequeno)...
Era tão grande que até parei o carro para ver o que era.
Qual o tamanho? Não tinha régua à mão e estimativas para este caso são bem difíceis de fazer, dado que o sapo pouco tempo esteve perto de mim, fugindo logo de seguida.
Mas posso dizer que era de tal forma grande, que até me sentia estranho ao pé de um sapo assim.:D
 


belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Ministério do Ambiente, pouco amigo do Ambiente

Chega-nos a notícia de que o ministério autorizou a demolição de um muro em Elvas com grande número de ninhos de andorinhão. É este mesmo ministério que autoriza a colocação de redes nos tribunais e outros edifícios públicos para evitar a nidificação das andorinhas, ou autoriza a destruição desses ninhos para que se possa pintar a fachada dos edifícios.. Que grande exemplo o estado dá aos seus cidadãos!!!

No caso recente de Elvas, tal como em outros casos anteriores, bastava adiar alguns dias a obra e esperar pelo termo da época de nidificação e o abandono natural dos ninhos. Seria mortalizade zero.

Quando a entidade responsável pela conservação da natureza assim procede, o que devemos pensar dos políticos que nos governam?

O que têm a dizer os técnicos que fizeram os pareceres que deram origem a tais decisões?

Onde anda a coragem?

http://www.fapas.pt/nova/index.php?limitstart=5
 

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Gatos são ameaça à recuperação de aves ameaçadas nos Açores


De acordo com o trabalho dos colegas da SPEA, os esforços de recuperação de algumas espécies de aves ameaçadas da Ilha do Corvo estão a ser dificultados pela presença de muitos gatos em liberdade, que atacam os ninhos. Por todo o lado os gatos provocam danos na avifauna mas aí a sua pressão coloca em risco a recuperação de espécies que não estavam adaptadas à presença de mamíferos predadores, e contra os quais não têm defesa. No Corvo, são mais os gatos que os 300 habitantes da ilha...

http://www.fapas.pt/nova/index.php
 

Seattle92

Nimbostratus
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22 Set 2010
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E não é que o símbolo de Lisboa voltou à cidade?????? :w00t:

images


Estava eu a queimar calorias numa sessão de jogging no parque de Monsanto, quando de repente... aparecem nada mais que 3 CORVOS!!!

corvo4.jpg


corvo1.jpg


corvo2b.jpg


corvo3.jpg


Andei pela net a tentar encontrar alguma informação sobre o assunto (possível reintrodução pela CML, avistamentos de outras pessoas,...) e a única coisa que encontrei foi um blog, onde o autor diz que viu corvos na zona de Belém
http://ventor.blogs.sapo.pt/69014.html

Acho que que própria Câmara Municipal de Lisboa ainda não se apercebeu que o animal que faz parte do símbolo da cidade está de volta.
 

Seattle92

Nimbostratus
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22 Set 2010
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Pensando bem não sei se o que vi foi um corvo ou uma gralha-preta :unsure:

Se houver por aqui algum especialista em identificação de aves... diga de sua justiça
 

Seattle92

Nimbostratus
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22 Set 2010
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Gralha-preta
Corvus corone
Os gritos roucos da gralha denunciam imediatamente a sua presença. Esta espécie oportunista é vista facilmente ao longo das estradas e, por vezes, em aterros sanitários.

Identificação
Grande e totalmente preta. O bico é preto e relativamente forte. Apesar de serem conhecidas por “corvos” em muitas zonas do país, não devem ser confundidas com esta espécie. Assim, a gralha-preta distingue-se do corvo pelo menor tamanho, pela cauda quadrada e pelas vocalizações mais longas (“kraa-kraa-kraa”) e da gralha-de-nuca-cinzenta (esta bastante mais pequena) pela ausência de mancha clara na cabeça e pelos olhos escuros.

Corvo
Corvus corax
O corvo é uma das espécies mais acrobáticas da nossa avifauna, sendo essa característica visível nos fantásticos voos que efectua.

Identificação
Grande ave de cor negra, que à primeira vista pode levar o observador a pensar tratar-se de uma ave de rapina. Distingue-se da gralha-preta pelo facto de planar frequentemente, voando em círculos, e também pela cauda longa e cuneiforme. A sua vocalização (“kro-kro”) confirma a sua dentificação.

Parece que da próxima vez que vir estas aves tenho de estar atento ou à vocalização ou à cauda quando estiverem a voar. Mas já estou mais inclinado para as gralhas do que corvos :(
 

Seattle92

Nimbostratus
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22 Set 2010
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^^

Exactamente.


Mas em relação ás aves, dizes que costumas ouvir em Belém? Mas é uma situação recente? É que nunca as tinha visto por Monsanto e sou frequentador já há bastante tempo.

Estou mais inclinado para dizer que são gralhas-pretas e não corvos por causa do som que fazem. Pareceu-me ouvir um som mais do género “kraa-kraa-kraa” do que “kro-kro”. Fora isso, só mesmo o modo de voo e a cauda é que permitem as sua distinção. Mas por aí ainda não consegui perceber.

O site da CML na parte de Monsanto não refere nenhuma das espécies como existente no parque, mas em alguns outros sítios há indicações que a gralha preta faz parte da fauna da cidade, quando ao corvo não há nada.
http://lisboa.avesdeportugal.info/lista.html

Se realmente fossem corvos era uma excelente notícia.
 

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Sintra/Carcavelos/Óbidos
corvo2b.jpg


De todas as fotos, esta é a melhor para uma identificação ( mesmo assim é quase impossível identificar através deste tipo de fotos).
Este parece-me ser um corvo . As gralhas são mais pequenas e com um bico mais pequeno.
Parece-me que ainda existem corvos em Lisboa:

http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1295486&seccao=Biosfera

São é poucos.
E sim, em Belém oiço por vezes corvos durante a manhã.
Não sei se é uma situação recente, porque mudei-me para aqui, fazem apenas 2 anos.
 

joseoliveira

Cumulonimbus
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18 Abr 2009
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Loures (Moninhos) 128m
Boas fotos...:thumbsup:

É verdade, são sempre interessantes estes episódios muitas vezes fora do previsto!
Acho que este tópico se tem apresentado um pouco pobre em termos de imagens nestes últimos tempos, penso que não seria suposto, não desfazendo das muitas referências aqui colocadas que obviamente têm o seu grande valor, só acho que se poderia aliviar um pouco o espaço ocupado pelos muitos textos que se colocam disponibilizando-o às ilustrações! ;)
 

Mário Barros

Furacão
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18 Nov 2006
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Maçores (Torre de Moncorvo) / Algueirão (Sintra)
Ursos esfomeados assaltam campas

Depois de um Verão abrasador, os ursos russos estão tão desesperados que começaram a atacar os cemitérios municipais. Isto porque a base da sua alimentação - cogumelos, bagas e sapos - desapareceu.

De acordo com os relatos de habitantes da república russa de Komi, dois homens aproximaram-se de uma campa e viram o que parecia ser um homem com um casaco de pelo inclinado sobre a campa de um familiar falecido. Até que, ao se aproximarem, perceberam que se tratava de um urso debruçado sobre um cadáver.

Perante este espectáculo macabro, que ocorreu na aldeia de Vezhnya Tchova, perto do Circulo Ártico, os homens procuraram afugentar o urso para os bosques e descobriram um cenário que preferiam nunca ter visto.

Os habitantes desta zona asseguram que devido à escassez de alimentos os ursos se aproximam cada vez mais das suas cidades e aldeias, remexem os caixotes do lixo, assaltam os seus jardins e já atacaram pessoas.

De acordo com a edição online do The Guardian, o vice-presidente da Associação de caça e pesca de Komi garantiu, preocupado, que os ursos estão «verdadeiramente esfomeados este ano» e que «muitos deles não irão sobreviver».

Masha Vorontsova da World Wildlife Fund Rússia (WWF Rússia) disse que não é a primeira vez que se verifica este tipo de acontecimentos, pois tal já tinha ocorrido na república de Karelia. Aí, «um urso aprendeu a abrir um caixão e ensinou aos outros como fazê-lo» e como são animais omnívoros e que «aprendem muito rápido», perceberam que podiam ter nas sepulturas reservatórios de comida fácil.

Vorontsova ressalva que «a história é horrível, pois ninguém quer imaginar um ente querido a ser devorado por um urso», mas ressalva que «os animais irão utilizá-las como se fossem um frigorifico para os tempos de maior escassez».

SOL
 

Seattle92

Nimbostratus
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22 Set 2010
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Portugal
Conhecem a 1ª Área Protegida privada do país???

Nome: Faia Brava
· Localização
· País/região: Portugal - Região Centro
· Códigos NUT: PT128 - Beira Interior Norte
· Freguesias: Algodres, Vale de Afonsinho (concelho de Figueira de Castelo Rodrigo), e Cidadelhe (concelho de Pinhel), distrito de Guarda
· Coordenadas geográficas: 40º53’N 07º04’W
· Altitudes: 170-509 m
· Área: 427,65 hectares

·
· Descrição geral
· Corresponde ao vale do rio Côa, num troço de cerca de 5 Km de extensão, com orientação Sul-Norte, e encostas de grande declive onde afloram rochas graníticas escarpadas. O clima apresenta um aspecto continental seco, com grandes amplitudes térmicas e fraca pluviosidade média. O coberto vegetal é dominado por matos de Cytisus multiflorus, por vezes arborescentes com presença de Quercus suber e Quercus rotundifolia. As encostas mais termófilas estão cobertas de Retama sphaerocarpa, Olea europea var. sylvestris e Pistacia terebinthus. Nas margens rochosas e arenosas do rio Côa desenvolvem-se maciços de Securinega tinctoria. A fauna do vale do Côa é diversificada, estando assinalado um total de 149 espécies de vertebrados, nomeadamente 6 peixes (1 espécie ameaçada), 9 anfíbios, 9 répteis, 100 aves (11 espécie ameaçadas), e 25 mamíferos (3 espécies ameaçadas). O sub-grupo faunístico que reúne maior número de espécies com elevado estatuto de ameaça corresponde ao das aves rupícolas. A ocupação agrícola destes terrenos baseia-se no cultivo da oliveira, mas com pouca expressão territorial. As principais actividades humanas são a produção extensiva de ovinos, a olivicultura e a extracção de cortiça.
·
· Habitats importantes
· Matos (matos esclerófilos); Charcos temporários mediterrânicos; Matos hidrofílicos,;Formações sub-estépicas de gramíneas e de anuais; Galerias ribeirinhas termomediterrânicas; Matas de Quercus suber, Matas de Quercus rotundifolia.
·
· Flora e vegetação prioritárias em termos de conservação
· Tamujal (comunidade de Securinega tinctoria); Matas xerofilicas com Pistacia terebinthus, Rhamnus lycioides subsp. oleoides, Phillyrea angustifolia, Arbutus unedo, Acer mosnpessulanum; Quercus rotundifolia; Azinhais (manchas homogeneas de Quercus rotundifolia); Montados de Sobreiro, com a Quercus faginea e Quercus rotundifolia.
·
· Fauna prioritária em termos de conservação
· Aves rupícolas (Ciconia nigra, Neophron percnopterus, Gyps fulvus, Aquila chrysaetos, Hieraaetus fasciatus, Bubo bubo, Apus melba, Oenanthe leucura), Aegypius monachus, Circaetus galicus, Circus pygargus, Alectoris rufa, Columba livia, Columba palumbus, Sylvia hortensis, Oryctolagus cunniculus, Felis silvestris, Lutra lutra, Capreolus capreolus.
·
· Actividades Humanas
· Implementadas pela ATN: olivicultura, criação extensiva de gado, cerealicultura, visitação, educação ambiental, monitorização ecológica
· Implementadas por outros: olivicultura, ovinicultura, caça, pesca
·
· Protecção legal
· Nacional: ZPE Vale do Rio Côa (PTZPE0039; Decreto-Lei nº 384-B/99, de 23 de Setembro; 20.628 ha coincidentes com a IBA), Decreto-Lei n.º 49/2005 de 24 de Fevereiro; Parque Arqueológico do Vale do Côa (Decreto-Lei nº 117/97 de 14 de Maio)
· Internacional: ZPE Vale do Rio Côa, Sítio Património Mundial (UNESCO)
·
· Ameaças
· queimadas e incêndios; abandono/redução da gestão do terreno; caça furtiva; linhas eléctricas; pedreiras; construção de barragens ou diques; perturbação por actividades revreativas/turísticas;

5.JPG

http://www.atnatureza.org/
 

Seattle92

Nimbostratus
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Para quem pensa que os garranos só existem no Gerês, segue uma reportagem sobre os garranos da Faia Brava


 
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