Fome continua a atormentar mais de mil milhões

belem

Cumulonimbus
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Há mais de mil milhões de famintos
2009-10-15

A fome afecta hoje 1,02 mil milhões de pessoas - quase um décimo da população mundial -, segundo relatório da FAO, agência da ONU para a Agricultura e a Alimentação, divulgado, ontem, em Roma.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1390933

Há alguns pontos em que discordo com o Jacques Diouf.
O mundo actualmente produz o suficiente para alimentar mais de 2 vezes a população mundial.
Toneladas de alimentos ainda viáveis para alimentação vão para o lixo, todas as horas.
Penso que seria mais fácil, barato e eficaz distribuir alimentos para os casos mais graves e só depois então pensar em estratégias agrícolas mais produtivas. Aumentar a área arável à escala proposta, significa usar muito mais recursos naturais ( muitas vezes em locais onde eles já são naturalmente escassos) e não ter recursos humanos suficientes e capazes de cultivar com sucesso todas as parcelas de terreno. Quando é necessário o alimento urgente, porque há gente entre a vida e a morte, penso que não será muito viável apenas apostar em mais produção agrícola mas em soluções mais realistas a curto e médio prazo.
Só depois então entra em jogo, a independência económica e alimentar já a longo prazo.
Aqui a meu ver as soluções passam por uma agricultura sustentável, amiga do ambiente e bastante produtiva.
 


joseoliveira

Cumulonimbus
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18 Abr 2009
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Aqui a meu ver as soluções passam por uma agricultura sustentável, amiga do ambiente e bastante produtiva.

Infelizmente esse cenário parece estar demasiado distante na medida em que a agricultura intensiva praticada em tantos países economicamente desenvolvidos e também os economicamente emergentes, para atingirem um patamar de exportações determinado pelos mercados como economicamente viável, os números suplantam a qualidade dos produtos, o que aliás é um problema já muito velho.

De momento não sei em que situação ficou o tema quente dos AGM's visto ter-se ponderado há uns anos atrás serem utilizados como resposta a programas de combate à fome em diversos países em situação mais urgente.
Claro que muitas vozes se levantaram na altura, mas pouco depois não se voltaram a ouvir e não creio que isso seja sinal de que tudo está bem nesse campo!

Uma agricultura mais amiga do ambiente, parece haver um pouco por todo o lado os defensores da qualidade, mas não garantem um preço de mercado aceitável para escoar os produtos o que leva a que muitos países subdesenvolvidos a optarem por valores de produto menos dispendiosos mas por vezes colocando em risco a saúde pública e que não se pense que nós portugueses estamos livres disso...:(
 

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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De momento não sei em que situação ficou o tema quente dos AGM's visto ter-se ponderado há uns anos atrás serem utilizados como resposta a programas de combate à fome em diversos países em situação mais urgente.
Claro que muitas vozes se levantaram na altura, mas pouco depois não se voltaram a ouvir e não creio que isso seja sinal de que tudo está bem nesse campo!

Em algumas regiões do mundo utilizam-se OGM, em outras nem por isso.



Uma agricultura mais amiga do ambiente, parece haver um pouco por todo o lado os defensores da qualidade, mas não garantem um preço de mercado aceitável para escoar os produtos o que leva a que muitos países subdesenvolvidos a optarem por valores de produto menos dispendiosos mas por vezes colocando em risco a saúde pública e que não se pense que nós portugueses estamos livres disso...:(

Acho que não entendeste o queria dizer.
Esse tipo de agricultura ( que nem é assim tão abundante como isso, infelizmente), é uma medida de urgência tendo em conta o curto prazo para acabar com o problema da fome.
Não chega apenas distribuir alimentos para as situações mais urgentes, é importante também garantir que depois essas pessoas possam produzir o seu alimento, ter um futuro mais independente e autosuficiente senão torna-se um ciclo vicioso sem remédio e que é muito dispendioso para todos.
Como solução e adaptada às características locais ( aproveitando também a possibilidade de cultivar variedades silvestres locais alimentícias de alto teor nutritivo) penso que está um tipo de agricultura biológica, em que a climatologia local, por exemplo, é aproveitada ao máximo.
Em locais demasiado áridos, um sistema de rega simples assim como sementes adequadas a essas condições, poderiam ser fornecidos.
Existe um enorme potencial genético a nível de novidades agrícolas em muitos países desses, que crescem selvagens no campo e que poderiam ser aproveitadas a baixa custo de produção e respeitando o ambiente.
Depois então, com as necessidades básicas já resolvidas, já se pode pensar em exportação.
Aí os obstáculos já tomam outra dimensão, mas isso também já é uma questão fora do âmbito deste tópico.
 

Agreste

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A baixa produção agrícola de muitos países aparece muitas vezes associada à posse da terra. E aqui nem sequer é necessário sair de Portugal. Ou porque as propriedades são muito pequenas e não existe rendimento possível ou porque são demasiado grandes e funcionam em monocultura aumentando o risco de prejuízo face à antecipação possível do preço do mercado na altura da colheita e face às pragas e doenças que se possam desenvolver em função das condições atmosféricas...

Fora da Europa, onde os preços são regulados, o jogo do mercado só permite o funcionamento de monoculturas de grande escala, o mercado natural dos OGM's.

Aumentar a área arável à escala proposta, significa usar muito mais recursos naturais (muitas vezes em locais onde eles já são naturalmente escassos)

Penso que isto devolve-nos novamente à posse da terra. Aumentar a área arável é perfeitamente possível e isso significa partilhar os recursos nomeadamente a água.

Mas é curioso que a proposta actual da UE é precisamente a de reduzir a agricultura europeia aos solos rentáveis, maioritariamente no centro e norte da europa, eliminando a agricultura mediterrânica, introduzindo o mercado puro e acabando com a regulação e as ajudas à produção. Neste contexto os produtos certificados acabariam por desaparecer em favor do mercado rentável.
 

belem

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A baixa produção agrícola de muitos países aparece muitas vezes associada à posse da terra. E aqui nem sequer é necessário sair de Portugal. Ou porque as propriedades são muito pequenas e não existe rendimento possível ou porque são demasiado grandes e funcionam em monocultura aumentando o risco de prejuízo face à antecipação possível do preço do mercado na altura da colheita e face às pragas e doenças que se possam desenvolver em função das condições atmosféricas...

Fora da Europa, onde os preços são regulados, o jogo do mercado só permite o funcionamento de monoculturas de grande escala, o mercado natural dos OGM's.



Penso que isto devolve-nos novamente à posse da terra. Aumentar a área arável é perfeitamente possível e isso significa partilhar os recursos nomeadamente a água.

Mas é curioso que a proposta actual da UE é precisamente a de reduzir a agricultura europeia aos solos rentáveis, maioritariamente no centro e norte da europa, eliminando a agricultura mediterrânica, introduzindo o mercado puro e acabando com a regulação e as ajudas à produção. Neste contexto os produtos certificados acabariam por desaparecer em favor do mercado rentável.

Claro que aumentar a área arável é possível, a questão é que a agricultura mundial já produz o suficiente para alimentar 2 vezes a população mundial.
Daí que penso que a prioridade não é aumentar a área arável ( que muitas vezes custa imensos recursos), mas aproveitar melhor o que é produzido.
Há muita comida que vai para o lixo e há armazéns com cereais a apodrecer...
Claro que estou a falar dos países mais afectados pela fome, em que a agricultura competitiva ainda é uma miragem.
 

Vince

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23 Jan 2007
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A baixa produção agrícola de muitos países aparece muitas vezes associada à posse da terra. E aqui nem sequer é necessário sair de Portugal. Ou porque as propriedades são muito pequenas e não existe rendimento possível ou porque são demasiado grandes e funcionam em monocultura aumentando o risco de prejuízo face à antecipação possível do preço do mercado na altura da colheita e face às pragas e doenças que se possam desenvolver em função das condições atmosféricas...

Fora da Europa, onde os preços são regulados, o jogo do mercado só permite o funcionamento de monoculturas de grande escala, o mercado natural dos OGM's.



Penso que isto devolve-nos novamente à posse da terra. Aumentar a área arável é perfeitamente possível e isso significa partilhar os recursos nomeadamente a água.

Mas é curioso que a proposta actual da UE é precisamente a de reduzir a agricultura europeia aos solos rentáveis, maioritariamente no centro e norte da europa, eliminando a agricultura mediterrânica, introduzindo o mercado puro e acabando com a regulação e as ajudas à produção. Neste contexto os produtos certificados acabariam por desaparecer em favor do mercado rentável.


Discordo radicalmente. O fim do absurdo sistema de subsídios na UE e EUA poderia tirar da fome centenas de milhões de pessoas nos países em desenvolvimento. É apenas uma forma de proteccionismo, e ainda tem a lata de falar nos pobres dos países subdesenvolvidos.

Hunger as an alibi

The EU’s common agricultural policy (CAP) continues to distort global trade. Cheap competition from Europe is aggravating the poverty suffered by many farmers in developing countries.

The European Commission is planning to present its proposal for CAP reform for the years up to 2013 at the end of this year. This will make Europe’s agricultural policy the subject of heated discussion in the coming months. Formulation of the budgetary framework for 2014 to 2020 will be on the agenda at the same time. The German government spelled out its perspective in a position paper of March 31 that was based on recommendations from the Federal Ministry for Agriculture. Basically, it does not want any change. The tenor of the document is that the European agricultural model has proved its worth.

The position paper stresses glo*bal food security as an important objective. Depressingly, hunger and population growth are merely used as an alibi for a strategy to increase production and exports. This very policy, however, has long since been a part of the problem, rather than the solution. Many African and Asian dairy, tomato and poultry farmers suffer because of CAP. They cannot keep up with cheap competition from Europe, so their incomes no longer suffice to provide their families with adequate food. *Accordingly, countries are becoming ever more dependent on imports because their domestic food production is going down. Prices on the world market are volatile, however, and hurt urban consumers as well during the food-price inflation in 2007/2008.

One harmful reason is that the EU still resorts to the outrageous instrument of export subsidies. In 2009, it allocated more than € 300 million to the export of dairy products alone. The subsidised quantity accounted for nearly one fifth of the global market. *Almost 70 % of dairy exports end up in developing countries at prices which cover only half of European production costs.

The EU’s internal agricultural subsidies are harmful too. Yes, they have been uncoupled from production volumes to comply with WTO rules and are now basically paid according to the size of land holdings. Nonetheless, there is a dumping effect. When the managers of Europe’s abattoirs and dairy factories drive down producer prices, they know that farmers’ losses are compensated at least in part by state subsidies. In the 2006/2007 financial year, internal agricultural subsidies exceeded € 90 billion for the first time.

Last year, the European Court of Auditors demanded the EU to primarily direct dairy production towards satisfying the needs of the European domestic market. The argument was that only cheese and other products of high added value can be exported without subsidies. Indeed, this is true of other agricultural products too. Ministers of agriculture, however, do not heed such advice.

Both German and European agricultural policy prioritise the lowest possible agricultural prices in order for the domestic food industry to remain competitive globally. In this respect, CAP was very successful in recent decades. Producer prices in the EU were 76 % above world market prices from 1986 to 1988, but the gap has shrunk to 15 %. In 2003, Europe became the world champion in food exports; the global market share is 17 %.

Nonetheless, CAP does not help European farmers. About one half of all farms have given way to structural change since 1992. European consumers, on the other hand, do not benefit much either. Since 2000, producer prices for milk have fallen by 17 %, but the prices consumers pay in supermarkets have risen by six per cent. The big winners from CAP are trade and industry.

The Federal Government’s position paper objects to active supply management, which would help stabilise prices in the EU. It also opposes stricter environmental specifications and more equitable distribution of subsidies between farms. It even says that export subsidies should only be abolished if the WTO agrees on new trade rules – which is patently unlikely for the time being. In the FAO context, Germany’s Federal Government is a praise-worthy advocat of the right to food. Unfortunately, its agricultural policy is undermining that very goal.


Armin Paasch is a consultant for global trade and food with the Catholic charity Misereor.
http://www.inwent.org/ez/articles/170998/index.en.shtml
 

Agreste

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A agricultura europeia é proteccionista e ainda bem. Cultiva o gosto pelos produtos de origem demarcada apoiando-os ao mesmo tempo que compensa a agro-indústria com preços de mercado acessíveis de modo a impedir as deslocalizações. Não aceita os transgénicos como evolução e tem o mais exigente sistema de controlo da qualidade dos produtos alimentares do mundo. O mundo rural europeu acabaria no exacto momento em que o mercado agrícola fosse livre tal como aconteceu com o acordo de comércio livre com a China.

A guerra pela posse da terra e de outros recursos naturais podem isso sim retirar muita gente da pobreza. Todos os países tem esquemas proteccionistas de produção e o proteccionismo como criação de vantagem económica não é nenhum segredo.
 

Vince

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Os subsídios fazem exactamente o inverso do que os seus defensores dizem fazer. São os grandes proprietários que recebem cada vez mais os subsídios (basta olhar para as estatísticas), grandes proprietários que produzem geralmente monoculturas, muitas vezes em excesso a ponto de se ter que deitar fora (daí a necessidade de cotas) enquanto milhões morrem à fome pelo mundo.
E OGM's certamente existem muito mais em países com agricultura intensiva e subsidiada do que nos países em desenvolvimento.

É apenas uma das centenas de contradições retóricas do pensamento ocidental dominante, falam muito nos pobres do mundo mas internamente defendem o proteccionismo. Tem pena dos pobrezinhos, emocionam-se com as imagens da fome, fazem uns festivais e uns donativos para aliviar consciências, mas não querem cá produtos chineses ou callcenters indianos, que nos tiram o emprego e dão cabo do nosso rico modo de vida. São contra a globalização como se a globalização não tirasse milhões da miséria na Ásia. São contra as deslocalizações das empresas como se por exemplo uma empresa alemã ou francesa que veio para Portugal não foi ela também uma deslocalização. Como em tudo o resto, trata-se apenas de defender o status-quo, criar fortalezas fechadas ao mundo, defender o modo de vida rico onde se chega ao cumulo de se subsidiar alimentos que são exportados para países pobres ou mesmo a subsidiar para não produzir. Tudo bem. Mas não falem dos pobres e que subsídios é que é bom, do papão do mercado, dos capitalistas, dos liberais e sei lá mais do quê. Hipocrisia. É simplesmente imoral muito do que é a PAC na Europa e os subsídios nos EUA. Se querem mesmo ajudar África por exemplo, acabem com os subsídios, a agricultura é a única coisa onde muitos países extremamente pobres podem ser competitivos.
 

duero

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Os subsídios fazem exactamente o inverso do que os seus defensores dizem fazer. São os grandes proprietários que recebem cada vez mais os subsídios (basta olhar para as estatísticas), grandes proprietários que produzem geralmente monoculturas, muitas vezes em excesso a ponto de se ter que deitar fora (daí a necessidade de cotas) enquanto milhões morrem à fome pelo mundo.
E OGM's certamente existem muito mais em países com agricultura intensiva e subsidiada do que nos países em desenvolvimento.

É apenas uma das centenas de contradições retóricas do pensamento ocidental dominante, falam muito nos pobres do mundo mas internamente defendem o proteccionismo. Tem pena dos pobrezinhos, emocionam-se com as imagens da fome, fazem uns festivais e uns donativos para aliviar consciências, mas não querem cá produtos chineses ou callcenters indianos, que nos tiram o emprego e dão cabo do nosso rico modo de vida. São contra a globalização como se a globalização não tirasse milhões da miséria na Ásia. São contra as deslocalizações das empresas como se por exemplo uma empresa alemã ou francesa que veio para Portugal não foi ela também uma deslocalização. Como em tudo o resto, trata-se apenas de defender o status-quo, criar fortalezas fechadas ao mundo, defender o modo de vida rico onde se chega ao cumulo de se subsidiar alimentos que são exportados para países pobres ou mesmo a subsidiar para não produzir. Tudo bem. Mas não falem dos pobres e que subsídios é que é bom, do papão do mercado, dos capitalistas, dos liberais e sei lá mais do quê. Hipocrisia. É simplesmente imoral muito do que é a PAC na Europa e os subsídios nos EUA. Se querem mesmo ajudar África por exemplo, acabem com os subsídios, a agricultura é a única coisa onde muitos países extremamente pobres podem ser competitivos.

Nao concordo en absoluto.:nono::nono::nono:

1. El hambre no es problema técnico sino político. Que naciones como Brasil o Argentina haya personas que pasen hambre es inmoral, vergonzoso y criminal. Brasil o Argentina pueden alimentar a millones de personas. Argentina con una población de 40 millones de personas, puede alimentar a 300 millones de personas utilizando solo su Pampa Húmeda.

2. Los culpables de ello son sus políticos, corruptos, ladrones y criminales. Nosotros no somos culpables. No creo que Portugal tenga culpa de la corrupción de Brasil ni nosotros de la corrupción en Argentina (200 años de independencia son suficientes).

3. La PAC no es buena, creo que debe cambiar, pero.......EL MEDIO RURAL ES MAS QUE ECONOMÍA. Es historia, es cultura, es origen, son muchas cosas. Con ese analisis parece que la culpa del hambre en el mundo la tiene el agricultor de nuestros países.

4. Soy proteccionista al completo. Si, lo soy. No quiero la globalizacion, ni para mi, ni para ellos. Debemos proteger nuestros productos. No me importan los chinos ni sus productos ni los de la India.

5. Europa ha vivido DOS GUERRAS MUNDIALES, Alemania fue destrozada en la Segunda Guerra Mundial, y salio adelante sin ayuda.
Mismo JAPON sufrio DOS BOMBAS ATÓMICAS (Hiroshima y Nagasaki), todo el país destruido, millones de muertos y miles de bombas, Tokio destruido.
30 AÑOS DESPUÉS DE LA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ALEMANIA Y JAPON ERAN POTENCIAS ECONÓMICAS.

6. Dentro del mal llamado Tercer Mundo, Sudamerica es lo mejor (mejor que Africa y Asia). Brasil o Argentina están por delante de países europeos del Este como Bulgaria o Rumanía. PERO ESOS PAISES NO TUVIERON GUERRAS MUNDIALES.

7. Gran parte de la producción agricola de esos países no compite con las nuestras, pues son producciones tropicales como bananas, ananas y frutas tropicales que Europa no produce.

El problema no es la PAC, ni es un problema técnico.

ES UN PROBLEMA POLÍTICO Y ELLOS SON LOS RESPONSABLES.
 

duero

Nimbostratus
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Os subsídios fazem exactamente o inverso do que os seus defensores dizem fazer. São os grandes proprietários que recebem cada vez mais os subsídios (basta olhar para as estatísticas), grandes proprietários que produzem geralmente monoculturas, muitas vezes em excesso a ponto de se ter que deitar fora (daí a necessidade de cotas) enquanto milhões morrem à fome pelo mundo.
E OGM's certamente existem muito mais em países com agricultura intensiva e subsidiada do que nos países em desenvolvimento.

É apenas uma das centenas de contradições retóricas do pensamento ocidental dominante, falam muito nos pobres do mundo mas internamente defendem o proteccionismo. Tem pena dos pobrezinhos, emocionam-se com as imagens da fome, fazem uns festivais e uns donativos para aliviar consciências, mas não querem cá produtos chineses ou callcenters indianos, que nos tiram o emprego e dão cabo do nosso rico modo de vida. São contra a globalização como se a globalização não tirasse milhões da miséria na Ásia. São contra as deslocalizações das empresas como se por exemplo uma empresa alemã ou francesa que veio para Portugal não foi ela também uma deslocalização. Como em tudo o resto, trata-se apenas de defender o status-quo, criar fortalezas fechadas ao mundo, defender o modo de vida rico onde se chega ao cumulo de se subsidiar alimentos que são exportados para países pobres ou mesmo a subsidiar para não produzir. Tudo bem. Mas não falem dos pobres e que subsídios é que é bom, do papão do mercado, dos capitalistas, dos liberais e sei lá mais do quê. Hipocrisia. É simplesmente imoral muito do que é a PAC na Europa e os subsídios nos EUA. Se querem mesmo ajudar África por exemplo, acabem com os subsídios, a agricultura é a única coisa onde muitos países extremamente pobres podem ser competitivos.

Esqueciste dizer que os "pobrezinhos" indianos e chinos tenhen a BOMBA ATÓMICA, os maiores EJERCITOS DO MONDO, e o gasto da INDIA na área militar é moito superior ao gasto en sanidade o educaçao.

Agora se eles tenhen fome poden comer as bombas atómicas e os tanques e os submarinos e os avioes e tudas as bombas dos seus grandes ejercitos.

Eu nao gosto de ajudar a esos "pobrezinhos" paises. O único que eu gostaría de ajudar e COSTA RICA, eles nao tenhen ejercito, e por iso COSTA RICA, é o pais mais desenvolvido de Centroamerica. Mesmo COSTA RICA fica en nivel de pib/per capita e IDH (indice desarrollo humano) por cima de paises europeos como Rumania, Bulgaria, Ucrania, Bielorrusia, Macedonia, etc...
COSTA RICA FICA MESMO AO NIVEL DE CROACIA.

SE OS CHINOS, OS INDIANOS OU OUTROS "POBREZINHOS" TENHEN FOME QUE COMAN OS AVIOES MILITARES, OS BARCOS MILITARES, AS BOMBAS TUDAS, DOS SEUS EJERCITOS.

EU ESTOU FARTO DE "POBREZINHOS" QUE NAO TENHEN PARA COMER MAIS TENHEN GRANDES EJERCITOS E BOMBAS ATÓMICAS.

Agora o Pakistao ten urgencia alimentaria, sanitaria e outras coisas por as inundaçoes, moitas personas morreram e moitas casas destruidas. Eu nao ajudaria nada, nada. PAKISTAO MESMO TEN A BOMBA ATÓMICA, UN EJERCITO GRANDISIMO E O GASTO DO PIB ARMAMENTISTICO E SUPERIOR AO GASTO EN EDUCAÇAO, SANIDADE E INFRAESTRUCTURAS.

EU AJUDARIA SE FOSE COSTA RICA, MAIS POR PAKISTAO, CON BOMBA ATÓMICA E MODERNOS AVIOES, E TAO GRANDE EJERCITO NAO TEHNHO PENA NENHUMA.
 

irpsit

Cumulonimbus
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9 Jan 2009
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Concordo inteiramente.
Transfira-se todos os grandes lucros dos exércitos, bancos e corporações para o bem comum do povo.

Esqueciste dizer que os "pobrezinhos" indianos e chinos tenhen a BOMBA ATÓMICA, os maiores EJERCITOS DO MONDO, e o gasto da INDIA na área militar é moito superior ao gasto en sanidade o educaçao.

Agora se eles tenhen fome poden comer as bombas atómicas e os tanques e os submarinos e os avioes e tudas as bombas dos seus grandes ejercitos.

Eu nao gosto de ajudar a esos "pobrezinhos" paises. O único que eu gostaría de ajudar e COSTA RICA, eles nao tenhen ejercito, e por iso COSTA RICA, é o pais mais desenvolvido de Centroamerica. Mesmo COSTA RICA fica en nivel de pib/per capita e IDH (indice desarrollo humano) por cima de paises europeos como Rumania, Bulgaria, Ucrania, Bielorrusia, Macedonia, etc...
COSTA RICA FICA MESMO AO NIVEL DE CROACIA.

SE OS CHINOS, OS INDIANOS OU OUTROS "POBREZINHOS" TENHEN FOME QUE COMAN OS AVIOES MILITARES, OS BARCOS MILITARES, AS BOMBAS TUDAS, DOS SEUS EJERCITOS.

EU ESTOU FARTO DE "POBREZINHOS" QUE NAO TENHEN PARA COMER MAIS TENHEN GRANDES EJERCITOS E BOMBAS ATÓMICAS.

Agora o Pakistao ten urgencia alimentaria, sanitaria e outras coisas por as inundaçoes, moitas personas morreram e moitas casas destruidas. Eu nao ajudaria nada, nada. PAKISTAO MESMO TEN A BOMBA ATÓMICA, UN EJERCITO GRANDISIMO E O GASTO DO PIB ARMAMENTISTICO E SUPERIOR AO GASTO EN EDUCAÇAO, SANIDADE E INFRAESTRUCTURAS.

EU AJUDARIA SE FOSE COSTA RICA, MAIS POR PAKISTAO, CON BOMBA ATÓMICA E MODERNOS AVIOES, E TAO GRANDE EJERCITO NAO TEHNHO PENA NENHUMA.
 

belem

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Também estou completamente de acordo com o Duero.
Mas atenção que muitos pobres da Índia não têm qualquer culpa da situação em que estão.
Mesmo que o Estado indiano gaste dinheiro com bombas e exércitos, isso não significa que se deva abandonar a situação da pobreza neste país.
 

Mário Barros

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Crise agricola mundial: cereais vão faltar este ano

As projeções do Departamento de Agricultura americano apontam para um 'buraco' de mais de 32 milhões de toneladas métricas à escala mundial na campanha de 2010 e 2011 que vão faltar para consumir. Ao contrário da campanha anterior, em que houve excedente.

O consumo de cereais no mundo vai crescer em mais de 45 milhões de toneladas métricas, mas a produção vai diminuir nesta campanha 2010 e 2011 em 13,7 milhões, segundo dados ontem divulgados pelo World Agricultural Supply and Demand Estimates (WASDE) do Departamento de Agricultura (equivalente a Ministério) do governo dos Estados Unidos.

O resultado vai ser um 'buraco' de 32,48 milhões de toneladas métricas entre o consumo (que crescerá 2 % em relação à campanha de 2009 e 2010) e a produção (que se contrairá em 0,6% em relação à campanha de 2009 e 2010) e uma redução dos stocks finais na mesma quantidade. O que não aconteceu na campanha cerealífera anterior de 2009 e 2010, em que houve um excedente de 26,8 milhões de toneladas métricas.

O principal contribuinte para o 'buraco' vai ser o trigo, que verá a produção reduzir-se em 15,3 milhões de toneladas métricas.

A produção mundial de cereais para 2010 e 2011 deverá atingir 2.212,8 milhões de toneladas métricas e o consumo 2.245,28 milhões. Os stocks finais projetados deverão ser de 444,32 milhões de toneladas métricas.

Alguns analistas temem que a falta de cereais e o consequente agravamento da especulação financeira nestas commodities com escassez no mercado provoquem um processo de agroflação.

Trigo é o caso mais grave

Muitos dos cereais têm registado uma alta de preços durante 2010, como já referimos . O caso mais em destaque é o trigo, com uma variação do preço em relação ao mês anterior de 35,05% (a mais alta em todas as categorias de mercadorias) e de cerca de 25% em termos anuais (a mais alta nos cereais e a segunda mais alta, depois do algodão, nas matérias-primas agrícolas).

O preço deste cereal, além do impacto da especulação financeira generalizada nas commodities, está a sofrer a pressão das secas e das cheias nos principais países produtores e particularmente as reduções projetadas de produção de 8 milhões de toneladas na Rússia, de 4 milhões na União Europeia, 3 milhões na Ucrânia e 2 milhões no Cazaquistão para a campanha de 2010 e 2011. A produção diminuirá, também, na Argélia, Brasil, Uruguai, Bielorrússia e Croácia. Em compensação, a Índia, Estados Unidos, Austrália e Usbequistão vão ter aumentos de produção.

A Rússia, o terceiro produtor mundial de trigo, afetado profundamente pelas secas (que já destruíram ¼ da superfície cerealífera do país) e incêndios, decidiu a partir de domingo e até final do ano proibir as exportações deste cereal.

Expresso
 

Vince

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23 Jan 2007
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As populações pobres desses grandes países não tem culpa das opções politico-militares dos seus líderes. E já nem falo de quem vende armas a esses países, muitas vezes de procedência ocidental.

De qualquer forma proteccionismo e isolamento só incentiva conflitos, enquanto abertura e globalização tendem a diminui-los. As nações tendem a dar-se melhor quando falam, negoceiam e efectuam trocas comerciais umas com as outras. Foi assim com a própria Europa.