Jornal de Noticias.Onda de calor não dá tréguas na Rússia
11h46m
A onda de calor na Rússia, que se verifica há três semanas, vai continuar, prevendo-se que no fim-de-semana a temperatura em Moscovo ronde entre os 36 e os 38 graus centígrados.
Recordes de calor são batidos em Moscovo, Veliki Novgorod, Samara, Ulianovsk, Kalmukia, Krasnodar e Vladivostoque e noutras regiões da Rússia.
Nas últimas três semanas, uma onda de ar quente, que eleva o mercúrio dos termómetros acima dos 30 graus positivos, ameaça bater todos os recordes na história das observações meteorológicas no país. A temperatura é entre seis e oito graus superiores à média.
Os russos procuram fugir ao calor nas águas frias de rios e lagos, mas a falta de cuidado e o emprego excessivo de bebidas alcoólicas (vodka e cerveja) já causaram a morte de 2.500 banhistas neste Verão, 1.244 dos quais só no mês de Julho.
Nem nos subterrâneos do metropolitano de Moscovo se consegue encontrar um ambiente mais fresco. Segundo as autoridades russas, a temperatura média nas estações é de 28 graus centígrados, mas, em algumas das 112 estações, atinge os 32 graus.
As florestas nos arredores da capital russa, que se encontram em terrenos turfosos, começaram a arder, expelindo grandes nuvens de fumo.
Esta onda de calor está a provocar sérios prejuízos económicos e humanos na Rússia. A seca já destruiu várias colheitas, o que deverá provocar o aumento do preço de produtos essenciais como pão, leite e carne.
"Há quase 40 anos que a Rússia não via uma seca assim", constatou Alexandre Bedritzki, assessor da presidência russa para o clima.
As autoridades sanitárias, através da imprensa, rádio e televisão, aconselham permanentemente a população com medidas de prevenção para evitar os problemas evitados pelo calor.
Rússia
Calor bate recorde em Moscovo
26 | 07 | 2010 15.29H
O mercúrio nos termómetros da capital russa subiu hoje até aos 37,2 graus centígrados, batendo assim o recorde absoluto durante todo o período de observações meteorológicas.
O anterior recorde: 36,8 graus centígrados foi registado em 1926.
Porém, o Serviço Meteorológico da Rússia já veio anunciar que este recorde, o sétimo este ano, poderá ser batido já na próxima quinta feira.
A Rússia está a ser assolada por uma rara onda de calor, que começou no início de junho. Nas últimas semanas, o mercúrio não desce abaixo dos 30 graus na capital russa e arredores.
Esta anomalia atmosférica já levou à perda de 10 milhões de hectares de culturas, bem como a fortes fogos florestais.
Hoje de manhã, Moscovo acordou coberta por uma densa nuvem formada pelo fumo e cinzas expelidos pelos incêndios nas florestas dos arredores da capital russa.
Segundo as autoridades sanitárias, o nível de poluição atmosférica em Moscovo é sete vezes superior ao normal.
A nuvem de fumo que rodeia Moscovo não é propriamente dos incêndios florestais mas da turfa subterrânea que está a arder...
1 Aleksandrov-Gaj (Russia) 41.5 °C
2 Verhnij Baskuncak (Russia) 41.4 °C
3 Balasov (Russia) 41.0 °C
4 Bogucar (Russia) 40.6 °C
5 Kamysin (Russia) 40.5 °C
6 Divnoe (Russia) 40.2 °C
7 Serafimovic (Russia) 40.0 °C
(...)
46 Moskva (Russia) 35.7 °C
1 Verhnij Baskuncak (Russia) 42.5 °C
2 Aleksandrov-Gaj (Russia) 41.8 °C
3 Bogucar (Russia) 41.6 °C
4 Balasov (Russia) 41.5 °C
5 Kalac (Russia) 41.5 °C
6 Kamysin (Russia) 41.5 °C
7 Serafimovic (Russia) 41.4 °C
8 Jaskul (Russia) 41.1 °C
9 Tambov (Russia) 41.1 °C
10 Zametcino (Russia) 41.1 °C
11 Morozovsk (Russia) 41.0 °C
12 Volgograd (Russia) 40.6 °C
13 Ersov (Russia) 40.4 °C
14 Rjazsk (Russia) 40.3 °C
15 Divnoe (Russia) 40.0 °C
Pelo menos 23 pessoas morreram e mais de 1100 casas ficaram destruídas nos incêndios florestais registados em Nijni-Novgorod, Voronej e Moscovo, informou esta sexta-feira o Ministério para as Situações de Emergência russo.
A porta-voz do Ministério, Irina Andrianova, disse que as chamas mataram nove pessoas na região de Nijni-Novgorod, situada a sul da capital russa, e destruíram três aldeias, queimando mais de mil casas.
A situação agrava-se devido às altas temperaturas registadas na parte central da Rússia, onde os termómetros subiram até aos 38 graus, e aos ventos fortes, que chegam a atingir 120 quilómetros por hora.
"Recomendo aos dirigentes das câmaras municipais, em relação aos quais há dúvidas quanto à confiança dos cidadãos, que se demitam, e aos governadores que criem grupos para trabalhar com os cidadãos", recomendou o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, que se encontra na região de Nijni-Novgorod para coordenar as operações de combate aos incêndios.
Na região de Voronej, as chamas destruíram 271 casas, deixando mais de 500 pessoas sem teto. Os incêndios obrigaram ao encerramento de 16 infantários situados perto das zonas florestais, de acordo com as autoridades locais.
Os incêndios nessa região provocaram a morte de cinco pessoas, entre elas um bombeiro, e 43 feridos graves.
O alastramento de incêndios nos arredores da capital russa, que já mataram sete pessoas, levou à imposição do estado de emergência na região.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, pediu ao exército para combater os incêndios florestais, anunciou a porta-voz presidencial, Natalia Timakova, citada pelas agências noticiosas russas.
O presidente ordenou ao Ministério da Defesa que utilize todos os recursos necessários para ajudar a combater os incêndios, declarou Timakova.
(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)
Lusa
1 Samara Bezencuk (Russia) 41.0 °C
2 Samara Snysljaevka (Russia) 40.4 °C
3 Aleksandrov-Gaj (Russia) 40.2 °C
4 Ersov (Russia) 40.0 °C
5 Penza (Russia) 40.0 °C
6 Poretskoe (Russia) 40.0 °C
7 Buzuluk (Russia) 39.3 °C
8 Culpanovo (Russia) 39.3 °C
9 Alatyr (Russia) 39.2 °C
10 Balasov (Russia) 39.2 °C
(...)
113 Moskva (Russia) 31.2 °C
Los incendios forestales provocados por la ola de calor más abrasadora que se recuerda en Rusia han causado la muerte a 26 personas y destruido en las últimas horas pueblos enteros en el centro de este país. Ante la magnitud del desastre, el Kremlin ha movilizar el Ejército. Los miles de soldados, que utilizarán blindados y otros vehículos militares, se suman a los más de 200.000 efectivos del ministerio de Situaciones de Emergencia que ya participan en las labores contra incendios.
"Que ayuden en lo que puedan. La situación es realmente grave", ha asegurado el presidente ruso, Dmitri Medvédev, al autorizar el uso de los efectivos de las Fuerzas Armadas para frenar el avance del fuego. "Lamentablemente, carecemos de las capacidades para afrontar tales desastres naturales. En el futuro habrá que pensar en aumentar el parque de aviones contra incendios", ha reconocido el jefe del Kremlin.
Las consecuencias de los incendios han empezado a sentirse en Moscú, donde los termómetros marcaron ayer un máximo histórico de 38,2 grados. La capital rusa ha amaneció varios días de esta semana cubierta por una nube de humo, lo que ha causado numerosos trastornos a los diez millones de habitantes de la capital.
Según el ministerio de Situaciones de Emergencia, en Rusia desde el inicio de la ola de calor a mediados de junio se han producido unos 22.000 incendios, que han quemado cerca de medio millón de kilómetros cuadrados de bosques (casi la superficie de España). Por si fuera poco, la amenaza de incendios seguirá siendo alta la próxima semana en el centro del país y en las regiones bañadas por el río Volga a causa de la ausencia de lluvias, según ha informado el Centro Meteorológico de Rusia.
Debido a la ola de calor, que ha acabado ya con más de 10 millones de hectáreas de cultivos, el ministerio de Agricultura ha anunciado que ya se había declarado el estado de emergencia por sequía en 27 de las 83 entidades federadas del país. Según el asesor del Kremlin para el cambio climático, Alexandr Bedritski, hace casi cuarenta años que el país no sufría una sequía como la actual.
1 Aleksandrov-Gaj (Russia) 41.4 °C
2 Verhnij Baskuncak (Russia) 41.2 °C
3 Bogucar (Russia) 40.6 °C
4 Ersov (Russia) 40.6 °C
5 Astrahan (Russia) 40.5 °C
6 Balasov (Russia) 40.5 °C
7 Tambov (Russia) 40.5 °C
8 Kalac (Russia) 40.4 °C
9 Culpanovo (Russia) 40.0 °C
10 Penza (Russia) 40.0 °C
(...)
84 Moskva (Russia) 33.2 °C