Aquecimento Global

Thomar

Cumulonimbus
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Segundo esta notícia de hoje:

2015 pode ser o ano mais quente jamais registado, avisa ONU

11:50 Lusa
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) alertou hoje que 2015 poderá ser o ano mais quente jamais registado, com a temperatura média da superfície a poder transpor o limiar simbólico de 1ºC em relação à era pré-industrial (1880-1899).

“A tendência para 2015 deixa supor que este ano será muito provavelmente o mais quente jamais constatado”, declarou a agência sediada em Genebra num relatório, adiantando que “a temperatura média à superfície do globo passará sem dúvida o limiar tão simbólico como significativo que constitui um aquecimento de 1 grau Celsius em relação à época pré-industrial”.

No seu relatório divulgado a uma semana da Cimeira do Clima em Paris, a OMM indica igualmente que “os anos de 2011 a 2015 representam o período de cinco anos mais quente jamais registado, tendo sido influenciados pelas alterações climáticas numerosos fenómenos meteorológicos extremos – em particular as vagas de calor”.


Fonte: http://economico.sapo.pt/noticias/2...quente-jamais-registado-avisa-onu_235796.html
 
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Sunnyrainy

Nimbostratus
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24 Out 2009
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Segundo esta notícia de hoje:

2015 pode ser o ano mais quente jamais registado, avisa ONU

Infelizmente é uma tendência que estamos a observar em Portugal inclusivé!

Novembro teve um início anormalmente quente. Os próximos dias até o principio de Dezembro prevêem-se máximas bastante amenas para a época.
As temperaturas acima da média têm sido uma tendência grande na maior parte dos meses dos útimos anos.
O aquecimento global é sem dúvida uma realidade! Se há razão para estarmos alarmados? Sim. Há!
 
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StormyAlentejo

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19 Set 2014
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Se existe aquecimento global o atlântico norte não parece estar a aquecer, pois os verões aqui em Portugal são sempre muito frescos no litoral oeste.
Não se pode tirar conclusões apenas olhando para um local em particular. O Litoral Oeste é uma gota no oceano comparando com o tamanho do planeta e dos sinais que este está a dar.
 
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Thomar

Cumulonimbus
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Se existe aquecimento global o atlântico norte não parece estar a aquecer, pois os verões aqui em Portugal são sempre muito frescos no litoral oeste.
Este ano o verão foi mais fresco no litoral, não houve episódios de calor junto à costa, nem as temperaturas foram muito altas no litoral, mas no interior foi muito mais quente, durante muito tempo, além da seca severa a extrema que esteve sujeito maior parte do país.
Um ano não são vários anos. E não é só um parâmetro e local que interessa. Existem muitos factores, mas o que é indiscutível e com o passar dos anos é que a nível global, existem claramente provas de que:
- o nível do mar aumentou e vai continua a aumentar, as temperaturas (média) estão cada vez mais altas (quase 1 grau) os glaciares vão derretendo, o permafrost também vai desaparecendo, os níveis de poluentes na atmosfera (seja o CO2, CO, SO, e muitos outros), fora mais uma quantidade de factores ainda não totalmente compreendidos e quantificaveis da influência da espécie humana no planeta. Existe aquecimento global sim, e vai ser bem pior no futuro.
 

Thomar

Cumulonimbus
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Snifa

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A reportagem de ontem " Corrida Contra o Tempo" na TVI:

 

Msilva

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Não sei, mas sei que o modelo de crescimento económico infinito assente em recursos limitados é impossível.

É uma revolução ambiental e económica que o mundo precisa.
 
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Orion

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5 Jul 2011
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Acho que isto só lá vai com uma catástrofe ambiental que afete o planeta todo em simultâneo...

Isso é um tópico complexo. Vê isto:

xfpcpNN.png


http://www.iea.org/publications/freepublications/publication/keyworld2014.pdf

8AlZnuN.png


https://www.eia.gov/tools/faqs/faq.cfm?id=447&t=1

De uma forma breve, a transição é quase impossível de ser feita neste momento e nos próximos anos. As fontes de energia mais baratas, carvão e biomassa, são tendencialmente mais poluentes. As economias para crescerem precisam de energia barata (vê o caso da China). Quando há cataclismos económicos as pessoas voltam para as alternativas mais baratas. Paradoxalmente, a estagnação económica também traz devastação ambiental (mas em menor magnitude). Nos circuitos das teorias da conspiração o excesso de população é algo muito contestado (há quem diga que toda a população mundial cabe no Grand Canyon). Mas o problema não é o número de pessoas. É sim, os recursos que consomem. Há tantos exemplos. Aqui deixo um:

w8prJfz.png


http://www.tradingeconomics.com/world/arable-land-hectares-per-person-wb-data.html
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Orion, a população mundial já vai em 7mil milhões, com tudo o que isso implica:
- cada adulto é um aquecedor de 100w de potência.
- produzimos co2 na respiração
- comemos carne e isso implica criar gado, que por sua vez liberta co2 e metano.
- se fossemos vegetarianos não haveria área de cultivo fértil suficiente. Nem Portugal é auto-suficiente em produtos agrícolas. Queimariamos o resto das florestas para ter solo de cultivo, criando défice de o2 com implicações também no ciclo da água.

O número de população mundial, na minha opinião, tem toda a importância.

- Deviamos consumir menos carne.
- Deviamos de deixar os combustíveis fósseis apenas para fabricar produtos sintéticos (roupa, plásticos, etc, etc..)

Qual seria o impacto se todos os nossos telhados produzissem a energia necessária para a habitação e veículo?

Mesmo assim, em termos globais não seria suficiente, o plano iria falhar nos países subdesenvolvidos (mais populosos), continuarão a consumir carvão e a queimar floresta para criar gado. A riqueza mundial teria de ser melhor distribuída, pois estes países pobres não têm alternativas.
 

Paulo H

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Castelo Branco 386m(489/366m)
Orion, a população mundial já vai em 7mil milhões, com tudo o que isso implica:
- cada adulto é um aquecedor de 100w de potência.
- produzimos co2 na respiração
- comemos carne e isso implica criar gado, que por sua vez liberta co2 e metano.
- se fossemos vegetarianos não haveria área de cultivo fértil suficiente. Nem Portugal é auto-suficiente em produtos agrícolas. Queimariamos o resto das florestas para ter solo de cultivo, criando défice de o2 com implicações também no ciclo da água.

O número de população mundial, na minha opinião, tem toda a importância.

- Deviamos consumir menos carne.
- Deviamos de deixar os combustíveis fósseis apenas para fabricar produtos sintéticos (roupa, plásticos, etc, etc..)

Qual seria o impacto se todos os nossos telhados produzissem a energia necessária para a habitação e veículo?

Mesmo assim, em termos globais não seria suficiente, o plano iria falhar nos países subdesenvolvidos (mais populosos), continuarão a consumir carvão e a queimar floresta para criar gado. A riqueza mundial teria de ser melhor distribuída, pois estes países pobres não têm alternativas.
 
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StormyAlentejo

Cumulus
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19 Set 2014
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Orion, a população mundial já vai em 7mil milhões, com tudo o que isso implica:
- cada adulto é um aquecedor de 100w de potência.
- produzimos co2 na respiração
- comemos carne e isso implica criar gado, que por sua vez liberta co2 e metano.
- se fossemos vegetarianos não haveria área de cultivo fértil suficiente. Nem Portugal é auto-suficiente em produtos agrícolas. Queimariamos o resto das florestas para ter solo de cultivo, criando défice de o2 com implicações também no ciclo da água.

O número de população mundial, na minha opinião, tem toda a importância.

- Deviamos consumir menos carne.
- Deviamos de deixar os combustíveis fósseis apenas para fabricar produtos sintéticos (roupa, plásticos, etc, etc..)

Qual seria o impacto se todos os nossos telhados produzissem a energia necessária para a habitação e veículo?

Mesmo assim, em termos globais não seria suficiente, o plano iria falhar nos países subdesenvolvidos (mais populosos), continuarão a consumir carvão e a queimar floresta para criar gado. A riqueza mundial teria de ser melhor distribuída, pois estes países pobres não têm alternativas.

Ontem no Prós e Contras, o Prof. Carvalho Rodrigues referiu isso precisamente.
Também referiu uma coisa interessante: o dióxido de carbono dá lucro. Os países vendem dióxido de carbono, uma coisa interessante que é o que nos mata. Enquanto que o oxigénio, que é afinal o bem essencial aos seres vivos não tem qualquer importância. Como ele referiu, ninguém paga ao Brasil por ele produzir grande parte do oxigénio que consumimos produzido na Amazónia.
 

Orion

Furacão
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O número de população mundial, na minha opinião, tem toda a importância.

- Deviamos consumir menos carne.
- Deviamos de deixar os combustíveis fósseis apenas para fabricar produtos sintéticos (roupa, plásticos, etc, etc..)

Consumindo menos carne tendencialmente consome-se mais peixe. Menos poluição mas mais devastação ambiental. Não há criações de peixe em massa como se tem com o gado. Quanto ao petróleo:

Some of the more obvious petroleum products include transportation fuels, fuel oils for heating and electricity generation, asphalt and road oil. According to the US Energy Information Administration, about 75% of the 6.79 billion barrels of petroleum used in the US in 2012 were gasoline, heating oil/diesel fuel, and jet fuel.

http://alaska.conocophillips.com/what-we-do/oil-production/Pages/what-is-oil-used-for.aspx

ZrmDpyu.jpg


http://www.eia.gov/energyexplained/index.cfm?page=oil_use

O petróleo baralha as contas de todos os países deficitários, incluindo Portugal. É principalmente usado nos transportes. Portanto, para se consumir menos petróleo basta reduzir na distância viajada. Mas a economia moderna, globalizada, precisa de viajar grandes distâncias.

Qual seria o impacto se todos os nossos telhados produzissem a energia necessária para a habitação e veículo?

O maior problema não é a produção, é o armazenamento. As baterias existentes tornam os investimentos particulares inviáveis.

Mesmo assim, em termos globais não seria suficiente, o plano iria falhar nos países subdesenvolvidos (mais populosos), continuarão a consumir carvão e a queimar floresta para criar gado. A riqueza mundial teria de ser melhor distribuída, pois estes países pobres não têm alternativas.

A escassez de recursos leva SEMPRE a maior intervenção estatal para que seja feita a sua disponibilização generalizada ou de forma racionada. A distribuição de riqueza é muito complicada. Há países africanos com muito urânio. O Mali é bom exemplo. Pessoalmente não tenho grande confiança em centrais nucleares em África. Nem aqui nem no Médio Oriente, cuja proliferação nos próximos anos será significativa. O Japão não conseguiu lidar com o seu desastre e é tecnologicamente muito avançado. Imagine-se os restantes países. Ainda na distribuição de riqueza, para além do termo muito generalizado, em que é que isso consistiria? Europeus a construírem e a manterem centrais de gás natural em dezenas de países pelo mundo fora sem retorno? Boa parte dos países africanos não têm posses para pagar. Europeus e americanos mal dinheiro têm para atualizarem as suas decrépitas centrais nucleares. Estão optando pela alternativa mais barata que é estenderem a sua vida útil. Mas isso mais cedo ou mais tarde vai dar bronca (quem é que vai pagar o descomissionamento e o armazenamento dos resíduos?). E não haverá dinheiro para repor o défice energético com energias ditas menos sujas. Qual será a alternativa? É o carvão, claro.

Também referiu uma coisa interessante: o dióxido de carbono dá lucro. Os países vendem dióxido de carbono, uma coisa interessante que é o que nos mata. Enquanto que o oxigénio, que é afinal o bem essencial aos seres vivos não tem qualquer importância. Como ele referiu, ninguém paga ao Brasil por ele produzir grande parte do oxigénio que consumimos produzido na Amazónia.

Certos investimentos são um convite para o desastre:

gNCJ9Hd.png


http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/05/150518_ferrovia_transoceanica_construcao_lgb

Uma ferrovia que atravesse a Amazónia só vai facilitar a proliferação do desflorestamento. Algo que a estrada trans-amazónica já faz. Mas isto é assim. Algum dia, mais cedo ou mais tarde, as ações têm consequências. E o desflorestamento em massa tende a fazer alterações bastante rápidas mediante as mudanças locais nos padrões meteorológicos.
 
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