Seguimento - Incêndios 2010

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Depois de tentarem por 3 ou 4 vezes sem frutos diga-se, hoje lá pegou, e em 3 lados ao mesmo tempo segundo testemunho da minha mãe .
Começando no concelho vizinho de Penacova rapidamente invadiu o concelho de Poiares, a olho nu penso que arderam mais de 500 HA á vontade.
Valeu a rapida intervenção de muitas dezenas de bombeiros, os meios aéreos e felizmente não haver vento porque se não não sei onde é que ele parava.

Para já está dominado, agora vai ser uma é uma longa noite a fazer o rescaldo, porque se não amanhã é um perigo.

Joao

E é por isso que floresta com mato ou sem mato, pega sempre fogo, sabem porquê? Depende da vontade dos incendiarios ou em menos % dos actos negligentes que também são crime! E é isto que os políticos não vêem, é preciso mais força nas polícias, é preciso leis mais pesadas e que não compliquem o que é simples, e é preciso que os cidadãos em geral denunciem comportamentos estranhos! É um dever de todos nós, são crimes graves não só para o património natural e econômicos, mas também porque morrem pessoas, é muito sério!!
 


Gerofil

Furacão
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21 Mar 2007
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Parque ecológico do Funchal destruído com o fogo

A associação dos amigos do parque ecológico do Funchal fez as contas e diz que 95% do parque florestal ficou destruído pelo fogo. O ambientalista Raimundo Quintal afirma que a Madeira vai precisar da ajuda internacional e salienta que em termos ambientais os incêndios foram piores que as enxurradas do dia 20 de Fevereiro.

Vídeo: RTP Notícias
 

ALV72

Cumulus
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27 Nov 2006
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Vila Nova de Poiares
Agora imaginem a desgraça que pode ser na Madeira se por acaso existe outro 20 de Fevereiro, é que sem vegetação nenhuma em grande parte das serras, a enxurrada vai ser bem maior :shocking::shocking:

Joao
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Castelo Branco 386m(489/366m)
Agora imaginem a desgraça que pode ser na Madeira se por acaso existe outro 20 de Fevereiro, é que sem vegetação nenhuma em grande parte das serras, a enxurrada vai ser bem maior :shocking::shocking:

Joao

As enchurradas serão maiores, é sempre assim!

Mas o problema não se resume a isso, pois todo o género de entulho (cinza que fica lama, ramos e troncos queimados e que ao apodrecerem ficam leves, detritos) vai seguir o seu curso com as enchurradas, entupindo linhas de água, ribeiras, caixas de pluviais,... Pode vir a ser grave!

Outra das consequências tem a ver com a qualidade da água, nomeadamente das ribeiras, praias fluviais, açudes (lagos), que ficam contaminados com tanta lama e detritos de cinza!

É um fenómeno habitual nos Invernos que se sucedem aos grandes incêndios.

Outra consequência é a lavagem e remoção das terras, pelo que o subsolo fica em geral menos fértil.

Escusado será relembrar das consequências para a fauna e flora autoctone, com provável aproveitamento de espécies exóticas (não endémicas) resistentes às queimadas!
 

AnDré

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22 Nov 2007
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Tenho andado pelo distrito de Viseu que tem sido bastante afectado pelos incêndios.
Apesar de toda a desgraça que eles originam, alguns acabam por proporcionar algumas imagens menos feias e tristes.

Incêndio perto da Lapa, Sernancelhe no dia 11 deste mês:








Nuvem resultante do incêndio de Castro Daire, ontem à tarde.
46186186.jpg




Outras imagens menos bonitas e até revoltantes:
- Ontem à tarde, numa encosta a nordeste da aldeia de Cotelo, Gosende.




- Esta tarde em Cotelo:

 

Knyght

Cumulonimbus
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10 Mai 2009
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As enchurradas serão maiores, é sempre assim!

Mas o problema não se resume a isso, pois todo o género de entulho (cinza que fica lama, ramos e troncos queimados e que ao apodrecerem ficam leves, detritos) vai seguir o seu curso com as enchurradas, entupindo linhas de água, ribeiras, caixas de pluviais,... Pode vir a ser grave!

Outra das consequências tem a ver com a qualidade da água, nomeadamente das ribeiras, praias fluviais, açudes (lagos), que ficam contaminados com tanta lama e detritos de cinza!

É um fenómeno habitual nos Invernos que se sucedem aos grandes incêndios.

Outra consequência é a lavagem e remoção das terras, pelo que o subsolo fica em geral menos fértil.

Escusado será relembrar das consequências para a fauna e flora autoctone, com provável aproveitamento de espécies exóticas (não endémicas) resistentes às queimadas!

Preocupa-nos muito, sinceramente o fogo atingiu zonas impensáveis pela sua habitual humidade durante todo o ano...

E as secas do verão que não vai existir o mesmo infiltramento lento no solo e o terreno secará a uma velocidade bem superior.
 

AnDré

Moderação
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22 Nov 2007
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Odivelas (140m) / Várzea da Serra (930m)
Na noite do dia 17, curiosamente um noite mais fresca que as anteriores, os incêndios que até então tinham andado apenas a rondar a aldeia de Cotelo (Gosende, Castro Daire), onde estava a passar uns dias, aproximaram-se da localidade, devido ao vento moderado a forte que se começou a fazer sentir de noroeste.

Apesar da humidade ser elevada, e do frio até se fazer sentir, o fogo não deu tréguas, e devido à rápida aproximação das casas, a população local uniu-se e fez-se ao fogo. Isto, porque os bombeiros tardaram em aparecer. Provavelmente encontravam-se no grande incêndio de Castro Daire.

Fotografias possíveis:

A primeira tirada da janela da casa onde estava, onde se pode ver as chamas já perto da casa (à esquerda), que se situa no cimo da aldeia. Nessa altura, já o fumo e o cheiro a queimado encobria toda a aldeia.

dsc09660n.jpg



As seguintes, imediatamente antes de também eu pegar numa giesta e fazer frente ao fogo, juntamente com o resto dos populares. Num terreno com um declive muito acentuado, cheio de buracos, tojos e giestas.

dsc09675v.jpg


semttulo6z.png
semttulo7c.png


A união da população rapidamente controlou a frente que se aproximava das casas, embora outra lavrasse mais a norte sem pôr em perigo nenhuma habitação. Os bombeiros quando chegaram, dirigiram-se para essa frente.

Dois carros dos bombeiros voluntários de Tarouca, cujo condutor de um dos carros comentou estar há 20 horas no incêndio de Castro Daire, e de ter sido naquela altura chamado para aquele foco de incêndio...
 

ALV72

Cumulus
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27 Nov 2006
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Vila Nova de Poiares
Mesmo com o tempo mais fresco, eles não deixam de acontecer.
Este começou há duas horas entre os concelhos de Penacova e Poiares ( mais um ).
Cheguei a vêr o caso mal parado tal era a fúria das chamas que se avistavam de minha casa, e olhem que estava a mais de 5 Km. Mas valeu uma vez mais a pronta acção dos bombeiros e dos meios aéreos ( 4 ).

Joao

img37391.jpg
 

FJC

Cumulus
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14 Dez 2009
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Marinha Grande
Boas.

Se todos os modelos apontam para nova investida de calor intenso e seco, o estado e/ou protecção civil, não podia começar já a planear medidas preventivas para manter o que resta da floresta do norte e centro!? Neste caso mais vale "chorar" dinheiro desperdiçado em aluguer suplementar de meios aéreos (ou outros), que lamentar mais uma vez, milhares de hectares de floresta perdida!!! Que a grande maioria não se recuperará!!! Pois lá vêm mais eucaliptos a caminho....:angry::angry:
 

Gerofil

Furacão
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21 Mar 2007
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MADEIRA: Rescaldo de incêndios um pouco por toda a ilha (Ontem)

Um incêndio em mato no sítio do Poço Gil, em Machico, ontem, causou algum susto a moradores já que as chamas rodearam algumas residências, sendo considerado extinto por volta das 17 horas após algumas horas de trabalho por parte dos bombeiros. No combate ao incêndio, os bombeiros de Machico mobilizaram dez elementos com apoio de três viaturas, tendo algumas dificuldades devido à sinuosidade dos terrenos afectados pelo fogo, devastando cerca de cinco mil metros de mato, confirmou fonte daquela corporação. A Polícia tomou conta da ocorrência.
Os bombeiros de Câmara de Lobos combateram ontem um fogo em mato no Garachico (Furneira), em Câmara de Lobos, numa zona de difícil acesso. O fogo, segundo fonte da corporação, foi circunscrito e extinto ao final da tarde com o regresso dos bombeiros ao quartel. Com efeito, nesta mesma hora, um reacendimento no sítio do Marco e Fonte da Pedra, deu origem a uma acção de reconhecimento por parte dos mesmos bombeiros.
Os bombeiros da Calheta conseguiram ontem circunscrever uma frente de fogo no sítio da Raposeira sem causar danos em residências uma vez que deflagrou nas proximidades das mesmas. A corporação mobilizou seis homens e três viaturas para o local.
Os bombeiros de Santana tiveram mais um dia com trabalhos redobrados para fazerem frente a um reacendimento na Achada do Teixeira, e nas Eiras, no mesmo concelho. No primeiro incêndio estiveram envolvidos quatro elementos com apoio de três viaturas e no segundo dois bombeiros e um carro de combate a fogos. Ao final da tarde, segundo indicações do comandante José António Freitas, os bombeiros de Santana estavam a tentar controlar o incêndio do Ribeiro Frio, cujas chamas estavam no alto da montanha a descer a encosta para os lados do posto florestal e do viveiro das trutas. Face aos incêndios em Santana, o presidente da Câmara, Rui Moisés, apela ao consumo moderado de água em algumas freguesias deste concelho.
Em São Vicente, os fogos no Lombo do Urzal, consequência do fogo do dia 13, reacenderam, assim como na encosta da Encumeada, em zonas inacessíveis, razão pela qual os bombeiros daquele concelho mantinham vigilância nos locais afectados.
Os BVM, com dez elementos e duas viaturas, combateram anteontem, à noite - entre as 18.30 e as 24 horas - um fogo em área florestal na zona do Curral Velho, em Santo António, a cerca de um quilómetro da estrada, o que obrigou a utilização de pás e enxadas na extinção das chamas.
Por seu lado, os “Municipais do Funchal, mobilizaram 17 elementos no combate a fogos e reacendimentos nas serras do Funchal (Pico da Pedra, Monte, Babosas, curral Velho, miradouro do Caminho dos Pretos. Isto, para além das acções de patrulhamento nas áreas afectadas pelos últimos incêndios.

Ferdinando Bettencourt

Jornal da Madeira
 

Gerofil

Furacão
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21 Mar 2007
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Estremoz
Madeira nada fez para ter meios aéreos

"É necessário que a Madeira disponha de meios aéreos no combate aos incêndios". A convicção é do presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais(ANBP), Fernando Curto, que lamenta que as autoridades regionais nunca tenham ouvido o apelo dos bombeiros a este propósito. "Há mais de oito anos que alertamos para esta questão, ficamos satisfeitos que a Quercus também se tenha manifestado agora nesse sentido", revela ao DIÁRIO. Fazendo um paralelo com o que acontece no continente, o especialista garante que: "Há incêndios que duram uma semana, se não houvesse meios aéreos certamente durariam duas".

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dnoticias.pt