Agricultura

João Pedro

Super Célula
Registo
14 Jun 2009
Mensagens
6,197
Local
Porto, Campo Alegre (50 m) | Samora Correia (10 m)
7xuxbQq.jpg


gSaui6D.jpg
r8mjbbw.jpg
Feojx6N.jpg
QnoMoDB.jpg
1v9rPHc.jpg


As minhas lindíssimas e vigorosas pencas que tanto beneficiaram da chuva que caiu nos últimos tempos :rain:
És um "pai" orgulhoso das suas "crias" :lol: Mas estás cheio de motivos para isso, são mesmo belíssimas, e super fotogénicas :D
 


João Pedro

Super Célula
Registo
14 Jun 2009
Mensagens
6,197
Local
Porto, Campo Alegre (50 m) | Samora Correia (10 m)
A alfarrobeira a escala global ate tem uma reduzida area de distribuicao. O valor economico do fruto e enorme.

Houve uma geracao recheada de velhos insuportaveis, desculpem mas e mesmo assim, que durante decadas nao venderam nem arrendaram as terras, e nao deixaram os filhos fazer nada. Por isso nao houve renovacao das arvores de sequeiro na regiao. Agora que esses proprietarios estao a partir deste mundo, os filhos e netos vendem e arrendam as terras, e quem investe quer lucro rapido, nao quer esperar 15 ou 20 anos. A alfarrobeira e uma arvore da Civilizacao, e uma vergonha o que se passa. Muitos dos cortes sao assassinos, pois destroem arvores que estao a fazer sebe, portanto para plantarem as arvores de regadio nao seria necessario darem dabo das alfarrobeiras. Em Portugal nao se respeitam as sebes nem os jardins, nao se respeita o tempo que uma arvore leva a crescer. Conheco casos de casas que mudaram de proprietario, com belas arvores centenarias, mas como a nova dona nao gostavam de arvores mandaram cortar. Normalmente os pretextos sao futeis, e revelam uma certa inferioridade espiritual. Vejamos: as folhas sujam o chao; o barulho dos pardais nas arvores incomoda; tapa a vista da casa; faz alergias; acumula "bicharada". Conheco uma senhora que tinha uns belos pinheiros de Alepo com mais de 100 anos, as arvores nao incomodavam ninguem mas os vizinhos nao descansaram enquanto nao conseguiram que ela cortasse as arvores, e a camara obrigou-a mesmo a cortar. Alias o Estado e o primeiro a dar o mau exemplo.
O drama dos últimos anos em muitos jardins históricos do Porto... terrível o que se está a passar por aqui. A casa é vendida e a primeira coisa que se faz é "limpar" completamente os jardins. Os portugueses são, de facto, uma espécie à parte... com raras exceções.
 

Between

Cumulus
Registo
17 Nov 2018
Mensagens
195
Local
Amarante
És um "pai" orgulhoso das suas "crias" :lol: Mas estás cheio de motivos para isso, são mesmo belíssimas, e super fotogénicas :D

Muito obrigado! Entretanto estas já foram todas vendidas/consumidas. O campo fica por esta altura muito mais vazio do que é normal, também merece descanso... mas por pouco tempo, em Janeiro/Fevereiro começam as grandes sementeiras e plantação de batatas. :)
 

João Pedro

Super Célula
Registo
14 Jun 2009
Mensagens
6,197
Local
Porto, Campo Alegre (50 m) | Samora Correia (10 m)
Muito obrigado! Entretanto estas já foram todas vendidas/consumidas. O campo fica por esta altura muito mais vazio do que é normal, também merece descanso... mas por pouco tempo, em Janeiro/Fevereiro começam as grandes sementeiras e plantação de batatas. :)
E que as batatas de 2020 venham tão grandes e bonitas quanto as de 2019 :D
 

Pedro1993

Super Célula
Registo
7 Jan 2014
Mensagens
8,249
Local
Torres Novas(75m)
Hoje comemora-se o Dia Mundial do Solo, mas não é só hoje que nos devemos de lembrar dele, mas sim ao longo de todos os dias do ano, e inclusive das nossas vidas, compete-nos a nós todos, cuidar deste bem tão preciso, em que para se formar alguns centimetros de solo, pode demorar centenas e mesmo milhares de anos, mas bastam alguns meses, ou anos, para perdermos várias toneladas, sendo o principal factor a erosão, em que o solo nunca deveria de estar exposta durante o verão e inverno.

 
Última edição:

luismeteo3

Furacão
Registo
14 Dez 2015
Mensagens
17,112
Local
Fatima (320m)
Alentejo. Produção de azeite pode parar, alertam cooperativas
JORNAL I09/12/2019 20:10
Capacidade estática de armazenamento das unidades de receção de bagaço de azeitona está “praticamente esgotada”.

As três grandes unidades de receção de bagaço de azeitona proveniente dos lagares que processam toda a azeitona produzida no Alentejo já têm grande parte da sua capacidade estática de armazenamento esgotada. O alerta é da Confragi que refere ainda que “falta muito pouco para que todo o setor paralise, desde a apanha de azeitona aos lagares que a transformam, facto que a verificar-se poderá provocar prejuízos incalculáveis aos agricultores e empresas ligadas ao setor”.

Por outro lado, destaca a Confragi, “um verdadeiro caos ambiental poderá ocorrer ao não haver onde colocar aquele bagaço de azeitona”, num ano em que se estima que a produção atinja as 600 mil toneladas.

A Confragi destaca que a campanha de produção de azeite que está a decorrer “será a maior de sempre desde que existem registos” e que está prevista uma produção superior a 140 mil toneladas de azeite.

Através Fanazeites e da sua associada Ucasul – União de Cooperativa Agrícolas, o setor cooperativo tem vindo a sensibilizar as entidades responsáveis para esta situação.

“A ausência da aceitação de uma estratégia global equilibrada para o setor, pelos organismos competentes, tem provocado estes desequilíbrios estruturais, que estão já a penalizar todo o setor nacional, nomeadamente em Trás-os-Montes e no Alentejo, onde o estrangulamento na receção dos bagaços de azeitona levará ao colapso das atividades relacionadas”, acrescenta ainda a Confragi que, em conjunto com a Fenazeites vão reunir com a ministra da Agricultura.

https://ionline.sapo.pt/artigo/6795...-parar-alertam-cooperativas?seccao=Dinheiro_i
 

"Charneca" Mundial

Super Célula
Registo
28 Nov 2018
Mensagens
5,059
Local
Corroios (cota 26); Aroeira (cota 59)
Alentejo. Produção de azeite pode parar, alertam cooperativas
JORNAL I09/12/2019 20:10
Capacidade estática de armazenamento das unidades de receção de bagaço de azeitona está “praticamente esgotada”.

As três grandes unidades de receção de bagaço de azeitona proveniente dos lagares que processam toda a azeitona produzida no Alentejo já têm grande parte da sua capacidade estática de armazenamento esgotada. O alerta é da Confragi que refere ainda que “falta muito pouco para que todo o setor paralise, desde a apanha de azeitona aos lagares que a transformam, facto que a verificar-se poderá provocar prejuízos incalculáveis aos agricultores e empresas ligadas ao setor”.

Por outro lado, destaca a Confragi, “um verdadeiro caos ambiental poderá ocorrer ao não haver onde colocar aquele bagaço de azeitona”, num ano em que se estima que a produção atinja as 600 mil toneladas.

A Confragi destaca que a campanha de produção de azeite que está a decorrer “será a maior de sempre desde que existem registos” e que está prevista uma produção superior a 140 mil toneladas de azeite.

Através Fanazeites e da sua associada Ucasul – União de Cooperativa Agrícolas, o setor cooperativo tem vindo a sensibilizar as entidades responsáveis para esta situação.

“A ausência da aceitação de uma estratégia global equilibrada para o setor, pelos organismos competentes, tem provocado estes desequilíbrios estruturais, que estão já a penalizar todo o setor nacional, nomeadamente em Trás-os-Montes e no Alentejo, onde o estrangulamento na receção dos bagaços de azeitona levará ao colapso das atividades relacionadas”, acrescenta ainda a Confragi que, em conjunto com a Fenazeites vão reunir com a ministra da Agricultura.

https://ionline.sapo.pt/artigo/6795...-parar-alertam-cooperativas?seccao=Dinheiro_i
Mais uma vez, tem que ser o Governo, com o nosso dinheiro, a fazer mais uma cooperativa. Enfim, Portugal no seu melhor... :facepalm:
Se fosse num país nórdico, os homens da cooperativa já tinham reunido dinheiro suficiente e possivelmente até já teriam construído um armazém novo, sem necessidade do Estado como financiador.
Como estamos em Portugal, o Estado é que tem que fazer tudo. :angry:
 

camrov8

Cumulonimbus
Registo
14 Set 2008
Mensagens
3,288
Local
Oliveira de Azeméis(278m)
Mais uma vez, tem que ser o Governo, com o nosso dinheiro, a fazer mais uma cooperativa. Enfim, Portugal no seu melhor... :facepalm:
Se fosse num país nórdico, os homens da cooperativa já tinham reunido dinheiro suficiente e possivelmente até já teriam construído um armazém novo, sem necessidade do Estado como financiador.
Como estamos em Portugal, o Estado é que tem que fazer tudo. :angry:
infelizmente é verdade sempre que se passa alguma coisa fazem barulho para que o governo trate do assunto, se chove muito o governo tem de compensar se é a seca tem de compensar e arranjar maneira de lá levar a água. Fora do assunto no outro dia tive uma conversa sobre as republicas de estudantes e a verdade é que são todas antigas, nos dias de hoje não se juntam para comprar casas para novas
 

Tonton

Nimbostratus
Registo
23 Dez 2017
Mensagens
1,302
Local
Mactamã
Xylella fastidiosa já infectou 11 concelhos do Norte do país
No período de um ano a perigosa bactéria já se expandiu por um território com quase 70 mil hectares de extensão e forçou a destruição 11.130 plantas das diferentes espécies.

Ninguém consegue travar a galopante proliferação da mais perigosa praga. A mais recente avaliação nacional alimenta os piores receios de que a doença se dissemine por olivais, vinhas e amendoais e dezenas de outras espécies de plantas e árvores de norte a sul do país.

Para fazer o ponto de situação na zona demarcada para controlar a propagação da Xylella fastidiosa, realizou-se no passado dia 6 de Fevereiro, nas instalações da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAP Norte), no Porto, um ano depois de ter sido detectado o foco original em Viola Nova de Gaia.

A conclusão final do debate expressa a preocupação das entidades envolvidas no combate à proliferação da bactéria: apesar das acções e medidas de protecção fitossanitária na zona demarcada (ZD) de Xylella fastidiosa, os planos de contingência aplicados para controlar a doença “não foram capazes de impedir o surgimento de novos surtos”.

A propagação da bactéria estendeu-se para além de Vila Nova de Gaia, onde foi detectado o foco original no dia 3 de Janeiro de 2019, e alastrou-se aos concelhos de Castelo de Paiva, Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Ovar, Paredes, Porto, Santa Maria da Feira e Valongo, e cerca de 60 freguesias, conforme informação fornecida pela Direcção Regional de Agricultura e Pesca do Norte.

Nas 60 zonas infectadas foram recolhidas ao longo de 2019 “3535 amostras e destruídas 11.130 plantas de diferentes espécies hospedeiras da bactéria”, avança o documento final da reunião de 6 de Fevereiro. A bactéria pode estar associada a 58 espécies/géneros de plantas, entre elas, a amendoeira, a cerejeira, a ameixeira, a oliveira, o sobreiro, a figueira, bem como plantas ornamentais e da flora espontânea.

O trabalho desenvolvido por oito equipas do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas percorreu cerca de 50.000 quilómetros, na prospecção da Xylella fastidiosa, no decorrer do ano 2019. Mas o esforço despendido não afastou a “terrível ameaça” que a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) define como “um dos principais problemas fitossanitários emergentes das últimas décadas”.

Numa lista publicada pelo Centro Comum de Investigação da Comissão e pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, em Outubro de 2019, sobre 20 pragas que exigem combate prioritário, a Xylella fastidiosa é apontada como a que tem “maior impacto nas culturas agrícolas”. As duas instituições europeias admitem que a propagação da doença no seio dos países da UE possa vir a causar perdas anuais de produção de 5,5 mil milhões de euros e afectar “70% do valor de produção das oliveiras com mais de 30 anos e 35% das mais jovens, num cenário de propagação da bactéria por toda a União Europeia”.

É, contudo, em Itália, onde a Xylella surgiu pela primeira vez no continente europeu, que os efeitos dramáticos da doença continuam a fazer-se sentir. Os primeiros casos de infecção na Europa foram detectados em 2013 na região italiana da Apúlia. E também aqui as medidas de contenção não travaram a doença, que continua a disseminar-se a uma velocidade de dois quilómetros por mês e corre o risco de infectar todo o Sul da Itália. O jornal da Associação de Agricultores Italianos, Il Punto Coldiretti, destaca o “massacre de oliveiras que mudou a face e a paisagem da região” que produz “mais da metade do azeite virgem extra nacional e regista hoje um colapso de 65% da colheita”. Depois de penalizar a Apúlia, a bactéria corre o risco de infectar “todo o Sul da Itália” enfatiza órgão informativo da ATI, lembrando que a praga já “devastou milhares de famílias nos campos e nas fábricas, com a expansão da Xylella, que já atingiu 21 milhões de árvores” com a infestação a progredir.

Para amenizar o impacto que a presença da Xylella está a ter na dimensão ambiental, económico e social, o Governo italiano já disponibilizou 300 milhões de euros para “restaurar a herança produtiva destruída pela bactéria amaldiçoada e que provocou uma paisagem fantasmagórica”, vincou o presidente da organização Itália Olívicola, Fabrizio Pini, durante a reunião que manteve com o ministro italiano da Agricultura, no início de Fevereiro.

Em Portugal vive-se na expectativa que o novo olival possa resistir à Xylella. É sobre o impacto deste tipo de culturas na biodiversidade que se pronuncia Pedro Horta, membro do Movimento Alentejo Vivo (MAV). “As áreas contínuas, em grande densidade, de uma só cultura, criam condições ideais para a geração e proliferação de inimigos culturais e retiram grande parte do habitat aos organismos auxiliares que os poderiam regular. A criação de resistências por parte dos inimigos culturais pode gerar um ciclo vicioso com consequências potencialmente catastróficas”, adverte o ambientalista.

https://www.publico.pt/2020/02/23/e...a-ja-infectou-11-concelhos-norte-pais-1905045
 

Pedro1993

Super Célula
Registo
7 Jan 2014
Mensagens
8,249
Local
Torres Novas(75m)
Como pode um pequeno sistema agroflorestal, ser tão diversificado, com vários tipos de árvores como pessegueiros, casuarina, carvalho-cerquinho, sobreiro, amieiro, pinheiro-manso, medronheiro, e outros tantos arbustos, como alecrim, alfazema, folhado, e não faltando claro as favas, couve-galega, e batatas, que nos pode servir de alimento, ou para os animais.
Toda esta plantação é ainda recente, foi finalizada agora no inicio do ano, e já estão os carvalhos a rebentar, e o salgueiro já levam 2 palmos de crescimento.

 

Pedro1993

Super Célula
Registo
7 Jan 2014
Mensagens
8,249
Local
Torres Novas(75m)
parece o meu quintal em meia dúzia de metros tenho pessegueiro, tangerineira, maracujá, romãs, avelã, amendoeira, limoeiro , azevinho, diospireiro. por baixo planto couves, fisalis, amoras, framboesas goji, groselhas e um loureiro

É assim mesmo, até se consegue criar um verdadeiro micro-clima, por exemplo, quando plantas uma árvore tropical, junto a um citrino, para ser resguradada das geadas, e do ventos frios.
Este "mundo", é um autentico desafio, em que todos os dias, tens a curiosidade de ir ver, como está tudo a crescer, e em que num palmo de solo, consegues sempre colocar mais uma planta, e isto já para não dizer que todas as árvores crescem em conjunto, auxiliando-se umas ás outras, mesmo no crescimento.
 

joralentejano

Super Célula
Registo
21 Set 2015
Mensagens
9,444
Local
Arronches / Lisboa
Tempestade “arruinou todo o ano agrícola” da Cova da Beira
Uma forte tempestade, com chuva, granizo e vento, “abalou” na tarde deste domingo a Cova da Beira e pode ter arruinado em definitivo aquele que já estava a ser um ano muito negativo em termos agrícolas nos concelhos do Fundão, Covilhã e Belmonte.

As quedas de árvores e de estruturas, as inundações e alguns despistes de automóveis em diversos locais lançaram o susto e a preocupação em muitas localidades, mas é na agricultura que os danos vão ter um impacto mais significativo.

“Quando pensávamos que nada podia piorar um ano que já estava a ser mau, acontece uma calamidade destas. Andávamos a contar as cerejas boas, para as colhermos nas próximas semanas, mas se calhar vamos verificar que pouco ou nado restou. Começo a pensar que o prejuízo este ano vai chegar aos 90 por cento”, explica ao JF o empresário Paulo Ribeiro, que lidera uma das maiores empresas do setor na região.

Para além da cereja, “também o pêssego, a maçã e a pêra levaram uma ‘pancada’ muito grande com este granizo tão forte. Na Capinha, por exemplo, há locais que acumularam 20 centímetros de granizo, uma coisa indescritível. O granizo fere a pele dos frutos. Vamos tentar tratá-la, mas mesmo que ainda consiga recuperar, vai ficar machada e perder quase todo o valor comercial”, conta o empresário, que imediatamente se deslocou para os terrenos: “Já passei em diferente propriedades nossas e é difícil descrever. Também os meus colegas do setor andam na rua. Como deve compreender, toda a gente está em choque com esta situação. Isto arruinou o ano agrícola.”

Jornal do Fundão