Seguimento Litoral Norte - Janeiro 2023

  • Thread starter Thread starter Dan
  • Data de início Data de início
Boa noite.

Pouco vi deste belo dia de chuva. O trabalho...o trabalho.
Vou tentar inteirar-me melhor do que se passou.

Por cá foram várias as estradas intransitáveis devido à água, uma ou outra derrocada de menor expressão. O "normal" portanto.

O acumulado está nos 68,9 mm. Até parece pouco comparado com os valores bem altos já por cá reportados. É só mais um dos vários dias de chuva abundante (>50 mm) deste outono-inverno.
O vento mais forte esteve presente ao início da manhã, soprando moderado a forte, com rajadas fortes.

E a temperatura lá desceu agora pela noite, neste momento sigo com 8,2ºC e 93% de Hr.

Continuação de excelente 2023:thumbsup:
 
Foi entre Lima e Minho que no território do continente se atingiram os maiores acumulados hoje (e cumulativamente com ontem, dado que não houve interrupção pela passagem da data).
A pior das situações para gerar precipitação persistente e repetidamente forte é a de um sistema frontal com sucessivas ondulações, ou seja, conduzido por um jet stream em altitude alinhado com a frente.

No vídeo do radar de Arouca é notável o serpentear da frente sobre o Alto Minho, durante a madrugada e início da manhã do dia 1.

 
Boa tarde,

Por aqui tivemos um belo nascer do sol com o nevoeiro no vale do rio Cávado. Finalmente um noite mais fresca.
Era água a escorrer por todo o lado onde eu estava e pelo caminho vários campos cheios de água.

PXL-20230102-065830131-NIGHT.jpg

PXL-20230102-083048840.jpg
 
Acumulados do primeiro dia do ano, que não podem ser dissociados dos valores do dia anterior, para se ter uma ideia real do evento:

4NBfA1h.jpg
JpnQcKW.jpg


Incluídas algumas estações periféricas da RLN.

223,0 mm Vila Nova de Cerveira
99,6 mm Monção Valinha
117,3 mm Lamas de Mouro Penedo Ribeiro
73,7 mm Ponte de Lima
70,0 mm Viana do Castelo
107,0 mm Cabril
94,3 mm Montalegre
50,9 mm Chaves
98,8 mm Braga Merelim
102,5 mm Barcelos (CIM)
82,6 mm Esposende (CIM)
82,2 mm Cabeceiras de Basto
95,3 mm Vila Nova de Famalicão
78,7 mm Paços de Ferreira
81,9 mm Porto Pedras Rubras
92,8 mm Porto S.Gens
103,1 mm Porto Massarelos
70,8 mm Serra do Pilar
85,9 mm Luzim
55,9 mm Vila Real cidade
52,9 mm Vila Real
96,7 mm Arouca
84,0 mm Aveiro
60,1 mm Dunas de Mira
66,6 mm Anadia
73,8 mm Mealhada (CIM)
 
Última edição:
TSF - Achei piada o Autarca de Valencia dizer ; que possivelmente foi um raio que provocou
a queda da muralha ( parece me pura invenção ), que vós parece?

Não está registada no mapa das DEA do IPMA descarga alguma nas proximidades sequer da fortaleza. :rolleyes:
Claro que é o autarca a desculpar a falta de manutenção do monumento e quem sabe algum erro na utilização do interior da muralha (jardim sem escoamento das águas infiltradas no solo, a muralha não tinha sumidouros ou estavam entupidos, a muralha funcionou como um enorme reservatório para o qual não estava concebida, obviamente).
 
Foi entre Lima e Minho que no território do continente se atingiram os maiores acumulados hoje (e cumulativamente com ontem, dado que não houve interrupção pela passagem da data).
A pior das situações para gerar precipitação persistente e repetidamente forte é a de um sistema frontal com sucessivas ondulações, ou seja, conduzido por um jet stream em altitude alinhado com a frente.

No vídeo do radar de Arouca é notável o serpentear da frente sobre o Alto Minho, durante a madrugada e início da manhã do dia 1.


Não dá para ver o vídeo, pelo menos eu não consigo. :unsure:




Por aqui este sol dá uma sensação de alívio até. Tudo escorre água. Humidade impressionante. Quintal cheio de verdete e até dentro do anexo choveu.
 
Esta água em pouco tempo está no mar... Nesse contexto qualquer barragem é uma aberração ecológica.


Enviado do meu CLT-L29 através do Tapatalk
Técnicamente, toda a barragem é de facto uma aberração ecológica. Destrói ecossistemas, inunda terrenos, altera o clima local, desfigura a paisagem etc.
 
Concordo plenamente.

Enviado do meu CLT-L29 através do Tapatalk
Não te esqueças de um turismo de massas baseado em modelos balneares de altíssimo consumo de água. São só cerca de 7 milhões numa micro região com clima que tende a ter estações e anos muito secos.
 
Não está registada no mapa das DEA do IPMA descarga alguma nas proximidades sequer da fortaleza. :rolleyes:
Claro que é o autarca a desculpar a falta de manutenção do monumento e quem sabe algum erro na utilização do interior da muralha (jardim sem escoamento das águas infiltradas no solo, a muralha não tinha sumidouros ou estavam entupidos, a muralha funcionou como um enorme reservatório para o qual não estava concebida, obviamente).

Foi precisamente o contrário que ocorreu.

Neste caso foi o "excesso" de manutenção, nomeadamente intervenções feitas por imbecis inqualificáveis em meados do séc XX.

Neste período as "intervenções" de "restauro" da muralha incluíram a impermeabilização das juntas com cimento comum. Ou seja, vedaram o escoamento natural que os muros de pedra proporcionam. Naturalmente, mais cedo ou mais tarde, iria acontecer um evento de precipitação histórico que levaria as paredes a ceder.