Para o dia de 5f....
Sinoptica
Á superfície uma massa de ar subtropical ( dew>15ºC) entra por PT continental á frente de uma frente fria.
Em altura um vigoroso cavado aproxima-se de NW e aprofunda-se, cruzando o território.
Espera-se que durante a madrugada a frente fria cruze a região norte e boa parte do centro, antes de começar a ocorrer uma interacção mais efectiva com a perturbação em altura.
Como tal não se espera grande actividade frontal na região norte, estando apenas prevista alguma actividade pós-frontal em geral não muito intensa.
No centro e em especial sul a situação é distinta.
A frente fria deverá activar-se pouco a norte de Lisboa, mantendo um rumo a SE.
A aproximação do cavado ( ar frio em altura) deverá criar alguma instabilidade, mas o que é de realçar é o forçamento dinâmico modelado...bastante violento!
Igualmente de referir é a dinamização do fluxo tanto ao longo da margem frontal nos níveis baixos/médios como na periferia do forte jet polar nos níveis altos.
Os modelos sugerem mesmo que em resposta ao forçamento, uma pequena bolsa depressionária poderia surgir nos níveis baixos/médios pelo vale do Tejo-alto Alentejo, resultando numa potenciação da convergência á sfc e do mid level jet pré frontal.
Em suma estamos perante um ambiente de forte shear ( DLS>60kts) e forçamento mas o CAPE modelado é fraco devido a uma imperfeita justaposição entre o ar frio em altura e o ar quente á superfície, assim como ao fraco aquecimento diurno.
É no entanto de esperar que o CAPE fraco seja em parte compensado pela dinâmica, pelo que se espera que surjam algumas células, eventualmente de topos baixos.
Neste tipo de ambiente qualquer célula poder-se-há tornar organizada, a orientação da convergência pré frontal face ao fluxo médio indica que poderemos ter um corredor de actividade convectiva ( tipo broken line) com as células a mover-se de SW para NE junto á frente.
Assim sendo há alguma possibilidade de um evento de training, com células isoladas que poderão evoluir adquirindo caracter supercelular....precipitação excessiva, rajadas e granizo serão o risco mais relevante, mas não se pode excluir um tornado fraco no interior do baixo Alentejo, onde o shear será mais rotacional por efeito de atrito e poderemos ter algum aquecimento diurno da camada superficial proporcionando um pouco mais de low level CAPE.
Por este motivo lanço um nível amarelo por possibilidade de um evento severo pontual.
Caso os modelos aumentem significativamente o CAPE poderá ser necessária uma reavaliação.
Cinzento
- Aguaceiros e possibilidade de trovoada
Amarelo
- Aguaceiros e possibilidade de trovoada
- Precip. localmente excessiva
- Rajadas ( ~80km.h)
- Granizo