Seguimento Rios e Albufeiras - 2019



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Nimbostratus
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31 Jan 2015
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http://www.centrodeinformacao.ren.pt/PT/publicacoes/PublicacoesGerais/Hidroelectricidade em Portugal - Memória e desafio.pdf



Quem avançou esse valor foste tu, interpretei-o como volume útil.
Analisando o RECAPE (não encontrei o Projecto na internet), o funcionamento da barragem para produção de energia varia entre a cota 290 e a cota 300, provavelmente por corresponder à queda útil para o qual as turbinas têm o seu ponto de funcionamento. No entanto, existem tomadas de água às cotas 247 e 237, pelo que caso se tratasse de um empreendimento de fins múltiplos seria sempre possível captar água para abastecimento a níveis mais baixos. Pelo mesmo raciocínio é perfeitamente possível ganhar mais capacidade de regularização de cheias, desde que se abdique de produção hidroeléctrica durante um determinado período. O volume morto é muito inferior, uma vez que a produção de sedimentos prevista é de 3,5 hm3 em 50 anos.
A acrescentar há ainda mais 20m3 do contra-embalse da Bogueira, uns km a jusante.

Eu conheço esse estudo, a ideia era essa, porém quando se entrega barragens a uma produtora de eletricidade, a empresa não quer saber disso.
Esse projecto incluia barragens no Coa, que como se sabe foi abandonada devido às gravuras.
Juntando Sabor, Paiva, Tâmega e Tua.
Porém volto lhe a afirmar que Foz Tua e Baixo Sabor apenas armazenam os ultimos metros de água.
Se reparar não vê uma torre ou duas da tomada de água como as antigas barragens.
As únicas barragens que fazem controlo de cheia em Portugal são as do Zêzere, Lima e Guadiana.
Como pode ver na ultima semana em que Alcântara armazenou mais que um Lindoso, ainda assim não encheu.
Tem também o caso de Ricobayo que armazenou e cortou o caudal de cheia no Douro.
Foram 1145hm³ armazenados.
 

David sf

Moderação
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8 Jan 2009
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Oeiras / VN Poiares
Mau tempo: Ordem dos Engenheiros diz que sem barragem a montante da Aguieira, será difícil travar cheias

O presidente da secção regional do Centro da Ordem dos Engenheiros defendeu hoje que sem a construção da barragem de Girabolhos, a montante da Aguieira, cancelada em 2016, "será muito difícil" travar a repetição de cheias no Mondego.


"Sem [a barragem de] Girabolhos será muito difícil travar a repetição destes fenómenos. Temos que deixar de olhar para as barragens associadas à energia, e olhar para as barragens com todas as suas funções, de regularização, de armazenamento de água, de controlo de cheias e penso que isso vai ser cada vez mais importante no futuro", afirmou o presidente da secção regional da Ordem dos Engenheiros, Armando Silva Afonso, que falava aos jornalistas numa conferência de imprensa na sede da delegação, em Coimbra, sobre as inundações que afetaram o Baixo Mondego.

Para o também docente de hidráulica na Universidade de Aveiro, face às alterações climáticas, Portugal tem de garantir mais eficiência hídrica, seja para armazenar água em tempo de seca seja para controlar os caudais em situações de risco de cheia, não acreditando que tal se consiga "fazer sem mais barragens".

O especialista em hidráulica pela Ordem dos Engenheiros Alfeu Sá Marques, também presente na conferência de imprensa, realçou que a barragem de Girabolhos, projetada para uma zona que envolvia os concelhos de Gouveia, Seia, Mangualde e Nelas, adicionaria uma capacidade útil de regularização do Mondego de 245 hectómetros cúbicos de água (um hectómetro corresponde a mil milhões de litros), sendo que o rio tem neste momento uma capacidade de 365 hectómetros cúbicos, com as barragens de Fronhas, Raiva, Caldeirão e Aguieira.

Caso se adicionasse à construção da barragem de Girabolhos a edificação de outras duas barragens projetadas para o Mondego (Midões e Asse Dasse), passaria a haver uma capacidade útil de 889 hectómetros cúbicos, mais do que duplicando a capacidade atual, notou.

Com caudais cada vez mais elevados devido às alterações climáticas, Alfeu Sá Marques considera que a Barragem da Aguieira, fundamental no controlo de cheias, não "tem capacidade" para regularizar o rio.

"Cada vez mais temos que olhar para as barragens como forma de mitigar os efeitos das alterações climáticas", salientou o docente de hidráulica na Universidade de Coimbra, referindo que na situação de seca vivida há dois anos Girabolhos poderia ter sido fundamental para assegurar água em Viseu, que teve de transportá-la desde a Barragem da Aguieira.

Alfeu Sá Marques salientou ainda o facto de a obra do Aproveitamento Hidráulico do Baixo Mondego não ter sido concluída, tendo sido executados cerca de 200 milhões de euros, mas faltam executar cerca de 40 milhões.

https://24.sapo.pt/atualidade/artig...ntante-da-aguieira-sera-dificil-travar-cheias
 

DaniFR

Cumulonimbus
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21 Ago 2011
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A força das águas durante a últimas cheia no Mondego fizeram arrastar muitos sedimentos e remexer muita areia.
Foi a primeira grande cheia depois da obra de desassoreamento do Mondego a montante da Ponte Açude. Estes dias, o nível do leito do rio tem vindo a baixar e hoje era visível este banco de areia junto à margem esquerda.

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Foto do "Eu Sou Coimbra"
 

Maravedi

Cirrus
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5 Jan 2016
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A força das águas durante a últimas cheia no Mondego fizeram arrastar muitos sedimentos e remexer muita areia.
Foi a primeira grande cheia depois da obra de desassoreamento do Mondego a montante da Ponte Açude. Estes dias, o nível do leito do rio tem vindo a baixar e hoje era visível este banco de areia junto à margem esquerda.

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Foto do "Eu Sou Coimbra"

Boas,

os bancos de areia estão visíveis, não porque tenham vindo muitos sedimentos mas sim porque a cota está muito baixa, uma vez que o açude se encontra completamente aberto... no parque verde é bem perceptível que a cota está em baixo, nomeadamente junto à zona da ponte pedonal, onde o "canal" está completamente seco e o seu leito é mais alto que a actual cota do rio.

Numa nota adicional, é impressionante a quantidade de madeiras que estão no rio. Eu neste fim de semana passei no cabedelo e é surreal ver a praia completamente cheia de madeiras até onde a vista alcança... são montes de madeira com uma altura considerável...