Transição Energética em Portugal

StormRic

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Ora vejam lá o que os "British" querem fazer.

De caminho bem podiam arranjar uma derivaçãozinha aqui para os "aliados de longa data", entrando ali em Lagos por exemplo :malandro:

hw1hyb7.jpg


Não explica se o custo é só dos cabos ou também inclui as centrais solares/eólicas em Marrocos.
Também não refere os riscos políticos, de segurança contra acidentes/atentados ou ambientais para os fundos marinhos.
Muito mais barato era fazerem o cabo até ao Algarve, mas pelos vistos não têm grande confiança nos vizinhos continentais. :hmm:
 


algarvio1980

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21 Mai 2007
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Governo insiste que não há plano carvão​



O carvão vem aí, já sinto o cheiro dele. :D
 

MSantos

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3 Out 2007
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Alemanha e Áustria retomam produção elétrica a carvão para reduzir necessidade de gás russo

Ministro da Economia alemã admite que retomar produção elétrica a carvão é doloroso, mas necessário para reduzir o consumo de gás natural. A Áustria vai reativar central fechada em 2020.

Em seca extrema, com o gás a preços exorbitantes e com a eólica, a solar e a biomassa claramente insuficientes por cá ainda não se prevê o regresso ao carvão, mas não sei se não será necessário dar um passo atrás para poder dar dois para a frente... :unsure:
 

StormRic

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23 Jun 2014
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Em seca extrema, com o gás a preços exorbitantes e com a eólica, a solar e a biomassa claramente insuficientes por cá ainda não se prevê o regresso ao carvão, mas não sei se não será necessário dar um passo atrás para poder dar dois para a frente... :unsure:

Mais um "passo" a caminho do deserto, com a biomassa a ajudar.
Redução dos consumos de energia é que é coisa de que não se ouve falar, mas havemos de lembrar-nos desta e de outras escolhas, tarde demais (ontem já era tarde demais, assim só aceleramos o processo).
Por cá estão a cortar árvores inteiras (pinheiros bravos, sobreiros, etc) a torto e a direito (argumentando que é para substituir por espécies autóctones ou construir centrais fotovoltaicas), a arrasar coberto vegetal rasteiro (argumentando com a prevenção de incêndios) para queimar tudo nas centrais de biomassa (que "não produzem assim tanto CO2").
 
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Dias Miguel

Cumulonimbus
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26 Jan 2015
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Portalegre
Foi inaugurado à dias o EMSP em Évora. Nova Tecnologia solar inovadora única no mundo.
Aqui fica a noticia : Évora Molten Salt Platform

1a744429a251f2b620cc5a1742689e89.png

Poderá ser inovadora em Portugal, agora noutros locais do mundo, é uma tecnologia muito usada.
E se formos a comparar com este investimento, creio que ficamos envergonhados... :D;)


acciona-cerro-dominador.jpg


Edit: Para igualar os 210 MW gerados no Cerro Dominador, teríamos de fazer uma estrutura com uns 42 kms... Agora duvido que haja tanta exposição solar cá como há no Atacama
 
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MSantos

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3 Out 2007
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Aveiras de Cima
(...)
Por cá estão a cortar árvores inteiras (pinheiros bravos, sobreiros, etc) a torto e a direito (argumentando que é para substituir por espécies autóctones ou construir centrais fotovoltaicas), a arrasar coberto vegetal rasteiro (argumentando com a prevenção de incêndios) para queimar tudo nas centrais de biomassa (que "não produzem assim tanto CO2").

Pinheiros e sobreiros inteiros para a biomassa? Nunca tal ouvi e trabalho na área florestal.:huh:

A queima de sobrantes e restos de exploração florestal em centrais de biomassa acho que faz todo o sentido, sempre é uma forma de reduzir a carga de combustível nas áreas florestais rentabilizando material que de outra forma não teria valor económico. O CO2 causado pelas centrais de biomassa já é carbono naturalmente presente no ciclo do carbono, ao contrário dos combustíveis fosseis que representam um acrescento de carbono que antes estava retido há milhões de anos e agora vem desequilibrar a balança.
 

Aristocrata

Super Célula
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28 Dez 2008
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Hoje ao ver um video sobre Atletismo, reparei que no estádio Municipal da Nazaré colocaram painéis solares, é a primeira vez que vejo.
Foi colocado no verão de 2020, parabéns pela iniciativa!

Ver anexo 1489


Boa tarde.

Tudo é muito bonito, mas o verde que se via no canto superior da imagem é agora escuro dos painéis solares.
A vegetação, rasteira ou não, foi substituída. Um contra-senso para mim.

Aliás esta questão do solar é muito interessante.
Em vez de colocarem painéis solares no baixo Alentejo, zona mais árida, fazem-no em zonas do Alto Alentejo e Ribatejo ou mesmo mais a norte.
Quem se lembra da montaria e da pequenez de alguns que eliminaram milhares de animais numa matança desenfreada na quinta da Torre Bela?
Pois, lá se vai uma grande área verde potencial:
em Manique do Intendente, na Torre Bela, o projeto é de envergadura mundial, proposta das empresas CSRTB e da Aura Power Rio Maior previsto para uma área de 775 hectares, num investimento de 170 milhões de euros com a criação de 1000 postos de trabalho na fase de construção e 10 postos permanentes após esta fase. A central está prevista para a quinta na parte em que fica de frente para a Companhia Logística de Combustíveis prolongando-se até à entrada de Alcoentre para um total de 638 mil 400 painéis solares
Se queremos mais e melhor ambiente não é desta forma que o faremos.
Outra questão, muito importante e que impede mudanças a médio prazo: os investimentos feitos até ao momento, em Portugal e resto do mundo, são feitos a prazos dilatados.
Electricidade sustentável e mais acessível a médio prazo é apenas um sonho. Não acontecerá! Energia nuclear barata não acontecerá em dezenas de anos, mesmo que seja efectiva a produção pela fusão a frio.
Acabar com o "flagelo" das barragens, responsáveis pela perda de ecossistemas e areais nas costas de todo o mundo é irrealista, os investimentos estão feitos (ou em curso) para retorno a longas dezenas de anos.

E por último, os custos ambientais para a execução de tantos projectos a nível mundial tem e terão consequências muito gravosas se forem os políticos a ter primazia neste campo. Urge pensar e repensar os projectos, as vantagens e desvantagens de muitos deles. Os políticos só veem cifrões, e tal levará a grandes erros e a sublevações das populações, pois o jugo\fardo começam a ser demasiado pesados.
 

MSantos

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3 Out 2007
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Aveiras de Cima
Em relação ao solar um dos principais inconvenientes são mesmo as enormes áreas requeridas para se ter uma potência instalada com alguma escala. Mas na minha opinião faz muito mais sentido descentralizar a produção solar em autoconsumo, com muito menos perdas de energia no transporte e o impacte visual e ambiental muito menor.

As renováveis tem impactes, mas são a nossa melhor (talvez única) alternativa aos combustíveis fósseis. Diria que é preferível ter uns milhares de hectares cobertos com painéis solares e uma eólica em cada colina do continuar-se a queimar carvão, petróleo e gás como se não houvesse amanha, porque se continuarmos assim não vai haver...
 
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hurricane

Cumulonimbus
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11 Nov 2007
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Genval, Bélgica
Boa tarde.

Tudo é muito bonito, mas o verde que se via no canto superior da imagem é agora escuro dos painéis solares.
A vegetação, rasteira ou não, foi substituída. Um contra-senso para mim.

Aliás esta questão do solar é muito interessante.
Em vez de colocarem painéis solares no baixo Alentejo, zona mais árida, fazem-no em zonas do Alto Alentejo e Ribatejo ou mesmo mais a norte.
Quem se lembra da montaria e da pequenez de alguns que eliminaram milhares de animais numa matança desenfreada na quinta da Torre Bela?
Pois, lá se vai uma grande área verde potencial:

Se queremos mais e melhor ambiente não é desta forma que o faremos.
Outra questão, muito importante e que impede mudanças a médio prazo: os investimentos feitos até ao momento, em Portugal e resto do mundo, são feitos a prazos dilatados.
Electricidade sustentável e mais acessível a médio prazo é apenas um sonho. Não acontecerá! Energia nuclear barata não acontecerá em dezenas de anos, mesmo que seja efectiva a produção pela fusão a frio.
Acabar com o "flagelo" das barragens, responsáveis pela perda de ecossistemas e areais nas costas de todo o mundo é irrealista, os investimentos estão feitos (ou em curso) para retorno a longas dezenas de anos.

E por último, os custos ambientais para a execução de tantos projectos a nível mundial tem e terão consequências muito gravosas se forem os políticos a ter primazia neste campo. Urge pensar e repensar os projectos, as vantagens e desvantagens de muitos deles. Os políticos só veem cifrões, e tal levará a grandes erros e a sublevações das populações, pois o jugo\fardo começam a ser demasiado pesados.

Resumindo: somos um praga para o mundo, o nosso estilo de vida nao permite mudancas radicais e vamos acabar por nos auto extinguir. O planeta agradecerá.