Electricidade sobe para subsidiar empresas do sector

Gerofil

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21 Mar 2007
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«Portugal pode ensinar ao mundo que é possível alterar cenários»

O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje, no Abu Dhabi, que se há algo que Portugal pode ensinar ao mundo é que é possível alterar o cenário energética por completo em seis anos. "Se há alguma coisa que podemos aprender com a experiência portuguesa é que é possível obter resultados em pouco trempo. Em seis anos, mudámos o cenário da energia", disse José Sócrates perante de centenas de delegados à Cimeira Mundial de Energia, entre os quais os monarcas do Abu Dhabi, o secretário-geral das Nações Unidas e chefes de Estado de todo o mundo.
Repetindo que "Portugal é um líder mundial nesta área graças a reformas e investimentos nos últimos seis anos", o primeiro-ministro português salientou que "Portugal atingiu o nível mais baixo de emissões de CO2 per capita da União Europeia", tem "52 por cento de energia renovável na sua geração de eletricidade" e é o "segundo país da Europa em energia eólica em percentagem do mix energético".
Ainda assim, em plano de fundo de toda a sua mensagem, lida na sessão de abertura do evento, esteve a economia. "A energia é um recurso estratégico para o crescimento económico. É importante para fazer frente às alterações climáticas, mas sobretudo para crescer economicamente", disse Sócrates.
José Sócrates lembrou que Portugal tem a "primeira rede nacional de mobilidade elétrica verdadeiramente funcional", a operar em "rede inteligente", e previu que em 2020 o país terá 10 por cento dos seus carros exclusivamente elétricos. Por isso mesmo, frisou que "o Governo português e as empresas portuguesas estão disponíveis para cooperar com entidades de todo o mundo para desenvolver experiências semelhantes". Estou aqui para sublinhar isso mesmo", disse Sócrates.
"Apostar em eficiência, mobilidade elétrica, renováveis e 'smart grids' é a melhor maneira de obter melhores resultados na economia no mundo", sublinhou.

Fonte: Destak
 


Knyght

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10 Mai 2009
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Uma coisa é certa estamos a criar um enorme Know-How nesta aérea, temos de saber aproveitar a oportunidade que agora nos apresentam. Hoje empresas como a Nacional Efacec está ao nível das melhores do Mundo na implementação de parques fotovoltaicos.

Devemos também aproveitar a industria para a construção destas energias :)
 

Gerofil

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21 Mar 2007
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ERSE quer ver custos políticos descriminados na factura da electricidade

O regulador da energia quer descriminar na factura de electricidade, de "forma clara", os custos de interesse económico geral, os chamados custos de decisão política que afectem o preço final.
"A ERSE vai proceder no primeiro semestre de 2011 a uma reformulação dos regulamentos quanto à forma de cálculo do custo da electricidade", disse Vítor Santos aos deputados da Comissão de Assuntos Económicos e Energia. Nesse âmbito, acrescentou o regulador da energia, a ERSE terá "especial atenção" à factura dos domésticos e vai "sugerir para discussão pública uma forma clara de divulgar na factura a informação relativos aos Custos de Interesse Económico Geral (CIEG)".
Os Custos de Interesse Económico Geral (CIEG, ou custos de decisão política) poderão ascender em 2011 a 2,5 mil milhões e incluem o sobrecusto da PRE (Produção em Regime Especial), as rendas pagas aos municípios, os contratos de longa duração (CMEC e CAE) e a subsidiação às regiões autónomas da Madeira e Açores, entre outros.
Os CIEG previstos para 2011 são sensivelmente o dobro dos que se verificaram em 2008 e são pagos de forma diferente pelos vários consumidores de electricidade. O peso dos CIEG na factura dos clientes domésticos é de 44% em 2011, enquanto para as empresas é abaixo dos 30%.

Oje
 

Gerofil

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21 Mar 2007
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Parque eólico "Terra Fria" inaugurado

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O primeiro ministro inaugurou, no concelho de Montalegre, o parque eólico de Terra Fria. Um investimento de 126 milhões de euros com capacidade para fornecer energia a toda a região do Alto Tâmega. Ao todo são 48 torres eólicas para abastecer 150 mil habitações por dia. Uma cerimónia marcada pelo anúncio de José Sócrates ao garantir que a derrama das barragens do concelho será paga em Montalegre.
Foi numa atmosfera gélida que foi inaugurado, pelo primeiro ministro José Sócrates, o parque eólico de Terra Fria situado a 1.200 metros de altitude, entre as barragens de Alto Rabagão, Paradela, Venda Nova e Salamonde, num mega projecto concluído em Agosto último.
Na sessão inaugurativa, José Sócrates fez-se acompanhar pelo ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, pelo secretário de Estado da Energia e da Inovação, Carlos Zorrinho, e pelo presidente da Câmara de Montalegre, Fernando Rodrigues.
Falamos de uma estrutura orçada em 126 milhões de euros, composta por 48 torres eólicas (aerogeradores), com uma potência instalada de 96 megawatts e com capacidade para abastecer 150 mil habitações por dia. Por ano, a produção média de energia está estimada em 260 gigawatts, o que equivale a uma facturação anual de 20 milhões de euros, segundo fonte governamental.
A redução de emissões de CO2 é de 117,5 mil toneladas por ano e a poupança prevista na importação de combustíveis fósseis é superior a sete milhões de euros anuais.
860 MIL EUROS GARANTIDOS - Com este investimento, a autarquia de Montalegre já recebeu 860 mil euros, verba negociada com a ENEOP, empresa proprietária dos parques, como contrapartida imediata para o município. Uma verba, explica Fernando Rodrigues, «conseguida graças às negociações de participação de 20 por cento no capital social que o Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso (EHATB) reclama em nome das autarquias do Alto Tâmega». A somar a este montante «a Câmara de Montalegre vai receber 50 mil euros mensais, fruto dos 2,5 por cento de produção total do Parque Eólico», daí que, reforce o autarca, «este projecto é extremamente vantajoso para a autarquia porque irá ajudar no desenvolvimento da nossa região». Além destes valores, há que ter em conta «o pagamento pelo aluguer dos terrenos às juntas de freguesia ou aos conselhos directivos porque vai ser paga uma renda fixa ou uma renda em função da produção de energia», afirmou Fernando Rodrigues.
«ESTE RENDIMENTO VEM DO CÉU» - No discurso que proferiu, o presidente da Câmara Municipal de Montalegre, teceu rasgados elogios a esta aposta: «estes investimentos eólicos como o que hoje inauguramos, permitem rendas significativas para os proprietários dos terrenos que são juntas de freguesia ou Conselhos Directivos de Baldios e que canalizam esses recursos para centros sociais, para recuperação do património, para infra-estruturas colectivas, para criar melhores condições de vida às populações. E da sua produção vai ainda, directamente para os cofres do município, uma receita de 2,5%.». Acto contínuo, esclareceu: «para um município como o de Montalegre, com 800 km2 (a área da ilha da Madeira), com 135 localidades, com uma rede viária extensíssima, este rendimento vem do céu. Vem do céu porque não estamos habituados a que os homens nem os governos façam coisas tão generosas, apesar de elementarmente justas. Porque, não é justo a uma região ter uma participação na riqueza que dá ao país? É. Ou devia ser. E digo devia ser, porque, noutra área de energias renováveis e limpas, no caso das barragens, não tem sido».
DOSSIER BARRAGENS - Chegado aqui, Fernando Rodrigues voltou á carga com o pagamento da derrama por parte das empresas que produzem energia eléctrica a partir de Montalegre: «o município de Montalegre tem cinco barragens. Perdeu os seus melhores vales agrícolas, viu acessibilidades interrompidas, e ainda hoje sofre o trauma das aldeias submersas e da usurpação de baldios à boa maneira salazarista. E, apesar de se produzir aqui entre 100 e 150 milhões de euros de energia por ano - que riqueza para o país! - a renda que nos cabe não paga, sequer, o que poderíamos receber de IMI pelos terrenos mortos, por inundados, que deixaram de se comercializar ou de se transmitir. E o IMI desapareceu como que se nos tivessem reduzido o território. Se em vez de produzirmos 100 milhões de euros de energia tivéssemos uma outra actividade industrial, teríamos um concelho rico e com emprego e receberíamos bons impostos pela derrama. Ora, o que acontece é que não temos emprego e, ainda por cima, a derrama da riqueza que aqui se produz vai para Porto e Lisboa».
PEDIDO DIRECTO A SÓCRATES - Fernando Rodrigues partiu para um apelo directo ao primeiro ministro: «Peço-lhe, senhor primeiro ministro, penhoradamente, que acabe com esta injustiça e que determine ao senhor secretário de Estado da Administração Local, que o artigo que estabelece a definição de um critério especial da derrama criado na lei há três anos possa, finalmente, ser implementado. E, apesar da luta ser teimosa e longa, mas porque elementarmente e de forma unânime considerada justa, acredito que municípios, governo e EDP irão encontrar, brevemente, e já não é sem tempo, forma de compensar as populações pelos prejuízos causados com as barragens, atribuindo uma renda digna, abrindo caminho também a outra receptividade do poder local a outros investimentos, para que se possa contrariar a fatídica premunição de Torga e dizer: aqui continua a ser Barroso».
PROMESSA DE SÓCRATES - Nas palavras que deixou em Montalegre, José Sócrates, para além de narrar a tendência crescente que Portugal apresenta em matéria de energias renováveis, deixou uma noticia que provocou fortes aplausos na plateia. Aconteceu quando respondeu ao desafio lançado pelo presidente da Câmara de Montalegre no que concerne ao pagamento da derrama por parte das empresas que operam no concelho. Sócrates deixou esta promessa: «sobre as barragens e para responder ao Presidente da Câmara de Montalegre dizer-lhe que tem toda a razão. Vamos fazer isso que pediu. Não é possível mantermos a situação de termos barragens num concelho de uma empresa e que depois paga os impostos em Lisboa. Isso não vai acontecer mais. Sei que a EDP tem essa proposta. O governo está de acordo com ela. O que nós vamos fazer é que essas empresas paguem as suas derramas no sítio onde operam as suas barragens porque isso é absolutamente justo».
MUDANÇA ESTRUTURAL - De resto, a palestra do primeiro ministro foi preenchida com o muito trabalho, no entender do chefe de Estado, que o governo tem feito ao longo dos últimos seis anos. Sócrates lançou vários números estabelecendo paralelo entre a realidade que herdou e a actual: «em 2010 a electricidade que Portugal consumiu deveu-se em 53% à electricidade produzida com base em energias renováveis. Este número diz tudo da mudança muito significativa que foi operada em Portugal nos últimos seis anos. É uma mudança estrutural da nossa economia. Uma mudança energética que hoje é o factor de crescimento da economia portuguesa. Uma das reformas mais conseguidas em todo o Mundo e num curto espaço de tempo. Isto leva-nos a pensar que é possível nas áreas críticas, que normalmente são pensadas a longo prazo, fazer mudanças em pouco tempo. Esta mudança é uma das mudanças que mais afirma o país, que mais prestigiou o nosso país e que mais consequências tem na nossa economia».
PORTUGAL NA LINHA DA FRENTE - Sempre no mesmo tom, o primeiro ministro declarou: «hoje Portugal é um dos países que lidera, em termos de renováveis, em toda a Europa. Nós somos o quarto país para a produção de energia. Nós somos o segundo país da Europa, em termos de produção de electricidade com base em energia eólica. Nós temos uma das maiores centrais fotovoltaicas do Mundo. Portugal é hoje apresentado como um exemplo de um país que apostou, finalmente, nas renováveis como estratégia para resolver o seu problema energético».
OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS - José Sócrates sustentou que esta revolução operada em Portugal no que concerne às energias renováveis permite alcançar três objectivos: «o primeiro é reduzir a nossa dependência do petróleo. É dar mais autonomia ao país. É não estarmos tão dependentes das oscilações do petróleo. Isso não pode continuar. Condena o nosso país à subserviência a outras nações, limitando a liberdade e a afirmação económica do nosso país. Portugal ao investir nas renováveis reduziu essa dependência. Por exemplo, em 2010, Portugal importou menos 800 milhões de euros em combustíveis fósseis. Agora exportamos. Portugal exporta agora torres eólicas, aerogeradores. No ano 2010 exportamos 200 milhões. E porque exportamos? Pela simples razão porque apostamos na energia eólica; o segundo objectivo é criar emprego e dar oportunidade às empresas portuguesas. Criamos nos últimos seis anos um cluster industrial nas áreas das renováveis; o terceiro objectivo é o objectivo ambiental: reduzir as emissões de CO2. Em 2010 Portugal foi um dos países com menos emissões per capita. Em 2005, por exemplo, Portugal estava acima do protocolo de Quioto cerca de 16%. Em 2008 estávamos a 2,8%. Em 2009 já estávamos abaixo daquilo que exige o compromisso de Quioto».
Com efeito, em matéria de energia eólica a mudança é bem visível, destacou o líder do governo: «nós tínhamos 71 parques em 2005. Hoje temos 206. Nós tínhamos 441 geradores. Hoje temos mais de dois mil geradores eólicos. Venho aqui também para assinalar este registo. Isto é um feito muito significativo. Isto significa que o país está na linha da frente na batalha da energia».
PORTUGAL REFERÊNCIA - Até ao momento, Portugal tem 206 parques eólicos com 2.027 torres eólicas, o equivalente a uma potência eólica de cinco por cento do total instalado na Europa. Em 2009/2010, a percentagem de nova potência instalada foi de 10 por cento, um crescimento superior à média europeia.
Em 2010, produziram-se em Portugal cerca de 9.025 gigawatts de energia eólica, mais 20 por cento que em 2009. Este valor representa 17 por cento do consumo anual (em cada hora de consumo 10 minutos resultam de produção eólica).

Fonte: CM Montalegre
 

Gerofil

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21 Mar 2007
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Subsídio à electricidade da Madeira e Açores custou já 500 milhões

O custo de convergência entre Continente e Ilhas traduziu-se, entre 2008 e 2011 (incluindo já as tarifas deste ano), numa despesa acrescida de 80 euros para cada um dos 6,36 milhões de consumidores portugueses (6,1 milhões no Continente, 137 mil na Madeira e 119 mil nos Açores).
A "coesão nacional" tem feito parte do léxico político. Esteve no discurso de Cavaco Silva no centenário da República e ficou implícita na mensagem de Natal de José Sócrates quando o primeiro-ministro apelou à mobilização e solidariedade dos portugueses.
Esse desígnio também está por trás de uma das políticas do sector eléctrico que têm onerado os consumidores: desde 2008 a convergência tarifária entre Portugal Continental e as regiões autónomas da Madeira e dos Açores já custou mais de 500 milhões de euros.
Em causa está uma rubrica dos custos de interesse económico geral que são registados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) na fixação das tarifas de electricidade. Fruto do isolamento e da menor escala, Madeira e Açores têm um maior custo de produção da energia.
Pelas contas do Negócios, o custo de convergência entre Continente e Ilhas traduziu-se, entre 2008 e 2011 (incluindo já as tarifas deste ano), numa despesa acrescida de 80 euros para cada um dos 6,36 milhões de consumidores portugueses (6,1 milhões no Continente, 137 mil na Madeira e 119 mil nos Açores). E como ainda estão por pagar 112 milhões de euros de custos de convergência registados em 2006 e 2007, no futuro cada cliente terá ainda de suportar mais 17,6 euros.

Miguel Prado

Jornal de Negócios
 

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Parque eólico "Terra Fria" inaugurado

DOSSIER BARRAGENS - Chegado aqui, Fernando Rodrigues voltou á carga com o pagamento da derrama por parte das empresas que produzem energia eléctrica a partir de Montalegre: «o município de Montalegre tem cinco barragens. Perdeu os seus melhores vales agrícolas, viu acessibilidades interrompidas, e ainda hoje sofre o trauma das aldeias submersas e da usurpação de baldios à boa maneira salazarista. E, apesar de se produzir aqui entre 100 e 150 milhões de euros de energia por ano - que riqueza para o país! - a renda que nos cabe não paga, sequer, o que poderíamos receber de IMI pelos terrenos mortos, por inundados, que deixaram de se comercializar ou de se transmitir. E o IMI desapareceu como que se nos tivessem reduzido o território. Se em vez de produzirmos 100 milhões de euros de energia tivéssemos uma outra actividade industrial, teríamos um concelho rico e com emprego e receberíamos bons impostos pela derrama. Ora, o que acontece é que não temos emprego e, ainda por cima, a derrama da riqueza que aqui se produz vai para Porto e Lisboa».
PEDIDO DIRECTO A SÓCRATES - Fernando Rodrigues partiu para um apelo directo ao primeiro ministro: «Peço-lhe, senhor primeiro ministro, penhoradamente, que acabe com esta injustiça e que determine ao senhor secretário de Estado da Administração Local, que o artigo que estabelece a definição de um critério especial da derrama criado na lei há três anos possa, finalmente, ser implementado. E, apesar da luta ser teimosa e longa, mas porque elementarmente e de forma unânime considerada justa, acredito que municípios, governo e EDP irão encontrar, brevemente, e já não é sem tempo, forma de compensar as populações pelos prejuízos causados com as barragens, atribuindo uma renda digna, abrindo caminho também a outra receptividade do poder local a outros investimentos, para que se possa contrariar a fatídica premunição de Torga e dizer: aqui continua a ser Barroso».
PROMESSA DE SÓCRATES - Nas palavras que deixou em Montalegre, José Sócrates, para além de narrar a tendência crescente que Portugal apresenta em matéria de energias renováveis, deixou uma noticia que provocou fortes aplausos na plateia. Aconteceu quando respondeu ao desafio lançado pelo presidente da Câmara de Montalegre no que concerne ao pagamento da derrama por parte das empresas que operam no concelho. Sócrates deixou esta promessa: «sobre as barragens e para responder ao Presidente da Câmara de Montalegre dizer-lhe que tem toda a razão. Vamos fazer isso que pediu. Não é possível mantermos a situação de termos barragens num concelho de uma empresa e que depois paga os impostos em Lisboa. Isso não vai acontecer mais. Sei que a EDP tem essa proposta. O governo está de acordo com ela. O que nós vamos fazer é que essas empresas paguem as suas derramas no sítio onde operam as suas barragens porque isso é absolutamente justo».

Esperemos que sim e deveria aplicar-se a mais casos.
 

Gerofil

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21 Mar 2007
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França congela ajudas às instalações fotovoltaicas

O governo francês lançou dois concursos sobre pesquisa e desenvolvimento de projetos para tornar mais competitivas as tecnologias solares, um mês depois de ter congelado a ajuda às instalações fotovoltaicas, que armazenam energia do sol, para frear a criação de uma "bolha" do setor.
Os ministérios de Ecologia, Economia e Pesquisa, assim como o Comissariado Geral de investimento, indicaram em comunicado conjunto, na terça-feira, que os dois concursos terão orçamento "em função da excelência dos projetos apresentados". O objetivo do incentivo é "fazer emergir projetos que permitam reduzir custos, melhorar o rendimento e diminuir o impacto do ambiente dos sistemas energéticos baseados nos recursos solares".
O primeiro dos concursos agrupa, na realidade, três tipos de tecnologias (a solar termodinâmica, a térmica e a fotovoltaica de concentração) para experimentar componentes de alto rendimento como refletores, lentes, sistemas de acompanhamento do sol, captadores, sistemas de armazenamento de calor e máquinas de conversão de calor em eletricidade.
O segundo sobre sistemas fotovoltaicos quer reduzir os custos de produção, desenvolver componentes e procedimentos técnicos de alto rendimento, aumentar os resultados energéticos e ambientais e colocar a toda prova novos modelos econômicos.
Os departamentos implicados ressaltaram que "as tecnologias solares se impõem como uma das soluções para reduzir até 2020 a dependência energética e as emissões de gases do efeito estufa". Em 10 de dezembro, o governo francês suspendeu, durante três meses, a aprovação de novas instalações fotovoltaicas para produzir eletricidade a fim de combater a bolha criada no setor e decidiu elaborar um novo sistema tarifário para esta energia subvencionada.

Olhar Direto
 

Gerofil

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Aprovado relatório sobre petição da DECO relativa a cortes na factura da luz

A Comissão Parlamentar de Assuntos Económicos, Inovação e Energia aprovou hoje, “por unanimidade”, o relatório do deputado socialista António José Seguro sobre a petição da associação de defesa dos consumidores DECO, que solicita “cortes na factura de electricidade”.
Um comunicado do grupo parlamentar do PS adianta que António José Seguro, que preside à comissão, considerou que a petição, aprovada por unanimidade, cumpre “todos os requisitos legais para ser apreciada pela Assembleia da República”, além de apresentar propostas concretas. Por isso, o deputado propõe que a comissão “analise as propostas vinculadas pela presente petição e tome iniciativas, desejavelmente consensuais, dado que as petições são debatidas em sessão plenária da Assembleia da República, mas não são votadas”.
Desta forma, considera, “fica afastado o perigo de um debate sem consequência de maior, para uma petição tão importante para a vida das portuguesas e dos portugueses, bem como para o tecido empresarial nacional”. António José Seguro recomenda que os consumidores tenham “conhecimento detalhado” dos custos que pagam na sua factura eléctrica”, defendendo o “princípio de maior transparência que servirá para aumentar a consciência das cidadãs e dos cidadãos sobre o financiamento das políticas de energia” do país.
Para o deputado socialista, “independentemente do debate que prosseguirá sobre a bondade das origens do seu volume (ligadas às opções de políticas públicas do poder político, legitimamente eleito), emerge a seguinte questão: quem deve pagar os agora denominados Custos de Interesse Económico Geral (CIEG)?”
No seu relatório, o presidente da comissão parlamentar dos Assuntos Económicos, Inovação e Energia questiona sobre se “deverão ser os consumidores de electricidade (através da factura) ou os contribuintes (através do Orçamento do Estado)". "E, se forem os consumidores, qual deverá ser o seu universo? Apenas os domésticos? Todos os domésticos, independentemente do seu consumo e/ou do seu rendimento?”, pergunta.
António José Seguro sublinha ainda o “mérito” da petição da DECO por “provocar o debate esclarecido, sem tabus, sobre estas questões e onde sejam envolvidos os representantes de todos os interesses legítimos, desde os consumidores à produção”. A petição da DECO, com quase 170 mil assinaturas, deu entrada na Assembleia da República a 14 de Dezembro e solicitava cortes na factura da electricidade, através da redução dos CIEG.

PÚBLICO
 

Lousano

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Aprovado relatório sobre petição da DECO relativa a cortes na factura da luz

A Comissão Parlamentar de Assuntos Económicos, Inovação e Energia aprovou hoje, “por unanimidade”, o relatório do deputado socialista António José Seguro sobre a petição da associação de defesa dos consumidores DECO, que solicita “cortes na factura de electricidade”.
Um comunicado do grupo parlamentar do PS adianta que António José Seguro, que preside à comissão, considerou que a petição, aprovada por unanimidade, cumpre “todos os requisitos legais para ser apreciada pela Assembleia da República”, além de apresentar propostas concretas. Por isso, o deputado propõe que a comissão “analise as propostas vinculadas pela presente petição e tome iniciativas, desejavelmente consensuais, dado que as petições são debatidas em sessão plenária da Assembleia da República, mas não são votadas”.
Desta forma, considera, “fica afastado o perigo de um debate sem consequência de maior, para uma petição tão importante para a vida das portuguesas e dos portugueses, bem como para o tecido empresarial nacional”. António José Seguro recomenda que os consumidores tenham “conhecimento detalhado” dos custos que pagam na sua factura eléctrica”, defendendo o “princípio de maior transparência que servirá para aumentar a consciência das cidadãs e dos cidadãos sobre o financiamento das políticas de energia” do país.
Para o deputado socialista, “independentemente do debate que prosseguirá sobre a bondade das origens do seu volume (ligadas às opções de políticas públicas do poder político, legitimamente eleito), emerge a seguinte questão: quem deve pagar os agora denominados Custos de Interesse Económico Geral (CIEG)?”
No seu relatório, o presidente da comissão parlamentar dos Assuntos Económicos, Inovação e Energia questiona sobre se “deverão ser os consumidores de electricidade (através da factura) ou os contribuintes (através do Orçamento do Estado)". "E, se forem os consumidores, qual deverá ser o seu universo? Apenas os domésticos? Todos os domésticos, independentemente do seu consumo e/ou do seu rendimento?”, pergunta.
António José Seguro sublinha ainda o “mérito” da petição da DECO por “provocar o debate esclarecido, sem tabus, sobre estas questões e onde sejam envolvidos os representantes de todos os interesses legítimos, desde os consumidores à produção”. A petição da DECO, com quase 170 mil assinaturas, deu entrada na Assembleia da República a 14 de Dezembro e solicitava cortes na factura da electricidade, através da redução dos CIEG.

PÚBLICO

Este é mais um exemplo de que a Deco quer a entrar mais na política do que apoiar o sócio/consumidor.

A minha esposa é sócia de este instituto há mais de 15 anos e por duas vezes foi pedido conselho ao mesmo sobre problemas de consumo (telefone e internet), tendo a resposta sido evasiva (resolva você o problema) e várias vezes publicitam que ajudam na resolução de problemas semelhantes.

Com o que referi, basta refletirem um pouco.
 

Knyght

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Isso faz-me lembrar de um problema que tive numa lomba e reportei ao ACP e não tive resposta. Desisti de ser sócio!

Mas ainda a dias a EDP renováveis referiu que Portugal tem na média europeia o custo final médio abaixo da média europeia, tal como a compensação as renováveis por toda a Europa é superior a praticada por Portugal.

50% dos lucros EDP renováveis advém de investimentos internacionais...

E volto a referir uma situação importante se contar-mos a tarifária tri-horária a compensação a energia solar (muitos painéis já estão a ser construidos em Portugal) nas horas de pico, são completamente justificáveis.
 

Knyght

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Subsídio à electricidade da Madeira e Açores custou já 500 milhões

O custo de convergência entre Continente e Ilhas traduziu-se, entre 2008 e 2011 (incluindo já as tarifas deste ano), numa despesa acrescida de 80 euros para cada um dos 6,36 milhões de consumidores portugueses (6,1 milhões no Continente, 137 mil na Madeira e 119 mil nos Açores).
A "coesão nacional" tem feito parte do léxico político. Esteve no discurso de Cavaco Silva no centenário da República e ficou implícita na mensagem de Natal de José Sócrates quando o primeiro-ministro apelou à mobilização e solidariedade dos portugueses.
Esse desígnio também está por trás de uma das políticas do sector eléctrico que têm onerado os consumidores: desde 2008 a convergência tarifária entre Portugal Continental e as regiões autónomas da Madeira e dos Açores já custou mais de 500 milhões de euros.
Em causa está uma rubrica dos custos de interesse económico geral que são registados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) na fixação das tarifas de electricidade. Fruto do isolamento e da menor escala, Madeira e Açores têm um maior custo de produção da energia.
Pelas contas do Negócios, o custo de convergência entre Continente e Ilhas traduziu-se, entre 2008 e 2011 (incluindo já as tarifas deste ano), numa despesa acrescida de 80 euros para cada um dos 6,36 milhões de consumidores portugueses (6,1 milhões no Continente, 137 mil na Madeira e 119 mil nos Açores). E como ainda estão por pagar 112 milhões de euros de custos de convergência registados em 2006 e 2007, no futuro cada cliente terá ainda de suportar mais 17,6 euros.

Miguel Prado

Jornal de Negócios

Queria saber porque esta noticia está aqui... :brucelee:
 

Gerofil

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Custos de 2 mil milhões na factura da electricidade têm fim à vista

Acordo de ajuda externa impõe revisão das condições dadas à produção das renováveis, cogeração e centrais térmicas, para aliviar a factura da luz, onde o IVA irá subir.
O mercado português de energia vai receber um pacote de austeridade que deixará os produtores de electricidade... em alta tensão. O acordo entre o Governo e os técnicos internacionais para a concessão de ajuda externa obrigará o Executivo a negociar com o sector, ainda este ano, a revisão dos contratos de venda de electricidade.

Jornal de Negócios

Alguém pode explicar melhor o conteúdo da notícia? :lmao:
 

Gerofil

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Redução dos contratos de valor garantido pode aumentar factura da eletricidade

A redução dos contratos de valor garantido para os produtores elétricos previsto no plano da troika "pode levar, a prazo, a um custo superior para o consumidor final", alertou hoje o presidente da EDP. António Mexia disse que a redução destes contratos (chamados os CAE), não representa quaisquer reduções nos gastos do Estado e sublinhou que a EDP não abrirá mão do valor destes contratos.
"A EDP não abdica, não pode abdicar, daquilo que é o valor do contrato e este não é de ontem. É para ser olhado ao longo de todo o seu período de vida", disse Mexia na conferência de imprensa de apresentação de resultados trimestrais da empresa. O mesmo responsável disse que os CAE "contribuem para a estabilidade do sistema", o que se tornará "cada vez mais importante à medida que no futuro aumentem os preços dos combustíveis".
A empresa, repetiu Mexia, "não abdicará do valor de um contrato que foi assinado livremente pelas partes", mas admite "ver o que está em causa em futuras alterações dos mesmos, sempre sem abdicar do valor". Todas as tarifas reguladas para a eletricidade e o gás natural serão gradualmente extintas até janeiro de 2013, o mais tardar, e o Estado deverá "limitar" os custos associados à aposta nas renováveis, indica o memorando de acordo entre o Governo e a 'troika'. "As tarifas reguladas da eletricidade serão gradualmente extintas até 01 de janeiro de 2013, o mais tardar", indica o texto do memorando, acrescentando que deverá ser "apresentado um plano temporal [roadmap] para esta extinção [...] até julho deste ano".
O acordo especifica que no decorrer deste processo terá de ser aprofundado o "calendário e os critérios para a liberalização dos segmentos ainda regulados, como por exemplo as pré-condições no que diz respeito à concorrência no respetivo mercado". Por outro lado, devem ser especificados "os métodos através dos quais será assegurado que durante o período gradual de extinção não haverá uma divergência significativa entre os preços no mercado e na tarifa e que não haverá subsidiação cruzada entre segmentos de consumidores".
No que toca à produção de energia, o memorando sublinha que o Governo se compromete a tomar medidas para limitar o sobrecusto associado à eletricidade produzida em regime ordinário (PRO), através da revisão dos mecanismos de compensação garantida aos produtores (os chamados CMEC).

Fonte: DN
 

Gerofil

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ERSE mantém remuneração dos activos de gás da REN para proteger preços

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) enviou uma proposta ao Conselho Tarifário, com data de 15 de Abril, na qual defende que se mantenha a taxa de remuneração dos activos de gás natural, contrariando assim o que era reivindicado pela REN - Redes Energéticas Nacionais. Uma informação que foi avançada pelo presidente da ERSE, Vítor Santos, ao Diário Económico.
O regulador alega que, "se esta taxa fosse alterada teria de mexer também na remuneração dos activos de distribuição, o que obrigaria a uma nova revisão tarifária, com forte impacto na factura dos consumidores", alerta Vítor Santos. A proposta tarifária destinada às famílias, que atinge cerca de 1,3 milhões de clientes, prevê um aumento médio de 3,9% do preço do gás natural para 2011/2012 -um valor que será fixado a 15 de Junho, juntamente com as restantes tarifas com que se regem os operadores deste sector.
A decisão do regulador, a manter-se, promete, no entanto, ter um impacto negativo na privatização da gestora das infra-estruturas nacionais de transporte de electricidade e gás natural. A operação de venda de 51% que o Estado possui na empresa será realizada, por imposição do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia, até ao final do ano

Ana Maria Gonçalves

Fonte: Económico
 

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21 Mar 2007
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Facturas da luz passam a conter custos "extra" de decisão política

Os custos "extra" de decisão política vão passar a constar da factura da luz já a partir do próximo mês de Julho, segundo define um diploma publicado esta quarta-feira em Diário da República, que visa "criar no ordenamento jurídico alguns mecanismos destinados a proteger o utente de serviços públicos essenciais".
A partir do mês de Julho, as facturas da luz terão de ter discriminados os custos correspondentes a cada uma das medidas de política energética, de sustentabilidade ou de interesse económico geral, "bem como o respectivo montante, a par dos valores de consumo, da potência contratada, da taxa de exploração e da contribuição audio-visual", define a nova lei publicada esta quarta-feira em DR.

Fonte: Fábrica de Conteúdos