Seguimento Rios e Albufeiras - 2019

Pedro1993

Super Célula
Registo
7 Jan 2014
Mensagens
8,249
Local
Torres Novas(75m)
Imagens de satélite das cheia nos campos do Baixo Mondego

77670bc1afe50643483b820267b5d674.jpg

Ontem vi essa mesma imagem, nas notícias, na TV, e é de facto uma "coisa", incrivel, tendo em conta a sua dimensão.
 


Pedro1993

Super Célula
Registo
7 Jan 2014
Mensagens
8,249
Local
Torres Novas(75m)
Falam em 5000 a 6000 hectares inundados

Pois é, uma um "verdadeiro mar de água", e também já ouvi alguns produtores agrícolas, dizerem que essa mesma água pode ficar aí nos campos durante meses, porque os diques rebentaram, e vai estar sempre água a entrar, e não deve ser fácil repará-los tão cedo, devido a estar tudo alagado e sem acessos, a maquinaria pesada.




Parece que nem mesmo com a cheia o Pai Natal, vai faltar com os presentes, só para descontrair um pouco.
Em Figueira da Foz.
 
Última edição:

frederico

Furacão
Registo
9 Jan 2009
Mensagens
10,319
Local
Porto
Vista aérea sobre o Polje de Minde.



Já estive algumas vezes em Minde e sempre me perguntei como foi possível construir dessa forma num local com essas características naturais. Pela foto parece que o polje era muito maior e que parte foi ocupado com área urbana. Pelo tipo de desenho as moradias e prédios parecem-me dos anos 60, 70 e 80, logo antes da criação do parque natural. O período entre o final dos anos 60 e os anos 80 foi de grande selvajaria ao estilo Terceiro Mundo na construção e urbanismo em Portugal. Provavelmente se não fossem as restrições legais impostas pelo Parque nem haveria polje pois já teria sido ocupado com casas, armazéns e aterros.
 

frederico

Furacão
Registo
9 Jan 2009
Mensagens
10,319
Local
Porto
Imagens de satélite das cheia nos campos do Baixo Mondego

3624a9c488d95b6521e7ee946e331947.jpg


A comunicação social tem dado indícios que as obras de reguarização do Mondego nunca foram terminadas. Portanto passaram pelos Governos de Cavaco Silva, Guterres, Durão, Sócrates, Passos e Costa.

Antes de se falar em mudar populações é preciso fazer algo que não se faz em Portugal mas deveria ser feito. Apurar responsabilidades. É verdade que as obras não foram terminadas? Se sim, de quem foi a culpa? Nomes, por favor. É necessária a devida responsabilização política, e se os responsáveis forem decentes, terão o pudor e vegonha de não voltar a ocupar cargos públicos. Se forem... mas em Portugal nem sempre são e preferem mentir, sacudir responsabilidades ou fazer de coitadinhos.

E antes de falar em mudar populações. Quando foram construídas as habitações? Em que anos? Quem autorizou a sua construção? Foram construídas no Estado Novo ou já em democracia?

Na realidade não vai haver nenhuma mudança de populações. Se no Prédio Coutinho não conseguem tirar meia dúzia de pessoas, acham que vão conseguir mudar aldeias inteiras sem pagar um preço altíssimo? De onde virá o dinheiro, se falta no SNS?
 

Pedro1993

Super Célula
Registo
7 Jan 2014
Mensagens
8,249
Local
Torres Novas(75m)
Esta tarde, foi ver como estava o caudal do rio Almonda, já muito próximo da sua foz, com o Tejo, e neste momento apesar de levar uma boa corrente, já está dentro do seu leito, e já baixou cerca de 4 metros, todos os caminhos pedonais na zona ribeirinha, estão praticamente intransitáveis, com muita lama, e muito jacintos de água, pelo chão, e outros que simplesmente ficaram pendurados nas árvores.
Muitas famílias estavam também a visitar este local, para tirarem fotos.

 

Maravedi

Cirrus
Registo
5 Jan 2016
Mensagens
41
Local
Coimbra
Em relação ao Mondego, a minha opinião é que:
  • O que aconteceu este ano não foi nada de catastrófico;
  • As imagens dos campos alagados impressionam, no entanto a cheia, não fugiu em nada, face ao que existe programado no Mondego há decadas;
  • Tudo foi em demasia empolado pela comunicação social, graças a este "jornalismo de proximidade" que agora existe;
  • As populações têm zero razões que queixa em relação ao evento deste ano (na minha opinião);
  • Muita da informação transmitida na TV e até mesmo neste forum é errada, o que induz as pessoas a conclusões erradas, precipitadas e muitas vezes alarmistas;
  • O Mondego tem problemas de gestão que necessitam ser resolvidos, mas não devem ser tomadas decisões sob o imediatismo e "mediatismo". É necessário haver alterações mas deve haver um compromisso geral entre populações, governos e as verdadeiras necessidades presentes e de futuro.
  • Na minha opinião, pontualmente são tomadas (muito) más decisões (como a de libertar as areias do desassoreamento no próprio rio mais a jusante), no entanto admito, que essas decisões acabaram por não ser de influência decisiva no que ocorreu este ano.

A história do Mondego é uma história muito interessante e o estudo do dinamismo do rio é igualmente fascinante... Por vezes, em conversas quando falo do Mondego com pessoas de Coimbra, percebo que mesmo elas não conhecem o rio (precioso) que vêm todos os dias, e é engraçado vê-las fascinadas com alguns factos que lhes transmito.
Este rio, per si so, merece uma discussão alargada e merece que a sua história seja contada. De forma real, honesta, sem os sensacionalismos que as TVs de hoje se prestam.
 

camrov8

Cumulonimbus
Registo
14 Set 2008
Mensagens
3,288
Local
Oliveira de Azeméis(278m)
Em relação ao Mondego, a minha opinião é que:
  • O que aconteceu este ano não foi nada de catastrófico;
  • As imagens dos campos alagados impressionam, no entanto a cheia, não fugiu em nada, face ao que existe programado no Mondego há decadas;
  • Tudo foi em demasia empolado pela comunicação social, graças a este "jornalismo de proximidade" que agora existe;
  • As populações têm zero razões que queixa em relação ao evento deste ano (na minha opinião);
  • Muita da informação transmitida na TV e até mesmo neste forum é errada, o que induz as pessoas a conclusões erradas, precipitadas e muitas vezes alarmistas;
  • O Mondego tem problemas de gestão que necessitam ser resolvidos, mas não devem ser tomadas decisões sob o imediatismo e "mediatismo". É necessário haver alterações mas deve haver um compromisso geral entre populações, governos e as verdadeiras necessidades presentes e de futuro.
  • Na minha opinião, pontualmente são tomadas (muito) más decisões (como a de libertar as areias do desassoreamento no próprio rio mais a jusante), no entanto admito, que essas decisões acabaram por não ser de influência decisiva no que ocorreu este ano.
A história do Mondego é uma história muito interessante e o estudo do dinamismo do rio é igualmente fascinante... Por vezes, em conversas quando falo do Mondego com pessoas de Coimbra, percebo que mesmo elas não conhecem o rio (precioso) que vêm todos os dias, e é engraçado vê-las fascinadas com alguns factos que lhes transmito.
Este rio, per si so, merece uma discussão alargada e merece que a sua história seja contada. De forma real, honesta, sem os sensacionalismos que as TVs de hoje se prestam.
é engraçado como as pessoas e tvs ficam preocupados e alarmados com o facto de os rios inundarem os leitos de cheia,
 

Maravedi

Cirrus
Registo
5 Jan 2016
Mensagens
41
Local
Coimbra
O dique fusível não funcionou como devia, e ele existe para estas situações de emergência, o problema é que devia ter 8 bombas, mas só tem duas e só uma é que está a funcionar. Aqui se vê a boa gestão e manutenção dos sistemas de controlo de cheia.

Desculpa contrariar-te @DaniFR mas estão ai algumas confusões/lapsos, e alguns deles, acredito eu, originados pela noticia/reportagem da SIC que partiu para conclusões sem conhecer minimamente o que se passa no Mondego.

  1. Quando o Mondego atinge os 1200 m3/s, o caudal sobe ao ponto de entrar em acção o 1º Sifão. Este sifão, não é nada mais que um "escape" onde a água "escorre" para os campos do Mondego a Norte de Montemor-o-Velho. Não há aqui nenhum automatismo.
  2. Caso o caudal continue a aumentar, outros 2 sifões entram em "acção" permitindo assim um controlo de caudal limite de 1800 m3/s.
  3. Note-se que com um caudal com estes valores, são inevitáveis cheias dentro da cidade de Coimbra, nomeadamente no parque verde. E quanto a isso, poucas soluções poderão ser concretizadas, mas não é importante, pois é apenas zona de parque de lazer sem habitações.
  4. Os 3 sifões existentes estão em altitudes diferentes, sendo que o primeiro que actua está mais a jusante e o 3º está mais a montante. Os campos norte do Mondego, estão cercados por diques, servindo assim de reservatórios gigantescos que aliviam o caudal do rio ao "absorverem" até 760 m3/s de caudal...
  5. Esgotando-se a capacidade dos sifões e atingindo o caudal um valor na ordem dos 1800 m3/s, ai sim, entra em funcionamento uma descarga fusível que se localiza junto ao açude (que funcionou sem problemas).
  6. Os campos Norte, "escorrem" a água para os campos Sul através de tubagem que passa por baixo do rio velho, não sobrecarregando assim o rio velho que poderia causar cheias em Montemor-o-velho. (Já vi aqui no forum uma foto desse "escape", sendo que está erradamente descrita como sendo uma estação bombagem).
  7. Os campos sul são também eles um reservatório gigantesco e estão igualmente cercados por diques, no entanto, dentro destes campos existe a localidade da Ereira e esta sim transforma-se em "ilha" durante as cheias, pelo que esta é sempre uma grande preocupação.
  8. Os campos sul são escoados para o Mondego através de bombagem na tão falada estação da Foja. É verdade que esta estação tinha planeado originalmente 6 bombas (não 8) e é verdade que das 6 apenas 2 existem. Note-se no entanto que estas bombas apenas funcionam em casos de se atingir determinadas cotas e a sua capacidade é/será sempre limitada.
  9. As cheias, rebentamento de diques, etc... em NADA foram influenciados por causa da bombagem da Foja... essa estação podia ter 20 bombas que não teria evitado nada do que se passou.
  10. Por fim, dizer apenas que no caso limite de mesmo os campos do Mondego ficarem "cheios" e "transbordar", a água escorre 1º para o rio velho (que desagua no Mondego)... rio este que possui outro dique que o separa da 1ª linha de casas das várias aldeias.
Resumindo:
  • O sistemas de sifões e fusiveis, funcionou a 100%;
  • Os diques essenciais funcionaram, sendo que o que "rebentou" era o que separa o rio do "reservatório"... com o rebentamento aliviou-se a pressão no Mondego o que ironicamente até poderá ter evitado tragédias mais a jusante.
  • O sistema de bombagem da Foja está deficiente (facto), no entanto isso só terá/teria importância se as chuvas torrenciais se prolongassem por vários dias .
Então porque houve casas inundadas?
  • Porque estupidamente se construiu e constrói em leito de cheia;
  • Porque há controlo do Mondego, mas não há nenhum controlo de muitas valas e ribeiras envolventes que com a subida do Mondego não têm para onde escoar;
 

"Charneca" Mundial

Super Célula
Registo
28 Nov 2018
Mensagens
5,017
Local
Corroios (cota 26); Aroeira (cota 59)
Desculpa contrariar-te @DaniFR mas estão ai algumas confusões/lapsos, e alguns deles, acredito eu, originados pela noticia/reportagem da SIC que partiu para conclusões sem conhecer minimamente o que se passa no Mondego.

  1. Quando o Mondego atinge os 1200 m3/s, o caudal sobe ao ponto de entrar em acção o 1º Sifão. Este sifão, não é nada mais que um "escape" onde a água "escorre" para os campos do Mondego a Norte de Montemor-o-Velho. Não há aqui nenhum automatismo.
  2. Caso o caudal continue a aumentar, outros 2 sifões entram em "acção" permitindo assim um controlo de caudal limite de 1800 m3/s.
  3. Note-se que com um caudal com estes valores, são inevitáveis cheias dentro da cidade de Coimbra, nomeadamente no parque verde. E quanto a isso, poucas soluções poderão ser concretizadas, mas não é importante, pois é apenas zona de parque de lazer sem habitações.
  4. Os 3 sifões existentes estão em altitudes diferentes, sendo que o primeiro que actua está mais a jusante e o 3º está mais a montante. Os campos norte do Mondego, estão cercados por diques, servindo assim de reservatórios gigantescos que aliviam o caudal do rio ao "absorverem" até 760 m3/s de caudal...
  5. Esgotando-se a capacidade dos sifões e atingindo o caudal um valor na ordem dos 1800 m3/s, ai sim, entra em funcionamento uma descarga fusível que se localiza junto ao açude (que funcionou sem problemas).
  6. Os campos Norte, "escorrem" a água para os campos Sul através de tubagem que passa por baixo do rio velho, não sobrecarregando assim o rio velho que poderia causar cheias em Montemor-o-velho. (Já vi aqui no forum uma foto desse "escape", sendo que está erradamente descrita como sendo uma estação bombagem).
  7. Os campos sul são também eles um reservatório gigantesco e estão igualmente cercados por diques, no entanto, dentro destes campos existe a localidade da Ereira e esta sim transforma-se em "ilha" durante as cheias, pelo que esta é sempre uma grande preocupação.
  8. Os campos sul são escoados para o Mondego através de bombagem na tão falada estação da Foja. É verdade que esta estação tinha planeado originalmente 6 bombas (não 8) e é verdade que das 6 apenas 2 existem. Note-se no entanto que estas bombas apenas funcionam em casos de se atingir determinadas cotas e a sua capacidade é/será sempre limitada.
  9. As cheias, rebentamento de diques, etc... em NADA foram influenciados por causa da bombagem da Foja... essa estação podia ter 20 bombas que não teria evitado nada do que se passou.
  10. Por fim, dizer apenas que no caso limite de mesmo os campos do Mondego ficarem "cheios" e "transbordar", a água escorre 1º para o rio velho (que desagua no Mondego)... rio este que possui outro dique que o separa da 1ª linha de casas das várias aldeias.
Resumindo:
  • O sistemas de sifões e fusiveis, funcionou a 100%;
  • Os diques essenciais funcionaram, sendo que o que "rebentou" era o que separa o rio do "reservatório"... com o rebentamento aliviou-se a pressão no Mondego o que ironicamente até poderá ter evitado tragédias mais a jusante.
  • O sistema de bombagem da Foja está deficiente (facto), no entanto isso só terá/teria importância se as chuvas torrenciais se prolongassem por vários dias .
Então porque houve casas inundadas?
  • Porque estupidamente se construiu e constrói em leito de cheia;
  • Porque há controlo do Mondego, mas não há nenhum controlo de muitas valas e ribeiras envolventes que com a subida do Mondego não têm para onde escoar;
Hoje em dia, há uma coisa típica nas notícias e no povo em Portugal, que é a seguinte: culpa-se o Governo por tudo e por nada, quando as próprias pessoas podiam-se ter organizado e resolvido os problemas. :facepalm:

Por que é que acham que a Suécia ou a Noruega são países tão organizados? É porque não estão constantemente à espera que alguém resolva os problemas, simplesmente organizam-se e resolvem-nos :angry:

Obrigado, coimbrense de gema, por devolver a realidade ao fórum! :)
 

joralentejano

Super Célula
Registo
21 Set 2015
Mensagens
9,416
Local
Arronches / Lisboa
Barragem do Caia ontem:
jqIVAKV.jpg

KZK4dbH.jpg

jRxEZEP.jpg


Ainda é preciso chover muito mais. Mesmo assim, nota-se onde estava antes das chuvas, pelo cais que está nesta última foto.
 

VimDePantufas

Nimbostratus
Registo
10 Fev 2014
Mensagens
1,115
Local
C Real / Oeste
Desculpa contrariar-te @DaniFR mas estão ai algumas confusões/lapsos, e alguns deles, acredito eu, originados pela noticia/reportagem da SIC que partiu para conclusões sem conhecer minimamente o que se passa no Mondego.

  1. Quando o Mondego atinge os 1200 m3/s, o caudal sobe ao ponto de entrar em acção o 1º Sifão. Este sifão, não é nada mais que um "escape" onde a água "escorre" para os campos do Mondego a Norte de Montemor-o-Velho. Não há aqui nenhum automatismo.
  2. Caso o caudal continue a aumentar, outros 2 sifões entram em "acção" permitindo assim um controlo de caudal limite de 1800 m3/s.
  3. Note-se que com um caudal com estes valores, são inevitáveis cheias dentro da cidade de Coimbra, nomeadamente no parque verde. E quanto a isso, poucas soluções poderão ser concretizadas, mas não é importante, pois é apenas zona de parque de lazer sem habitações.
  4. Os 3 sifões existentes estão em altitudes diferentes, sendo que o primeiro que actua está mais a jusante e o 3º está mais a montante. Os campos norte do Mondego, estão cercados por diques, servindo assim de reservatórios gigantescos que aliviam o caudal do rio ao "absorverem" até 760 m3/s de caudal...
  5. Esgotando-se a capacidade dos sifões e atingindo o caudal um valor na ordem dos 1800 m3/s, ai sim, entra em funcionamento uma descarga fusível que se localiza junto ao açude (que funcionou sem problemas).
  6. Os campos Norte, "escorrem" a água para os campos Sul através de tubagem que passa por baixo do rio velho, não sobrecarregando assim o rio velho que poderia causar cheias em Montemor-o-velho. (Já vi aqui no forum uma foto desse "escape", sendo que está erradamente descrita como sendo uma estação bombagem).
  7. Os campos sul são também eles um reservatório gigantesco e estão igualmente cercados por diques, no entanto, dentro destes campos existe a localidade da Ereira e esta sim transforma-se em "ilha" durante as cheias, pelo que esta é sempre uma grande preocupação.
  8. Os campos sul são escoados para o Mondego através de bombagem na tão falada estação da Foja. É verdade que esta estação tinha planeado originalmente 6 bombas (não 8) e é verdade que das 6 apenas 2 existem. Note-se no entanto que estas bombas apenas funcionam em casos de se atingir determinadas cotas e a sua capacidade é/será sempre limitada.
  9. As cheias, rebentamento de diques, etc... em NADA foram influenciados por causa da bombagem da Foja... essa estação podia ter 20 bombas que não teria evitado nada do que se passou.
  10. Por fim, dizer apenas que no caso limite de mesmo os campos do Mondego ficarem "cheios" e "transbordar", a água escorre 1º para o rio velho (que desagua no Mondego)... rio este que possui outro dique que o separa da 1ª linha de casas das várias aldeias.
Resumindo:
  • O sistemas de sifões e fusiveis, funcionou a 100%;
  • Os diques essenciais funcionaram, sendo que o que "rebentou" era o que separa o rio do "reservatório"... com o rebentamento aliviou-se a pressão no Mondego o que ironicamente até poderá ter evitado tragédias mais a jusante.
  • O sistema de bombagem da Foja está deficiente (facto), no entanto isso só terá/teria importância se as chuvas torrenciais se prolongassem por vários dias .
Então porque houve casas inundadas?
  • Porque estupidamente se construiu e constrói em leito de cheia;
  • Porque há controlo do Mondego, mas não há nenhum controlo de muitas valas e ribeiras envolventes que com a subida do Mondego não têm para onde escoar;

Muito obrigado pela explicação meu caro !
Significa então que nada ou tudo o que aconteceu é normalíssimo e talvez a culpa seja da povoação de Ereira que se encontra geográficamente mal localizada.
Óptimo, então significa ainda que todas as anteriores inundações ocorridas no baixo Mondego foram por puro "azar".
Que chatice !!!
 

Maravedi

Cirrus
Registo
5 Jan 2016
Mensagens
41
Local
Coimbra
Muito obrigado pela explicação meu caro !
Significa então que nada ou tudo o que aconteceu é normalíssimo e talvez a culpa seja da povoação de Ereira que se encontra geográficamente mal localizada.
Óptimo, então significa ainda que todas as anteriores inundações ocorridas no baixo Mondego foram por puro "azar".
Que chatice !!!

Agradeço a ironia, pese embora seja desnecessária no contexto em que a colocou ...

... mas efectivamente o que aconteceu é normal, dentro do plano de cheias do Mondego. O "único" evento extraordinário, foi efectivamente o rebentamento do dique, pese embora, o mesmo ocorreu quando o caudal era muito superior à capacidade para o qual ele havia sido construído.

Quanto à culpa ou não da Ereira, efectivamente a mesma está mal localizada e se antes a localização se justificava, hoje não se justifica... no entanto, para o cenário deste ano, a Ereira não sofreu nada, além da tradicional "angustia"... pode o caro não estar informado, mas as inundações foram noutras localizações que não a Ereira...

Quanto às anteriores inundações, não foram por puro azar e nem eu o disse no meu comentário anterior... a bem da discussão, agradeço que não misture assuntos e nem cole eventuais declarações em afirmações que eu não tenha proferido.