IPMA - Novidades, dúvidas, sugestões e críticas

Snifa

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Para informar, que o IPMA mudou a forma dos avisos, agora quando o aviso é referente à agitação marítima, já não fica pintado o distrito todo, mas sim a zona costeira. :D

22208066_oPAea.jpeg

Já não era sem tempo, realmente é algo estranho ver, por exemplo Beja ( entre outros) em aviso amarelo por agitação marítima.

Já se sabe que é no litoral (mar) mas mesmo assim soava "estranho" :D

Fazia lembrar aquela notícia da CMTV há uns anos e que indicava a ocorrência de agitação marítima forte para Bragança, onde eram esperadas ondas de 10 metros :D

Pode ser que seja o início de algumas mudanças em relação aos avisos. :unsure:
 


Snifa

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16 Abr 2008
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Uma das coisas a melhorar é a previsão descritiva, por exemplo, para amanhã, falam em aguaceiros mais intensos no Norte e Centro, mas na descritiva indicam tanto para o Grande Porto e Lisboa apenas aguaceiros fracos, quando muito referiam aguaceiros por vezes intensos no Norte e Centro.

Outra situação é o estado do mar, se estão a ser previstas ondas que podem atingir os 12 metros, porque não fazem referência na descritiva?

Avisos meteorológicos para Porto

Agitação Marítima - Laranja [ 08 Dez 03:00 - 09 Dez 12:00 ]


Ondas de noroeste com 5 a 6 metros de altura significativa, podendo atingir 12 metros de altura máxima.


Previsão para 4ª feira, 8.dezembro.2021

RESUMO:
Aguaceiros, em especial no Norte e Centro, sendo de neve nas terras
altas. Vento moderado a forte. Descida de temperatura. Agitação
marítima forte na costa ocidental.

Céu geralmente muito nublado, com abertas na região Sul a partir da
manhã.

Aguaceiros, mais frequentes e intensos no Norte e Centro, onde serão
de neve acima de 1000/1200 metros de altitude devendo atingir
800/1000 metros de altitude nas serras do extremo norte.
Vento moderado (15 a 30 km/h) de noroeste, soprando moderado a forte
(30 a 40 km/h), com rajadas até 65 km/h, na faixa costeira ocidental,
em especial durante a tarde, e forte (35 a 50 km/h), com rajadas até
90 km/h, nas terras altas.
Formação de gelo no interior Norte e Centro.
Pequena descida da temperatura mínima no Norte e Centro e pequena
subida no Sul.
Descida da temperatura máxima, em especial no Norte e Centro.

GRANDE LISBOA:
Céu geralmente muito nublado, com abertas a partir da manhã.
Aguaceiros fracos e pouco frequentes.
Vento moderado (15 a 30 km/h) de noroeste, soprando por vezes forte
(até 40 km/h), com rajadas até 60 km/h, em especial durante a tarde
e junto ao Cabo Raso.
Pequena descida da temperatura máxima.

GRANDE PORTO:
Céu geralmente muito nublado.
Aguaceiros, em geral fracos.
Vento moderado (15 a 30 km/h) de noroeste, por vezes forte
(até 40 km/h), com rajadas até 60 km/h, na faixa costeira em especial
durante a tarde.
Pequena descida da temperatura máxima.

ESTADO DO MAR:
Costa Ocidental a norte do Cabo Raso: Ondas de noroeste com
4,5 a 6 metros.

Costa Ocidental a sul do Cabo Raso: Ondas de noroeste com
2 a 3 metros, aumentando para 3,5 a 5 metros a partir do início da
manhã.
Temperatura da água do mar: 13/16ºC
Costa Sul: Ondas de sudoeste inferiores a 1 metro, sendo
1 a 1,5 metros na parte mais oeste.
Temperatura da água do mar: 17/18ºC

METEOROLOGISTA(S):
Bruno Café

Atualizado a 7 de dezembro de 2021 às 6:25 UTC

 

algarvio1980

Furacão
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21 Mai 2007
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IPMA, a chuva está tão perto de Sagres e o vosso pluviómetro da estação em Sagres continua off há mais de 1 mês, vejam lá isso. :D
 

ecobcg

Super Célula
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10 Abr 2008
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Sitio das Fontes e Carvoeiro (Lagoa - Algarve)
O Radar de Loulé está com problemas!


Não são problemas... é uma situação normal, que tem a ver com a forma como o radar funciona e lê a humidade por cima do mar, por exemplo. É recorrente nestas situações de Sueste por exemplo. Tal como os radares também costumam assinalar reflectividade nas zonas com torres eólicas. Não me recordo agora do "nome técnico" deste erro, mas não é mau funcionamento do radar. ;)
 

Toby

Nimbostratus
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25 Mar 2011
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Alcobaca (160 m)
Não me recordo agora do "nome técnico" deste erro, mas não é mau funcionamento do radar. ;)

Réfractivité (em francês)?

Résumé : Les radars météorologiques peuvent mesurer les changements de l'indice de réfraction de l'air dans les basses couches de l'atmosphère (Fabry et al., 1997, Fabry 2004). En utilisant les changements de phase provenant de cibles fixes aux alentours du radar, cette mesure permet d'obtenir une mesure de la réfractivité atmosphérique. Celle-ci dépend de la pression, la température et l'humidité. Les échos exploitables proviennent en général des cibles fixes telles que des châteaux d'eau, des tours ou des pylônes électriques. Pendant la campagne HyMeX (Hydrological cycle in Mediterranean expriment), cette mesure a été implémentée avec succès sur les radars bande S du réseau opérationnel de Météo-France. Afin de mieux comprendre les sources d'erreur autour de cette mesure, en particulier lorsque l'on monte en fréquence, Besson et al. 2012 a mené une simulation à partir des données de stations météorologiques automatiques. Cela a permis de mettre en avant une plus forte variabilité du signal l'été et en fin d'après-midi, quand la réfractivité est très sensible aux changements d'humidité. Cette simulation a ensuite été confirmée par des mesures radar. Est-il alors possible d'obtenir une information sur la turbulence à partir de cette mesure ? Pour échantillonner la variabilité spatiale et temporelle de la réfractivité, une analyse a été menée sur un an de données provenant du radar en bande C de Trappes, conjointement à une comparaison avec les stations automatiques alentours. L'étude présentée ici a permis de montrer qu'un lien qualitatif et quantitatif peut être établi entre les variabilités de la réfractivité mesurée par radar ou par les stations automatiques, qui sont liées à la turbulence atmosphérique de basses couches.

Resumo: Os radares meteorológicos podem medir as alterações no índice de refracção do ar nas camadas inferiores da atmosfera (Fabry et al., 1997, Fabry 2004). Ao utilizar mudanças de fase de alvos fixos nas proximidades do radar, esta medição fornece uma medida da refractividade atmosférica. Isto depende da pressão, temperatura e humidade. Os ecos utilizáveis provêm geralmente de alvos fixos, tais como torres de água, torres ou postes de electricidade. Durante a campanha HyMeX (Hydrological cycle in Mediterranean experiments), esta medição foi implementada com sucesso nos radares da banda S da rede operacional Météo-France. A fim de melhor compreender as fontes de erro em torno desta medição, em particular ao aumentar a frequência, Besson et al. 2012 realizaram uma simulação utilizando dados de estações meteorológicas automáticas. Isto evidenciou uma maior variabilidade do sinal no Verão e no final da tarde, quando a refratariedade é muito sensível às mudanças de humidade. Esta simulação foi então confirmada por medições de radar. É então possível obter informações sobre a turbulência a partir desta medição? Para colher amostras da variabilidade espacial e temporal da refratariedade, foi realizada uma análise de um ano de dados do radar da banda C em Trappes, juntamente com uma comparação com as estações automáticas circundantes. O estudo aqui apresentado mostrou que pode ser estabelecida uma ligação qualitativa e quantitativa entre as variações de refractividade medidas por radar ou por estações automáticas, que estão relacionadas com a turbulência atmosférica de baixo nível.
Traduzido com a versão gratuita do tradutor - www.DeepL.com/Translator
 

SpiderVV

Moderação
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26 Ago 2010
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Portalegre (400m)
Não são problemas... é uma situação normal, que tem a ver com a forma como o radar funciona e lê a humidade por cima do mar, por exemplo. É recorrente nestas situações de Sueste por exemplo. Tal como os radares também costumam assinalar reflectividade nas zonas com torres eólicas. Não me recordo agora do "nome técnico" deste erro, mas não é mau funcionamento do radar. ;)
Clutter? ;)

 

okcomputer

Cirrus
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13 Jul 2020
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Minho
Descobri recentemente um problema estranho no IPMA.PT

De vez em quando algumas funcionalidades deixavam de dar, por exemplo andar para trás ou frente nas horas de observações horárias, etc, tudo o que tenha esses botões para andar para trás ou frente eram afetados

Era estranho porque ora dava ora deixava de dar.
Depois de muito tempo descobri que tendo ligado o smartphone ligado por dados a uma operadora funcionava, em outra já não, num wifi dava, noutro wifi de outra já não etc.
Não dava para entender o problema.

Depois de muito cheguei à conclusão que é um problema com IP6

Algumas páginas do IPMA requerem uma biblioteca javascript chamada jqueryui
Essa biblioteca hoje em dia já nem se usa muito com a evolução que houve nos últimos anos, mas pior que isso, o IPMA usa a versão 1.11.4, uma coisa para aí de 2015, ou seja, ultra obsoleta
Quanto mais não fosse por razões de segurança, são coisas que se devem atualizar

E essa versão de 2015 parece incompatível com IP6
Como muitos fornecedores de Internet tem migrado finalmente quase tudo para IP6 mantendo algumas coisas que restam em IP4, daí a explicação porque umas vezes funciona e outras não
 
  • Gosto
Reactions: joselamego e Thomar

algarvio1980

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Mortalidade e Ondas de Calor​


Foi recentemente publicado na revista International "Journal of Biometeorology" um artigo científico sobre o aumento da mortalidade associada a ondas de calor em 2020 durante a pandemia (“Heat-related mortality amplified during the COVID-19 pandemic”).


Este estudo tem como primeiro autor Pedro M. Sousa (IPMA) e foi realizado em colaboração com investigadores do Instituto Dom Luiz (Ricardo M. Trigo, Ana Russo e João L. Geirinhas) e do Instituto Ricardo Jorge (Ana Rodrigues, Susana Silva e Ana Torres), e visa contribuir para uma melhor compreensão dos impactos na Saúde Pública da exposição a eventos de temperaturas extremas.


O excesso de mortalidade não diretamente relacionado com o vírus aumentou durante a pandemia de COVID-19, onde se inclui a mortalidade relacionada com episódios de calor. A exposição a temperaturas extremas, e em particular às ondas de calor, é um fator bem conhecido relacionado com significativos picos na mortalidade (por exemplo 1981, 2003, 2013, 2018), e naturalmente um fator de preocupação relativo aos impactos na Saúde Pública das alterações climáticas. No entanto, durante 2020 este impacto acentuou-se, quando comparado com ondas de calor recentes.


Vários períodos quentes foram observados durante 2020 em Portugal, incluindo o julho mais quente registado desde 1931. Recorrendo a dados meteorológicos da reanálise ERA5, e cruzando com dados de mortalidade e admissão em urgências, a relação entre períodos de calor/frio e mortalidade foi analisada e modelada, comparando os períodos da pandemia e pré-pandemia. A análise mostrou que uma redução significativa na busca por cuidados médicos - consequência do receio da população e/ou da redução da disponibilidade de atendimento - resultou numa amplificação de pelo menos 50% nas mortes relacionadas com ondas de calor (um excesso de cerca de 1500 mortes por exposição ao calor), quando comparado ao que seria expectável para condições meteorológicas semelhantes num período pré-pandemia sem constrangimentos.



Onda_Calor_Artigo_PedroSilva.png





Legenda da figura: a) Mortalidade VS anomalias de temperatura. Barras vermelhas/azuis representam anomalias positivas/negativas de temperatura. As linhas representam a anomalia relativa da mortalidade, considerando todas as mortes (linha preta sólida), mortes por COVID-19 (linha preta tracejada) e todas as causas exceto COVID-19 (linha castanha). b) Valores absolutos das temperaturas médias diárias (linha preta fina e áreas sombreadas coloridas), temperaturas máximas (linha vermelha) e temperaturas mínimas (linha azul) em Portugal continental durante 2020.



 

guisilva5000

Super Célula
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16 Set 2014
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Belas

Mortalidade e Ondas de Calor​


Foi recentemente publicado na revista International "Journal of Biometeorology" um artigo científico sobre o aumento da mortalidade associada a ondas de calor em 2020 durante a pandemia (“Heat-related mortality amplified during the COVID-19 pandemic”).


Este estudo tem como primeiro autor Pedro M. Sousa (IPMA) e foi realizado em colaboração com investigadores do Instituto Dom Luiz (Ricardo M. Trigo, Ana Russo e João L. Geirinhas) e do Instituto Ricardo Jorge (Ana Rodrigues, Susana Silva e Ana Torres), e visa contribuir para uma melhor compreensão dos impactos na Saúde Pública da exposição a eventos de temperaturas extremas.


O excesso de mortalidade não diretamente relacionado com o vírus aumentou durante a pandemia de COVID-19, onde se inclui a mortalidade relacionada com episódios de calor. A exposição a temperaturas extremas, e em particular às ondas de calor, é um fator bem conhecido relacionado com significativos picos na mortalidade (por exemplo 1981, 2003, 2013, 2018), e naturalmente um fator de preocupação relativo aos impactos na Saúde Pública das alterações climáticas. No entanto, durante 2020 este impacto acentuou-se, quando comparado com ondas de calor recentes.


Vários períodos quentes foram observados durante 2020 em Portugal, incluindo o julho mais quente registado desde 1931. Recorrendo a dados meteorológicos da reanálise ERA5, e cruzando com dados de mortalidade e admissão em urgências, a relação entre períodos de calor/frio e mortalidade foi analisada e modelada, comparando os períodos da pandemia e pré-pandemia. A análise mostrou que uma redução significativa na busca por cuidados médicos - consequência do receio da população e/ou da redução da disponibilidade de atendimento - resultou numa amplificação de pelo menos 50% nas mortes relacionadas com ondas de calor (um excesso de cerca de 1500 mortes por exposição ao calor), quando comparado ao que seria expectável para condições meteorológicas semelhantes num período pré-pandemia sem constrangimentos.



Onda_Calor_Artigo_PedroSilva.png





Legenda da figura: a) Mortalidade VS anomalias de temperatura. Barras vermelhas/azuis representam anomalias positivas/negativas de temperatura. As linhas representam a anomalia relativa da mortalidade, considerando todas as mortes (linha preta sólida), mortes por COVID-19 (linha preta tracejada) e todas as causas exceto COVID-19 (linha castanha). b) Valores absolutos das temperaturas médias diárias (linha preta fina e áreas sombreadas coloridas), temperaturas máximas (linha vermelha) e temperaturas mínimas (linha azul) em Portugal continental durante 2020.



Link não acessível, infelizmente.
 

algarvio1980

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Olhão (24 m)

N_Fig

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Figueira da Foz
O IPMA publicou "novamente" as normais de 1981-2010 e as respectivas fichas climatológicas.

Normais climatológicas: https://www.ipma.pt/pt/oclima/normais.clima/1981-2010/

Fichas climatológicas: https://www.ipma.pt/pt/oclima/normais.clima/1981-2010/normalclimate8110.jsp

Nota: As normais são iguais á normal de 1971-2000, por isso, guiem-se pelas fichas climatológicas
Já o fez há uns dias, pelo menos. De referir também que na notícia do último boletim dos Açores falavam da normal 91-20
 

guimeixen

Cumulonimbus
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5 Jun 2013
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Ferreiros, Braga 160m
Será que Braga terá as normais 91-20? Pois a estação do Posto Agrário deixou de funcionar em 2007 e depois temos Merelim que começou a funcionar em 1996, mas que está num sítio diferente o que não dará para fazer comparações dado que a outra estação estava em Lamaçães, numa zona mais alta.

Vendo a de 81-10 parece que o IPMA deixou de considerar os -6,3ºC como a temperatura mais baixa registada em 1995 e agora considero o -5,3ºC de 1987 como a mais baixa.
Pelo que li aqui pelo fórum não havia condições nessa altura para atingir os -6,3ºC.

Se esta estação numa zona mais alta registou isto quanto teria registado Merelim? Supondo que teriam sido dias com sol e de inversão térmica.

As situação que levou aos -5,3ºC:

aMwQUs7.png


E a situação que levou aos -6,3ºC. Nota-se que havia menos frio e essa temperatura sempre deveria ter estado errada.

437VPq4.png


Outras situações interessantes, 1 de março de 2005 que registou -5,0ºC:

3JAmyrY.png


E 13 fevereiro de 1983 que registou -4,5ºC:

uVzAkbN.png
 
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