Veado-Vermelho (Cervus elaphus)

lreis

Cumulus
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Quer esta informação quer as que surgiram na conferência do corço são bastantes interessantes, porque apontam no sentido da expansão destas 2 espécies, partir do maciço da Lousã, se está confirmar actualmente mais para Sul e Poente do que para Norte e Nascente.
Se a zona do Pinhal Interior Sul (Oleiros, Pedrogão, Sertã etc.) são zonas muitos desertificadas (humana, etc.), já os concelhos de Ansíão e Alvaiázere parecem-me ser diferentes neste contexto social e ecológico.
Vai ser interessante perceber até onde esta expansão vai ocorrer e a que ritmo se pautará.

A referência à presença de veado a Sul da Serra da Nogueira é interessante por diversas circunstâncias:
- a presença de veado na zona de Bragança tem tido aparentemente uma expansão que considero lenta nos últimos 20 anos (se a compararmos com outras áreas do país), havendo referências consideradas pontuais a observações na Serra da Nogueira e arredores. Aliás, parece-me que devia ser algo merecedor de alguma reflexão técnico-científica a razão porque isto tem aparentemente vindo a acontecer, se não tiver ainda sido feita.
Certamente que a presença de alcateias dinâmicas deverá estar ligada a isto mas interrego-me que mais razões podem estar subjacentes a esta a avaliação para a região.
- nos últimos tempos, ocorrem referências à presença de veado a sul da referida Serra, aparentando ter ocorrido uma "ultrapassagem" desta região montanhosa, para além de uma eventual "colonização" mais permanente da zona.
- Interrogo-me agora até onde irá esta expansão para Sul.
Nas próximidades desta área existem pelo menos dois territórios que podem também tornar-se refúgios para o veado: a Serra de Bornes e Monte Morais.
É claro que para ambos têm a cidade de Macedo e a barragem do Azibo pelo meio, que não deixam de ser obstáculos a ultrapassar.
A Serra de Bornes tem a presença de formações florestais que poderão ser interessantes para o veado: povoamentos de castanheiro e outras folhosas, entrecortados com áreas de pseudotsuga e pinheiro larício, entre outros (como aliás, também acontece na Serra da Nogueira, para além do carvalhal negral)
Monte Morais apresenta também áreas do agrado do veado, de pendor mais mediterrânico; povoamentos de sobro e azinho, entrecortados por áreas de matagal.
Em termos de hipóteses, o veado pode expandir-se para esta área, para outras (a nascente ou poente), como pode até não se observar mais nada nos próximos tempos.
Têm palpites para esta matéria? :)
 


Seattle92

Nimbostratus
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- a presença de veado na zona de Bragança tem tido aparentemente uma expansão que considero lenta nos últimos 20 anos (se a compararmos com outras áreas do país), havendo referências consideradas pontuais a observações na Serra da Nogueira e arredores. Aliás, parece-me que devia ser algo merecedor de alguma reflexão técnico-científica a razão porque isto tem aparentemente vindo a acontecer, se não tiver ainda sido feita.
Certamente que a presença de alcateias dinâmicas deverá estar ligada a isto mas interrego-me que mais razões podem estar subjacentes a esta a avaliação para a região.

Bem, diria que se nota de uma maneira bastante flagrante a diferença de velocidade da expansão de veados a norte do Douro e a sul do Douro.

O Montesinho tem uma das populações mais antigas de veados do nosso país e a verdade é que durante estas 2/3 décadas a população não tem aumentado de uma forma muito relevante.

O Gerês parece ser um exemplo ainda mais flagrante. As primeiras observações já foram feitas há cerca de 10 anos e possivelmente ainda neste momento não temos uma verdadeira população de veados residentes, mas apenas alguns animais que vagueiam entre Portugal e a Galiza.


A sul do Douro a situação é completamente diferente. Há observações de veados um pouco por todo o Alentejo, a população da Lousã tem-se expandido de uma forma bastante consistente, na serras Algarvias tem acontecido o mesmo, assim como na zona da Idanha/Castelo Branco.


Onde estará então a diferença?
A caça oficial? a caça furtiva? as várias reintroduções? as populações espanholas? os lobos?

Talvez seja um pouco de todas.

Mas possivelmente há duas razões principais para esta disparidade:

1- Possivelmente muitos do animais do Alentejo/Beira Baixa têm origem em coutadas privadas de onde acabam por sair (coisa que não acontecerá no norte). Existem muitas quintas/herdades/coutadas com veados no centro/sul do país (assim como na Estremadura e Andaluzia perto da fronteira).

2- Populações estáveis de lobos devem ter uma grande influência na manutenção de um número controlado de veados tanto no Montesinho como no Gerês. Situação que obviamente não acontece no resto do país.
 

Seattle92

Nimbostratus
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- Interrogo-me agora até onde irá esta expansão para Sul.
Nas próximidades desta área existem pelo menos dois territórios que podem também tornar-se refúgios para o veado: a Serra de Bornes e Monte Morais.

Na verdade já há algumas referências sobre veados nas serra de Bornes. Não sei é se são fiáveis.

Por exemplo os sites das juntas de freguesia de algumas localidades da zona, indicam o veado como fazendo parte de fauna (Bornes, Gebelim).

Existe também uma indicação da Zona de Caça Turística da Serra de Bornes como permitindo a caça de veados.

Pode ser que seja uma zona fechada que tenha estes animais, ou pode ser uma área aberta, ou pode ser apenas mais lixo encontrado na net :lol:
 

MSantos

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Seattle92

Nimbostratus
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Descobri um documento bastante interessante e que analisa o que temos debatido neste forum nos últimos tempos:

"Distribuição e estatuto do veado e corço em Portugal"
http://biblioteca.sinbad.ua.pt/teses/2009001236

Nesta dissertação de mestrado de 2009 a autora Daniela Salazar faz uma análise da ocorrência de veados e corços no nosso território durante o ultimo século.

veado19002009.jpg


1º mapa até 1970
2º mapa de 1970 até 1980
3º mapa de 1980 até 1990
4º mapa de 1990 até 2000
5º mapa de 2000 até 2009

Um dos problemas que se encontra ao ler esta tese e ao analisar os seus mapas é o facto de não haver um distinção exacta do que são áreas cercadas com a espécie e o que são populações selvagens em liberdade. Neste caso observam-se muitas manchas verdes no Alentejo que certamente se referem a coutadas de caça cercadas onde existem veados. Torna-se difícil distinguir a ocorrência de veados em liberdade no Alentejo, já que mesmo no texto essa distinção também não é feita em várias ocasiões.
 

Seattle92

Nimbostratus
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Diferenças em relação ao mapa que tinha desenhado até agora.

1 - A mancha do parque Peneda Gerês parece-me um grande exagero. O próprio texto apenas indica dois ou três avistamentos durante a última década em zona próximas de fronteira.

2 - A serra Cabreira está indicada no mapa. É um assunto já discutido anteriormente. É certo que existiram veados na área durante a última década, já não é nada certo é que actualmente ainda existam...

3 - A zona de Bragança tem uma área muito grande que já vai bem abaixo do Montesinho. Já tínhamos aqui falado de observações recentes na zona de Macedo de Cavaleiros, não tinha é ainda actualizado no mapa ;)

4 - Há uma grande mancha a oeste de Castelo Branco, já quase até Oleiros. Não há é grande explicação ao nível do texto. Eu fui mais contido no meu mapa, por sua vez este é mais contido na mancha da população da Lousã. Acho que se juntarmos as duas versões, as duas manhas já ficam unidas :lol:

5 - No Alto Alentejo, a distribuição está muito contida na zona de Nisa e do parque de São Mamede. Penso que actualmente a distribuição já vai bem mais para oeste (já na fronteira com o distrito de Santarém).

6 - No resto do Alentejo torna-se muito difícil analisar o que são populações selvagens em liberdade e o que são zonas cercadas. Nem pelo texto se conseguem perceber as diferenças.

7 - O ponto verde perto de Lisboa é a Tapada de Mafra (zona cercada)
 

lreis

Cumulus
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22 Dez 2010
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Diferenças em relação ao mapa que tinha desenhado até agora.

1 - A mancha do parque Peneda Gerês parece-me um grande exagero. O próprio texto apenas indica dois ou três avistamentos durante a última década em zona próximas de fronteira.

2 - A serra Cabreira está indicada no mapa. É um assunto já discutido anteriormente. É certo que existiram veados na área durante a última década, já não é nada certo é que actualmente ainda existam...

3 - A zona de Bragança tem uma área muito grande que já vai bem abaixo do Montesinho. Já tínhamos aqui falado de observações recentes na zona de Macedo de Cavaleiros, não tinha é ainda actualizado no mapa ;)

4 - Há uma grande mancha a oeste de Castelo Branco, já quase até Oleiros. Não há é grande explicação ao nível do texto. Eu fui mais contido no meu mapa, por sua vez este é mais contido na mancha da população da Lousã. Acho que se juntarmos as duas versões, as duas manhas já ficam unidas :lol:

5 - No Alto Alentejo, a distribuição está muito contida na zona de Nisa e do parque de São Mamede. Penso que actualmente a distribuição já vai bem mais para oeste (já na fronteira com o distrito de Santarém).

6 - No resto do Alentejo torna-se muito difícil analisar o que são populações selvagens em liberdade e o que são zonas cercadas. Nem pelo texto se conseguem perceber as diferenças.

7 - O ponto verde perto de Lisboa é a Tapada de Mafra (zona cercada)

Concordo na generalidade com os comentários feitos pelo Seattle92 e ainda acrescento mais uma nota: o facto do mapa não distinguir áreas de cercados e áreas de populações selvagens em liberdade encerra níveis distintos de "(im)precisão".

É por esta ordem de ideias que pessoalmente nunca faria um mapa assim. Preferia fazer um mapa de populações em liberdade e outro de áreas cercadas, mesmo correndo o risco de haver alguma sobreposição, como à frente refiro. É que pelo menos retrato geograficamente realidades cujo o "grau de liberdade" é semelhante.

Quando analisamos manchas como a da Peneda-Gerês, Bragança ou da Lousã, estamos a analisar manchas que retratam populações livres e que, decorrente da sua natureza, se tem alguma dificuldade em as desenhar e estarão permanentemente em mutação.

Quando desenhamos um mapa de cercados, existe na sua essência um hipotético confinamento geográfico, mesmo que por vezes este deixe de existir.

As minhas maiores dúvidas relativamente ao exercício cartográfico da Daniela Salazar estão a este nível, onde era suposto, à partida, haver maior grau de certeza.
Tenho dúvidas relativamente à distribuição apresentada nas décadas de 80 e 90, para as regiões do Alentejo Central e Litoral, porque na essência, este mapa quereria dizer que estariamos perante enormes áreas cercadas contíguas, o que estava/está longe de ser verdade. Mesmo que depois a sua evolução possa ter em conta fugas de cercado e constituição de populações em liberdade.

Depois temos um nível "misto" de caracterização, que são as zonas onde existe justaposição entre áreas cercadas e áreas "livres". É o caso, por exemplo, da margem direita do Guadiana e de Castelo Branco. O leitor fica sem perceber qual o grau de importância que cada um dos tipos de população tem para a distribuição global. Comparando os 2 casos, as áreas cercadas têm maior peso para a mancha da "margem do Guadiana" do que para Castelo Branco. E esta questão em si mesma não é dispicienda, face ao raciocínio exposto.
Penso também que no caso da "margem do Guadiana" existe algum exagero, na distribuição proposta.

Já agora existe algum exercício semelhante para o corço?
 

Seattle92

Nimbostratus
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Fiquei com a impressão que estas manchas no mapa do estudo referem-se a freguesias (tanto pelas fronteiras como pelo próprio texto). Todas as freguesias em que a autora encontrou referências da presença da espécie (seja em liberdade ou cercados) ficaram marcadas a verde.

Por exemplo, a freguesia de Mafra está claramente desenhada no mapa, referindo-se claro ao cercado que é a tapada de Mafra (que obviamente não ocupa toda a freguesia)
 

Seattle92

Nimbostratus
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Aqui fica mais um update ao mapa:

veadodistribuicaov.jpg


Alterações:

A mancha de Bragança já se estende mais para sul, para a zona de Macedo de Cavaleiros.

Na zona da Lousã, já ficam visíveis as expansões para sul do Zêzere (Oleiros), assim como para Oeste (Penela/Ansião)
 

MSantos

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Veados estão a tornar-se uma praga no Parque Natural de Montesinho

O veado está a tornar-se numa praga para os agricultores da zona da Lombada, no Parque Natural de Montesinho (PNM), que revelam uma aversão crescente pela espécie apontada como responsável por avultados prejuízos nas culturas.

«Estamos castigados», garantiu à Lusa um grupo da aldeia de Caravela (Bragança), enumerando os danos causados por estes animais selvagens que dizem ser em cada vez mais e mais próximo das povoações. \"Ainda hoje me chateei bem. Fui lavrar as oliveiras e já começaram a \"esfolar\" as mais pequenas\", queixa-se Luciano Preto, referindo-se às marcas deixadas nos troncos com as hastes. O irmão Adriano já nem quer falar em relação ao \"pão\" (cereal). \"Há dias eram cinco ou seis deitados no campo\", contou.

Há cada vez mais agricultores a contar experiências idênticas em diferentes culturas, mas garantem que qualquer automobilista que passe na estrada da Lombada pode ter a mesma experiência. \"Ás cinco e meia ou seis da manhã, se passar na estrada vê grupos\", garantem.

Victor Romão também teve uma má experiência quando, há dois anos, viu a produção de centeio da família reduzida de 12 mil quilos para 1500 e o número de fardos de palha de 900 para 90. \"Foi o veado que comeu o cereal ao começar a rebentar\", assegurou. A família de Vítor participou o caso e recebeu uma \"indemnização de 900 euros\" que, segundo disse, \"não deu para os prejuízos\".

\"Não demora muito ainda hão-de vir para casa\", ironiza Luciano que, no mesmo tom, disse já se ter lembrado de lhes construir uma loja só para eles, com cereal e uma porta automática para entrarem e saírem\". \"Ficavam mais baratos\", brincou.

O veado é o que \"dá mais prejuízo\", segundo dizem, mas \"há cada vez mais bicharada\" nesta zona\", afirmam corroborados pelo vizinho da aldeia de São Julião, Eduardo Veigas que encontra uma explicação no abandono da agricultura e no despovoamento. \"Há mais animais selvagens porque há mais monte. Não há terra lavrada, só se vê monte\", disse e os animais acabam por se aproximar mais das povoações à procura de alimento.

Os veados, garantem, começaram a aparecer mais «há dez anos a esta parte, antigamente ouvia-se falar deles mais para Rio de Onor, para o pé de Espanha».

Os povoamentos da espécie feitos do outro lado da fronteira podem ser a justificação para o aumento dos exemplares na raia portuguesa. Para Maria da Graça Branco, de 74 anos, e Etelvina Reis, de 79 anos, que sempre viveram da terra, subsiste outra versão. \"Só foi desde o parque (a criação do PNM). Até disseram que tinham trazido uma parelha para cá\", contam. Etelvina diz que até \"as carvalheiras lhe esfolam\" e, em matéria de prejuízos garantem que só encontram paralelo no javali, de que toda a vida ouviram falar.

Um \"bicho inteligente\", segundo dizem, que destrói batatais, vinhas, campos de milho e só quando já têm fruto. \"Não as tombam enquanto não têm semente, só depois. Eles sabem quando estão bons para comer\", dizem. \"Desbagam as uvas e dão cabo delas. A gente está todo o ano a trabalhar e na colheita já não tem nada\", queixa-se Etelvina, continuando: \"se caem num batatal, furam tudo, remexem para comer as baratas\".

O javali faz o mesmo ao \"pão\" (cereal): \"anda ao redor, junta as espigas e come-as. O milho tomba e depois come a espiga\". E nem as castanhas escapam quando os ouriços se desprendem das árvores e caem ao chão. \"Antigamente, na nossa juventude não ouvíamos falar do veado. Lobos e raposa era o que se andava sempre a ver. Eles fugiam, nunca fizeram mal\", contaram.

Diário de Trás-os-Montes
 

Seattle92

Nimbostratus
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Pois, o velho problema entre os humanos e a vida selvagem.

O mais engraçado disto é que ouvimos pessoas de 70 anos a falar do veado como algo exótico que nunca tinham visto na vida. Tivemos tantas décadas e até séculos sem esta espécie, que as pessoas perderam a noção que o veado é natural nas nossas terras.


Depois também temos o velho problema da aversão à mudança (principalmente da parte dos mais idosos), então não lhes passa pela cabeça construir cercas/muros/vedações à volta das terras??? Sei muito bem que não é possível em todos os casos, mas caramba, de certeza que em muitos casos isso é bem possível.

Tal como é bem possível os pastores não deixarem gado solto durante a noite nas serras. Tal como é possível terem cães a guardar rebanhos.

Mas não, esta gente gosta muito de não fazer nada para se adaptarem, simplesmente sofrerem os prejuízos e ir reclamar indemnizações. Ou pior, partir logo para a solução drástica "se há animais a causar prejuízos, vamos acabar com eles" :mad:
 

Seattle92

Nimbostratus
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Ora cá está!!! A primeira imagem que conheço de um veado no Parque Natural da Peneda Gerês

:D:D:D

VN0081.jpg


Apesar da câmara não ter apanhado 100% do animal, resolvemos usar a foto na mesma porque a espécie captada é especial. Uma fêmea de Veado que pertence a um grupo de animais da mesma espécie que temos acompanhado desde 2007. Diz um velho ditado que de Espanha não vêm nem bons ventos nem bons casamentos mas no que toca ao nosso universo natural Espanha tem sido “fornecedora” de algumas espécies importantes. A Cabra-Montês é um bom exemplo. Após os portugueses terem extinguido a espécie nos finais do séc. XIX ela regressa ao Gerês vinda de Espanha. Estes Veados têm uma história semelhante pois já não existia Veado por estas paragens há muitos anos. A 26 de Novembro de 2007 avistámos 4 adultos e um jovem que, uns dias mais tarde, viemos a perceber que pertenciam a um grupo maior que tinha vindo de Espanha. Apesar de terem sido alvo de furtivismo durante estes quatro anos ainda resistem. Vamos ver o que o futuro lhes reserva.
http://www.vernatureza.org/?p=218

Parabéns a equipa do vernatureza :thumbsup:
 

Seattle92

Nimbostratus
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Nova cria reforça comunidade de veados
Pinhal de N. Sra. da Nazaré
14-06-2007

187_223_veado.jpg


O Cercado do Pinhal de N. Sra. da Nazaré, junto à Praia do Norte, tem um novo inquilino. Nasceu recentemente mais um veado, elevando para sete o número de efectivos daquela espécie a habitar no Sítio da Nazaré.

Um número que está prestes a aumentar, dado que uma outra fêmea do grupo aguarda o nascimento de mais uma cria.

A propagação da comunidade de veados no Pinhal de N. Sra. da Nazaré é um sinal inequívoco da boa adaptação da espécie a este espaço, que surgiu há cerca de dois anos, no âmbito de uma parceria entre a Câmara Municipal e a Confraria.

Nesta área de seis hectares, os veados coexistem, num habitat protegido, com mais uma espécie de cervídeos – os gamos – e com outras espécies animais, nomeadamente lebres e aves, num projecto que visa, em primeira instância, promover a biodiversidade do Sítio da Nazaré através do repovoamento com espécies que já existiram na zona, nomeadamente animais de médio porte. A opção pelos cervídeos surge como uma evocação à lenda do milagre de D. Fuas Roupinho.

O cercado do Pinhal de N. Sra. da Nazaré tem funcionado como um espaço natural, orientado para a área da educação e sensibilização ambiental, recebendo visitas frequentes das escolas do concelho e da região.

Não conhecia esta população. Pelos vistos iniciou-se em 2005 e no ano desta notícia já seriam 7/8 animais. Não encontro dados mais recentes.


Seria muito interessante libertar esses animais quando houvesse um número considerável. O cercado do Pinhal de N. Sra. da Nazaré fica no inicio do grande pinhal que se estende junto à costa desde a Nazaré até à Figueira da Foz. Cerca de 50km de comprimento e variando entre 10/20 km de largura. Espaço suficiente para uma população de veados prosperar.
 

Brigantia

Cumulonimbus
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20 Jan 2007
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Boas, reparei agora que este vídeo ainda não consta deste tópico por isso, apesar de ser de 2008, aqui fica.

http://ww1.rtp.pt/noticias/?t=Veado....rtp&headline=20&visual=9&article=174893&tm=8


Malta, está na hora de começarmos a pensar em organizar uma caminhada, em Setembro, por Rio de Onor ou por Guadramil.
Pessoal de Bragança (Dan, Z13, Veterano, MSantos, Fil, etc), pensem nisso. Os melhores fins-de-semana deverão ser o 3º e/ou 4º.


Não conhecia a comunidade da Nazaré, mas em breve tentarei observá-la de perto. Estes nascimentos são sempre uma boa notícia:thumbsup:.
Tenho por hábito observar os veados do Bom Jesus, Braga, se bem que este fim-de-semana não consegui avistar nenhum:(. Tenho de tirar algumas fotos desta comunidade.


Abraços,
Pedro