Seguimento - Incêndios 2013

Névoa

Nimbostratus
Registo
16 Set 2013
Mensagens
686
Local
Senhora da Hora
Bem, falei com um vizinho e descortinei a história toda, um épico, uma saga.

A morada que dei à polícia estava correcta, eu simplesmente não podia ter a certeza do número, mas afinal eu estava certa, e agora posso confirmar.

Mas não considero seguro andar por aí a investigar, mesmo porque sempre pode haver vingança. O que se passou é que eu apontei um número, tanto à polícia quanto à CM, com uma margem de erro de uma casa, simplesmente, e por ter consciência que não se deve andar a acusar pessoas inocentes, disse que certeza não tinha, e nem podia ter porque o meu ângulo de visão não permitia melhor.
 


Agreste

Furacão
Registo
29 Out 2007
Mensagens
10,032
Local
Terra
Com as chuvadas de ontem e os aguaceiros de hoje, deve ter terminado a época de incêndios. Pelo menos no norte e centro.

O dia de ontem igualou o dia 11 de junho por não se utilizarem meios aéreos.
 
  • Gosto
Reactions: CptRena e dahon

Dan

Moderação
Registo
26 Ago 2005
Mensagens
10,498
Local
Bragança (675m)
Com as chuvadas de ontem e os aguaceiros de hoje, deve ter terminado a época de incêndios. Pelo menos no norte e centro.

Assim espero também. Que não se repitam situações semelhantes às do ano hidrológico 2011/2012.
 

Duarte Sousa

Moderação
Registo
8 Mar 2011
Mensagens
6,698
Local
Loures
Fim da época crítica de fogos: 120 mil hectares ardidos, nove mortos

ng1401998_435x190.jpg


A época mais crítica em incêndios florestais termina na segunda-feira com mais de 120 mil hectares de área ardida, a maior dos últimos três anos, nove mortos e 73 detidos pela Polícia judiciária.
Agosto, particularmente a última quinzena, foi um mês devastador, tendo as chamas consumido 85.663 hectares de florestas e provocado a morte a oito bombeiros e a um civil, continuando ainda internados outros oito bombeiros.

Os bombeiros mortos este ano no combate a incêndios florestais ultrapassam a média anual de três mortes verificada desde 1980, disse à agência Lusa o director nacional de bombeiros, da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), Pedro Lopes.

Comparando com 2012, este ano morreram mais quatro bombeiros.

Devido à vaga de incêndios que assolou o país em Agosto, Portugal teve necessidade de receber apoio de cinco meios aéreos de Espanha e França através de acordos bilaterais e dois aviões canadair croatas no âmbito do Mecanismo Europeu de Protecção Civil.

Dados divulgados à Lusa pela ANPC indicam que 29 de Agosto foi o dia com maior número de incêndios, tendo-se registado 399 ocorrências de fogo, dos quais 46 por cento ocorreram durante a noite.

Já o dia com maior número de operacionais envolvidos foi a 28 de Agosto, tendo estado no combate às chamas um total de 10.362 operacionais, adianta a ANPC.

Segundo a Protecção Civil, entre 01 de Janeiro e 24 de Setembro registaram-se 19.237 incêndios, que envolveram 366.178 operacionais e 96.862 meios terrestres.

O último relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) refere que a área ardida aumentou este ano 13 por cento em relação a 2012, tendo os incêndios florestais consumido, até 15 de Setembro, um total de 121.168 hectares.

A aérea ardida deste ano é superior aos dos últimos três anos e, na última década, é apenas superada em 2003, 2005 e 2010.

O maior incêndio deste ano começou a 09 de Julho no concelho de Alfândega da Fé (Bragança) e estima-se que terá consumido uma área de 14.912 hectares, dos quais cerca de 11.980 são espaços florestais, de acordo com o ICNF.

Outros grandes incêndios deflagraram no distrito de Viseu, nomeadamente o que atingiu a serra do Caramulo.

A Polícia Judiciária deteve este ano 73 pessoas pelo crime de incêndio florestal, mais 17 do que 2012, quando foram detidos até ao final de Setembro 56.

Segundo a PJ, 64% (47) dos detidos ficaram em prisão preventiva.

A GNR identificou este ano 463 suspeitos de fogo posto e registou 1.826 contra-ordenações por crime de fogo, designadamente por falta de limpeza de mata.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=86639
 

AnDré

Moderação
Registo
22 Nov 2007
Mensagens
12,188
Local
Odivelas (140m) / Várzea da Serra (930m)
Incêndios florestais consumiram 140.944 hectares este ano, mais 28% que em 2012.


Os dados permitem concluir que só no mês de agosto arderam 89.834 hectares de florestas

A área ardida aumentou este ano 28 por cento em relação a 2012, tendo os incêndios florestais consumido 140.944 hectares, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Em contrapartida, as ocorrências de fogo diminuíram 10 por cento, tendo-se registado 18.869 ignições, menos 2.135 do que no ano passado, adianta o último relatório provisório de incêndios florestais do ICNF.

O documento, com dados entre 01 de janeiro e 15 de outubro, indica também que as 18.869 ocorrências de fogo resultaram em 140.944 hectares de área ardida, a maior dos últimos oito anos.

Os dados permitem concluir que só no mês de agosto arderam 89.834 hectares de florestas e registaram-se 6.844 ocorrências de fogo.

O segundo mês com valores mais elevados foi setembro, tendo os 4.955 incêndios consumido uma área de 26.867 hectares.

“Agosto e setembro são, até à data, os únicos meses do corrente ano que registam valores, em número de ocorrências e correspondente área ardida, superiores às médias mensais do decénio anterior”, lê-se no relatório.

O documento refere igualmente que o maior número de ocorrências se verificou no distrito do Porto (5.901), seguido de Braga (2.014) e Viseu (1.899), sendo a maioria fogachos, ou seja, incêndios que não ultrapassaram um hectare de área ardida.

Viseu é o distrito com mais área consumida pelas chamas este ano, registando 35.093 hectares de espaços florestais ardidos, seguindo-se Vila Real e Bragança, com 23.898 e 22.805 hectares ardidos, respetivamente.

O maior incêndio do ano ocorreu no concelho de Alfândega da Fé (Bragança) em julho e consumiu uma área de 14.136 hectares, dos quais cerca de 13.706 são espaços florestais, indica o mesmo documento.

Além do incêndio no distrito de Bragança, registaram-se este ano mais 194 grandes incêndios, com área ardida em espaço florestal maior ou igual a 100 hectares.

Estes 195 incêndios consumiram um total de 115.790 hectares de espaços florestais, cerca de 82 por cento do total da área ardida, segundo o último relatório do ICNF.

Da lista dos grandes incêndios fazem também parte os fogos que deflagraram na serra do Caramulo, que na zona de Tondela consumiu 6.841 hectares, e no concelho de Tarouca, onde as chamas afetaram uma área de 6.026 hectares.

Os incêndios florestais provocaram este ano nove mortes, oito dos quais bombeiros.
Fonte: Jornal i
 

AJB

Nimbostratus
Registo
5 Mar 2009
Mensagens
1,179
Local
Baião

Se lerem o relatorio provisorio do ICNF verão que esta área ardida (65% mais ou menos) foi na ultima quinzena de Agosto e 2 ou 3 dias de Setembro...a % só não é maior porque houve o incendio de Alfandega da fé (14000 ha) fora dessa quinzena...por falar neste incendio, não sei se sabem mas foi fruto de um reacendimento de um incendio na zona no dia anterior...é a dura realidade!
Depois ha outros dados interessantes como por exemplo 56 GIF's :shocking: (incendios com área igual ou superior a 500 ha) e que foram responsaveis por cerca de 86000 ha de área ardida no total. Isto mostra o looooooooooooooongooooooooooooooooo caminho que temos de percorrer em ataque ampliado (a solução pelos vistos não passa pelas GRIF's e GRUATA's, os factos desmentem esse "sonho" que havia no inicio da época).
Outra questão singular, apenas isso, é que uma das mortes ocorridas (de Valença) foi num pequeno incendio florestal (menos de 100 ha)...
quanto ao desordenamento florestal e falta de prevenção ser a causa das mortes...poderia ter sido no Caramulo (segundo sei não foi de todo), mas nunca poderia ter sido no incendio de Miranda do Douro (a vegetação era autoctone)...
Um outro aspecto interessante é que das 21000 ocorrencias florestais, PELO MENOS, sublinho, PELO MENOS 1400 foram reacendimentos que estão provados e validados...convem referir ainda o quão dificil é provar um reacendimento!
vários "mitos" que prevaleceram neste forum (e na comunicação social) nos ultimos 3 meses estão a "cair" por terra, e durante Novembro ficaram totalmente esclarecidos...espero que os criticos reflitam agora sobre isso e saibam perceber que actos heroicos e voluntariosos (apesar de corajosos e louvaveis) são inimigos do profissionalismo e evolução que se quer nesta ciencia...sim, na ciencia que é o comportamento do fogo! É aqui que esta e estará sempre a tónica...quem acha o contrario engana se redundamente e o tempo melhor que ninguem, fará ver isso!
:thumbsup:
 

AJB

Nimbostratus
Registo
5 Mar 2009
Mensagens
1,179
Local
Baião
Como:
- ja pouco se fala aqui no forum sobre este tema...
- sei que a maior parte dos colegas são e gostam de andar bem informados...
- ja passou o tempo da emoção e todos deverão estar mais abertos a razão...
- tanto (e bem) se critica o despesismo de alguns governos no tópico do Estado do País...
Finalmente...como sugestão deem uma leitura nisto:
http://www.ffms.pt/xxi-ter-opiniao/artigo/650/incendios-florestais
:thumbsup:
 

Duarte Sousa

Moderação
Registo
8 Mar 2011
Mensagens
6,698
Local
Loures
Num dia em que na região não se ultrapassou a marca dos 13ºC...



Incêndio florestal lavra com três frentes em S. Pedro do Sul

Publicado em 2013-08-11, atualizado hoje às 18.50


Perto de sete dezenas de bombeiros combatem no final da tarde desta terça-feira um incêndio florestal que lavra no concelho de São Pedro do Sul com três frentes ativas.

De acordo com o comandante dos Bombeiros da Salvação Pública de São Pedro do Sul, Eduardo Boloto, o incêndio teve início por voltas das 13 horas, numa zona de floresta entre Nodar e Sequeiros, e chegou a contar com sete frentes ativas.

"A esta hora [18:15] temos três frentes ativas, estando uma delas praticamente dominada. O combate das chamas está a ocorrer no alto de Covas do Rio, tendo uma das frentes mais de 800 metros", revelou.

No combate às chamas estão 65 homens, apoiados por 17 viaturas, que encontram no vento o pior inimigo.

"Esperamos dominar o incêndio durante a noite. A nossa maior dificuldade está a ser o vento que tem complicado o nosso trabalho no terreno", acrescentou.

O comandante dos bombeiros de São Pedro do Sul informou ainda que não há casas perto das chamas.

http://www.jn.pt/paginainicial/pais...367221&utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook
 

lusometeo

Cirrus
Registo
16 Out 2013
Mensagens
43
Local
Serras de Portugal/Lisboa/Portalegre
Se lerem o relatorio provisorio do ICNF verão que esta área ardida (65% mais ou menos) foi na ultima quinzena de Agosto e 2 ou 3 dias de Setembro...a % só não é maior porque houve o incendio de Alfandega da fé (14000 ha) fora dessa quinzena...por falar neste incendio, não sei se sabem mas foi fruto de um reacendimento de um incendio na zona no dia anterior...é a dura realidade!
Depois ha outros dados interessantes como por exemplo 56 GIF's :shocking: (incendios com área igual ou superior a 500 ha) e que foram responsaveis por cerca de 86000 ha de área ardida no total. Isto mostra o looooooooooooooongooooooooooooooooo caminho que temos de percorrer em ataque ampliado (a solução pelos vistos não passa pelas GRIF's e GRUATA's, os factos desmentem esse "sonho" que havia no inicio da época).
Outra questão singular, apenas isso, é que uma das mortes ocorridas (de Valença) foi num pequeno incendio florestal (menos de 100 ha)...
quanto ao desordenamento florestal e falta de prevenção ser a causa das mortes...poderia ter sido no Caramulo (segundo sei não foi de todo), mas nunca poderia ter sido no incendio de Miranda do Douro (a vegetação era autoctone)...
Um outro aspecto interessante é que das 21000 ocorrencias florestais, PELO MENOS, sublinho, PELO MENOS 1400 foram reacendimentos que estão provados e validados...convem referir ainda o quão dificil é provar um reacendimento!
vários "mitos" que prevaleceram neste forum (e na comunicação social) nos ultimos 3 meses estão a "cair" por terra, e durante Novembro ficaram totalmente esclarecidos...espero que os criticos reflitam agora sobre isso e saibam perceber que actos heroicos e voluntariosos (apesar de corajosos e louvaveis) são inimigos do profissionalismo e evolução que se quer nesta ciencia...sim, na ciencia que é o comportamento do fogo! É aqui que esta e estará sempre a tónica...quem acha o contrario engana se redundamente e o tempo melhor que ninguem, fará ver isso!
:thumbsup:

Continua o negócio do fogo em Portugal. Nos anos 60 e 70 não se passava esta vergonha...

Pois, os tempos eram outros...
 
  • Gosto
Reactions: Blooder.PT

lusometeo

Cirrus
Registo
16 Out 2013
Mensagens
43
Local
Serras de Portugal/Lisboa/Portalegre
Como:
- ja pouco se fala aqui no forum sobre este tema...
- sei que a maior parte dos colegas são e gostam de andar bem informados...
- ja passou o tempo da emoção e todos deverão estar mais abertos a razão...
- tanto (e bem) se critica o despesismo de alguns governos no tópico do Estado do País...
Finalmente...como sugestão deem uma leitura nisto:
http://www.ffms.pt/xxi-ter-opiniao/artigo/650/incendios-florestais
:thumbsup:

"É imperativo utilizar de forma sustentável mais de 64% do território, tal como é possível gerir o processo da transição florestal."

O que é o processo de transição florestal? Estou curioso...
 

algarvio1980

Furacão
Registo
21 Mai 2007
Mensagens
12,393
Local
Olhão (24 m)
Novembro atípico já regista mais de 300 incêndios

Registaram-se 331 incêndios em Portugal desde o início de Novembro, um número considerado demasiado elevado mesmo para uma altura do ano em que os trabalhos agrícolas recorrem bastante ao fogo. Tanto que a Protecção Civil até já activou mais um helicóptero pesado.

Os números ganharam maior relevo nos últimos dias, com especial destaque para os 45 incêndios registados esta terça-feira, dia 26, em que se registou também o maior de todos, em S. Pedro do Sul, no distrito de Viseu.

Dos 331 casos registados desde o início do mês, 219 ocorreram em zonas de mato, 69 em terrenos agrícolas e 53 em floresta.

Viseu foi o distrito com mais incêndios, um total de 44. Seguem-se Aveiro com 29, a Guarda com 28, o Porto com 26, Setúbal com 24, Lisboa com 21 e o Algarve com 24.

Carlos Guerra, adjunto do comando nacional de operações da Protecção Civil, reconhece em declarações à Renascença que é “um número anormal para Novembro” que até começou com chuva.

O responsável remete para mais tarde e para outras entidades uma análise às causas de tantos incêndios, mas admite que “estarão certamente ligados a comportamentos humanos”, nomeadamente trabalhos agrícolas.

Na esmagadora maioria dos casos, estes fogos têm uma dimensão reduzida e ainda bem que assim é, porque nesta altura do ano não há propriamente um dispositivo especial de combate a incêndios.

“Estamos a falar do dispositivo normal dos corpos de bombeiros. Não existe neste momento qualquer dispositivo especial como existiu nas fases Bravo e Charlie e também reforçámos ontem a zona Centro, colocámos de prevenção um helicóptero Kamov, na base permanente em Santa Comba Dão, porque durante estes dias não se prevê qualquer tipo de pluviosidade”, afirma Carlos Guerra.

Como se não bastasse este trabalho fora de época, este mês os bombeiros tiveram ainda 80 falsos alarmes, situações em que foram desnecessariamente empenhados mais de 300 operacionais e quase 100 viaturas.

Fonte: Renascença

Novembro seco e doidos à solta, o resultado final é este. Se esta malta que anda aí a pregar fogo, sim a pregar fogo porque não existe mais nenhuma razão para existir tantos fogos, nesta altura do ano, esta malta devia era pregar fogo à sua própria casa em vez de ser à floresta, assim aprendiam de vez como era bom.
 

CptRena

Nimbostratus
Registo
16 Fev 2011
Mensagens
1,526
Local
Gafanha da Encarnação, Aveiro
Novembro seco e doidos à solta, o resultado final é este. Se esta malta que anda aí a pregar fogo, sim a pregar fogo porque não existe mais nenhuma razão para existir tantos fogos, nesta altura do ano, esta malta devia era pregar fogo à sua própria casa em vez de ser à floresta, assim aprendiam de vez como era bom.

Como dizem na notícia, nesta altura há muitas combustões de material seco do verão (até porque deveria ser tudo queimado por esta altura (Outono-Inverno), mas há malta que também as queima no pico do Verão dando origem àquilo que já nós sabemos). O problema são estas condições um pouco atípicas que favorecem a combustão da matéria - a humidade tem andado extremamente baixa, coisa mais típica dos meses de Fevereiro, talvez Janeiro e Março também.
Ainda no passado fim de semana no Caramulo haviam várias fogueiras no meio da cidade e também no meio dos campos. Aquilo está para lá tudo queimado e muitas árvores já foram aparadas, nas zonas de incêndio do Verão.