Seguimento Rios e Albufeiras - 2017

luismeteo3

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Água já corre na nascente do Douro
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Neve devolveu água à nascente em Espanha

As imagens são de sábado e mostram a água a voltar a correr na, até agora seca, nascente do rio Douro, junto à localidade de Duruelo de la Sierra, a 2160 metros de altitude.

As fotografias são da autoria de Agustín Sandoval e foram partilhadas na rede social Twitter com comentários de satisfação por ter surgido neve na serra de Urbión (província de Sória). "O rio Douro renasce" foi uma das frases que escreveu na publicação.
https://www.dn.pt/sociedade/interior/agua-ja-corre-na-nascente-do-douro-8945747.html
 


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Nimbostratus
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Aristocrata

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Por Espanha faz se barulho devido à seca.
Por cá há quem seja contra barragens.
http://lavoz.gal/ud4b82

A água do rio Douro está a ser transvazada\transviada para o sul de Espanha (SE, zonas de grande uso de água para a agricultura).
Obviamente que entende-se mas não se compreende a má gestão, deixando as barragens na penúria. Pior, se atendermos que a produção hidroeléctrica foi trocada, em parte, por meter água na grande zona agrícola espanhola do SE. E com isso os preços da energia serão aumentados devido à "seca".
 

Aristocrata

Super Célula
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Paços de Ferreira, 292 mts
Por acaso, sempre pensei que o único transvase por parte do País vizinho era apenas com o Tejo. De facto estamos sempre à mercê dos Espanhóis..

Peço imensa desculpa mas não há transvases no rio Douro.
Fiz confusão com os texto anteriores a 2004 que falavam neles, mas que correspondiam ao plano de intenções dos governos espanhóis da altura.
De facto eles passaram a utilizar foi a água do rio Ebro.
E também usam água do rio Guadiana e seus afluentes do lado espanhol, para explorações agrícolas em Huelva.
 

slbgdt

Nimbostratus
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31 Jan 2015
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Peço imensa desculpa mas não há transvases no rio Douro.
Fiz confusão com os texto anteriores a 2004 que falavam neles, mas que correspondiam ao plano de intenções dos governos espanhóis da altura.
De facto eles passaram a utilizar foi a água do rio Ebro.
E também usam água do rio Guadiana e seus afluentes do lado espanhol, para explorações agrícolas em Huelva.

A água do Douro é também usada em regadio.
Aliás as barragens feitas na zona dos picos da Europa têm essa função e a de regular caudais aquando o degelo nos Picos.
 

AnDré

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E por falar em transvases...

"As Alterações Climáticas e a Barragem de Foz-Coa

Diz-se no Minho que: – “em Setembro, ardem os montes e secam as fontes…”. Este ano, os montes arderam de Julho até Outubro. E, mesmo no Portugal húmido, estamos em Novembro e as fontes continuam secas. Ninguém terá dúvidas que na origem dos fenómenos extremos que vivemos estão os efeitos das mudanças do clima, do aquecimento global, do desgovernado crescimento das emissões que contribuem para o efeito de estufa. Os alertas de cientistas e as diligências dos mais esclarecidos não têm sido suficientemente persuasivos para que haja uma comoção global. Alguns danos já ultrapassaram o ponto de não retorno, com efeitos negativos irrecuperáveis no ténue equilíbrio da vida sobre o Planeta.

Entre as geografias mais vulneráveis destaca-se a Europa do Sul, incluindo Portugal. No âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, as conferências das partes – COP – lograram uma progressiva tomada de consciência, no sentido de reforçar a capacidade dos países para lidarem com o impacto das alterações climáticas. A reunião de Paris (COP21, em 2015), estabilizou o compromisso de limitar a 2º C o acréscimo global de temperatura, em relação à que se verificava na era pré-industrial e, se possível, chegar mesmo a 1,5º C. Apesar do incompreensível egoísmo da nova liderança dos USA, que considera o acordo de Paris desfavorável para o interesse americano, ele entrou em vigor há um ano. Na COP23, a decorrer em Bona, a Comissão Europeia mostrou que é possível chegar a resultados, quando há vontade política clara. A União Europeia conseguiu reduzir em 23% as suas emissões de CO2, entre 1990 e 2016, enquanto a sua economia cresceu 53%! O que importa agora é implementar o acordo de Paris e definir o contributo de cada país para a boa performance colectiva.

Mas subsiste o problema de acesso à água em Portugal, que pode obrigar-nos a rever opções que tínhamos como estabilizadas. O Prof. Eng.º Laginha Serafim, nos anos 70, surpreendeu a comunidade científica quando defendeu o transvase do Norte húmido para o Sul seco, sugerindo que a única bacia hidrográfica com aptidão física para tal seria a do Rio Côa, mediante operações de bombagem de água do Douro, pela cascata do Côa acima, até a verter na Ribeira da Meimoa, na bacia do Tejo.

Mas para isso seria necessário um debate sério que permitisse ponderar os distintos interesses em jogo com a revisão das objecções de natureza cultural que se levantaram à construção da Barragem de Foz-Côa. O reservatório de Foz-Côa equivaleria a uma reserva de cerca de mil milhões de metros cúbicos de água, com enorme valor estratégico para o vale do Douro e para o reforço do abastecimento de água à Área Metropolitana do Porto. Já não são os argumentos energéticos, para garantir a regularização da cascata do Douro nacional com os seus cinco aproveitamentos hidroeléctricos, cuja potência instalada (de 924 MW) poderia ser devidamente rentabilizada. É antes a capacidade de armazenar água e de a disponibilizar para abastecimento a Norte e a Sul, até ao Tejo. Isto merece reabrir o debate nacional."
 

algarvio1980

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21 Mai 2007
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luismeteo3

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14 Dez 2015
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Armazenamento de água desce em dez bacias hidrográficas em novembro
Jornal Económico com Lusa
13:25
De acordo com o Boletim Climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), divulgado na semana passada, no final de novembro 3% do território estava em seca moderada, 46% em seca severa e 51% em seca extrema.

A quantidade de água armazenada em novembro desceu em 10 bacias hidrográficas de Portugal continental e subiu em duas, em comparação com outubro, e só uma tem valor acima da média.

No último dia do mês de novembro de 2017 e comparativamente ao último dia do mês anterior verificou-se um aumento do volume armazenado em duas bacias hidrográficas e uma descida em dez, segundo o boletim de armazenamento de albufeiras do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).

Com um armazenamento de 41,8%, a bacia do Arade é a única que apresenta um valor acima da média (36,7%).

Das 60 albufeiras monitorizadas pelo Sistema, quatro apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 31 têm disponibilidades inferiores a 40%.

De acordo com o SNIRH, a bacia que apresenta menor capacidade de armazenamento é a do Sado (21,6%), seguida da bacia do Lima (28%).

A bacia do Guadiana é a que regista a maior capacidade de armazenamento 65,2%, seguindo-se a do Douro (60,3%), do Cávado (60,2%), de Mira (53,6%), do Tejo (52,6%), do Barlavento (49,3%), do Mondego (46,8%), do Arade (41,8%), do Oeste (39,3%) e do Ave (39%).

Os armazenamentos de novembro de 2017 por bacia hidrográfica apresentam-se inferiores às médias de armazenamento de novembro (1990/91 a 2016/17), exceto para a bacia do Arade.

A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira, segundo o SNIRH.

Em outubro, quase metade das 60 albufeiras do país tinham disponibilidades hídricas inferiores a 40% do volume total, tendo-se registado uma descida da água armazenada em dez bacias hidrográficas.

De acordo com o Boletim Climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), divulgado na semana passada, no final de novembro 3% do território estava em seca moderada, 46% em seca severa e 51% em seca extrema.

O índice meteorológico de seca (PDSI) indica que, em novembro, houve “um ligeiro desagravamento da intensidade da seca nas regiões do Noroeste, Centro e Sudoeste do território”.

O mesmo boletim indica que o outono deste ano foi o mais seco dos últimos 46 anos, com o valor médio da temperatura máxima do ar mais alto dos últimos 86 anos.
http://www.jornaleconomico.sapo.pt/...m-dez-bacias-hidrograficas-em-novembro-240438