E assim se perde mais um pouco da nossa vegetação autóctone espontanea, dando lugar agora a um terreno completamente desmatado, até quase á linha de água.
Esta é uma empresa que se organizou com uma forte componente de responsabilidade social e responsável por trazer medicamentos ao mercado a preços acessíveis. Paulo Rebelo, em entrevista à Rádio Condestável, referiu que assistiu desde pequenino ao “flagelo dos incêndios que é uma praga enorme que temos no nosso país”. Deste modo, na comemoração deste aniversário “propusemos patrocinar a plantação de cerca de 5 500 árvores e trazer a equipa da Bluepharma a colaborar nesta iniciativa”. Manuel Dias, presidente da Junta de Freguesia, sublinhou que esta é “uma oportunidade de reflorestar uma zona que estava subaproveitada e que vai embelezar e dar maior visibilidade a esta zona”.
Foram plantados 162 carvalhos e ainda irão ser plantados “mais algumas centenas de carvalhos no Moinho das Freiras, o resto da plantação será na marginal da Barragem”, esclareceu o autarca. Em 2016, já tinham sido plantados 20 carvalhos nesta mesma zona e alguns na Senhora da Confiança portanto, “este trabalho também se encaixa naquilo que é a política de reflorestação e de proteção de algumas das nossas espécies que a Junta de Freguesia tem estado a levar a cabo nos últimos tempos em terrenos baldios”, acrescentou. Esta espécie não é muito usada para a indústria da madeira, por isso há que tentar que a responsabilidade social “sirva para promover e preservar certos ecossistemas que são originais daqui mas que não têm as mesmas rentabilidades", disse, acrescentando que estes mesmos ecossistemas "precisam de Numa acção da Câmara Municipal de Aljezur e da Junta de Freguesia de Odeceixe, em conjunto com as organizações não governamentais GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente e Acção Ambiental para o Barlavento, no passado dia 23 foram plantados dois Carvalhos-de-Monchique no futuro Parque da Vila, projecto que vai iniciar-se este ano, em Odeceixe.
Saliente-se que a acção surge no âmbito do Projecto TerraSeixe – Gestão Ambiental Partilhada no Sudoeste de Portugal e coincidiu também com a elevação de Odeceixe a Vila. Marcaram presença na acção o Presidente de Câmara José Amarelinho, o Vice-Presidente José Gonçalves, a Vereadora Fátima Neto e o Vereador António Carvalho, por parte da Câmara Municipal de Aljezur, o Presidente da Junta de Freguesia de Odeceixe Carlos Vieira, a Presidente do GEOTA, Marlene Marques, e o Presidente da Acção Ambiental para o Barlavento, António Lambe.
Refira-se que o projecto nasceu de preocupações com o estado de conservação da biodiversidade na Bacia Hidrográfica da Ribeira de Seixe, mais especificamente, com a vulnerabilidade da espécie Carvalho-de-Monchique (Quercus canariensis), espécie endémica desta região, a qual é um tesouro esquecido do património nacional natural e é uma das duas árvores autóctones maiores do país.
Em conjunto com a restante flora e fauna endémica da região, confere um valor inestimável às florestas autóctones da bacia; valores formalmente reconhecidos pela integração de grande parte deste território na Rede Natura 2000, Important Bird Area (IBA) e na Rede Nacional de Áreas Protegidas, que no seu total correspondem a 90% da bacia. A plantação inédita desta árvore em espaços verdes tem como objectivo salientar a importância de a proteger nesta região do país.
Mais duas árvores plantadas que vamos descontar ao contador do diáriOnline / Região Sul no âmbito da campanha «Um Milhão de Árvores, no Algarve, em Portugal e em todo o Mundo Lusófono».
https://regiao-sul.pt/2017/04/26/ambiente/carvalhos-de-monchique-plantados-em-odeceixe/379003

Boa iniciativa, mas plantar árvores em pleno Verão...![]()
Em Inglaterra sao mantidas as galerias ripicolas e o que divide os terrenos sao arvores e arbustos autocnes e nao vedacoes metalicas! Mesmo em terrenos de agricultura intensiva! Em Portugal somos uns barbaros, no Alentejo e Algarve assisti em anos recentes a limpezas de terrenos para projectos agricolas que arrasaram galerias ripicolas desnecessariamente. Os grunhos nao sabem que aquelas arvores estao ali para estabilizar as margens e prevenir cheias?
Mas a plantação não foi feita no verão, ou foi?
Ainda que eu ache que a fase Outono/Inverno, seja a melhor altura.
Biólogo estima 300 veados, corços e javalis mortos na Serra da Lousã
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Muitos animais, pelo seu instinto natural, conseguiram escapar à frente das chamas
- DN