Biodiversidade

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Sintra/Carcavelos/Óbidos
já tive informações que as phoenix canarensis e a olea europeia se dão bem no sudoeste da inglaterra e irlanda:Dinteressante:w00t: ( essa zona devido á corrente do golfo apresenta um clima invulgarmente quente para a latitude em que situa e é fascinante observar que especies de climas tao quentes se dao lá bem):shocking:

Na região de Cornwall e nas ilhas Scilly, realmente as Phoenix canariensis assim como a palmeira das vassouras, conseguem germinar e crescer, só não sei se chegam a frutificar, mas acredito que pelo menos a primeira sim.
Já a oliveira tal como a azinheira, de facto crescem ,mas pelo menos a oliveira sei que não frutifica ( de forma comercial).
De facto o Nordeste do Atlântico é a região mais setentrional do mundo para o cultivo ao ar livre destas espécies. A Corrente do Golfo, até vai mais além, libertando várias regiões costeiras do Norte da Europa de gelo, enquanto todas as outras regiões à mesma latitude estão com o mar coberto de gelo.
Não é de admirar, portanto, ver coqueiros na Madeira e clima tropical na faixa marítima sul dos Açores.:D
 


abrantes

Cumulus
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4 Jan 2008
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Uma das maiores catástrofes foi a introdução do coelho na Austrália. Um tipo chamado Thomas Austin levou para Austrália em 1859 duas dúzias de coelhos e estes procriaram de tal forma que se tornaram rapidamente uma peste com graves consequências. Nos anos 50 do século passado o combate da praga foi feita a nível biológico conseguindo diminuir-se a população de coelhos de 600 para 100 milhões, mas entretanto os coelhos desenvolveram resistência e recuperaram novamente para os 300 milhões. Posteriormente desenvolveu-se um vírus que foi libertado acidentalmente na natureza, matando também coelhos domésticos e da industria para alimentação. Enfim, uma grande confusão só porque alguém resolveu levar uns coelhos para a Austrália e estes iam "comendo" literalmente o país.

http://en.wikipedia.org/wiki/Rabbits_in_Australia
http://en.wikipedia.org/wiki/Invasive_species

Aqui no Brasil temos varios casos mas um muito famoso é o das abelhas africanas que foram trazidas na década de 50 é algumas conseguiram escapar se misturar com as abelhas daqui, hoje quase 50 anos depois estas abelhas já chegaram a California, invadiram praticamente todo o continente.
 

abrantes

Cumulus
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4 Jan 2008
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Algumas noticias sobre as consequencias da introdução desta abelha,..

MEXICO
"México: Pelo menos 70 polícias hospitalizados com ferroadas de abelhas africanas

Cidade do México, 09 Abr (Lusa) - Pelo menos 70 agentes da polícia foram hospitalizados depois de um ataque de abelhas africanas que invadiran em grande número uma carreira de tiro da polícia no sul do México, disseram hoje as autoridades.

O ataque ocorreu segunda-feira em Tapachula, Chiapas, quando um dos polícias atingiu com uma bala a colmeia, disse hoje o agente Miguel Serrano. Pelo menos 10 dos 70 polícias picados pelas abelhas estão em estado grave, disse a fonte.

"Tentámos o melhor que pudemos mas não conseguimos evitar as ferroadas", disse Serrano. "Alguns de nós deitaram-se no chão mas isso em nada ajudou. Foi realmente mau. Nunca vi nada assim, nem mesmo nos filmes", confessou.

As abelhas africanas, uma espécie híbrida algumas vezes referida como "abelhas assassinas", descendem das sul-africanas importadas em 1956 para aumentar a produção de mel no Brasil. Uma colmeia fugiu de um laboratório em 1957 e tomou a direcção do Norte.

TM."

http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=338494&visual=26&rss=0

BRASIL
"Abelhas africanas matam aposentada em Florianópolis

Plantão | Publicada em 04/12/2006 às 18h37m
Andrea Leonora - Especial para O Globo

FLORIANÓPOLIS - Um ataque de abelhas africanas levou à morte, na manhã desta segunda-feira, a aposentada Maria Vitória Araújo, de 84 anos, moradora do balneário Ingleses, em Florianópolis. Ela foi atacada na manhã de sexta-feira e socorrida por vizinhos e bombeiros. Levada para a UTI do Hospital Universitário, não resistiu às mais de 700 ferroadas e morreu.

Daniel Rosa, vizinho da aposentada, disse que acordou com gritos e que correu para ver o que estava acontecendo. Ele se deparou com a senhora se debatendo na tentativa de afastar os insetos. Daniel e outros vizinhos não puderam entrar para socorrê-la porque o cão de guarda da casa, da raça rottweiller, solto e enfurecido, também tinha sido picado pelas abelhas.

Maria Vitória ainda tentou se aproximar do portão, mas só deu alguns passos e acabou sentando próximo à piscina, onde ficou, paralisada. Quando finalmente os bombeiros chegaram, uma hora e dez minutos após o primeiro chamado, os vizinhos já tinham conseguido levar a aposentada para dentro de casa, onde desmaiou.

- O pior foi ouvir ela pedindo socorro e não poder fazer nada. Quando abrimos o portão, o cachorro saiu correndo, louco de tantas picadas, e aí pudemos entrar - recordou o vizinho.

Daniel e os outros vizinhos lamentaram a demora do socorro dos bombeiros.

- Demoraram mais de uma hora num percurso que pode ser feito em 30 minutos. Os animais da vizinhança também sofreram com o ataque das abelhas.

Além do rottweiller da vítima, outros três cachorros e cinco gatos morreram em conseqüência das picadas. As primeiras investigações dão conta de que havia uma criação clandestina de abelhas no pátio de uma casa raramente ocupada, mas os responsáveis ainda não foram identificados. "

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2006/12/04/286892220.asp
 

abrantes

Cumulus
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4 Jan 2008
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Existe um documentário muito interessante sobre este episódio da fuga das abelhas na década de 50 se eu achar no Youtube coloco aqui.
 

psm

Nimbostratus
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25 Out 2007
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já tive informações que as phoenix canarensis e a olea europeia se dão bem no sudoeste da inglaterra e irlanda:Dinteressante:w00t: ( essa zona devido á corrente do golfo apresenta um clima invulgarmente quente para a latitude em que situa e é fascinante observar que especies de climas tao quentes se dao lá bem):shocking:



Tal como o medronheiro no SW da irlanda:

Há uma ressalva essas especies no meio natural nunca teriam hipotese de competir com as originais e que são os quercus robur e o quercus patraea.
 

stormy

Super Célula
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7 Ago 2008
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Tal como o medronheiro no SW da irlanda:

Há uma ressalva essas especies no meio natural nunca teriam hipotese de competir com as originais e que são os quercus robur e o quercus patraea.

sim elas nem se reproduzem nessas zonas;)
de facto acho esquesito as phoenix canariensis sobreviverem com temperaturas tao baixas.....um dia vi um artigo que dizia que toleravam-10Cº:eek: como sera que se adaptaram para sobreviver a isso:unsure::huh:
outra coisa que me fascina é o facto dos pineiros nordicos aguentarem com -50Cº como é que fazem para a seiva nao congelar ou para impedir o crescimento de cristais que rompessem os tecidos.....:confused:
a vida é linda sob todas e qualquer forma:thumbsup::)
 

Dan

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sim elas nem se reproduzem nessas zonas;)
de facto acho esquesito as phoenix canariensis sobreviverem com temperaturas tao baixas.....um dia vi um artigo que dizia que toleravam-10Cº:eek: como sera que se adaptaram para sobreviver a isso:unsure::huh:


Aqui na região há várias phoenix canariensis, algumas de grande porte.
 

Dan

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26 Ago 2005
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Bragança (675m)
já tive informações que as phoenix canarensis e a olea europeia se dão bem no sudoeste da inglaterra e irlanda:Dinteressante:w00t: ( essa zona devido á corrente do golfo apresenta um clima invulgarmente quente para a latitude em que situa e é fascinante observar que especies de climas tao quentes se dao lá bem):shocking:


A olea europaea não terá grandes dificuldades em suportar os Invernos dessas regiões. O maior problema deve ser o Verão pouco quente e demasiado chuvoso.
 

abrantes

Cumulus
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4 Jan 2008
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Descoberta na Amazônia nova espécie de peixe miniatura transparente

Piaba dálmata vive nos Rios Madeira e Purus.
Exemplares encontrados não passam de 20 milímetros de comprimento.



Uma nova espécie de peixe ornamental que habita os Rios Madeira e Purus foi descoberta pela pesquisadora da Universidade Federal do Amazonas e da Universidade do Estado do Amazonas Cristina Bührnheim.



Por seu tamanho reduzido em comparação a outros peixes do mesmo grupo, a piaba dálmata (Amazonspinther dalmata) é considerada uma miniatura – os exemplares coletados têm em média 17 milímetros e não passam de 20 milímetros de comprimento, quando outras piabas chegam a 60 milímetros.



“A miniaturização é um fenômeno evolutivo que ocorre em vários tipos de animais”, explica Bührneim. A ciência, no entanto, não tem uma explicação definitiva sobre por que certos tipos de animais diminuem de tamanho.



O nome "dálmata" decorre das três manchas pretas que o peixe apresenta. Para Bührnheim, a espécie tem potencial comercial. A publicação da descoberta foi feita em dezembro na revista científica "Neotropical Ichthyology".

0,,18235121-EX,00.jpg


Fonte
http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1011696-16052,00.html
 

psm

Nimbostratus
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25 Out 2007
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Venho aqui pôr uma especie de fungo que veio da America do norte e que dantes não havia na Europa, e que se gasta rios de dinheiro em fungicidas para o controlar, pois causa a perda de rentabilidade nas vinhas, e morte nos carvalhos(europeus) mais novos, e quando em anos, e em verões quando o são muitos humidos, o OÍDIO (mcrosphaera alphitoides) mutiplica-se de uma forma fenomenal, e os os unicos quercus em que não ataca é o rubra e o palustris que são os originários da America do Norte.

Outro fungo extremamente danoso e mortal importado da Asia, e que atacou e que continua a atacar, é a podridão radicular e do colo(phytophora cinnamoni) e em que em espécies como o castanheiro o quase destruiu. Agora e já alguns anos e devido a uma má prática agricola (arroteamento das terras e pisoteio de gado:disgust:) no Alentejo tem atacado os sobreiros e as azinheiras, pois em tempo de seca as arvores estão mais vuneraveis, sendo assim tem havido uma grande mortandade nestas arvores em especial nos sobreiros.
 

stormy

Super Célula
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7 Ago 2008
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Venho aqui pôr uma especie de fungo que veio da America do norte e que dantes não havia na Europa, e que se gasta rios de dinheiro em fungicidas para o controlar, pois causa a perda de rentabilidade nas vinhas, e morte nos carvalhos(europeus) mais novos, e quando em anos, e em verões quando o são muitos humidos, o OÍDIO (mcrosphaera alphitoides) mutiplica-se de uma forma fenomenal, e os os unicos quercus em que não ataca é o rubra e o palustris que são os originários da America do Norte.

Outro fungo extremamente danoso e mortal importado da Asia, e que atacou e que continua a atacar, é a podridão radicular e do colo(phytophora cinnamoni) e em que em espécies como o castanheiro o quase destruiu. Agora e já alguns anos e devido a uma má prática agricola (arroteamento das terras e pisoteio de gado:disgust:) no Alentejo tem atacado os sobreiros e as azinheiras, pois em tempo de seca as arvores estão mais vuneraveis, sendo assim tem havido uma grande mortandade nestas arvores em especial nos sobreiros.

:sad:e depois ainda querem cortar sobreiros para fazer habitaçoes ( desnecessarias porque há muitas que podiam ser recuperadas e nao sao):disgust::angry:
 

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Venho aqui pôr uma especie de fungo que veio da America do norte e que dantes não havia na Europa, e que se gasta rios de dinheiro em fungicidas para o controlar, pois causa a perda de rentabilidade nas vinhas, e morte nos carvalhos(europeus) mais novos, e quando em anos, e em verões quando o são muitos humidos, o OÍDIO (mcrosphaera alphitoides) mutiplica-se de uma forma fenomenal, e os os unicos quercus em que não ataca é o rubra e o palustris que são os originários da America do Norte.

Outro fungo extremamente danoso e mortal importado da Asia, e que atacou e que continua a atacar, é a podridão radicular e do colo(phytophora cinnamoni) e em que em espécies como o castanheiro o quase destruiu. Agora e já alguns anos e devido a uma má prática agricola (arroteamento das terras e pisoteio de gado:disgust:) no Alentejo tem atacado os sobreiros e as azinheiras, pois em tempo de seca as arvores estão mais vuneraveis, sendo assim tem havido uma grande mortandade nestas arvores em especial nos sobreiros.


Interessante e obrigado por postares isso aqui.
 

frederico

Furacão
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9 Jan 2009
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A quantidade de azinheiras e de sobreiros que estão a morrer no Sul do país é assustadora. Mesmo as árvores mais jovens não escapam. Observando a enorme quantidade de árvores mortas em muitos concelhos do Sul penso que já se pode falar numa catástrofe ambiental muito grave. O que está a ser feito para combater a praga pelas autoridades oficiais?
 

Thomar

Cumulonimbus
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19 Dez 2007
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Mais uma má notícia... :disgust:

Esta saiu hoje no Jornal Público versão online:

ICNB apresentará queixa-crime
Encontrado morto o macho do único casal de águia-imperial que nidificou no país

02.03.2009 - 15h33 Helena Geraldes

O macho do único casal de águia-imperial Aquila adalberti que nidificou com sucesso em Portugal em 2008 foi encontrado morto na última quinta-feira com chumbos de caçadeira, na área do Vale do Guadiana. O Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) vai apresentar queixa-crime contra incertos.

O corpo da ave, de uma espécie classificada como Criticamente em Perigo e que só existe em Portugal e Espanha, foi encontrado junto ao seu ninho na quinta-feira, na área do Vale do Guadiana, em zona de caça associativa já fora do Parque Natural mas dentro de uma ZPE (Zona de Protecção Especial). A cria tinha abandonado o ninho, no final do Verão, e é actualmente autónoma em relação aos pais.

"Fomos alertados por um proprietário da região que a tinha encontrado (...). Inicialmente suspeitámos de envenenamento mas depois de fazermos uma radiografia detectámos vários chumbos espalhados por todo o corpo", explicou ao PÚBLICO Pedro Rocha, director-adjunto do Departamento de Gestão de Áreas Classificadas - Sul.

Segundo o ICNB, que já contactou o SEPNA da GNR para tentar saber o que se terá passado, a necrópsia revelou que a ave terá morrido entre os dias 21 e 23 de Fevereiro, atingida por chumbos de caçadeira.

A águia-imperial encontrada morta teria pelo menos seis anos, dado que apresentava ombros brancos, característica de aves que atingiram a idade adulta.

O abate desta águia configura uma contra-ordenação ambiental muito grave, em conformidade com o Regime Jurídico da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, de 24 de Julho de 2008.

Para Pedro Rocha, houve uma perseguição: "Todos os factos apontam para isso. Para alguém que, de forma premeditada, perseguiu a ave". "Queremos apurar responsabilidades".

Segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, devem existir em Portugal entre dois a cinco casais de águia-imperial, na zona do Vale do Guadiana, no Alentejo Central e na Beira Baixa. No entanto, no ano passado apenas um conseguiu nidificar e reproduzir-se com sucesso. Os principais factores de ameaça são o envenenamento, a perseguição directa e a perturbação dos locais de nidificação.

"Esta espécie não criava em Portugal e, lentamente, está a tentar recolonizar o nosso território, vinda de Espanha. Por isso, esta perda é muito grande", lamentou Pedro Rocha.

A fêmea não terá agora vida fácil. Segundo Pedro Rocha, a ave tentará encontrar um macho nas redondezas para formar um novo casal. "Mas isso é pouco provável porque a maioria são aves imaturas que ainda não formam casais. O mais certo é a fêmea passar algum tempo sozinha e decidir procurar outra área para nidificar".

"Hoje temos mais condições" para esta espécie "mas mesmo assim temos de trabalhar mais. Isto [abate da ave] não nos valoriza sob qualquer ponto de vista".

O Vale do Guadiana está agora em plena época de nidificação. "Este é um período muito importante para percebermos se as aves estão a voltar aos ninhos. Este ninho já estava arranjado, um sinal de que o casal estava no local. Mas andavamos preocupados porque ainda não os tinhamos visto juntos. Mesmo que não fossemos alertados pelo proprietário, teríamos lá ido verificar o que se passava".

Notícia corrigida às 20h05
 
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