Biodiversidade

belem

Cumulonimbus
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Referências relativas à presença de lince-ibérico em Portugal deste forum:

http://www.meteopt.com/forum/biosfe...io-bbc-sobre-o-sobreiro-do-alentejo-3323.html

2 linces-ibéricos avistados por cientistas ( após 2005).

Confirmada oficialmente a presença de lince-ibérico na Malcata ( situação em 2007). Fonte ICN :

http://asp3.blogspot.com/2007/08/lince-na-malcata-situao-em-2007.html


No rastro do lince-ibérico.

http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=2&cid=938&bl=1&section=1

Foi bem interessante que para este último caso, foi empregue uma metodologia mais completa do que a simples colocação de armadilhagem...
Foram ouvidos alguns relatos sobre a presença de linces-ibéricos e a conjugação desses dados com todos os outros, teve resultados positivos.
Em conversa que tive com membros do Sos Lynx. Org falam da presença não oficial e não confirmada cientificamente de linces-ibéricos em Monchique, mesmo após 2005.

Só para complementar estas informações: o lince-ibérico em Portugal tem um Estatuto Oficial de Perigo Crítico de Extinção, não de Regionalmente Extinto.
 


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Nimbostratus
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Abutre de espécie Criticamente em Perigo encontrado na auto-estrada perto de Gaia

Um Abutre-preto juvenil foi encontrado esta semana na auto-estrada A29 em Valadares, perto de Vila Nova de Gaia. A ave, de uma espécie Criticamente em Perigo, está em recuperação no Parque Biológico de Gaia.


O abutre, da espécie Aegypius monachus, foi encontrado pelo SEPNA, serviço da GNR, “em estado de debilidade” no domingo passado, segundo um comunicado do Parque Biológico de Gaia. O animal ter-se-á afastado acidentalmente do habitat que lhe é próprio.

Nuno Gomes Oliveira, director do Parque Biológico, explicou ao PÚBLICO que a ave “não tinha problema algum, apenas fome”. Normalmente, após a época de criação, estas aves começam a dispersar pelo seu habitat. “Mas, por vezes, as aves saem da sua zona, deixando de encontrar comida. Foi o que aconteceu com este abutre, espécie raríssima em Portugal e nunca antes encontrada aqui”, acrescentou, adiantando que o animal terá vindo da Extremadura espanhola.

A ave, a maior rapina da Europa, foi levada para o Parque Biológico de Gaia para recuperar e ser restituída à natureza, brevemente. De acordo com Nuno Gomes Oliveira, o procedimento realizado para este animal passa, essencialmente, pela sua alimentação “porque ele apenas sofre de desnutrição”. “Amanhã ou depois sairá da enfermaria e passará para o chamado túnel de voo, onde fará exercício físico para se preparar para a libertação, que deverá acontecer no Sul do país”.

O responsável ainda não consegue adiantar datas para a libertação porque tudo depende da rapidez da recuperação. Mas defende que isso deverá acontecer “o mais rapidamente possível para que a ave não se habitue ao cativeiro, nomeadamente à alimentação artificial”.

O abutre-preto é considerado uma espécie Criticamente em Perigo em Portugal. De acordo com o Livro Vermelho de Vertebrados de Portugal, o seu estatuto justifica-se com o facto de a espécie ter uma população extremamente reduzida, inferior a seis adultos maturos. As maiores ameaças são o envenenamento, a alteração dos habitats e a perturbação causada pela abertura de estradas.

Os últimos dados de nidificação comprovada de abutre-preto em Portugal datavam de 1973. Desde então têm sido realizadas tentativas de nidificação por aves vindas de Espanha, onde a espécie tem estatuto de Vulnerável. “A partir dos anos 90 tem aumentado o número de observações no interior sul de Portugal”, nota o parque biológico.

http://ecosfera.publico.pt/biodiver...te-em-perigo-encontrado-perto-de-gaia_1458513
 

duero

Nimbostratus
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A genética vai revelar o mundo dos sacarrabos

Ao pé de coelhos, raposas e javalis, vive um carnívoro que prolifera cada vez mais. Uma equipa de cientistas está a descobrir os segredos de um animal que tem uma cauda usada para fazer pincéis de óleo.

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O jipe voltou a parar pela terceira vez, a poucos metros da armadilha. Apesar de estar vazia como as outras duas armadilhas que tínhamos visto, havia uma diferença, as portinholas laterais estavam fechadas, e não havia nem um pombo morto, nem um pedaço de toucinho pacientemente à espera de serem comidos.

Lá dentro, a prova do crime.

"Ó engenheiro, é pêlo de sacarrabos ou quê?"

"É, é. Nitidamente", disse Eduardo Oliveira e Sousa, dono da herdade de Agolada de Baixo, perto de Coruche, no Ribatejo, respondendo a Carlos Fonseca.

O investigador, que estava agachado junto à armadilha, e já nos tinha convidado a cheirar o odor deixado pelo mamífero carnívoro de nome específico Herpestes ichneumon, não descansou antes de abrir a portinhola, esticar o braço lá para dentro e retirar o tufo. Pêlos cinzentos-claros, castanhos-escuros, o esperado.

A atenção do cientista da Universidade de Aveiro desviou-se para as pegadas junto da armadilha. Carlos Fonseca tinha-nos falado da dificuldade em encontrar vestígios do animal: "Eu tenho um molde branco em gesso para as aulas que dou, porque no campo é muito difícil encontrar as pegadas."

Agora, desenhava no caderno uma das duas pegadas que se viam na terra. "A almofada [que o mamífero tem como têm os gatos] é maior, depois temos um, dois, três, quatro dedos afastados", explicou-nos. As pegadas eram a prova da fuga do sacarrabos.

Segundo a teoria proposta ali pelos dois homens, o mamífero tinha aproveitado a folga entre o chão desnivelado e a armadilha para meter a cabeça, empurrar a portinhola para cima e fugir. "Se ele passa a cabeça, passa o corpo todo", constatou Eduardo Oliveira e Sousa, que conhece bem o animal.

Semanas antes tínhamos visto outro indivíduo da espécie, numa gaiola noutro local da Agolada de Baixo. O mamífero, de focinho curto e corpo esguio e comprido, podia perfeitamente passar por um buraco assim.

O sacarrabos ganhou o dia. Senão, o destino deste indivíduo seria igual ao de tantos outros. A espécie é cinegética, todos os anos milhares de sacarrabos são caçados entre Setembro e Fevereiro ou capturados e mortos nos restantes meses, mesmo que não tragam grande benefício para o Homem. A carne não é apreciada e, da pele, o máximo que se pode aproveitar é o final da cauda que serve para fabricar pincéis de óleo.

O sacarrabos perdeu os predadores naturais como o lince-ibérico e o lobo, e mesmo com a pressão dos caçadores continua a expandir o seu território em Portugal, ajudado pelo avanço do mato nos terrenos que deixaram de ser utilizados para a agricultura. Há 20 anos, Castelo Branco seria o limite máximo da sua distribuição, hoje é avistado até em Vinhais, no Norte. Se não for controlado, pode pressionar demasiado as presas, como por exemplo o coelho.

Por esta expansão continuar a aumentar, por se conhecer tão pouco sobre a ecologia da espécie, a genética da população portuguesa, as ligações sociais e o estado sanitário, o grupo de Carlos Fonseca vai utilizar as carcaças recolhidas pelos caçadores de norte a sul do país para fazer análises genéticas aos indivíduos.

"Com a genética podemos determinar quais são as populações que se estão a expandir, se a reprodução é mais robusta nas fronteiras da expansão, como é que são as relações sociais entre os indivíduos", explicou ao P2 Carlos Fonseca. O cientista está à frente de um projecto que vai tirar uma fotografia à ecologia do sacarrabos através da genética. As conclusões podem alterar a forma como a gestão da espécie é feita e ter implicações no ordenamento do território e na conservação de outros animais como o lince-ibérico.

Ele é nosso

No terreno, as pegadas do carnívoro estão a poucos metros de uma das estradas de terra batida que percorre a herdade de 1500 hectares. Perto passa um curso de água que está escondido por silvas e um arbusto chamado sargaço. Em redor, os eucaliptos altos oferecem manchas de sombra ajudados por alguns pinheiros-mansos. "Este pedacinho de terra é um bom exemplo do que o sacarrabos gosta",disse Carlos Fonseca.

O curso de água proporciona anfíbios ao mamífero e no terreno preenchido por esconderijos podem encontrar-se coelhos, lebres e, provavelmente, ovos de aves.

O engenheiro diz já ter visto um indivíduo com o coelho na boca, mas, apesar do que possa vir na literatura científica, não se sabe ao certo como é o resto da sua alimentação e se existem variações regionais. O projecto da equipa do biólogo também quer responder a estas dúvidas.

O nome do sacarrabos deriva de um comportamento observado na espécie. "Quando se vê um grupo, as fêmeas com a ninhada seguem em fila indiana com a cara dos filhos a tocar na cauda do indivíduo que está à frente, por isso parece que estão a "sacar os rabos"", explicou o cientista. Esta figura também lhes deu o nome de cobra com pêlo, adianta Eduardo Oliveira e Sousa. Mangusto é outro nome comum desta espécie, que em Espanha se chama de meloncillo.

Até agora, pensava-se que este animal endémico de África tinha sido introduzido na Península Ibérica durante a ocupação dos árabes. Estudos recentes mostram que a única população que existe na Europa é mais antiga e passou para cá através do estreito de Gibraltar, durante o processo de glaciação.

"Estamos a publicar uma análise que demonstra que o sacarrabos já existe na Península Ibérica desde o Plistocénico, há cerca de 20 mil anos. É uma espécie que se expandiu, regrediu, expandiu, regrediu [no território ibérico]", explica Carlos Fonseca. O artigo ainda está por publicar, o primeiro autor é Philippe Gaubert, biólogo do Museu de História Natural de Paris, que também estará envolvido no projecto de Fonseca para ajudar à análise genética.

Os resultados, apesar de surpreendentes, podem explicar diferenças no comportamento entre as populações, como a actividade diurna que se vê em Portugal e Espanha, mas que é nocturna nas populações africanas. Durante os últimos milhares de anos, o comportamento dos nossos sacarrabos provavelmente modificou-se.

Safari português

De regresso ao jipe, o engenheiro levou-nos até ao local onde semanas antes tinha sido capturado o outro sacarrabos. Pela estrada, pode-se ver o milharal rasgado por clareiras feitas pelos javalis. Dos oito hectares de milho que se plantaram na herdade, Eduardo Oliveira e Sousa diz que só se aproveitam "três ou quatro".

De dia, os javalis escondem-se no eucaliptal, de noite fazem incursões no milho e nos campos de arroz, que também é o habitat da lontra, da garça-real, da cegonha e do lagostim-vermelho do Luisiana, que "felizmente" hoje faz parte da dieta das lontras.

No açude da Agolada, onde o engenheiro "não deixa dar um tiro", pode ver-se ainda um bando de patos-bravos, e do lado de lá um pinhal que é visitado por quem quiser. Perto do solar, há ainda um cercado onde estão gambos.

Depois, entra-se na zona dos sobreiros, que têm os troncos despidos de cortiça desde 2007. Uma das árvores, enorme, tem metade dos ramos secos e outra metade cheios de folhas. "Daqui a dois anos esta árvore está morta", especulou o caçador, que ainda não tem uma explicação para a morte súbita de vários sobreiros no terreno, um fenómeno que assola o país.

De repente, uma águia-de-asa-redonda solta-se de uma árvore e voa para outro ramo. É um dos poucos potenciais predadores do sacarrabos. A herdade tem ainda outros carnívoros como a doninha, o texugo, a raposa e o ginete.

Os coelhos são dos animais que mais se vêem pelo campo, mas o seu número já foi bem maior. "Este ano não se vai caçar coelhos, mas os caçadores não acreditam", disse Eduardo Oliveira e Sousa, que também é presidente da Associação Nacional de Proprietários e Produtores de Caça.

Desde 1991 que o terreno é utilizado para caça. "No início caçávamos cinco a seis mil coelhos por época, agora uma época boa são 500 ou 600", tinha-nos contado o caçador. A doença hemorrágica viral e a mixomatose, outra doença causada por um vírus, têm vindo a dizimá-los.

O jipe parou perto da armadilha que tinha capturado o sacarrabos. Estava novamente preparada para atrair outro indivíduo. No meio, um pombo morto pendurado serve de isco, se um indivíduo entra na gaiola e acciona o pedal que está por baixo do isco, as portinholas abertas dos dois lados caem imediatamente e prendem o sacarrabos.

O carnívoro que tínhamos visto era um macho castanho-escuro, tinha menos de um metro de comprimento e estava assustado pela visita. A carcaça do indivíduo vai ser estudada pela equipa. "Como a captura vai ser completamente aleatória,vai ser possível extrapolar a estrutura da população através da genética", adiantou Carlos Fonseca.

Os investigadores poderão compreender qual é a relação entre machos e fêmeas, quantas ninhadas existem por ano, com quantas crias. "Hoje caça-se e captura-se todo o tipo de sacarrabos por uma questão de controlo, não há uma selecção. Estes dados podem dizer se capturamos mais fêmeas ou indivíduos jovens machos para interferir na expansão."

As doenças deste carnívoro estão a ser analisadas pelo Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, em Lisboa. Segundo o biólogo, o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade está interessado nesta informação para antecipar as doenças que o lince-ibérico pode estar susceptível nas zonas de reintrodução.

A própria evolução da cobertura vegetal vai ficar retratada. "Osacarrabos vai servir de matéria-prima para o estudo dos ecossistemas do país", concluiu Carlos Fonseca.

http://ecosfera.publico.pt/biodivers...rrabos_1456134

Até agora, pensava-se que este animal endémico de África tinha sido introduzido na Península Ibérica durante a ocupação dos árabes. Estudos recentes mostram que a única população que existe na Europa é mais antiga e passou para cá através do estreito de Gibraltar, durante o processo de glaciação.


Nao concordo en absoluto.

El meloncillo (así se llama en España) siempre se ha creido que es un animal que "llegó" con los árabes, y sinceramente yo creo que es así.

¿POR QUÉ? Mi razón es la siguiente:

La lengua mas antigua de Europa y de la península es el vasco o euskera. Es una lengua que ya se hablaba antes de la llegada de celtas y romanos, no es una lengua indoeuropea, como las lenguas latinas, celtas, germanas, eslavas, etc......Su estructura es ergativa, la única lengua ergativa de Europa, pues todas las demás lenguas tienen estructura nominativo-acusativa.


Siendo que el vasco es la lengua mas antigua, tiene nombres de plantas y animales autoctonos propios, sin embargo, los animales no autoctonos tienen el mismo nombre que en castellano, así los animales americanos, tienen el mismo nombre en vasco y en castellano. Por ejemplo:

Vicuña-Bikuina
Llama-Llama
Guanaco-Guanako
Alpaca-Alpaka
Dromedario-Dromedario
Camello-Gamelu

Animales que no son autoctonos, sino de América y Asia tienen el mismo nombre o muy similar, en castellano y vasco, sin embargo los animales autoctonos tienen nombres muy diferentes.

Corzo-Orkatz
Lobo-Otso
Oso-Hartz
Nutria (lontra)-Igaraba
Garduña(fuinha)-Lepazuri
Tejón (texugo)-Azkonar
Armiño (arminho)-Erbinude zuria

No existe palabra en vasco para el meloncillo (sacarrabos) ni tampoco para la gineta, el resto de mustelidos si tienen palabra en vasco.

Los animales autoctonos y nativos tienen palabras vascas propias, pues el vasco es la lengua mas antigua de la península y de Europa, los animales de América por ejemplo tienen la misma palabra o muy similar para el castellano y para el vasco.

No existe palabra en vasco para el meloncillo (sacarrabos) ni para la gineta.
Las palabras para estos animales son mangosta (palabra latina y tambien castellana) y gineta (la misma que la castellana).

Que en vasco no exista una palabra para un animal es indicativo que ese animal no es nativo al menos del área vasca ni es conocido en ese área y que su presencia es reciente, por eso ha tomado la palabra latina o castellana.
 

duero

Nimbostratus
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O destaque deste texto vai todo para este paragrafo. Este animal é considerado uma espécie exótica e invasora, apesar de "invasora histórica" que já por cá andaria há cerca de um milénio.

Afinal nem isso, afinal o sacarrabos não foi trazido para a península pela mão humana, a sua presença é absolutamente natural sendo assim uma espécie autóctone.

Quando será que os sacarrabos vão sair da lista de espécie invasoras do ICNB?

Será que com a gineta se passa o mesmo caso, ou estas foram efectivamente trazidas pelos árabes e não são autóctones?



Nao acredito, pois mesmo a palabra gineta e áraba, se eles nao trajeran o animal, o animal teria nome latina ou prerromana e nao áraba.

A fin de contas o sacarrabos e gineta foram os únicos animais que trajeram, pois nao se conhecen mais.
 

belem

Cumulonimbus
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Até agora, pensava-se que este animal endémico de África tinha sido introduzido na Península Ibérica durante a ocupação dos árabes. Estudos recentes mostram que a única população que existe na Europa é mais antiga e passou para cá através do estreito de Gibraltar, durante o processo de glaciação.


Nao concordo en absoluto.

El meloncillo (así se llama en España) siempre se ha creido que es un animal que "llegó" con los árabes, y sinceramente yo creo que es así.

¿POR QUÉ? Mi razón es la siguiente:

La lengua mas antigua de Europa y de la península es el vasco o euskera. Es una lengua que ya se hablaba antes de la llegada de celtas y romanos, no es una lengua indoeuropea, como las lenguas latinas, celtas, germanas, eslavas, etc......Su estructura es ergativa, la única lengua ergativa de Europa, pues todas las demás lenguas tienen estructura nominativo-acusativa.


Siendo que el vasco es la lengua mas antigua, tiene nombres de plantas y animales autoctonos propios, sin embargo, los animales no autoctonos tienen el mismo nombre que en castellano, así los animales americanos, tienen el mismo nombre en vasco y en castellano. Por ejemplo:

Vicuña-Bikuina
Llama-Llama
Guanaco-Guanako
Alpaca-Alpaka
Dromedario-Dromedario
Camello-Gamelu

Animales que no son autoctonos, sino de América y Asia tienen el mismo nombre o muy similar, en castellano y vasco, sin embargo los animales autoctonos tienen nombres muy diferentes.

Corzo-Orkatz
Lobo-Otso
Oso-Hartz
Nutria (lontra)-Igaraba
Garduña(fuinha)-Lepazuri
Tejón (texugo)-Azkonar
Armiño (arminho)-Erbinude zuria

No existe palabra en vasco para el meloncillo (sacarrabos) ni tampoco para la gineta, el resto de mustelidos si tienen palabra en vasco.

Los animales autoctonos y nativos tienen palabras vascas propias, pues el vasco es la lengua mas antigua de la península y de Europa, los animales de América por ejemplo tienen la misma palabra o muy similar para el castellano y para el vasco.

No existe palabra en vasco para el meloncillo (sacarrabos) ni para la gineta.
Las palabras para estos animales son mangosta (palabra latina y tambien castellana) y gineta (la misma que la castellana).

Que en vasco no exista una palabra para un animal es indicativo que ese animal no es nativo al menos del área vasca ni es conocido en ese área y que su presencia es reciente, por eso ha tomado la palabra latina o castellana.

Sim, o mangusto dentro da P. Ibérica é uma espécie sobretudo do Sul, não tanto da zona basca.
 

belem

Cumulonimbus
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Abutre de espécie Criticamente em Perigo encontrado na auto-estrada perto de Gaia

Um Abutre-preto juvenil foi encontrado esta semana na auto-estrada A29 em Valadares, perto de Vila Nova de Gaia. A ave, de uma espécie Criticamente em Perigo, está em recuperação no Parque Biológico de Gaia.


O abutre, da espécie Aegypius monachus, foi encontrado pelo SEPNA, serviço da GNR, “em estado de debilidade” no domingo passado, segundo um comunicado do Parque Biológico de Gaia. O animal ter-se-á afastado acidentalmente do habitat que lhe é próprio.

Nuno Gomes Oliveira, director do Parque Biológico, explicou ao PÚBLICO que a ave “não tinha problema algum, apenas fome”. Normalmente, após a época de criação, estas aves começam a dispersar pelo seu habitat. “Mas, por vezes, as aves saem da sua zona, deixando de encontrar comida. Foi o que aconteceu com este abutre, espécie raríssima em Portugal e nunca antes encontrada aqui”, acrescentou, adiantando que o animal terá vindo da Extremadura espanhola.

A ave, a maior rapina da Europa, foi levada para o Parque Biológico de Gaia para recuperar e ser restituída à natureza, brevemente. De acordo com Nuno Gomes Oliveira, o procedimento realizado para este animal passa, essencialmente, pela sua alimentação “porque ele apenas sofre de desnutrição”. “Amanhã ou depois sairá da enfermaria e passará para o chamado túnel de voo, onde fará exercício físico para se preparar para a libertação, que deverá acontecer no Sul do país”.

O responsável ainda não consegue adiantar datas para a libertação porque tudo depende da rapidez da recuperação. Mas defende que isso deverá acontecer “o mais rapidamente possível para que a ave não se habitue ao cativeiro, nomeadamente à alimentação artificial”.

O abutre-preto é considerado uma espécie Criticamente em Perigo em Portugal. De acordo com o Livro Vermelho de Vertebrados de Portugal, o seu estatuto justifica-se com o facto de a espécie ter uma população extremamente reduzida, inferior a seis adultos maturos. As maiores ameaças são o envenenamento, a alteração dos habitats e a perturbação causada pela abertura de estradas.

Os últimos dados de nidificação comprovada de abutre-preto em Portugal datavam de 1973. Desde então têm sido realizadas tentativas de nidificação por aves vindas de Espanha, onde a espécie tem estatuto de Vulnerável. “A partir dos anos 90 tem aumentado o número de observações no interior sul de Portugal”, nota o parque biológico.

http://ecosfera.publico.pt/biodiver...te-em-perigo-encontrado-perto-de-gaia_1458513

De salientar que este ano foi confirmada uma tentativa de reprodução bem sucedida, como aliás se pode ver, na página anterior.
 

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Referências relativas à presença de lince-ibérico em Portugal deste forum:

http://www.meteopt.com/forum/biosfe...io-bbc-sobre-o-sobreiro-do-alentejo-3323.html

2 linces-ibéricos avistados por cientistas ( após 2005).

Confirmada oficialmente a presença de lince-ibérico na Malcata ( situação em 2007). Fonte ICN :

http://asp3.blogspot.com/2007/08/lince-na-malcata-situao-em-2007.html


No rastro do lince-ibérico.

http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=2&cid=938&bl=1&section=1

Foi bem interessante que para este último caso, foi empregue uma metodologia mais completa do que a simples colocação de armadilhagem...
Foram ouvidos alguns relatos sobre a presença de linces-ibéricos e a conjugação desses dados com todos os outros, teve resultados positivos.
Em conversa que tive com membros do Sos Lynx. Org falam da presença não oficial e não confirmada cientificamente de linces-ibéricos em Monchique, mesmo após 2005.

Só para complementar estas informações: o lince-ibérico em Portugal tem um Estatuto Oficial de Perigo Crítico de Extinção, não de Regionalmente Extinto.


A tornar ainda mais consistente a informação sobre a presença do lince-ibérico na Malcata, estão as recentes referências que confirmam a presença do lince-ibérico, desta vez no lado espanhol, com provas genéticas recolhidas na Serra de Gata:

«Según los datos publicados en la “Estrategia para la Conservación del Lince Ibérico”, se han analizado excrementos genéticamente, que son inequívocamente de lince ibérico, en concreto y para el caso que nos afecta “en Castilla y León en la Sierra de Gata»...


Em: http://www.agentesforestales.net/index.php?option=com_kunena&Itemid=5&func=view&catid=14&id=44652
 

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Nimbostratus
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Los animales autoctonos y nativos tienen palabras vascas propias, pues el vasco es la lengua mas antigua de la península y de Europa, los animales de América por ejemplo tienen la misma palabra o muy similar para el castellano y para el vasco.

No existe palabra en vasco para el meloncillo (sacarrabos) ni para la gineta.
Las palabras para estos animales son mangosta (palabra latina y tambien castellana) y gineta (la misma que la castellana).

Que en vasco no exista una palabra para un animal es indicativo que ese animal no es nativo al menos del área vasca ni es conocido en ese área y que su presencia es reciente, por eso ha tomado la palabra latina o castellana.

Duero, essa é uma boa teoria, mas este animal existe essencialmente no sul da península. Será que não existe palavra basca para meloncillo porque esses animais nunca chegaram a estar presentes no norte da península?



"Estamos a publicar uma análise que demonstra que o sacarrabos já existe na Península Ibérica desde o Plistocénico, há cerca de 20 mil anos. É uma espécie que se expandiu, regrediu, expandiu, regrediu [no território ibérico]", explica Carlos Fonseca. O artigo ainda está por publicar, o primeiro autor é Philippe Gaubert, biólogo do Museu de História Natural de Paris, que também estará envolvido no projecto de Fonseca para ajudar à análise genética.

Os resultados, apesar de surpreendentes, podem explicar diferenças no comportamento entre as populações, como a actividade diurna que se vê em Portugal e Espanha, mas que é nocturna nas populações africanas. Durante os últimos milhares de anos, o comportamento dos nossos sacarrabos provavelmente modificou-se.

O estudo ainda não foi publicado, mas suponho que os autores tenham algumas provas genéticas suportem a teoria que os sacarrabos da península ibérica são diferentes dos africanos. E que essas diferenças não podem vir apenas de mil anos de separação.

Esperemos pela publicação do artigo ;)
 

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A tornar ainda mais consistente a informação sobre a presença do lince-ibérico na Malcata, estão as recentes referências que confirmam a presença do lince-ibérico, desta vez no lado espanhol, com provas genéticas recolhidas na Serra de Gata:

«Según los datos publicados en la “Estrategia para la Conservación del Lince Ibérico”, se han analizado excrementos genéticamente, que son inequívocamente de lince ibérico, en concreto y para el caso que nos afecta “en Castilla y León en la Sierra de Gata»...


Em: http://www.agentesforestales.net/index.php?option=com_kunena&Itemid=5&func=view&catid=14&id=44652

Belem, criei um tópico do Lince Ibérico, se quiseres podes ir colocando estes dados e novas notícias nesse tópico.

http://www.meteopt.com/forum/biosfera-atmosfera/lince-iberico-lynx-pardinus-4946.html#post230953
 

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Conclusões de um estudo sobre a existência do Castor em Portugal

Castor fiber na gruta do Caldeirão
Existência, distribuição e extinção do castor em Portugal


...

1. O castor, Castor fiber L., foi identificado no Paleolítico superior (Solutrense) da Gruta do Caldeirão, bem como no da
Gruta do Almonda (? primeira parte do Würm recente, segundo]. Zilhão); fica ampliada a distribuição em Portugal, onde só era
conhecido no Calcolítico de Vila Nova de São Pedro.

2. Está escassamente representado, tal como os castorídeos miocénicos.

3. Atendendo à expansão de nomes relacionados com Piber/Biber, largamente predominantes sobre outros em relação
com Castor, -óris, é óbvio que o castor existia em Portugal na Idade Média; reconhecemos em veiro o correspondente
em português arcaico, zoónimo a que apenas era atribuído significado de pele de alto preço.

4. Devia ser pouco frequente em meados do século XIII, pois não está citado entre os artigos com preço fixado pela
Lei de Almotaçaria.

5. Raros topónimos parecem provir de Castor, -óris, que nada indica ter tido na Idade Média significado cOmo zoónimo
corrente.

6. Topónimos em veiro (e afins) e alguns outros dão imagem incompleta da distribuição medieval; uns são anteriores
à nacionalidade, outros existiam no século XIV, embora provavelmente fossem mais antigos (Veiros já assim
se chamava em tempos do «Barbadão de Veiros», daí natural: Pedro Esteves, sapateiro, que consta não mais se ter
barbeado ante a desonra da filha, de quem o então clérigo D. João, Mestre de Aviz, houve (370) Afonso, primeiro
Duque de Bragança).

7. Os topónimos dizem respeito a áreas com rios ou outras massas de água doce compatíveis com castores.

8. Na grande maioria, situam-se no Centro-Oeste e no Noroeste, em condições climáticas favoráveis (precipitações
excedendo 800mm/ano); única excepção segura é Veiros, no Alto Alentejo, em região com água, e clima menos seco que
a maioria das terras alentejanas. É evidente a rarefacção para Sul e para o interior.

9. Faltam topónimos nas regiões mais secas de Trás-os-Montes, Beira Interior, Alentejo fora da bacia do Tejo,
e Algarve; sem que possa concluir-se pela ausência de castores, nada sugere que aí tenham existido.

10. Desconhecemos topónimos medievais e referências após meados do século XV.

11. Nenhuma daquelas localidades é, ou foi, fronteiriça; não faz sentido alegar que Veiros e outros significariam
locais onde se importavam peles de alto preço designadas genericamente por veiros, sem precisar que animal as fornecia.

12. A distribuição medieval abrangia todas as principais bacias hidrográficas até a do Tejo.

13. Provavelmente rarefeitos no século XIII, os castores podem ter-se extinguido em Portugal no século XV; requisitos
ecológicos, vulnerabilidade perante catástrofes naturais (seca, por ex.) e pressão humana, nitidamente acrescida no
século xv, terão concorrido para o extermínio; a última referência de que temos notícia (446) mostra que a presença
do veiro estava no ocaso, no extremo ocidental da Europa.

http://www.cienciasdaterra.com/index...ewFile/116/117


Apesar destes estudos o ICNB tem o Castor na lista de espécies invasoras, ou seja, apesar de não existir no território, se no futuro aparecerem (existem alguns em Espanha), o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade vai olhar para eles como uma espécie exótica e invasora que deve ser exterminada :shocking:
 

belem

Cumulonimbus
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Conclusões de um estudo sobre a existência do Castor em Portugal



http://www.cienciasdaterra.com/index...ewFile/116/117


Apesar destes estudos o ICNB tem o Castor na lista de espécies invasoras, ou seja, apesar de não existir no território, se no futuro aparecerem (existem alguns em Espanha), o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade vai olhar para eles como uma espécie exótica e invasora que deve ser exterminada :shocking:

Esse artigo comprova a existência natural e espontânea do castor até tempos históricos ( Idade Média) em Portugal. A sua extinção foi relativamente recente e provocada pelo Homem.
Já tinha visto esse papel há uns tempos.
Obrigado por o postares aqui! :D
 

Seattle92

Nimbostratus
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Não percebo a posição do ICNB.

Como é que se pode considerar uma espécie como exótica e invasora se há cerca de 500 anos vivia normalmente neste território e desapareceu devido ao homem?!?!?
 

Seattle92

Nimbostratus
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^^
Que maravilha de foto belem :thumbsup:

Floresta: Cientistas falam de fenómeno de regeneração espontânea
2010-09-25 23:04
A floresta portuguesa está a passar por um fenómeno de regeneração espontânea apontado ontem por especialistas da área como a forma “mais barata” de solução para o abandono do mundo rural e para as suas consequências gravosas, como incêndios florestais.

Afinal, dizem os peritos, a solução pode estar no próprio problema pois é o despovoamento e o abandono da agricultura tradicional que parecem estar a impulsionar esta “regeneração natural, com espécies indígenas de Portugal a brotarem espontaneamente por todo o lado”.

O fenómeno foi ontem abordado no final da conferência internacional que juntou durante quatro dias, em Bragança, cientistas de 46 países, numa iniciativa do grupo de ecologia da paisagem da IUFRO, a União Internacional de Organizações de Investigação Florestal.

Os desafios e soluções para as terras agrícolas abandonadas, como acontece nas regiões portuguesas do inteiro, mas também em toda a Europa, foi o tema do último simpósio.

As florestas autossustentáveis são a proposta dos investigadores Carlos Aguiar e Henrique Miguel Pereira para a transição.

“Mais do que plantar floresta de novo é cuidar da que está a nascer e está a nascer muita floresta por todo o lado. É uma boa política identificar onde essa floresta está a nascer e apoiá-la e cuidá-la, e é uma forma barata de o fazer”, defendeu Carlos Aguiar.

A primeira medida para este investigador deverá passar por “apostar em apoiar esta regeneração natural de espécies indígenas de Portugal como os carvalhos, azinheiras e sobreiros, que está a surgir espontane amente por todo o lado”.

O espaço para esta regeneração foi cedido justamente, segundo dizem, pelo abandono da agricultura e o despovoamento.

O reaparecimento destas espécies dar um contributo “a média prazo” para haver menos fogos florestais em Portugal, na opinião de Henrique Miguel Pereira.

Este investigador, que já teve responsabilidades no Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) não entende “como é que o sistema de combate aos incêndios ainda não tomou como máxima prioridade proteger as zonas de regeneração florestal”.

Trata-se, garantem, de espécies mais resistentes e com potencial económico de produção de madeira ou outros bens como cogumelos, mas também de conservação da natureza.

Henrique Miguel Pereira reconhece que esta “transição não é um sistema simples porque exige um envolvimento social e que haja uma visão partilhada pelos diferentes atores do que se pretende para o futuro destas regiões”.

As soluções teriam de ser adaptadas às diferentes realidades e, asseguram, que continuaria a haver espaço para a agricultura.

Sublinham, no entanto que “onze por cento da superfície de Portugal está acima dos 700 metros, onde o uso agrícola provavelmente não será recomendável”.

O que consideram que “não pode continuar a acontecer é o avanço do mato com “ uma série de problema associados em termos de ocorrência de fogos, e desfavorável à biodiversidade”.

Fonte: Lusa