Ciclogénese explosiva de 15 de Fev. 1941 – Cavamento extraordinário de uma depressão que se deslocou, numa fase inicial, dos Açores em direcção à Península Ibérica e, posteriormente paralelamente à costa ocidental de Portugal Continental, de Sul para Norte.
Afectou todo o território, durante mais de 12 horas. A pressão atmosférica, em Portugal Continental, desceu mais de 24 hPa em 24 horas, condição necessária para se considerar uma Ciclogénese explosiva. O tempo associado, mais significativo, foi a intensidade do vento com rajadas que, em muitas regiões, ultrapassaram os 100 km/h:
Dois Portos 97 km/h, Santo Tirso 96 km/h (0900UTC); Penhas Douradas 148 km/h, Coimbra 133 km/h, Lisboa 129 km/h, Guarda 126 km/h, Praia da Rocha 130 km/h, Évora 97 km/h, Abrunhosa (Mangualde) 91 km/h, Santiago do Cacém 119 km/h (15 UTC), Portalegre 104 km/h (18 UTC), Penhas Douradas – 104 km/h e Montalegre – 200 (?) km/h (21UTC), são os registos mais significativos deste episódio que ficou conhecido pelo nome de Ciclone de 15 de Fevereiro de 1941.
Nas zonas costeiras há notícia de temporal no mar. Houve enormes prejuízos, não se sabendo se houve vítimas mortais, como relatava a imprensa da época (Diário de Notícias).
Este apontamento é uma curiosidade, tipo achega, mas dá para perceber que esta situação correspondeu ao mínimo dos valores da pressão atmosférica registados em Portugal Continental e ao registo das rajadas do vento mais fortes, de forma generalizada a todo o Território.
A maré de tempestade (storm surge) deve ter "varrido" toda a faixa costeira.