Ontem na biblioteca de geofísica da universidade de Lisboa, encontrei um paper com um estudo da sismicidade em Portugal e com um cálculo do período de retorno de sismos de várias magnitudes, calculados através de técnicas de regressão analisando todos os sismos registados entre 1900 e 1990. O resultado diz que o período de retorno para um sismo de 8.5 em Portugal é de cerca 600+/- 100 anos, enquanto um sismo de 8.0 é de cerca 350+-100 anos. Havia uma regra mais ou menos comum a todas as magnitudes: "O período de retorno de um sismo de magnitude M duplica quando essa magnitude é aumentada de 0,5." Ou seja, vai haver mais grandes sismos e tsunamis em Portugal. Seja daqui a 10,100,1000 ou 10000 anos. Cabe-nos a nós prevenir e diminuir o risco sísmico em Portugal (que como o Vince disse tem apenas a ver com a nossa construção, vulnerabilidade geográfica das populações, etc, e não directamente com a sismicidade da região) e esperar que quando esse sismo acontecer estaremos muito melhor preparados que hoje. Pois um sismo/tsunami hoje em Portugal era absolutamente desatroso em várias zonas do litoral... Aproveito para referir que um sismo de magnitude 9 no Japão tem um período de retorno de cerca de 100 anos... muito menor que Portugal, como se sabe.
Resumido aquilo que de uma forma ou de outra ando a referir foi explanado nestes dois posts. E informo não tenho nenhum prazer em discordar com ninguém.
Gravidade da crise nuclear de Fukushima elevada ao nível de Tchernobil 12.04.2011 Helena Geraldes A Agência japonesa de segurança nuclear elevou hoje para o nível 7, o máximo, o acidente nuclear da central de Fukushima 1, na escala de eventos nucleares e radiológicos, colocando-o ao mesmo nível da catástrofe de Tchernobil. Desde 18 de Março que as autoridades nipónicas consideravam o acidente de Fukushima como sendo de nível 5, na escala INES (International Nuclear and Radiological Event Scale) - que só reflecte as emissões para a atmosfera e não para o mar -, o mesmo do acidente em Three Mile Island, nos Estados Unidos, em 1979. A Agência de Segurança Nuclear decidiu aumentar o nível para 7 – o mesmo do acidente na central de Tchernobil, na Ucrânia, em 1986 – baseada numa estimativa de que já foram lançados para a atmosfera materiais radioactivos que excedem os critérios para o nível 7. Ainda assim, a agência garante que esta contaminação em Fukushima é menor do que a de Tchernobil, nomeadamente cerca de dez por cento, avança hoje a agência de notícias japonesa Kyodo. Mais precisamente, aquela agência informou que os reactores 1, 2 e 3 da central de Fukushima 1 libertaram para a atmosfera entre 370 mil e 630 mil terabecquerels de materiais radioactivos, nomeadamente de iodo-131 e césio 137. "As nossas estimativas sugerem que a quantidade de materiais radioactivos libertados para a atmosfera subiu a pique a 15 e 16 de Março, depois de problemas detectados no reactor 2", explicou Kenkichi Hirose, conselheiro na comissão governamental para a segurança nuclear, em conferência de imprensa, citou a agência Kyodo. "Desde então, a quantidade de radioactividade tem vindo, gradualmente, a subir. Mas acreditamos que o nível actual de emissões é significativamente baixo". Esta comissão estima que esteja a ser libertado 1 terabecquerel por hora. Autoridades japonesas lembram que Tchernobil foi diferente O porta-voz do Governo, Yukio Edano, pediu desculpas "aos moradores da zona de Fukushima, ao povo do Japão e à comunidade internacional" por causa deste acidente nuclear, originado depois do sismo e tsunami de 11 de Março. Também a operadora da central, a Tepco (Tokyo Electric Power Company), pediu desculpas por não ter conseguido estancar a fuga de radiação. A empresa admitiu mesmo a possibilidade de o total de emissões de substâncias radioactivas poder, eventualmente, ultrapassar as emissões do acidente de Tchernobil, segundo a Kyodo. Ainda assim, as autoridades japonesas lembram que Fukushima é muito diferente de Tchernobil. Segundo Hidehiko Nishiyama, porta-voz da agência de segurança nuclear, em Fukushima ninguém morreu por causa da exposição à radiação e acrescentou que os próprios reactores não explodiram como aconteceu em Tchernobil. "Mesmo que alguma radioactividade continue a escapar dos reactores e dos seus vasos de contenção, eles não ficaram totalmente destruídos e estão a funcionar", salientou.
Japão: Chegada de tufões faz aumentar receios em Fukushima A previsão de fortes chuvadas para a região de Fukushima está a alarmar a Tepco (Tokyo Electric Power Company), que receia que aquela central nuclear – danificada pelo sismo e pelo tsunami que afectaram o Japão – possa libertar ainda mais radioactividade. De acordo com os meteorologistas, citados por agências noticiosas, amanhã e segunda-feira poderão levar o segundo tufão da época àquela zona do país. Como a Tepco não conseguiu até agora cobrir os reactores, os receios de que as fugas de radioactividade se repitam são cada vez maiores, noticia a Folha Online. A empresa garante que se esforçou «ao máximo», mas admite não ter concluído os trabalhos: «Pedimos desculpa pela falta de medidas suficientes contra os ventos e as chuvas». A insuficiência das acções levadas a cabo até agora já foi reconhecida por um conselheiro do primeiro-ministro nipónico. Fonte: SOL
A TEPCO vai começar dentro de dias a remoção dos destroços que cobrem a piscina de contenção do reactor 4 no 2º andar do edifício. O reactor 4 não estava ao serviço e as barras foram acomodadas nessa piscina de contenção. O edifício está num estado muito precário devido ao próprio terremoto e à explosão de hidrogénio que se seguiu. A piscina de contenção contém 37 milhões de curies armazenados em combustível. O reactores 1, 2, e 3 estão estabilizados. Amontoam-se entretanto milhares de contentores com água radioactiva usada para arrefecer os núcleos. Edifício do reactor 4 no dia 20 de Fevereiro de 2012. Videos disponíveis na TEPCO com imagens da piscina de contenção do reactor Nº4 onde está armazenado o combustível: http://www.tepco.co.jp/en/news/libr...68209002&bclid=105765898002&bctid=93377980002
Koide Hideaki on "Japan's nightmare" - http://fukushima-is-still-news.over-blog.com Japan's Nightmare Fight Against Radiation in the Wake of the 3.11 Meltdown Apr. 01, 2012 http://japanfocus.org/events/view/136
Documentário da BBC... para mim a parte mais interessante serão os 15-20 minutos finais, especialmente a experiência de transmutação que decorre em França, de materiais radioativos por milhares de anos noutros com decaimento muito mais rápido. Desta vez não é transformar chumbo em ouro mas é parecido. Tório em substituição do Urânio...
Japoneses marcham contra a energia nuclear Os japoneses vão assistir hoje ao "apagão" nuclear com a suspensão do funcionamento do último reator ativo no país. Ler mais: http://expresso.sapo.pt/japoneses-marcham-contra-a-energia-nuclear=f723768#ixzz1u2htxaDU
A Tepco colocou mais de 2 mil fotografias sobre os dias (primeiro mês) do acidente na central de Fukushima. Tentei aceder mas a página está sobrecarregada, de qualquer maneira o link é este: http://photo.tepco.co.jp/en/index-e.html
3 anos depois, e sabe-se lá os danos que a radiação causou na vida marinha e que continuará a causar nas décadas que virão (como é na água é mais fácil esquecer), os fabricantes dos reatores vão ser processados. http://abcnews.go.com/International/wireStory/hundreds-sue-makers-fukushima-nuclear-plant-22294761 Não admira, já nos anos 70, alguns trabalhadores demitiram-se perante as falhas do equipamento. http://abcnews.go.com/Blotter/fukus...-design-caused-ge-scientist/story?id=13141287 À semelhança da URSS, são os sem-abrigo que vão limpar os danos http://www.reuters.com/article/2013/12/30/us-fukushima-workers-idUSBRE9BT00520131230 A Tepco tinha conhecimento que alguns componentes estavam danificados desde 1982!! http://www.reuters.com/article/2013/11/14/japan-fukushima-removal-idUSL4N0IZ0TR20131114 Enfim...
Uma lição de humildade para um país que acha que a tecnologia os salvava e tiveram de recorrer a pessoas desfavorecidas para fazer o trabalho sujo. Em Chernobil não eram sem-abrigo eram militares que no final da campanha teriam uma reforma vitalicia poucos estão vivos actualmente ainda tentaram robos mas a radiação fritava os circuitos em pouco tempo
http://noticias.terra.com.br/cienci...90e4c37340204410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html Outro exemplo de mentiras descaradas de políticos: (...) http://www.bbc.co.uk/news/world-asia-25102915 Omitir informação para proteger o povo
http://www.bloomberg.com/news/2014-...ima-radiation-significantly-undercounted.html Eu cá penso que foi ligeiramente diferente. Eles sabiam quão mau estava a situação mas há que disfarçar para "proteger" o povo.
Realmente quando se trata de fazer lucro as corporações sempre ( a maioria ) age do mesmo jeito o lucro sempre vem primeiro independente do ambiente e das pessoas. Agora o oceano pacifico quase inteiro esta contaminado e a culpa e dessas pessoas pequenas que so sabem pensar na p* do lucro. Na minha opinião o governo Japones SABIA das precárias condições do reactor. E ainda agora com grandes vazamentos, ficao tentando tampar o sol com a peneira, tipica atitude de CANALHA, e isso que esses governos são!