Seguimento Meteorológico Livre 2016

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Snifa

Furacão
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16 Abr 2008
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Por Mogadouro deverá estar no limite para nevar,talvez veja algum sleet, água neve, isto num aguaceiro mais forte do pós frontal..:cold:

Ás tantas dou um salto até Montesinho ou Nogueira, ou talvez mesmo a Sanábria, vamos ver , de qualquer modo e nesta última deverá nevar e acumular bem, proporcionando uma visita posterior, com tempo mais claro e sol...:D
 
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Dias Miguel

Cumulonimbus
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26 Jan 2015
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Relativamente à questão da mudança no Vórtice Polar, ontem vi no Twitter da AEMET, um grupo a referir que alguma coisa estava a alterar-se na estratosfera e que iríamos ter novidades a breve prazo. Após alguma pesquisa, encontrei estes mapas de previsão no link: http://www.cpc.ncep.noaa.gov/products/stratosphere/strat_a_f/ na parte de NCEP/GFS analyses and Forecasts.
1ScScb0.png

mTuvl4x.png

1tn9gqo.png

6a8LUOz.png

YEHbDHl.png

7pbXrlS.png

Nota-se que as temperaturas a 10 hPa vão estar muito baixas, mas não compreendo o quanto poderá afectar o tempo, tendo em conta que 10 hPa é a mais de 31.000 metros de altitude... :intrigante:
 

Topê

Nimbostratus
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4 Dez 2015
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Eh lá!!!! E de repente vindo do nada parece que a "pasmaceira" pode virar "bebedeira" é impressão minha ou atmosfera parece estar imprevisível e as altas pressões nomeadamente o AA não estão nada sólidos?
Uma nota, péssimos ambos os modelos a lidarem com a "animação" que teremos já no fim de semana? andaram ai a empurrar a dorsal, a afastar a descida das baixas pressões para o nosso territorio, tanto o GFS como o ECM e só em cima do acontecimento é que acertaram já abaixo das 72h?
É que pelos vistos vamos ter animação e bastante no Norte( neve a cotas médias, valores de precipitação significativos) e até o centro/sul(eixo entre Santarém-Evora) vai ter animação.
Os modelos andam a falhar bastante, este padrão quente prolongado, deve os ter deixado confusos.
 

TiagoLC

Super Célula
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15 Jul 2015
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Carnaxide, Oeiras
Eh lá!!!! E de repente vindo do nada parece que a "pasmaceira" pode virar "bebedeira" é impressão minha ou atmosfera parece estar imprevisível e as altas pressões nomeadamente o AA não estão nada sólidos?
Uma nota, péssimos ambos os modelos a lidarem com a "animação" que teremos já no fim de semana? andaram ai a empurrar a dorsal, a afastar a descida das baixas pressões para o nosso territorio, tanto o GFS como o ECM e só em cima do acontecimento é que acertaram já abaixo das 72h?
É que pelos vistos vamos ter animação e bastante no Norte( neve a cotas médias, valores de precipitação significativos) e até o centro/sul(eixo entre Santarém-Evora) vai ter animação.
Os modelos andam a falhar bastante, este padrão quente prolongado, deve os ter deixado confusos.
É muito estranho pois é no inverno que as previsões mais acertam. Como o inverno foi dar uma volta, isto anda tudo trocado.
 

james

Cumulonimbus
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16 Set 2011
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E a chave poderá estar na possibilidade do rompimento súbito e não gradual ( muito importante este pormenor) do vórtice polar. Não estou a ver os modelos a lidar bem nas previsões a médio prazo com esta situação, por isso acho que se terá que ir acompanhando as saídas com muita paciência.

Outro pormenor interessante é que não estaríamos a falar de uma normal massa de ar muito frio polar. Seria mais do que isso, o rompimento do Vórtice Polar poderia capturar o " Jet Stream ", de modo que o ar seria tão frio, que qualquer depressão atlântica,mesmo transportando ar marítimo, levaria à queda de neve a qualquer cota,é a leitura que eu faço.
É uma situação muito rara, mas não seria inédito, pois já ocorreu no passado.

Mas é melhor ir com calma, acompanhando a evolução meteorologica e não criar demasiadas expetativas.
 

Dias Miguel

Cumulonimbus
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26 Jan 2015
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E a chave poderá estar na possibilidade do rompimento súbito e não gradual ( muito importante este pormenor) do vórtice polar. Não estou a ver os modelos a lidar bem nas previsões a médio prazo com esta situação, por isso acho que se terá que ir acompanhando as saídas com muita paciência.

Outro pormenor interessante é que não estaríamos a falar de uma normal massa de ar muito frio polar. Seria mais do que isso, o rompimento do Vórtice Polar poderia capturar o " Jet Stream ", de modo que o ar seria tão frio, que qualquer depressão atlântica,mesmo transportando ar marítimo, levaria à queda de neve a qualquer cota,é a leitura que eu faço.
É uma situação muito rara, mas não seria inédito, pois já ocorreu no passado.

Mas é melhor ir com calma, acompanhando a evolução meteorologica e não criar demasiadas expetativas.

Neste site: https://www.aer.com/science-research/climate-weather/arctic-oscillation referem um evento de união (coupling event) entre a troposfera e a estratosfera, mas no sentido de um aquecimento súbito da estratosfera. Será que este evento irá originar um arrefecimento brusco da troposfera, num sentido contrário ao aquecimento súbito da estratosfera??
 

Topê

Nimbostratus
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4 Dez 2015
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Negrais
E a chave poderá estar na possibilidade do rompimento súbito e não gradual ( muito importante este pormenor) do vórtice polar. Não estou a ver os modelos a lidar bem nas previsões a médio prazo com esta situação, por isso acho que se terá que ir acompanhando as saídas com muita paciência.

Outro pormenor interessante é que não estaríamos a falar de uma normal massa de ar muito frio polar. Seria mais do que isso, o rompimento do Vórtice Polar poderia capturar o " Jet Stream ", de modo que o ar seria tão frio, que qualquer depressão atlântica,mesmo transportando ar marítimo, levaria à queda de neve a qualquer cota,é a leitura que eu faço.
É uma situação muito rara, mas não seria inédito, pois já ocorreu no passado.

Mas é melhor ir com calma, acompanhando a evolução meteorologica e não criar demasiadas expetativas.

Sem duvida nunca criar expectativas, mas que isto anda muito baralhado lá isso anda.:)
 

rozzo

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11 Dez 2006
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Muita calma com essa conversa do rompimento do vórtice polar, e da cota 0. Isso é uma extrapolação completamente irreal. O que acontece é que quando há um aquecimento súbito na estratosfera, o Vórtice Polar pode-se partir em dois, ou pode ser bastante deslocado da sua posição. Já aí são duas coisas distintas.. Além do "pode", pois o sinal do aquecimento na estratosfera demora semanas a propagar até cá abaixo, e nem sempre resulta nesse cenário mais alterado da circulação polar na baixa atmosfera, portanto, o primeiro SE...

Segundo, o resultado da separação do vórtice em dois é diferente do deslocar do centro do vórtice. O primeiro garante muito mais "agitação' dos padrões zonais normais por todo o hemisfério do que o segundo. No caso do segundo depende da "lotaria" de para onde é empurrado o vórtice. Se em zonas como a América do Norte esse deslocamento é geralmente sinónimo de frio polar, aqui pode não ser nada disso. Geralmente para uma zona como a nossa com todo o Atlântico a oeste, deslocamentos do Vórtice Polar não resultam em nada excepcional. Volto a referir que em ambos os casos, os locais onde haverá mais animação serão sempre resultantes da lotaria de como e onde é afectado o Vórtice. Portanto, mais um SE... Sendo que no caso da quebra em dois sim a lotaria é mais abrangente. Mas aparentemente, a acontecer algo parece que irá ser do tipo deslocamento e não quebra...

Mais ainda, em qualquer dos cenários, além da lotaria, o que acontece é uma alteração de centros de acção, nomeadamente dos bloqueios e do jetstream. Portanto claro aumenta simultaneamente nuns locais a probabilidade de entradas frias, enquanto noutros pelo contrário causa o efeito oposto. Mais um SE dependendo de quando e onde...

Por fim, mesmo após estes SE's, se tivermos a sorte de o padrão mudar para um que favoreça bloqueio a norte e entradas frias decentes na nossa zona, estamos apenas a aumentar a chance de bons eventos. Não garante cota 0 em lado nenhum, isso é um dispararate. Não estamos no filme "O dia depois de amanhã" em que tudo congela. O potencial das entradas frias com ou sem aquecimento da estratosfera é o mesmo, ou seja, continuamos dependentes da "quantidade" de frio, de serem secas ou não, da posição das depressões, e sempre dependentes de estarmos no SW da Europa, bem suavizados pelo Atlântico.

Resumindo, estes episódios não são milagres, acontecem bastantes vezes e raramente resultam em alguma coisa de especial em Portugal. O mais que podemos dizer é que sempre baralham e lançam os dados na circulação atmosférica. Claro que no marasmo zonal em que estamos agora essa possibilidade é sempre animadora, e aumenta as chances de eventos épicos de quase nulas, para baixas... Podemos dizer que aumenta ligeiramente a probabilidade de ocorrência de milagres. Mas continuamos sempre a precisar desses milagres...
 
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hurricane

Cumulonimbus
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11 Nov 2007
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E a chave poderá estar na possibilidade do rompimento súbito e não gradual ( muito importante este pormenor) do vórtice polar. Não estou a ver os modelos a lidar bem nas previsões a médio prazo com esta situação, por isso acho que se terá que ir acompanhando as saídas com muita paciência.

Outro pormenor interessante é que não estaríamos a falar de uma normal massa de ar muito frio polar. Seria mais do que isso, o rompimento do Vórtice Polar poderia capturar o " Jet Stream ", de modo que o ar seria tão frio, que qualquer depressão atlântica,mesmo transportando ar marítimo, levaria à queda de neve a qualquer cota,é a leitura que eu faço.
É uma situação muito rara, mas não seria inédito, pois já ocorreu no passado.

Mas é melhor ir com calma, acompanhando a evolução meteorologica e não criar demasiadas expetativas.


Esse deve ter sido um dos posts mais irrealistas que já li neste fórum! Que exagero!
 

james

Cumulonimbus
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16 Set 2011
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Viana Castelo(35 m)/Guimarães (150 m)
Esse deve ter sido um dos posts mais irrealistas que já li neste fórum! Que exagero!


Onde é que está o exagero?

Além do mais, falei numa situação hipotética, que nem sequer está prevista nos modelos, que é raríssima na Europa ( mas já aconteceu no passado, grandes nevões a cotas baixas com entradas atlânticas gélidas) , e é mais frequente na América do Norte.

Quando ocorreu a histórica descida do vórtice polar à 2 ou 3 anos na América do Norte, com as temperaturas nos 50 graus negativos em algumas regiões e os gigantescos nevões em latitudes baixas, onde nem sequer é costume nevar, com certeza devias estar distraído.

Ou achas que algo do género por cá trazia um bocadinho de neve e um bocadinho de frio?

Claro que é raríssimo, ainda para mais nos tempos que correm com o aquecimento global, mais difícil se torna de ocorrer.

Eu, como Meteolouco, gostava de passar por algo do género pelo menos uma vez na vida.
 
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