Biodiversidade

saldeouro

Cirrus
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23 Mar 2010
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Hoje tive na mão um livro da LPN que falava de uma terceira sub-espécie de cerquinho que desconhecia, além do broteroi e do faginea, e cuja área de distribuição se restringe ao Algarve e Norte de África. Alguém tem mais informações sobre este assunto?

Olá. Eu tenho informação. O local é o vale da amendoeira, fica entre o azinheiro e os machados, como quem vai para o s.brás de alportel. A formação de carvalhos alpestris é numerosa e está misturada com diversos ulmeiros( espécie bem conservada no local, facto importante visto a morte de milhares de arvores da especie com a grafiose). Entrei em contacto com a camara municipal de s.brás de alportel, que por sua vez entrou em contacto com o ICNB. No entanto fiquei desiludido após receber a notícia que tinham somente interesse na criação de um parque de merendas no local.
Para quem gosta de botanica é um local interessante.
Tenho vindo a semear alguns carvalhos da espécie, caso alguém tenha interesse... tb tenho carvalhos de monchique.
 


saldeouro

Cirrus
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23 Mar 2010
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Já agora a titulo de curiosidade, considerada árvore tipica de climas com algum frio, gostaria de mencionar existir um exemplar masculino da espécie num jardim particular com grande porte e com minimo garantia de 60anos em Moncarapacho no Algarve. O exemplar pode ser visto numa casa vermelha em frente do supermecado Alisuper.
 

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Já agora a titulo de curiosidade, considerada árvore tipica de climas com algum frio, gostaria de mencionar existir um exemplar masculino da espécie num jardim particular com grande porte e com minimo garantia de 60anos em Moncarapacho no Algarve. O exemplar pode ser visto numa casa vermelha em frente do supermecado Alisuper.

Sim, o teixo é uma espécie adaptável. Em Lisboa também existem alguns bons exemplares.
 

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Sintra/Carcavelos/Óbidos
Redutos de floresta primitiva ( climácica) em Portugal:

1-Serra da Arrábida

2-Peneda-Gerês

3-Mata da Margaraça

4-Ilha da Madeira ( Parque natural da Madeira e em mais alguns locais (poucos))

5-Ilhas dos Açores ( Pico da Vara e em mais alguns locais (poucos)).

6- Sicó-Alvaiázere

7-Matinha de Queluz

8-Serra da Nogueira






Poderão haver mais locais, mas estes são alguns que para já se destacam. Não se consideraram, grupos muito pequenos isolados de árvores climácicas imponentes ( com graves invasões de exóticas,como em Sintra, por exemplo), nem árvores ainda jovens e sem um porte climácico, como floresta primitiva climácica.
Mesmo dentro dos locais definidos, apenas certas zonas possuem uma floresta primitiva.
Existe uma tendência próxima a uma floresta climácica ( pré-climácica), em alguns locais, como a Serra da Nogueira, com um dos maiores carvalhais da P. Ibérica. Muito provavelmente, em zonas mais isoladas da Nogueira, existe já uma floresta climácica .
Existe também um notório regresso, de uma nova geração climácica, que está a crescer à sombra dos pinhais, estevais e até eucaliptais.
Claro que até chegar à etapa climácica ainda levarão, mais provavelmente, umas centenas de anos...
Não é necessário realçar, penso eu, o quanto importantes são estas florestas, mas mais uma vez elas provaram-no:

http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=2&cid=8032&bl=1
 

Mário Barros

Furacão
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18 Nov 2006
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Maçores (Torre de Moncorvo) / Algueirão (Sintra)
Descoberta uma nova espécie de dinossauro herbívoro

O esqueleto parcial fossilizado de uma nova espécie de dinossauro herbívora que viveu há 185 milhões de anos foi descoberto no Utah, segundo uma comunicação publicada terça-feira nos Estados Unidos

Até agora esta região do Utah, conhecida como 'Navajo Sandstone', era apenas conhecida pela descoberta de algumas ossadas dispersas de dinossauros e de pegadas destes animais desaparecidos.

O Utah é igualmente o Estado onde se encontra um dos maiores cemitérios de dinossauros do Mundo.

Lusa / SOL
 

AnDré

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22 Nov 2007
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Lince ibérico com infecção renal está a reagir "bem ao tratamento"


A lince ibérico Espiga, que está no Centro Nacional de Reprodução deste animal em Silves e sofre de uma doença renal que já matou quatro felinos da espécie em Espanha, está a "reagir bem ao tratamento".


"Está a reagir bem ao tratamento. A situação não se está a agravar", disse hoje fonte do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), recordando que a fêmea chegou de Espanha a 4 de Novembro de 2009. Portugal integra o Plano de Acção para a Conservação do Lince Ibérico, felino em vias de extinção, no âmbito do qual foi criado o Centro Nacional de Reprodução do animal em Silves.

Ao abrigo daquele projecto foram transferidos em Novembro e Dezembro passado 16 linces de Espanha para Portugal. Em Espanha já morreram quatro linces ibéricos desde Dezembro, mas nos próximos meses o número de animais mortos poderá aumentar para dez.

A directora do Programa de Criação em Cativeiro do Lince Ibérico em Espanha, Astrid Vargas, disse a 23 de Março que "dez exemplares de linces ibéricos criados em cativeiro poderiam vir a morrer nos próximos meses devido a uma infecção renal crónica que afecta quase 40 por cento dos linces criados em cativeiro", segundo a agência de notícias espanhola Europa Press. Em Espanha há 24 linces ibéricos criados em cativeiro a sofrer desta infecção renal que "não tem cura". Dez destes animais infectados estão com a doença em "estado avançado" e são esses dez linces que podem morrer nos próximos meses.

A Espiga, que também sofre da mesma doença renal, está no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico de Silves, mas segundo o ICNB a situação "não se está a agravar". O responsável do Centro de Silves, Rodrigo Serra, disse, no início de Março, que a fêmea deverá ter vindo de Espanha já doente, porque a "doença só se manifesta quando 75 por cento do rim já está afectado", explicou.

Rodrigo Serra disse que a causa da infecção está ainda a ser estudada, mas acrescentou que na origem pode estar "um problema tóxico, adquirido através de qualquer composto químico da comida, das vacinas ou dos suplementos alimentares e vitamínicos". Para aquele responsável, ainda há a hipótese de se tratar de "uma doença idiopática, cuja causa nunca virá a ser conhecida, uma vez que não depende de um mas de um conjunto de factores".

Estima-se que existam 200 linces ibéricos a viver em estado selvagem, a maioria em parques naturais no sul de Espanha. No início do século XX existiriam cerca de 100 mil linces em Espanha e Portugal, segundo registos da época.

Fonte: Público
 

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Recebi agora informações sobre a existência de uma pequena população de linces-ibéricos em território nacional, num local algo inesperado ( eu sabia que já tinham havido lá linces, mas não sabia era que ainda lá existiam).
Estou muito contente com a notícia, só lamento não poder dar grandes pormenores, para já.
O que posso adiantar é que é no Alentejo.:)
 

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Eu acho piada é a contradição permanente e grave nos órgãos de comunicação.
Ora se diz que estão em grave perigo de extinção em Portugal, como logo a seguir se diz que estão extintos.
Não foi só essa reportagem a cometer erros desse tipo, como também a notícia que postei, que diz que os linces não são avistados em Portugal desde 1980, quando têm sido avistados até bastante recentemente.
Esta posição não oficial de alguns órgãos de comunicação, é partilhada por alguns membros da Quercus ( só para provar que o ICN não fez nada, enfim guerrinhas infantis entre grupos ambientalistas, quando todos deviam era estar interessados em factos e em ajudar-se), por espanhóis ( estes naturalmente embebidos por algum patriotismo cego ou simplesmente por desconhecimento ( assim espero eu), como demonstrou a Sra. Astrid Vargas quando visitou as instalações do Centro de Reprodução de Silves) e até por alguns portugueses ( por interesse vários: caça, lobbies de construção ou alarmismo falso para angariar atenções, em especial pelos media).
Gostaria que esta gente soubesse, que negar factos sem provas, tomar uma atitude de derrotismo quando a luta ainda deve existir, negar terrenos protegidos a um animal que tem um papel importantíssimo no seu ecossistema ( imagine-se que já vi espanhóis dizerem que o coelho-bravo aumenta em zonas onde há linces-ibéricos, provavelmente porque este elimina os animais doentes ou fracos), mas o que é facto é que independentemente do que quer que se diga, o lince não provoca a extinção a nada e já cá anda muito antes de todos nós, certamente não merece a atitude desta gente, que tem-se saciado em mentiras sabe-se lá para quê ( por argumentos pessoais certamente, mas se formos a ver o cerne da questão, nem os seus argumentos pessoais são protegidos).
Em torno do lince-ibérico, poderia ser desenvolvido um ecoturismo sustentável, apoiado pela cortiça entre outros, aspectos que constituem apenas vantagens e praticamente nenhuns inconvenientes, isto se alguém achar que a protecção do animal em si , não encerra já, razões muito mais do que suficientes para o proteger. Os solos do Alentejo, na sua maior parte não são lá muito bons para a agricultura, daí que poucas culturas são rentáveis ao longo de anos, além do sobreiro e azinheira.
A sra Astrid Vargas, quando veio cá, fartou-se de criticar a localização do centro e disse que a zona não encerra condições para o lince viver, porque está hiperdegradada... Enfim isto é cómico, pois como é natural, o centro não tem necessariamente que ficar numa zona onde hajam linces ou onde se esteja a pensar em fazer reintroduções, o papel do centro é única e exclusivamente fazer a reprodução em cativeiro de linces, aspecto que de acordo com os últimos acontecimentos, o tem feito de forma bastante eficaz, tão boa ou melhor, que qualquer centro espanhol.
Se ela quisesse saber como é a Serra de Monchique teria visitado a serra, por exemplo a sua vertente oeste e norte e não teria ficado na zona de Silves, à espera que lhe aparecesse um lince pela frente ou que houvesse matagais mediterrânicos desenvoltos numa zona onde eles não existem.
A SOS Lynx sabe muito bem quais são os locais, se a Sra. Astrid Vargas tivesse realmente preocupada com esse assunto teria perguntado.
É muito importante, no entanto, entender que os linces que ainda existem em Portugal, estão em GRAVE perigo de extinção, esse é o seu estatuto OFICIAL em Portugal e proteger as zonas onde se SABE que existem, tem ainda TODO o sentido.

Interessantes estes links:
http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=2&cid=938&bl=1&section=6
http://asp3.blogspot.com/2007/08/lince-na-malcata-situao-em-2007.html
 

AnDré

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22 Nov 2007
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Em torno do lince-ibérico, poderia ser desenvolvido um ecoturismo sustentável, apoiado pela cortiça entre outros, aspectos que constituem apenas vantagens e praticamente nenhuns inconvenientes, isto se alguém achar que a protecção do animal em si , não encerra já, razões muito mais do que suficientes para o proteger.

Essa é talvez a melhor solução para o lince-ibérico.

Em todo o lado se lê que o objectivo é criar uma população de linces e posteriormente soltar os linces de volta para a natureza.
O problema que se põe é: soltar onde?

Em parques naturais, com certeza. Porque sem ser aí, já existem obras humanas por todo o lado.
E fazer dos parques naturais um ecoturismo sustentável, seria bom para todos. :thumbsup:
 

belem

Cumulonimbus
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Essa é talvez a melhor solução para o lince-ibérico.

Em todo o lado se lê que o objectivo é criar uma população de linces e posteriormente soltar os linces de volta para a natureza.
O problema que se põe é: soltar onde?

Em parques naturais, com certeza. Porque sem ser aí, já existem obras humanas por todo o lado.
E fazer dos parques naturais um ecoturismo sustentável, seria bom para todos. :thumbsup:

Sem dúvida que o que dizes tem sentido.
Espera-se é que este novo ataque vestido de «inocente» dos parques eólicos não venha encher as paisagens dos parques, pois já se tem visto a sua construção ser aprovada em zonas com lobos-ibéricos o que por si só diz tudo.
A realidade é que os linces também existem fora dos parques naturais, bem mais do que muita gente imagina (em Redes Natura, por exemplo).
Também não se entende como se quer manter actividades cinegéticas em zonas sensíveis de protecção. Há tanto espaço para a caça, deixem lá certas zonas sossegadas!
 

AnDré

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Más noticias.

Morreu uma das duas crias de lince-ibérico nascidas em Silves
13.04.2010


Uma das duas primeiras crias de lince-ibérico (Lynx pardinus) nascidas em cativeiro em Portugal, no centro de reprodução de Silves, morreu no passado domingo de causas ainda desconhecidas, foi revelado esta noite.

De acordo com os resultados de uma primeira autópsia entretanto realizada, a cria, uma fêmea, não apresenta sinais de maus tratos, de malformações ou de ter sido rejeitada pela progenitora, informou ao PÚBLICO Sandra Moutinho, assessora do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

"As duas crias de lince ibérico estiveram sempre bem até domingo, dia em que uma delas morreu de causa aguda e de forma rápida", explicou em declarações à agência Lusa o director do Centro de Reprodução do Lince Ibérico, Rodrigo Serra.

A fim de perceber quais as causas da morte serão realizados diversos testes ao longo das próximas duas semanas.

A mãe, Azahar – o primeiro lince a chegar a Silves a 26 de Outubro do ano passado, vindo do Zoobotânico de Jerez de la Frontera – “já está mais calma e a outra cria também está bem”, acrescentou Sandra Moutinho. As duas crias nasceram a 4 de Abril.

O lince-ibérico é uma espécie ameaçada de extinção e a espécie de felino mais ameaçada do mundo. A reprodução em cativeiro é uma solução de fim de linha. Estima-se que existam hoje menos de 150 linces-ibéricos. Em meados do século XIX, seriam cem mil, espalhados por toda a Península Ibérica. A espécie vive em Portugal numa situação de "pré-extinção".

Para ajudar à recuperação da espécie, o Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro para o Lince-Ibérico (CNRLI) - começado a construir em Junho de 2008 e concluído em Maio de 2009 - alberga 16 animais cedidos pelo Governo espanhol no âmbito de um protocolo assinado em Julho do ano passado. Os linces chegaram entre 26 de Outubro e 1 de Dezembro.

Público