Eu em Lisboa (Santa Maria de Belém), consegui obter bananas muito boas.
As bananeiras que maior parte das pessoas vêm em Lisboa, dão bananas que precisam de ser cozinhadas para se poderem comer, por isso é que muita gente diz que as bananas que crescem na região não dão para comer.
É um erro que dá azo a muita confusão.
As bananeiras que eu tinha em casa eram estas:
http://geia-deusaterra.blogspot.pt/2010/04/musas.html
Esta variedade dá bananas que não precisam de ser cozinhadas. Também em Belém, consegui obter 2 frutificações por ano de um maracujeiro que se tornou gigante.
Também obti abacates de um abacateiro grande (os abacateiros são algo frequentes localmente).
No mesmo bairro vi uma papaeira enorme (com um tronco impressionante) a dar papaias. Mangueiras a dar mangas era ligeiramente mais comum. Algumas davam mangas bonitas, mas levavam algum tempo a dar.
Anoneiras também cresciam e também as vi frutificar.
Frutos da costela de adão eram comuns.
Tamareiras crescem e frutificam cá.
Nesta foto as 3 palmeiras mais altas são tamareiras e já as vi frutificar algumas vezes.
Contudo ainda temos que contar com vários aspetos: Existem diferentes microclimas na região, e nem todas as partes são amenas o suficiente para estas espécies crescerem e frutificarem. Anos com meteorologias diferentes dão origem a resultados diferentes. Se em zonas bem tropicais há por vezes maus anos agrícolas, não esperem que fora dos trópicos, seja melhor. Nem todos os solos são adequados para o crescimento de frutos tropicais em P. continental. A variedade das cultivares, por vezes, pode fazer toda a diferença, pois há variedades que toleram melhor as nossas condições que outras.
Por curiosidade, a Estremadura é uma região que permitiu a sobrevivência local de um tipo de floresta subtropical, que com as sucessivas glaciações, foi perdendo o numero de espécies e reduzindo de área, até apenas subsistir em vales abrigados, relativamente perto do mar. Alguns cientistas indicaram apenas esta zona, como a única (Europa continental) onde o loureiro terá sobrevivido à ultima grande Idade do Gelo. Hoje em dia, esta floresta localmente, está quase extinta e apenas quase sempre, de forma degradada. Na Arrábida, parte desta floresta terciária também sobreviveu, mas igualmente de forma restrita, ainda que sobretudo devido à estrutura dos solos, fortemente calcáreos e pouco propícios à retenção de água e humidade nas camadas superiores.
Fora destas zonas também existem resquícios deste tipo de floresta subtropical, mas são também cada vez mais raros.